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domingo, 30 de janeiro de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA DE DALCÍDIO JURANDIR

Dalcídio Jurandir Ramos Pereira nasceu na Vila de Ponta de Pedras, Ilha do Marajó, no dia 10 de janeiro  de 1909. Filho de Alfredo Pereira  e  Margarida Ramos. Aos 13 anos, parte para Belém do Pará, onde se matricula no Grupo Escolar "Barão do Rio Branco"e fica hospedado na casa de parentes. Em 1925, sem fazer preparatórios, devido à situação financeira, matricula-se no Ginásio "Paes de Carvalho", mas não conclui o 2º ano. Com a ajuda de amigos ele desenvolve diversas funções no Marajó, como Secretário Tesoureiro da Intendência Municipal, Inspetor Escolar, Secretário da Delegacia de Recenseamento. 

Em Belém, é nomeado auxiliar de Gabinete da Interventória do Estado. Colabora nos jornais O Imparcial, Crítica e Estado do Pará. É lotado como 2º oficial da Diretoria de Educação e Ensino, da Interventória do Estado, colabora nas revistas Guajará-mirim, a Semana, e no Jornal Estado do Pará. No Rio de Janeiro, passa por dificuldades financeiras, é colaborador e revisor da revista Fon-Fon.

Em 1942, começa a exercer atividades jornalísticas em o Radical e colabora no Diário de Notícias, no Correio da Manhã. Faz parte da redação do Jornal Tribuna Popular, colabora no semanário A Classe Operária. Pela Imprensa Popular, viaja para o Rio Grande do Sul, onde pesquisa acerca do movimento operário do porto do Rio Grande, já elaborando as idéias para o livro Linha do Parque, que escreve entre 1951 e 1955. Como escritor e na condição de autônomo, é aposentado pelo INPS, em 1971.

Em 1979, no dia 16 de junho, Dalcídio falece no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério São João Batista.

Dalcídio Jurandir, na temática amazônica é autor de 10 obras: Chove nos campos da cachoeira, Marajó, Três casas e um rio, Belém do Grão-Pará, Passagem dos inocentes, Ponte do Galo, Primeira Manhã, Os habitantes, Chão de Lobos e Ribanceira. Sendo que, o conjunto das dez obras, faz parte da série Extremo-Norte, além do romance Linha do Parque, o qual foi publicado em Moscou, no ano de 1962, é lançada a edição russa, apresentado pelo escritor Jorge Amado, sendo porttanto, o único produzido no exterior.

Pelo conjunto das obras recebeu o prêmio Machado de Assis conferido pela Academia Brasileira de Letras, em 1972.

Dalcídio, pela sua importância poética e como ser humano conquistou muitos amigos, entre eles: Jorge Amado, Bruno de Menezes, Ruy Barata, Lindanor Celina, Eneida de  Moraes, entre outros.

Por iniciativa do escritor e professor Ruy Pinto Pereira, na Casa de Rui Barbosa(Rio de Janeiro), foi fundado o Instituto Dalcídio Jurandir destinado a resguardar e difundir a obra do autor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DALCÍDIO JURANDIR


Em 2004, a Professora de História Maria de Fátima Santos de Oliveira, da Escola Estadual Fundamental e Médio “Maria Gabriela Ramos de Oliveira”, em Belém- Pará , apresentou na Universidade da Amazônia ( UNAMA), a monografia intitulada “ EDUCAÇÃO NO GRUPO ESCOLAR BARÃO DO RIO BRANCO: Um olhar de Dalcídio Jurandir”, para obtenção do título de Especialista em História da Amazônia .

O presente estudo tem como objetivo central refletir sobre procedimento ensino- aprendizagem na Escola Estadual “Barão do Rio Branco”, frente aos desafios propostos pelas abordagens teórico metodológicas das diversas áreas de conhecimento presentes nas prescrições curriculares em vigor.

Dar voz aos alunos e professores através de sua vida cotidiana escolar, constitui relevância desta pesquisa, que buscou na análise da coleta de dados identificar mudanças nos paradigmas da educação .Portanto, no decorrer da pesquisa, a abordagem sobre a educação percorre caminhos diferentes do tradicional, melhor dizendo, “uso a literatura para fazer diálogo com a História possibilitando a discussão entre o fato histórico e o fictício .A educação escolar do século XX, será analisada através das narrativas de Dalcídio Jurandir, na obra Passagem dos Inocentes(1984) e para sinalizar a educação atual, tomo por base o que dispõe a Pedagogia das Competências”.

E continua “o que motivou a escolher este tema foi à importância de um estudo referencial para conhecer o cotidiano do Grupo Escolar ‘Barão do Rio Branco’, no Século XX, Escola que foi palco da vida estudantil de Dalcidio Jurandir, nos anos de 1922 a1924. Na obra Passagem dos Inocentes, Dalcidio fez do Alfredo, personagem principal, e, portanto, o porta – voz dos alunos”.

Este trabalho está dividido em dois capítulos. No Capitulo I, procurando dar voz ao aluno, uso as narrativas de Alfredo, o aluno que vem do Marajó, interior do Estado, para conseguir uma vida melhor através do estudo em Belém. “Já “na capital, consegue vaga na escola pública, no Grupo Escolar” Barão do Rio Branco”. Mas, não gosta das aulas. Por que Será?

No Capitulo II, as abordagens são questões de ordem teórica e análise da pesquisa de campo, ressaltando as dificuldades percebidas pelos professores e alunos nas relações ensino-aprendizagem nos dias atuais na Escola Estadual “Barão do Rio Branco”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

VIOLÊNCIA (NOTIFICAÇÃO)

Foi publicado no Diário Oficial da União de ontem a Portaria nº 104 do Ministério da Saúde, onde torna-se a notificação obrigatória contra a violência doméstica ou sexual.

Portanto, a partir dessa publicação todos os trabalhadores envolvidos com a educação e com a saúde estão obrigados a notificar as suas secretarias municipais ou estaduais, em caso de detectar possível violência seja nos alunos, seja no atendimento normal das unidades de saúde.

Com essa atualização, segundo o Ministério da Saúde é possível surgir novos casos de tipos de doenças; assim como será possivel monitoramento com novas técnicas são utilizadas no momento, dessa forma, um melhor controle. 

GREVE NO DETRAN-PA.

A companheirada reunida, ontem em Assembléia Geral, inclusive, com a presença de Ray Barreto, representando a Central Unica dos Trabalhadores - CUT, decidiu pelo estado de greve a partir do dia 01 de fevereiro. O evento aconteceu em frente ao prédio na Rodovia Augusto Montenegro. O motivo dessa decisão são as principais reivindicações que foram aprovados e tornaram-se lei, através do Governo do PT de Ana Júlia Carepa, que são os seguintes: implementação da reestruturação do departamento; além do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos trabalhadores. Posição diferente, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (SINTEPP) , que preferiu esperar o Governo tucano consultar e tomar posição em relação ao PCCR dos trabalhadores em educação pública, que foi sancionado em 02 de julho de 2010. Até parece que comunga com o mesmo discurso do governo das oligarquias. Lei é lei, deve ser cumprida.

A categoria dos trabalhadores do Detran-pa., melhor orientada, sob a liderança de seu Presidente Elias Monteiro, diz que foi uma forma de alertar o atual governo para que a lei seja colocada em prática, já que é lei.

O sindicato procura diálogo com o governo, caso não haja acordo, o único jeito é a greve, e todos os setores do Detran irão parar.  

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RAMO FINANCEIRO DO AMAPÁ

Foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Amapá(Sintraf-AP). O novo sindicato, enquanto entidade é representativa dos bancários e financiários do país nasceu com aprovação unanime após uma assembléia em Belém do Pará nos dias 09 e 10 de dezembro, na Delegacia Sindical dos Bancários.

Além dos bancários, outras categorias se fez presente na noite do dia 10 de dezembro na capital do Amapá. Quem, também, se fez presente foi as centrais sindicais que foram convidadas. Após a fundação, leitura e aprovação do estatuto e eleição da primeira diretoria da entidade, houve a aprovação de filiação a CUT, à Contraf-CUT e à Fetec-CN.

Presente, representando o Sindicato dos Bancários do Pará, a Presidente Rosalina Amorim, parabenizou todos presentes no evento.      

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

HABITAÇÃO X DESMATAMENTO

Percorrendo a Rodovia Augusto Montenegro e a BR 316, percebe-se a presença de diversas construtoras acabando com a arborização destas áreas .Eu me pergunto : como será a vida no futuro próximo ? O que me parece é que há imensa preocupação dos empresários em fazer as construções para a obtenção de seus lucros, e que tanto os empresários quanto os órgãos públicos que liberam essas construções não estão preocupados com a natureza. É visível o desmatamento de grande parte destas áreas onde estão realizando as obras .Portanto, faço o convite aos amazônidas que desejam uma vida de qualidade a refletir como estão sendo feitas as construções pelas incorporadoras, construtoras ,tanto local como nacional em Belém do Pará.

Será que Niemeyer, Le Corbusier e Gropius vissem essas obras que estão sendo feitas, eles deixariam que fossem construídas?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PLANTAS MEDICINAIS EM QUATRO BOCAS (MARACANÃ)

Precisamos fazer algumas considerações sobre o desenho enveredado sobre as plantas medicinais da Amazônia tropical. Neste cenário, a busca das ervas perdidas do lugar com as seguintes questões: será que nossos antepassados freqüentavam a medicina alopática ou os farmacêuticos com a regularidade que adotamos nos dias atuais? Com certeza que isso não acontece se levarmos em consideração se recorresse à memória dos nossos idosos ou aos registros literários em que os antepassados que viviam e vivem no campo, às vezes até se orgulhavam de nunca terem tomado medicação industrializada.

Nosso ponto de vista, é porque tinham um ambiente ou modo de vida diferente, logo se deduz que sua alimentação encontrava-se menos saturada de produtos químicos ou conservantes. Não podemos negar que as plantas de quintais, de brejos, matas virgens, pastos serviam como próprio laboratório produzido domesticamente.

Diante deste fato, muitas dessas ervas recolhidas dessas plantas se transformam em chá ou xarope enriquecido pelo mel, que é muito utilizado na confecção de remédios caseiros.

A medida que perde-se a memória das próprias feições das ervas medicinais e neste caso faz-se com que o homem do campo torne-se dependente dos produtos dos laboratórios obtendo alívio rápido mas ao preço de efeitos colaterais ou condicionando o organismo o que nossos antepassados não precisavam e eram curados com algumas doses de chá, xarope, tinturas etc.

Eis algumas plantas da Amazônia utilizadas para a produção de remédios caseiros:

Babosa:

Uso medicinal: As folhas e principalmente seu sumo são utilizados como aplicador sobre inflamações, queimadura, eczemas, queda de cabelos, erisipelas e outras. A polpa serve para combater a oftalmia (Calor nos olhos) e curar feridas. Pode-se usar as folhas, polpa e seiva.

Barbatimão:

Uso medicinal: Emprega-se nos seguintes casos: afecções, diarréia e leucorréia, entre outros. Externamente aplica-se sobre as úlceras. Pode ser usada a casca. Sua dose é normal.

Boldo do Chile:

Seu uso medicinal é realizado no tratamento de enfermidades hepáticas e biliares. As folhas são utilizadas para fazer desaparecer os cálculos hepáticos (pedras do fígado) e as normalidades das vias biliares. A folha faz-se chás e tira-se o suco. Sua dose é normal, mas para uso interno. Para banhos pode-se aumentar a dose.

Melão-de-São-Caetano :

Emprega-se contra afecções hepáticas e amenorréia. Utiliza-se o caule e as folhas. Sua dose é normal.

Casca-doce:

Seu uso medicinal quando a casaca é fresca, contém até 30% de um suco leitoso que é aconselhado na utilização de cátaro crônico, hemoptises e externamente nas úlceras cutâneas. Utiliza-se a sua casca e sua dose é normal.

Malmequer:

Seu uso medicinal é empregado externamente para cicatrizar feridas e úlceras. Socam-se as folhas e flores até se obter uma pasta que se aplica diretamente, ou entre dois panos, sobre a ferida. Utilizam-se flores e folhas.

Juquiri:

O uso medicinal emprega-se as flores sobre as feridas, para apressar a cicatrização. Utiliza-se também sobre as rachas dos bicos dos seios das mulheres lactantes.


Jurubeba:

O uso medicinal utiliza-se como alternante diurético e desobstruíste tônico. Serve para icterícias e as inflamações de laço. O seu suco emprega-se contra catarro de bexiga e a clorosa. A folha machucada emprega-se sobre as úlceras e nas diabetes. A raiz aplica-se nos abscessos internos


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A LINGUAGEM MUSICAL


Claro que para início de conversa, nós estamos diante de formas de conhecimentos tão diversas como indicadas. Portanto, vejamos, por parte, o que se pode especular acerca da linguagem e da música e, ao final, de que formas realiza-se esta união.

Logo, podemos afirmar que a essência humana é uma espécie de linguagem, já que o DNA (Substância universal portadora do código genético), sendo o compartimento armazenador da informação da vida, é, logicamente, uma linguagem. Percebe-se que não basta o uso da palavra oral e/ou escrita para que haja comunicação. Aquela seria uma linguagem verbal e coexistente a ela, as linguagens não-verbais, tão importantes para a vida como a palavra. O condicionamento histórico levou-nos a crer que as únicas formas de conhecimentos seriam veiculadas pela língua na sua manifestação como linguagem, verbal, oral e/ou escrita. Isto é um ledo engano, pois existe uma gama incrivelmente intricada de formas sociais de comunicação das quais a língua é uma delas.É tão significativa quanto a língua, a música existe como meio de comunicação, constituindo-se assim como linguagem.

O interessante é que a música enquanto organização sonora teria surgido com o próprio aparecimento do homem. Antes mesmo de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, que é o rítmo, através das pulsações do coração da mãe. Para o homem primitivo a música tem um papel derradeiro. Ele não canta somente no culto, para chamar os espíritos (a almas dos mortos), mas também canta o tamborila em si próprio, para saudar alguém, formular um agradecimento, zombar de outra pessoa, caçar um animal ou atiçar fogo.

Sem dúvida, podemos crer que a música é linguagem e como tal deve ser um código organizado de modo que possa ser compartilhado socialmente. E, dessa forma, para tanto, os sons que são a matéria, o objeto da música, devem apresentar características universais, tais como timbre, intensidade e altura,caso contrário poderão vir a ser simples ruídos. Além do mais, para constituirem-se como música acabada devem apresentar uma linha melódica capaz de caracterizar tal música como única e capaz de ser reproduzida sempre que desejável, harmonizada de quantos sons simultâneos caibam na sua execução.

Devemos seguir, em relação à música, o mesmo processo de desenvolvimento que adotamos quanto à linguagem falada, ou seja, devemos expor o educando à linguagem musical e dialogar como ele sobre e por meio da música. Como acontece com a linguagem, cada civilização, cada grupo social, tem sua expressão própria.

O educador antes de transmitir sua própria  cultura musical, deve pesquisar o universo musical a que o educando pertence, e encorajar atividades relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão através da música.

O importante destacar que devido a este similar mecanismo entre linguagem falada e musical é fácil observar que a união letra e música suave sempre é oportuno. Não devemos esquecer que nos saraus medievais o poema só era recitado ao som de liras e alaúdes. Esta secular atividade não é a toa, visto que a soma dos dois elementos é a poesia, que vem a ser o núcleo residual de todas suas qualidades e posta em um tecido textual alcança mesmo a musicalidade, musicalidade poética. E é como poesia, como arte, conhecimento sociocultural que a música deve ser entendida.              

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MANIFESTO DOS CABANOS




(Fala de um dos líderes do movimento dirigida aos companheiros, após a ocupação do poder na Província)

Manifesto - (...) Desde o dia em que tomei posse do governo me tenho desvelado em manter a ordem e o sossego público, e já o Pará apresentaria um quadro mais risonho, se sua excelência ( o marechal José Rodrigues) secretamente não cercasse a barra da cidade com um tosco bloqueio, pois as famílias, os empregados públicos e os negociantes se teriam recolhido às suas casas, como tem acontecido nas revoluções passadas.


Saibam, pois, o governo geral e o Brasil inteiro que os paraenses não são rebeldes; os paraenses querem ser súditos, mas não querem ser escravos, principalmente dos portugueses, os paraenses querem ser governados por um patrício paraense que olhe com amor para as suas calamidades e não por um português aventureiro como o Marechal Manoel Jorge; os paraenses querem ser governados com a lei e não com arbitrariedades, estão todos com os braços abertos para receber o governo nomeado pela regência mas que seja de sua confiança, aliás eles preferem morrer no campo de batalha a entregar de novo seus pulsos às algemas e grilhões do despotismo; se o governo da corte teimar em subjugar-nos pela força, nós teimaremos em dar-lhe provas de valor de um povo livre que esquece a morte quando defende a sua liberdade.

                                                         Eduardo Francisco Nogueira Angelim - 26/08/1835.

PERGUNTAS DE UM BRASILEIRO QUE LÊ

                                                  Prof. Eugênio Torres (CTRH: 1986)

Qual é a verdade que reside nos livros ?
A cada nova página, um novo herói.
Onde estão os anônimos
Que construiram a história da sociedade brasileira?

Indígenas ou europeus.
Afinal, quem descobriu o Brasil ?
Quem produziu toda riqueza
Dos ciclos do período colonial ?
Calabar e Joaquim Silvério dos Reis
São os únicos traidores da nossa história ?
Quem ouviu o grito do Ipiranga ?
Será que todos os filhos
Puderam ver contente a mãe gentil ?
E a guerra do Paraguai
Quem a venceu, além do Brasil ?
Conseguiram os negros sua liberdade
Ao se abolir a escravatura ?
No advento da República
Onde estava o povo ?
E a liberdade, abriu as asas sobre nós ?
Teria sido a vocação de nosso subdesenvolvimento
A nossa idolatrada vocação agrícola ?
Apesar das forças ocultas
O amanhã, foi mesmo outro dia ?
O que há de novo
É este Brasil que agora vivemos ?

Em meio a tantas perguntas,
Muitas dúvidas
Que buscam ansiosamente suas respostas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

MANIFESTO EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA


A Educação é um dos instrumentos fundamentais no combate à desigualdade, pois contribui, de modo decisivo, para a formação e a preservação de valores sociais, cívicos e culturais essenciais, e reveste-se de particular importância para a entrada e permanência das pessoas no mercado de trabalho e para o desenvolvimento da sua vida profissional.

Compete ao Governo mobilizar e garantir recursos necessários para que o Estado assegure Escolas Públicas com qualidade, que permitam o acesso e a frequência de todas as crianças, jovens e cidadãos em igualdade de circunstâncias, independentemente das suas condições económicas e sociais.

As opções neoliberais do Governo estão a conduzir a uma escola menos pública, menos democrática, menos inclusiva, orientada para a certificação e o registo estatístico do sucesso, em detrimento do conhecimento e do saber, voltada para responder mais às necessidades dos grandes interesses económicos do que à importância da formação integral dos cidadãos.

Tem sido visível um progressivo desinvestimento na Educação, como prova o decréscimo real de verbas dos últimos anos, com impacto mais significativo nos orçamentos dos estabelecimentos públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico, Secundário e Superior. A dita reorganização do 1.º Ciclo do Ensino Básico está a levar ao encerramento de milhares de escolas e, em muitos casos, à entrega da iniciativa ao sector privado. A privatização de diversos serviços nas escolas básicas e secundárias, a abertura de linhas de privatização na promoção de actividades que se integram no âmbito das áreas curriculares, a criação de uma empresa para gerir as escolas secundárias, a profunda alteração da natureza pública das instituições de ensino superior ou o desenvolvimento das chamadas parcerias público/privado são apenas alguns exemplos do ataque que o Governo tem desferido contra a Escola Pública.

As alterações impostas à legislação sobre Educação Especial põem em causa o direito das crianças e jovens com necessidades educativas especiais a apoio específico especializado e os princípios essenciais da escola inclusiva, inscritos em recomendações internacionais subscritas pelo Estado Portuguêsl.

A instrumentalização de indicadores referentes ao abandono e insucesso escolares, e muita da certificação de competências, têm sido usados pelo Governo com objectivos essencialmente de leitura estatística, postergando a imperiosa necessidade de alcançar níveis de aprendizagem e formação consolidados, que dotem os cidadãos dos instrumentos indispensáveis ao exercício de uma cidadania activa, à aprendizagem ao longo da vida e à adaptação permanente a um mundo em constante mudança, constituindo, desta forma, também uma perda irreparável de fundos comunitários e uma oportunidade mal aproveitada no sentido da indispensável qualificação dos portugueses e dos brasileiros.

Na mesma linha de orientação, o Governo burocratizou o exercício da profissão docente e almeja transformar os professores e educadores em profissionais acríticos e simples executores de tarefas, trabalhando em condições de crescente precariedade e amputados de direitos conquistados em mais de três décadas de regime democrático.

Em todos os sectores de educação e ensino, o Governo tenta pôr fim ao que resta da participação democrática na direcção e gestão das escolas, através de legislação que põe em causa princípios fundamentais da Lei de Bases do Sistema Educativo e mesmo da Constituição da República.

De impacto muito negativo para a qualidade da Escola Pública é, também, o ataque sem precedentes que está a ser desferido contra os profissionais da Educação, docentes e não docentes, com a liquidação de aspectos fundamentais das suas carreiras profissionais, a introdução de novos e mais graves focos de instabilidade, a par de uma campanha pública de desvalorização social da sua imagem, com consequências que estão, ainda, por apurar na íntegra, mas a que não é alheio o crescente número de situações de indisciplina e violência nas escolas.

É igualmente inaceitável que, para as famílias, os custos da Educação tenham aumentado mais de 30% nos últimos seis anos, ao mesmo tempo que a acção social escolar estagnou em níveis claramente insuficientes, incapazes de constituírem o factor de discriminação positiva que se exige num país marcado por taxas de desemprego, pobreza e precariedade muito elevadas, ao mesmo tempo que o nível dos salários dos trabalhadores portugueses se apresenta como um dos mais baixos da União Europeia a 15 membros.

Os portugueses têm razões para afirmar a sua oposição às políticas que o Governo assume na área da Educação.

Os cidadãos e entidades subscritores defendem uma Escola Pública democrática, de qualidade e para todos, pelo que exigem ao Governo e à Assembleia da República uma mudança de rumo na política educativa, no sentido de serem respeitados os preceitos constitucionais, a Lei de Bases do Sistema Educativo e de serem aprovados outros instrumentos legais que promovam a Escola Pública Portuguesa..

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GUERRILHA DO ARAGUAIA

O movimento de esquerda que reuniu várias tendências e partidos, contrários ao regime militar no período entre 1967 a 1975,  denominado de Guerilha do Araguaia, que ocorreu na região sul e sudeste do estado do Pará, no "Bico do Papagaio", vai integrar a memória do arquivo nacional.

A pesquisa que foi executada pela graduanda do curso de História da Universidade Federal do Pará Adriana Coimbra, que é bolsita do CNPq, foi a responsável pelo levantamento em 80 horas de entrevistas sobre os relatos e as memórias da região do Araguaia, onde ocorreu o movimento liderados por diversos universitários de vários cursos como medicina, economia, enfermagem entre outros.

Diante dessa fonte riquissima, para resgatar a memória e a história do movimento, durante um período negro de nossa história, foi possível,  graças ao convênio entre o Museu Emilio Goeldi e o Arquivo Nacional. 

Religião em Quatro Bocas (Maracanã)

IGREJA EVANGÉLICA DE CRISTO

Nos 22 de maio de 1984, com a chegada de uma missão de Belém a Quatro Bocas, formada pelos presbíteros João Cunha e João Nascimento para conversar com os moradores no intuito de formar um grupo de pelo menos 07 pessoas, para dar início a um ponto de pregação da Igreja.

Passou alguns dias no lugar, conseguiram conquistar vários pretendentes, e aqui posso citar dois, o senhor Amanso Aleixo e Maria Lúcia.

Com o passar do tempo foi adquirindo mais congregados e hoje já podemos ver mais de 50 pessoas que foram conquistadas pelo “Amor de Deus”. E a Igreja está sob o comando da direção do presbítero Milton Pinheiro.


A CRENÇA NO PAJÉ

Muitas vezes vem do pai para o filho. Tem pajé que tem dom de benzer e não de “cura” outros tem o dom de fazer trabalho, enxerga algo diferente que às vezes lhe prejudicam.

Aqui, em Quatro Bocas tem um conhecido que só faz benzer “Quebranto”, vento caído. Essas são algumas crendices populares ou doenças para a comunidade amazônica, aparecem nas crianças. Então eles benzem e elas ficam com boa saúde.

Esses rituais ou costumes são vindos de gerações anteriores, que ainda, permanecem no momento.


MINISTÉRIO DE HÁGAPI

A Igreja chegou à localidade de Quatro Bocas no ano de 2009, no mês de Fevereiro, mas para que ela pudesse ser instalada, foi preciso a ajuda da irmã Naíde.

A Congregação é centrada na Vila Nova, na localidade de Quatro Bocas. Liderada pelo irmão Ronaldo Mendes.

O seu principal objetivo é de “ganhar almas para o Senhor Jesus” para a salvação daqueles que aceitam.


IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS

A Igreja Assembléia de Deus do Campo dos 40 do Mocooca é liderada pelo pastor Edilson Cardoso.

A religião chegou em Quatro Bocas com pouca força, mas aos poucos foi ganhando impulso. Chegou a aproximadamente entre 1989 e 1990.

Tendo, hoje, sua Congregação situada em frente a Escola Municipal “José Bonifácio” na Vila de Quatro Bocas, tendo como dirigente atual Ozias, com cultos aos domingos, quarta e sexta; assim como cultos ao ar livre.

O seu objetivo é de propagar o Evangelho de Deus.


IGREJA CATÓLICA

A Igreja Católica foi trazida para a localidade de Quatro Bocas pelo padre italiano Franco que viveu no município a 22 anos, sendo fundada, portanto no ano de 1975.

A comunidade contribui com a expansão da igreja, neste momento de chegada e um destaque foi o senhor Protázio de Almeida Santos, sendo a primeira missa celebrada em baixo de uma árvore grande, a sumaumeira, que fica localizada em frente a Escola, onde muitas pessoas foram batizadas.




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Educação em Quatro Bocas (Maracanã)

No momento nós temos várias modalidades de ensino que funcionam em nossa Vila, em diversas escolas do município.

A Escola Municipal “José Bonifácio” surgiu na Vila de Quatro Bocas com vários nomes, sendo o primeiro: Escola Isolada “José Bonifácio”; o segundo: Escola Reunida “José Bonifácio”; o terceiro nome: Escola Estadual “José Bonifácio” e o quarto e último Escola Municipal “José Bonifácio”.

Por que José Bonifácio? Devido no município de Maracanã não existia nome de escola com o nome do Patrono da Independência do Brasil, por isso acharam por não terem nomes de antepassados de muitos governos anteriores, colocaram o nome desta unidade escolar “José Bonifácio”, devido ao nome do grande patrono da independência que foi “José Bonifácio”.

Na verdade a escolha ficou conhecida no dia de sua fundação que foi no ano de 1979, pela administração da Prefeita, Altair da Costa Alves Ferreira, e do Governador do Estado da época que era Alacid Nunes e do Secretario Estadual de Educação Dionísio Haje.

Sendo seus primeiros professores: Marineth Santos Martins, Regina Balga, Lauro Fonseca Borcém e Oudino Modesto.

Com esse processo de municipalização, a Escola “José Bonifácio” cedeu espaço, no ano de 2004 ao ensino médio, através do Grupo Especial de Ensino Médio (GEEM). Hoje, com mais duas salas de aula, já implantada e funcionando na mesma Escola, continua cedendo espaço para esta modalidade.

No momento, a Escola conta com 431 alunos da rede de ensino fundamental, 45 alunos de educação infantil, 173 do ensino médio e 60 do EJA. Ela,também conta com 36 funcionários que pertencem ao município de Maracanã, 18 professores, 08 serventes, 03 vigias, 02 porteiros, 03 secretários, 01 diretor e 01 técnico.

É composta por 06 salas, 01 secretaria, 01 cantina, 02 banheiros, 01 espaço para educação física e é dividido em 04 turnos, sendo manhã, intermediário, tarde e noite, sendo composta por 22 turmas.

O pré-escolar “Júlio Modesto II”, foi fundado na escola municipal “José Bonifácio”, há 25 anos, sendo seu fundador Eliezer de Almeida Santos, como seu primeiro professor. O nome vem em homenagem ao primeiro professor de Quatro Bocas. Em virtude desta situação, foi criado uma Associação Júlio Modesto, que com isso criaram mais 03: o pré-escolar Júlio Modesto I, que fica localizado, no Nazaré do Seco; Júlio Modesto II, em Quatro Bocas e Júlio Modesto III, no 40 do Mocooca.

No momento, o pré-escolar “Júlio Modesto II”, de Quatro Bocas, funciona com 42 alunos, 02 professores e 01 servente

domingo, 16 de janeiro de 2011

Conjunto Maguari: História e Memória



Vídeo produzido pelo professor de Sociologia da EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" Marcos Sousa, que serve como apresentação do projeto desenvolvido pelos alunos da escola,com apoio da Secretaria Estadual de Educação e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará e do projeto Fortalecer, em convênio com UFPA,

História e Geografia de Quatro Bocas (Maracanã)

A importância da versão histórica e geográfica de Quatro Bocas. A história registra para a posterioridade a ordem dos fatos que ocorrem na vida dos povos. A história de Quatro Bocas, no município de Maracanã corresponde a um acervo que vem desafiando estudiosos no campo da pesquisa. Por exemplo, a data de fundação dessa localidade e aniversário não foi possível registrar, pois os antigos moradores não a lembram mais, certamente esse processo de ocupação do povoado de Quatro Bocas, foi iniciada pelo primeiro morador, por volta de 1910, o senhor Domingos Rodrigues( Guariba) após alguns meses veio a segunda família, sendo a do senhor Jósimo Nobre e seus filhos, o qual começou a dividir o povoado , logo depois veio a terceira família, a do senhor Júlio Modesto Filho, Alexandrina da Costa Modesto Hermina da Conceição Modesto.

Pode-se dizer então que essas pessoas ficaram conhecidas como os primeiros moradores de Quatro Bocas.

Essa versão histórica e geográfica tem consistência no contexto dos fatos temáticos sobre a origem de Quatro Bocas; assim afirma a Senhora Antônia Balga, moradora da comunidade nativa, de 75 anos.

Outros moradores relatam que o povoado recebeu essa denominação por ter quatro direções e sentidos iguais.

Passando, então, a ser conhecida, atualmente como Vila de Quatro Bocas, possuindo, hoje 1000 habitantes, com uma área de 1450 m² e seus limites são ao Norte com 40 de Mocooca; A leste com o Maia; ao Sul com Apeí e a Oeste com Nazaré do Seco.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BELÉM DO PARÁ – 395 anos

Segundo Teodoro Braga: “Castelo Branco encontrou um ponto de chão firme, que julgou mais apropriado para a povoação que ia fundar. Era uma península formada à margem direita do rio Guamá, ao desembocar no Guajará. Esse ponto escolhido ficava a 06 léguas da barra do rio, cuja dificuldade de acesso era garantia de defesa para a nascente povoação. A situação escolhida era estratégica”.

Falar desta data tem-se que ver todo um processo antes da chegada dos europeus na América.

Não podemos esquecer que entre os anos de 1580 e 1640, tanto Portugal como Espanha estavam juntos, sendo ,portanto, governado pelo mesmo Rei. Como sabemos, havia, naquele momento, um grande interesse dos portugueses em expandir suas terras além do limite definido no Tratado do Tordesilhas. Como do seu interesse, a burguesia metropolitana portuguesa, ocupou várias áreas ultrapassando o seu território.

Naquele momento o projeto do Estado português era mesmo a ocupação militar ou as ordens religiosas nas terras das Américas. E as forças militares foi o primeiro objetivo da Coroa na Amazônia. Também, não é novidade, que recebíamos a visita tanto dos ingleses, como dos holandeses e franceses, em fins do século XVI.

Então, dessa forma, o Estado português manda construir vários fortes na Amazônia. Entre eles, temos o “Forte do Presépio”, que foi feito em 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco e considerado o primeiro nas intenções dos portugueses. Assim, também, foi criado a Vila de Santa Maria de Belém do Grão Pará, que atualmente, é Belém, do estado do Pará, sendo substituído pelo Forte do Castelo, no momento.

Hoje, 12 de janeiro de 2011 e seus 395 anos significam falar de seus encantos, prazeres e vida profissional. A sua beleza vem desde o período colonial, com as construções de grandes prédios e verdadeiros palácios, principalmente através das ordens da Igreja Católica, que fincaram por aqui por um bom período, só saíram quando são expulsos pelo Estado Português. Depois, temos final do século XVIII e início do século XIX, na era do BOM DA BORRACHA, Belém, torna-se ou se parece com cidade européia, é a civilização chegando. Hoje, Belém absorve muitos nordestinos, que estão contribuindo para a economia do município; assim como muita gente de outros países. Belém tem um grande destaque no cenário amazônico, por ser o centro comercial. É um dos municípios que mais cresce no mundo. Não podemos negar está precisando de muita atenção das autoridades, mas ainda é linda, formosa e bela. Parabéns Belém.



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

WALTER BENJAMIN

Nos períodos de recesso escolar, gosto de reler autores que tem grande influência em meu trabalho e considero importantes.

Olhando vários autores, em minha biblioteca, busquei uma obra que foi destaque no final dos anos 80. Uma das que peguei foi de Walter Benjamin, Magia e Técnica, Arte e Política, publicado pela Editora Brasiliense, em 1985. Obra o qual tenho muito respeito e sua influência na vida cotidiana é muito forte.

O alemão Walter Benjamin, pertenceu como neo-marxista a Escola de Frankfurt, através do Instituto para a Pesquisa Social da Universidade. Nasceu no dia 15 de julho de 1892, em Berlim, na Alemanha, tendo como característica a Teoria Crítica. Foi Filosofo, Sociólogo e Tradutor.

É uma boa pedida, como leitura..

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CABANAGEM

Hoje é uma data importante para o movimento cabano é a tomada da Província do Grão-Pará pelo revolucionários, através da cidade de Belém.

Procure nos arquivos de Setembro, matéria sobre Cabanagem.

DEMOCRATIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÕES (I)

Já publicamos vários artigos e matérias em jornais, panfletos, blogs e outros meios de informações mostrando a importância do debate público da democratização dos meios de comunicações.

Interessante que o novo clima contagiante que diversas categorias que desfrutam dos meios de comunicações, começam a alertar, o poder de influência que elas tem.

Para nós não é novidade, enquanto militante de movimentos sociais, percebe-se a preocupação dos "barões da mídia" com as redes sociais, que já mexe com um grupo significativo da sociedade e com a formação de opinião pública, principalmente através dos blogueiros progressistas. 

Sabemos que a mídia empresarial, sempre estará buscando a  " defesa da liberdade de expressão", mas não podemos, através do nosso governo democrático e popular, agora através de uma mulher que consegue chegar ao poder, que é a Presidenta Dilma Rousseff , defender aqueles interesses, e está aí uma mídia que não é educativa, e que são liberadas concessões para empresários que às vezes não sabe da dimensão de seu projeto e nem tem curso superior. Precisamos ter um discurso democrático e republicano.

Não podemos deixar de levar para a sociedade o debate público de diversos temas,  que a mídia empresarial considera de menor importância ou tabú.E o primeiro debate é a democratização dos meios de comunicações.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

JORNAL MAGABIRA - 2ª Edição

No início da semana recebí a 2ª edição do Jornal Magabira, que foi distribuído no dia 30 de Dezembro de 2010. O Jornal que tem a Produção sob a Coordenação da Sala de Informática "Eneida de Moraes", da Turma 801T e a responsabilidade da Professora Aricleide Tavares da EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira", do Conjunto Maguari.

Na Redação e Colaboração do Jornal estão as alunas Jaquelma Lopes, Armanda Aragão, Luã Remi, Walcilene Maia, Laila Moraes e Carla Karina Paixão.

Veja o que deu no Jornal Magabira.

Projeto em culminância : O Projeto Sexualidade: descobertas, cuidados e prevenções teve sua culminância nos dias 21 e 22 de  dezembro com a apresentação de slides dos alunos da 701M que deram um show de conhecimento ao abordar os temas como puberdade, sexualidade na adolescência, DSTs e Homossexualidade.

Hora de rir :

1  -  A mulher histórica - Sempre que chego tarde em casa, minha mulher se desespera e fica histórica.
- Não é histórica deve ser histérica.
- Não, histórica mesmo, pois vem sempre relembrando o passado.

2  -  O Idioma : - O idioma francês é mais interessante e útil dizia uma.
                            A outra: - Qual nada! Acho que é o idioma inglês.
                            Uma outra: - Mas o que vem a ser idioma?
                           - idioma quer dizer língua.
                           - É?! Então fiquem sabendo que eu gosto muito é de idioma de vaca com               cebolas      e    batatas. 

O Jornal possui outras informações interessantes que vamos continuar divulgando, e você que trabalha com projetos no ensino básico, vamos divulgar e trocar experiências com colegas de todo o mundo. Mande para o e-mail  j.lira.oliveira@uol.com.br, que divulgaremos.

   

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ENSINO PROFISSIONAL

Tendo como fonte o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, órgão vinculado ao Ministério da Educação, o Censo Escolar destaca a expansão e registra 51,1 milhões de alunos matriculados no ano passado, na rede básica pública e privada.

O destaque em algumas modalidades de ensino foi fundamental para essa expansão. Por exemplo, segundo o INEP, as matrículas na educação profissional cresceram entre 2002 e 2010 em 74,9%. Isto significa dizer que, em 2010 o Brasil teve matriculado na educação profissional 1,1 milhões de jovens em relação aos ano 2002; onde tínhamos apenas 652.073. Um avanço na educação profissional, demonstrando que tanto o governo federal, através de Lula, como o governo estadual através da ex-governadora Ana Júlia Carepa estavam no caminho certo.

Vale ressaltar que esta educação com qualidade, já que nossos alunos saem profissionalmente preparados para trabalhar em qualquer empresa, ou mesmo abrindo seu próprio negócio.

Outro dado interessante, é que desse total de alunos, 43,9% milhões estão em escolas públicas, ou seja, 85,4% e apenas 7,5% milhões em escolas particulares, sendo, portanto, 14,6% para um total de 194.939 estabelecimentos de ensino.

domingo, 2 de janeiro de 2011

POSSE DA DILMA

"Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher.

Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico desta decisão.

Sei, também, como é aparente a suavidade da seda verde-amarela da faixa presidencial, pois ela traz consigo uma enorme responsabilidade perante a nação.

Para assumi-la, tenho comigo a força e o exemplo da mulher brasileira. Abro meu coração para receber, neste momento, uma centelha de sua imensa energia.

E sei que meu mandato deve incluir a tradução mais generosa desta ousadia do voto popular que, após levar à presidência um homem do povo, decide convocar uma mulher para dirigir os destinos do país.

Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres, também possam, no futuro, ser presidenta; e para que - no dia de hoje - todas as brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher.

Não venho para enaltecer a minha biografia; mas para glorificar a vida de cada mulher brasileira. Meu compromisso supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos!

Venho, antes de tudo, para dar continuidade ao maior processo de afirmação que este país já viveu.

Venho para consolidar a obra transformadora do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, com quem tive a mais vigorosa experiência política da minha vida e o privilégio de servir ao país, ao seu lado, nestes últimos anos.

De um presidente que mudou a forma de governar e levou o povo brasileiro a confiar ainda mais em si mesmo e no futuro do seu País.

A maior homenagem que posso prestar a ele é ampliar e avançar as conquistas do seu governo. Reconhecer, acreditar e investir na força do povo foi a maior lição que o presidente Lula deixou para todos nós.

Sob sua liderança, o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da história.

Minha missão agora é de consolidar esta passagem e avançar no caminho de uma nação geradora das mais amplas oportunidades.

Quero, neste momento, prestar minha homenagem a outro grande brasileiro, incansável lutador, companheiro que esteve ao lado do Presidente Lula nestes oito anos: nosso querido Vice José Alencar. Que exemplo de coragem e de amor à vida nos dá este homem!! E que parceria fizeram o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar, pelo Brasil e pelo nosso povo!!

Eu e Michel Temer nos sentimos responsáveis por seguir no caminho iniciado por eles.

Um governo se alicerça no acúmulo de conquistas realizadas ao longo da história. Ele sempre será, ao seu tempo, mudança e continuidade. Por isso, ao saudar os extraordinários avanços recentes, é justo lembrar que muitos, a seu tempo e a seu modo, deram grandes contribuições às conquistas do Brasil de hoje.

Vivemos um dos melhores períodos da vida nacional: milhões de empregos estão sendo criados; nossa taxa de crescimento mais que dobrou e encerramos um longo período de dependência do FMI, ao mesmo tempo em que superamos nossa dívida externa.

Reduzimos, sobretudo, a nossa histórica dívida social, resgatando milhões de brasileiros da tragédia da miséria e ajudando outros milhões a alcançarem a classe média.

Mas, em um país com a complexidade do nosso, é preciso sempre querer mais, descobrir mais, inovar nos caminhos e buscar novas soluções.

Só assim poderemos garantir, aos que melhoraram de vida, que eles podem alcançar mais; e provar, aos que ainda lutam para sair da miséria, que eles podem, com a ajuda do governo e de toda sociedade, mudar de patamar.

Que podemos ser, de fato, uma das nações mais desenvolvidas e menos desiguais do mundo - um país de classe média sólida e empreendedora.

Uma democracia vibrante e moderna, plena de compromisso social, liberdade política e criatividade institucional.

Queridos brasileiros e queridas brasileiras, para enfrentar estes grandes desafios é preciso manter os fundamentos que nos garantiram chegar até aqui.

Mas, igualmente, agregar novas ferramentas e novos valores.

Na política é tarefa indeclinável e urgente uma reforma política com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.

Para dar longevidade ao atual ciclo de crescimento é preciso garantir a estabilidade de preços e seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo de nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo, da grande empresa até os pequenos negócios locais, do agronegócio à agricultura familiar.

É, portanto, inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade. O uso intensivo da tecnologia da informação deve estar a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte.

Valorizar nosso parque industrial e ampliar sua força exportadora será meta permanente. A competitividade de nossa agricultura e da pecuária, que faz do Brasil grande exportador de produtos de qualidade para todos os continentes, merecerá toda nossa atenção. Nos setores mais produtivos a internacionalização de nossas empresas já é uma realidade.

O apoio aos grandes exportadores não é incompatível com o incentivo à agricultura familiar e ao microempreendedor. As pequenas empresas são responsáveis pela maior parcela dos empregos permanentes em nosso país. Merecerão políticas tributárias e de crédito perenes.

Valorizar o desenvolvimento regional é outro imperativo de um país continental, sustentando a vibrante economia do nordeste, preservando e respeitando a biodiversidade da Amazônia no norte, dando condições à extraordinária produção agrícola do centro-oeste, a força industrial do sudeste e a pujança e o espírito de pioneirismo do sul.

É preciso, antes de tudo, criar condições reais e efetivas capazes de aproveitar e potencializar, ainda mais e melhor, a imensa energia criativa e produtiva do povo brasileiro.
No plano social, a inclusão só será plenamente alcançada com a universalização e a qualificação dos serviços essenciais. Este é um passo, decisivo e irrevogável, para consolidar e ampliar as grandes conquistas obtidas pela nossa população.

É, portanto, tarefa indispensável uma ação renovada, efetiva e integrada dos governos federal, estaduais e municipais, em particular nas áreas da saúde, da educação e da segurança, vontade expressa das famílias brasileiras.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, a luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos.

Uma expressiva mobilidade social ocorreu nos dois mandatos do Presidente Lula. Mas, ainda existe pobreza a envergonhar nosso país e a impedir nossa afirmação plena como povo desenvolvido.

Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte. O congraçamento das famílias se dá no alimento, na paz e na alegria. E este é o sonho que vou perseguir!

Esta não é tarefa isolada de um governo, mas um compromisso a ser abraçado por toda sociedade. Para isso peço com humildade o apoio das instituições públicas e privadas, de todos os partidos, das entidades empresariais e dos trabalhadores, das universidades, da juventude, de toda a imprensa e de das pessoas de bem.

A superação da miséria exige prioridade na sustentação de um longo ciclo de crescimento. É com crescimento que serão gerados os empregos necessários para as atuais e as novas gerações.

É com crescimento, associado a fortes programas sociais, que venceremos a desigualdade de renda e do desenvolvimento regional.

Isso significa - reitero - manter a estabilidade econômica como valor absoluto. Já faz parte de nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.

Continuaremos fortalecendo nossas reservas para garantir o equilíbrio das contas externas. Atuaremos decididamente nos fóruns multilaterais na defesa de políticas econômicas saudáveis e equilibradas, protegendo o país da concorrência desleal e do fluxo indiscriminado de capitais especulativos.

Não faremos a menor concessão ao protecionismo dos países ricos que sufoca qualquer possibilidade de superação da pobreza de tantas nações pela via do esforço de produção.

Faremos um trabalho permanente e continuado para melhorar a qualidade do gasto público. O Brasil optou, ao longo de sua história, por construir um estado provedor de serviços básicos e de previdência social pública. Isso significa custos elevados para toda a sociedade, mas significa também a garantia do alento da aposentadoria para todos e serviços de saúde e educação universais. Portanto, a melhoria dos serviços é também um imperativo de qualificação dos gastos governamentais.

Outro fator importante da qualidade da despesa é o aumento dos níveis de investimento em relação aos gastos de custeio. O investimento público é essencial como indutor do investimento privado e como instrumento de desenvolvimento regional.

Através do Programa de Aceleração do Crescimento e do Minha Casa Minha Vida, manteremos o investimento sob estrito e cuidadoso acompanhamento da Presidência da República e dos ministérios.

O PAC continuará sendo um instrumento de coesão da ação governamental e coordenação voluntária dos investimentos estruturais dos estados e municípios. Será também vetor de incentivo ao investimento privado, valorizando todas as iniciativas de constituição de fundos privados de longo prazo.

Por sua vez, os investimentos previstos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas serão concebidos de maneira a dar ganhos permanentes de qualidade de vida, em todas as regiões envolvidas.

Este princípio vai reger também nossa política de transporte aéreo. É preciso, sem dúvida, melhorar e ampliar nossos aeroportos para a Copa e as Olimpíadas. Mas é mais que necessário melhorá-los já, para arcar com o crescente uso deste meio de transporte por parcelas cada vez mais amplas da população brasileira.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, junto com a erradicação da miséria, será prioridade do meu governo a luta pela qualidade da educação, da saúde e da segurança.

Nas últimas duas décadas, o Brasil universalizou o ensino fundamental. Porém é preciso melhorar sua qualidade e aumentar as vagas no ensino infantil e no ensino médio.

Para isso, vamos ajudar decididamente os municípios a ampliar a oferta de creches e de pré escolas.

No ensino médio, além do aumento do investimento publico vamos estender a vitoriosa experiência do PROUNI para o ensino médio profissionalizante, acelerando a oferta de milhares de vagas para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade.

Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.

Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, consolidar o Sistema Único de Saúde será outra grande prioridade do meu governo.

Para isso, vou acompanhar pessoalmente o desenvolvimento desse setor tão essencial para o povo brasileiro.
Quero ser a presidenta que consolidou o SUS, tornando-o um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo.

O SUS deve ter como meta a solução real do problema que atinge a pessoa que o procura, com uso de todos os instrumentos de diagnóstico e tratamento disponíveis, tornando os medicamentos acessíveis a todos, além de fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde.
Vou usar a força do governo federal para acompanhar a qualidade do serviço prestado e o respeito ao usuário.

Vamos estabelecer parcerias com o setor privado na área da saúde, assegurando a reciprocidade quando da utilização dos serviços do SUS.

A formação e a presença de profissionais de saúde adequadamente distribuídos em todas as regiões do país será outra meta essencial ao bom funcionamento do sistema.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, a ação integrada de todos os níveis de governo e a participação da sociedade é o caminho para a redução da violência que constrange a sociedade e as famílias brasileiras.

Meu governo fará um trabalho permanente para garantir a presença do Estado em todas as regiões mais sensíveis à ação da criminalidade e das drogas, em forte parceria com Estados e Municípios.

O estado do Rio de Janeiro mostrou o quanto é importante, na solução dos conflitos, a ação coordenada das forças de segurança dos três níveis de governo, incluindo - quando necessário - a participação decisiva das Forças Armadas.

O êxito desta experiência deve nos estimular a unir as forças de segurança no combate, sem tréguas, ao crime organizado, que sofistica a cada dia seu poder de fogo e suas técnicas de aliciamento de jovens.

Buscaremos também uma maior capacitação federal na área de inteligência e no controle das fronteiras, com uso de modernas tecnologias e treinamento profissional permanente.

Reitero meu compromisso de agir no combate as drogas, em especial ao avanço do crack, que desintegra nossa juventude e infelicita as famílias.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, o Pré-Sal é nosso passaporte para o futuro, mas só o será plenamente se produzir uma síntese equilibrada de avanço tecnológico, avanço social e cuidado ambiental.

A sua própria descoberta é resultado do avanço tecnológico brasileiro e de uma moderna política de investimentos em pesquisa e inovação. Seu desenvolvimento será fator de valorização da empresa nacional e seus investimentos serão geradores de milhares de novos empregos.

O grande agente desta política é a Petrobrás, símbolo histórico da soberania brasileira na produção energética.
O meu governo terá a responsabilidade de transformar a enorme riqueza obtida no Pré Sal em poupança de longo prazo, capaz de fornecer às atuais e às futuras gerações a melhor parcela dessa riqueza, transformada, ao longo do tempo, em investimentos efetivos na qualidade dos serviços públicos, na redução da pobreza e na valorização do meio ambiente. Recusaremos o gasto apressado, que reserva às futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.

Meus queridos brasileiros e brasileiras, muita coisa melhorou em nosso país, mas estamos vivendo apenas o início de uma nova era. O despertar de um novo Brasil.

Recorro a um poeta da minha terra: "o que tem de ser, tem muita força".

Pela primeira vez o Brasil se vê diante da oportunidade real de se tornar, de ser, uma nação desenvolvida. Uma nação com a marca inerente da cultura e do estilo brasileiros - o amor, a generosidade, a criatividade e a tolerância.

Uma nação em que a preservação das reservas naturais e das suas imensas florestas, associada à rica biodiversidade e a matriz energética mais limpa do mundo, permitem um projeto inédito de país desenvolvido com forte componente ambiental.

O mundo vive num ritmo cada vez mais acelerado de revolução tecnológica. Ela se processa tanto na decifração de códigos desvendadores da vida quanto na explosão da comunicação e da informática.

Temos avançado na pesquisa e na tecnologia, mas precisamos avançar muito mais. Meu governo apoiará fortemente o desenvolvimento científico e tecnológico para o domínio do conhecimento e a inovação como instrumento da produtividade.

Mas o caminho para uma nação desenvolvida não está somente no campo econômico. Ele pressupõe o avanço social e a valorização da diversidade cultural. A cultura é a alma de um povo, essência de sua identidade.

Vamos investir em cultura, ampliando a produção e o consumo em todas as regiões de nossos bens culturais e expandindo a exportação da nossa música, cinema e literatura, signos vivos de nossa presença no mundo.

Em suma: temos que combater a miséria, que é a forma mais trágica de atraso, e, ao mesmo tempo, avançar investindo fortemente nas áreas mais sofisticadas da invenção tecnológica, da criação intelectual e da produção artística e cultural.

Justiça social, moralidade, conhecimento, invenção e criatividade, devem ser, mais que nunca, conceitos vivos no dia-a-dia da nação.
Queridos brasileiros e queridas brasileiras, considero uma missão sagrada do Brasil a de mostrar ao mundo que é possível um país crescer aceleradamente, sem destruir o meio ambiente.

Somos e seremos os campeões mundiais de energia limpa, um país que sempre saberá crescer de forma saudável e equilibrada.

O etanol e as fontes de energia hídricas terão grande incentivo, assim como as fontes alternativas: a biomassa, a eólica e a solar. O Brasil continuará também priorizando a preservação das reservas naturais e das florestas.

Nossa política ambiental favorecerá nossa ação nos fóruns multilaterais. Mas o Brasil não condicionará sua ação ambiental ao sucesso e ao cumprimento, por terceiros, de acordos internacionais.

Defender o equilíbrio ambiental do planeta é um dos nossos compromissos nacionais mais universais.

Meus queridos brasileiros e brasileiras, nossa política externa estará baseada nos valores clássicos da tradição diplomática brasileira: promoção da paz, respeito ao princípio de não-intervenção, defesa dos Direitos Humanos e fortalecimento do multilateralismo.

O meu governo continuará engajado na luta contra a fome e a miséria no mundo.

Seguiremos aprofundando o relacionamento com nossos vizinhos sul-americanos; com nossos irmãos da América Latina e do Caribe; com nossos irmãos africanos e com os povos do Oriente Médio e dos países asiáticos. Preservaremos e aprofundaremos o relacionamento com os Estados Unidos e com a União Europeia.
Vamos dar grande atenção aos países emergentes.

O Brasil reitera, com veemência e firmeza, a decisão de associar seu desenvolvimento econômico, social e político ao de nosso continente.

Podemos transformar nossa região em componente essencial do mundo multipolar que se anuncia, dando consistência cada vez maior ao Mercosul e à UNASUL. Vamos contribuir para a estabilidade financeira internacional, com uma intervenção qualificada nos fóruns multilaterais.

Nossa tradição de defesa da paz não nos permite qualquer indiferença frente à existência de enormes arsenais atômicos, à proliferação nuclear, ao terrorismo e ao crime organizado transnacional.

Nossa ação política externa continuará propugnando pela reforma dos organismos de governança mundial, em especial as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, disse, no início deste discurso, que eu governarei para todos os brasileiros e brasileiras. E vou fazê-lo.

Mas é importante lembrar que o destino de um país não se resume à ação de seu governo. Ele é o resultado do trabalho e da ação transformadora de todos os brasileiros e brasileiras. O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um:

Dos movimentos sociais,

dos que labutam no campo,

dos profissionais liberais,

dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores,

dos intelectuais,

dos servidores públicos,
dos empresários,

das mulheres,

dos negros, dos índios e dos jovens,

de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação.

Quero estar ao lado dos que trabalham pelo bem do Brasil na solidão amazônica, na seca nordestina, na imensidão do cerrado, na vastidão dos pampas.

Quero estar ao lado dos que vivem nos aglomerados metropolitanos, na vastidão das florestas; no interior ou no litoral, nas capitais e nas fronteiras do Brasil.

Quero convocar todos a participar do esforço de transformação do nosso país.

Respeitada a autonomia dos poderes e o princípio federativo, quero contar com o Legislativo e o Judiciário, e com a parceria de governadores e prefeitos para continuarmos desenvolvendo nosso País, aperfeiçoando nossas instituições e fortalecendo nossa democracia.

Reafirmo meu compromisso inegociável com a garantia plena das liberdades individuais; da liberdade de culto e de religião; da liberdade de imprensa e de opinião.

Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos, no nosso País e como bandeira sagrada de todos os povos.

O ser humano não é só realização prática, mas sonho; não é só cautela racional, mas coragem, invenção e ousadia. E esses são elementos fundamentais para a afirmação coletiva da nossa nação.

Eu e meu vice Michel Temer fomos eleitos por uma ampla coligação partidária. Estamos construindo com eles um governo onde capacidade profissional, liderança e a disposição de servir ao país serão os critérios fundamentais.

Mais uma vez estendo minha mão aos partidos de oposição e as parcelas da sociedade que não estiveram conosco na recente jornada eleitoral. Não haverá de minha parte discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir deste momento sou a presidenta de todos os brasileiros, sob a égide dos valores republicanos.
Serei rígida na defesa do interesse público. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. A corrupção será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para aturem com firmeza e autonomia.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, dediquei toda a minha vida a causa do Brasil. Entreguei minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou rancor.

Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem.

Esta dura caminhada me fez valorizar e amar muito mais a vida e me deu sobretudo coragem para enfrentar desafios ainda maiores. Recorro mais uma vez ao poeta da minha terra:

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem"

É com esta coragem que vou governar o Brasil. Mas mulher não é só coragem. É carinho também. Carinho que dedico a minha filha e ao meu neto. Carinho com que abraço a minha mãe que me acompanha e me abençoa.
É com este mesmo carinho que quero cuidar do meu povo, e a ele - só a ele - dedicar os próximos anos da minha vida.
Que Deus abençoe o Brasil!

Que Deus abençoe a todos nós!"


ESCOLA DE APLICAÇÃO

Recentemente foi inaugurado (20.12.2010) o Complexo Educacional da Universidade do Estado do Pará(UEPA), ambiente em que integra ações de ensino, pesquisa e extensão.

O Complexo, de convênio entre a Universidade e a Secretaria Estadual de Educação(SEDUC), tendo a participação efetiva das escolas estaduais de ensino fundamental e médio: "Vera Simplício", "Magalhães Barata" e Escola Técnica Estadual.

O importante é que nesta cooperação, os ambientes proporcionarão a troca de conhecimentos, sejam acadêmicas, como pedagógicas, através de bolsas para projetos de pesquisa; assim como estágios supervisionados.

Através dessa parceria, tendo como meta do governo popular da Governadora Ana Júlia Carepa, a escola "Vera Simplício" , funcionará também como laboratório pedagógico interligado a UEPA.

Dessa maneira, a Secretaria Estadual de Educação Ana Lúcia e a Reitora da UEPA Marília Brasil Xavier, estão de parabéns com essa iniciativa, inovando na educação metodologias avançandas.