O Sistema de Organização Modular
de Ensino – SOME completou no dia quinze do mês corrente trinta e quatro anos.
Considerado como um dos maiores projetos de inclusão social na Amazônia, no
momento está aguardando assinatura para entrar em vigor enquanto modalidade de
ensino, resultado da incansável luta da categoria dos educadores.
Neste momento são pertinentes
algumas reflexões sobre a educação no campo e nas ilhas, nas comunidades
quilombolas e indígenas devido à importância do Sistema de Organização Modular
de Ensino – SOME garantindo a educação como opção para os alunos onde não há
Ensino Regular.
É com orgulho e prazer que desenvolvo
atividades pedagógicas neste, há mais de vinte anos e poder escrever para
nossos leitores, professores e alunos desse grandioso projeto de política
pública para o interior de nosso querido estado do Pará. O SOME que se compõe
de jovens e adultos que se constituem como elementos fundamentais que buscam a
troca de saberes.
Como historiador, não poderia
deixar de tratar da história do Ensino Médio Modular, onde faço alguns recortes,
podendo visualizar aspectos que considero importante. Em primeiro seria o
início, que se deu em abril de 1980, sendo assumido e encampado pela Fundação
do Estado do Pará, mais conhecida como FEP. Neste momento, grande parte dos
municípios paraenses exigiu a implantação do 2º Grau para seus munícipes, já
que só na capital do estado possuía, logo seriam necessários gastos, despesas
para deslocamento, moradia e alimentação para quem quisesse estudar.
Foi necessária muita pressão,
para que o estado oportunizasse aos alunos do interior acesso à educação.
Podemos imaginar se ainda hoje, temos comunidades desassistidas em relação ao
ensino básico, imagine em 1980. Na verdade, sua implantação foi um luta das
comunidades, dos municípios organizados, dos prefeitos, de suas lideranças
comunitárias. Neste momento o governo pressionado e acuado chamou o grupo da
FEP para elaborar um projeto que atendesse os apelos e reivindicações desses
municípios. Sendo implantado inicialmente em quatro municípios: Nova Timboteua,
Igarapé Miri, Curuçá e Igarapé-Açu. Dois anos depois, ou seja, em 1982 passou
para jurisdição da Secretaria Estadual de Educação – SEDUC. A Secretaria
assumiu o SOME com números bastante elevados de circuitos ( Grupo de quatro localidades
onde os educadores trabalham) em vários municípios. O projeto favoreceu aos
alunos de forma tão positiva que se expandiu adequando-se à realidade dos
alunos da zona rural e outros. Entretanto,
não podemos esquecer que o SOME já era usado como estratégia política
beneficiando alguns grupos, ou seja, a cada ano que precedia o processo
eleitoral, o SOME crescia logo se deduz que com a implantação do projeto, o Ensino
Médio Modular servia como discurso dos políticos.
Muito bom, professor Ribamar
ResponderExcluirTambém acho, pois vc é um reflexo do ensino do Sistema Modular (SOME) pela aprovação no Vestibular.
ExcluirObrigado, vc é um ótimo professor.
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