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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Reforma e Contra Reforma, em São Raimundo (Bujaru)








Na quarta feira, que passou levei para conversar com os alunos do 2º ano, do ensino médio, do Sistema de Organização Modular - SOME, na localidade de São Raimundo, no município de Bujaru, o professor de filosofia Maclei Ferreira para tratar sobre Reforma e Contra Reforma. 






Um tema da História que considero polêmico,  foi muito bem exposto pelo referido professor, abordando de forma filosófica,  o que fez com que os alunos participasse efetivamente do debate.

domingo, 15 de novembro de 2015

Desflorestamento e Queimadas na Amazônia









O desflorestamento praticado pelo ser humano na Amazônia, é muito sério. Desde a chegada do europeu, em busca do lucro, o desmatamento é constante, fazendo com que a região tenha perdido parte significativa de sua floresta. 






 Com a urbanização, o aumento da população e a expansão das grandes industrias, notamos muitos campos de futebol foram desmatados.









No momento, com a falta de chuvas em várias áreas dessa região, as queimadas e incêndios florestais nas beiras das estradas, principalmente, nas BRs, e ramais para outras práticas de cultivos tem prejudicado bastante, tanto o homem, como o terreno.








Inclusive, nas práticas das famílias tradicionais da Amazônia, como na fabricação de carvão,  tem contribuído decisivamente para a falta da mata verde.

 





O resultado é a falta de chuvas e os igarapés que estão diminuindo seu volume de água. Triste essa situação.









sexta-feira, 6 de novembro de 2015

São Sebastião: História e Memória




Os aluno(a)s do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, produziram a obra do Projeto São Sebastião: História e Memória, sob coordenação dos Professores Valdivino Cunha, Beatriz Brito, Valdecir Silva, Lásaro Sebastião e este amigo. A execução do projeto se deu durante o período do III Módulo, na Vila de São Sebastião, município de Bujaru. O principal objetivo foi resgatar a história e memória da Vila, através de alguns temas que foram debatidos e escolhidos pelos alunos em sala de aula. Com a pesquisa de campo foi possível verificar a interação com a comunidade, principalmente, com as pessoas com mais experiências e as principais lideranças que disponibilizaram em participar das rodas de conversas com os grupos responsáveis e com os orientadores. Em forma resumida, eis a produção. Ressalto, que este projeto tem várias imagens e documentos, que não são possíveis postar e divulgar em virtude do espaço. 

Igarapé Guajará Açu



Histórico


A Vila de São Sebastião, localiza-se no Distrito de Guajará-Açu, pertencente ao município de Bujaru, um dos municípios do Estado Pará, que possui no total de 144.




Para o Sr. Ademir Queiroz de Oliveira Nunes, que é agricultor e ex vereador por dois mandatos (1988-1992 e 1992-1996) em sua narrativa histórica quando relata sobre o passado da comunidade, segundo ele, alguns anos atrás para se chegar a capital do Estado, Belém, a arrumação durava oito dias e a viajem quatro dias. A saída das embarcações pelo igarapé Guajará era através das bajarás a leme.


Para D. Nanci de Oliveira Nunes, do Ramal Guajará Açu, A Vila de São Sebastião foi fundada há mais de setenta anos atrás. A comunidade era bastante humilde e simples, como sua característica até hoje. Segundo ela, a Igreja Católica era de madeira em forma de barracão, sendo um dos principais idealizadores da construção da Igreja em alvenaria foi o Senhor Ademir Queiróz de Oliveira Nunes, trabalhador rural, muito dedicado e Presidente do Centro Comunitário da comunidade.

O importante frisar que a população se alegrava e continua animada com as principais festas tradicionais religiosas com a participação efetiva dos seus devotos: Festa de São Sebastião e de Nossa Senhora de Nazaré.

E continua, a roda de conversa com Dona Nanci Nunes, ressaltando que as pessoas são muitas trabalhadoras, com sua produção nas lavouras, com as plantações de mandioca, milho entre outros. Haviam comboios de burros que carregavam cargas de farinha. Antigamente os transportes eram os cavalos, sendo que as pessoas deslocavam pelos caminhos, já que não havia estrada.

Alguns anos atrás um Senhor chamado de Antônio Malcher foi um homem muito dedicado e trabalhador que construiu várias casas; além de possuir um comércio e trabalhava, também, com a criação de animais entre eles galinhas, frangos e porcos.

Para o Seu Maurilo Santa Cruz de Oliveira, a comunidade foi fundada em 1945, iniciando a fundação o Senhor Otávio Queiróz, sendo a base da produção da comunidade a lavoura.

Ela acrescenta que com a participação do Padre Carlos Barromeu foi fundamental na construção e ampliação da Igreja Católica na comunidade. Sendo São Sebastião e Nossa Senhora de Nazaré os principais padroeiros da comunidade e exaltados pelos fiéis.



Tia Nica, como é conhecida na Vila da Paz, nasceu às margens do igarapé Guajará-Açu, na Vila Nova Paz, 88 anos, católica fala saudosa do seu tempo de juventude. Fala do igarapé, da vila e do povo. Sobre igarapé Guajará-Açu, diz que ele já fora caudaloso, servindo inclusive como via de transporte, quando não se deslocava a pé, ou de reboque, um dos quais de seu compadre Claudio que além de transportar gente transportava também mercadoria como farinha e outras mercadorias. Ela lembra que uma viagem da sua vila a Belém, durava em média, cinco dias, por isso era necessário ter como acessório de viagem, lenha, um fogãozinho, pois o tempo da viagem estava atrelada aos movimentos da marés.  Segundo ela, a vila em que  mora foi invadida no período em que o Governador do Pará era O coronel Barata, num período em que conta, ela deixando escapar um pouco de revolta, queriam tirar todas as terras dos paraenses. Nesse período o governador da época Manoel Barata, determinou que as terras deveriam ser distribuídas com os próprios moradores da localidade para evitar que ficassem sem terras.

             O deslocamento de pessoas só veio a melhorar após a abertura do ramal que deveu-se ao Prefeito Miguel Bernardo, que foi uma promessa de campanha ao moradores da Vila da Paz, ligando a vila da Paz a comunidade de São Raimundo.

 Falando sobre a economia da Vila, ela diz que um dos primeiros comerciantes da Vila foram seus compadres Claudio e Bernardo.

Uma de suas preocupação é deixar, quando partir desta vida para a outra, como ela costuma dizer, “deixar os filhos agasalhados”. Ela nos ensina com a sabedoria que a experiência de vida lhe possibilitou é que quem mora na colônia, não há emprego, e por isso a principal atividade é fazer farinha, porque, segundo ela, “não tem graça morar na colônia e comprar farinha”.

Ela lamenta ainda não haver um pequeno comércio e por isso mesmo precisa ir pra Bujaru, fazer as compras. Ela disse que o terreno só é repassado entre parentes para evitar que um estranho mal intencionado venha se instalar e trazer problemas a Vila que ela tem o domínio total, é ela quem determina quem deve e quem não deve morar lá uma vez que o documento da Vila está legalizado em seu nome. Perguntada se queria morar em Belém, ela diz que lá somente a passeio, nada mais. Reclamou do problema da violência que impera em Belém e no Brasil. Não ficou também fora de suas preocupações a questão das drogas que tanto mal traz a sociedade brasileira. Alertou que os criminosos estão usando as vilas interiorizadas como refúgio para fugirem da polícia e que isso traz grande insegurança as vilas interiorizadas, inclusive a sua. Ela diz que hoje em dia as coisas estão fáceis, bem diferentes de seus tempo, que era bastante difícil a vida. Ela com sua religiosidade agradece a Deus por tudo.
                                                                                                          
Para Dona Maria Mônica Oliveira Gomes, de 78 anos, que conheceu a primeira Escola da Vila, que ficava na casa antiga do Seu Urbano.  Segundo ela, a Escola era de madeira, com a Professora Osmarina Cardoso, de Belém, logo depois veio outra Professora que tinha estudado em Belém, irmã do Branco, Esmeraldina Mendonça Gomes. Também, ressalta que a Igreja de início era formado com um barracão grande de cavaco, que era realizado de 15 em 15 dias leilões para arrecadar fundos para construção da Igreja de alvenaria, sob organização do Padre Carlos, que trazia de Belém diversos prêmios para o sorteio.

Dona Maria Mônica Oliveira Gomes, ressalta saudosa os bons tempos que na vida viveu, inclusive, lembra, no período da festividade de São Sebastião que ocorre no mês de janeiro, a vila atinge seu ponto máximo de religiosidade, festividade, sagrado e profano. Ela ressalta que entre outras atividades, vale destacar no período da festividade, um dos pontos importante da festa era a participação da banda musical que era composto por membros da localidade como o senhor Urbano, Adrião, Paçoca, Pedro Rosa, Caxeiro, Aluísio, Basílio, entre outros que animavam a festa que só tinha hora pra começar, pois varava noite a dentro e só terminava a festa quando o sol raiava.

A Igreja Católica recebeu apoio de várias pessoas, inclusive do Deputado Estadual João Diogo, que contribui com alguns milheiros de tijolos e telhas. Na construção, limpeza e conservação, neste momento, da Igreja, foi fundamental, também, a participação de várias mulheres como D. Gertrude, D. Bertolina, D. Albertina, D. Brasilina, D. Sebastiana entre outras. Tudo isso, segundo D. Maria pelos idos de 1945, portanto, na década de 40 do século passado. Na roda de conversa com D. Maria, enfatizou que votou no Governador Barata e que seu avô Francisco Gonçalves de Oliveira era liderança política, quem ele dissesse para votar, esse seria o candidato de quem estava aliado a ele, além da família e amigos que apoiavam, portanto, o famoso “voto de cabresto” predomina na região, o que não é novidade. E continuando a conversa, ela fez a diferença entre a educação atual e a educação de seu tempo. Demonstrou que durante sua adolescência quando estudava, não tinha transporte escola e nem merenda. As mães faziam as merendas que vinham nas latas, já que não sabiam que horas retornariam para casa, já que naquele tempo a educação era autoritária, se o aluno fizesse algo errado a professora, por exemplo Osmarina, fazia com que o aluno ficasse de braços abertos na porta não tendo hora para sair. Toda essa forma de educação era com consentimento dos pais e da família. A famosa sabatina, dava medo, segundo D. Maria. Se errasse o resultado que era perguntado da tabuada levava palmadas da palmatória, que era grande, de acapu, ainda possuindo uns buracos no meio. Quando um aluno(a) batia com pouca força, D, Osmarina dizia: “deixa te ensinar, que é assim” ou seja, com muita força. Segundo ela, a própria Professora já fazia temer de todos, com aproximadamente cinquenta alunos.

Para Dona Ana Farias Barros, Guajará Açu, a comunidade de Nova Paz foi fundada em 1963, naquela época era tudo muito pobre, inclusive, a Igreja era de madeira e até hoje, ainda é, mas estão com planos de construir uma Igreja nova, bem bonita e organizada.

Antigamente a comunidade era chamada de São José por causa do padroeiro da Igreja, mais alguns anos depois mudou o nome da Vila para Nova Paz. A igreja foi formada pelos seguintes integrantes: Maurilo da Conceição, Ivone Oliveira, Ana Farias Barros entre outros.

Logo quando foi fundada a Vila, eram poucas pessoas que moravam lá, mas com o tempo a comunidade cresceu. Surgiram várias pessoas para morar na Vila, Há algum tempo atrás não tinha energia, era tudo a luz de vela ou a motor. Não passava transporte na comunidade, quando as pessoas tinham que viajar, elas andavam quilômetros para pegar a condução. Mas agora mudou, tem energia na Vila, passam carros em frente das casas, fazendo com que terminassem vários problemas na comunidade.

GEOGRAFIA / ATIVIDADES ECONÔMICAS

A Vila de São Sebastião fica 10 km da PA 140 e 36 km da cidade de Bujaru. Outra possibilidade de acesso, quem sai de Belém para a comunidade, é pela Rodovia da Alça-Viária, com acesso pelo Km 24, com aproximadamente 65 Km, com duração de duas horas em transporte pequeno.
A base das atividades econômicas da Vila de São Sebastião é a agricultura com as produções de subsistências e plantação de mandioca. Geralmente, a produção é trabalhada em dois períodos, que é a roça de verão e a roça de inverno.  
A roça de inverno se planta, principalmente, no mês de janeiro, enquanto a roça de verão, geralmente, é plantado no mês de maio ou junho.

A pecuária, praticamente, não se ver por aqui, porém, temos a criação de galinhas e frangos para subsistência das famílias. Um ou outro, de forma esporádica, que vende a famosa “galinha caipira”.

 EDUCAÇÃO

Para Aniete Barros, técnica pedagógica da Escola, que fez a educação básica aqui mesmo no espaço rural quando estudou na adolescência, os professores que vinham trabalhar com eles não tinham formação especifica, ou seja, só possuíam o magistério, diferente de hoje, que o quadro de professores são formados com curso superior e a maioria foram aprovados em concurso público para exercer esse tipo de atividade.


Escola Municipal São Sebastião


Durante o período em que estudou, fez a modalidade da EJA – Estudos de Jovens e Adultos, por etapas, no ensino fundamental e como não tinha o ensino médio foi estudar na cidade de Bujaru.

Para ela, antes de 1999 estudava até a 4ª Série em São Sebastião, depois procurava amigos ou quem tinha parente ia estudar em Belém, Santa Izabel ou Bujaru, ou ainda, no caso das meninas que iam trabalhar na casa de família e aproveitavam e estudavam. O fundamental iniciou em 2000 e em 2006 começou funcionar o fundamental maior e ensino médio pelos Sistema de Organização Modular de Ensino.

 É importante ressaltar, frisa Aniete que com o início do ensino médio, muita gente que já tinham terminado o fundamental e estavam parados retornaram para sala de aula, concluindo o ensino o ensino médio, o que foi fundamental para o desenvolvimento da comunidade, inclusive algumas continuaram a formação através da Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará, através de alguns programas como o Projeto Gavião, Programa de Estudos Adicionais entre outros.

E continua, que tem vários alunos que já concluíram o ensino médio que foram aprovados nos vestibulares seja nas faculdades particulares, seja em faculdades públicas, porém, a dificuldade é para se manter durante esse período em que está estudando. A técnica pedagógica Aniete, ressalta se tivesse faculdade com cursos intervalares, facilitaria mais para nossos alunos, inclusive já aconteceu a desistência de alguns nas faculdades por falta de condições financeiras para essa manutenção ou falta de documentos que implica, também, na continuação dos estudos de nossos alunos, além das faculdades serem muito longe.

Para a aluna Daniele Barros Pereira, nossa educação poderia ser melhor se tivesse uma sala ambiente adequada para cada disciplina, uma sala especifica de computação, uma biblioteca que atendesse as reais necessidades da comunidade escolar e em geral.

Para a Professora Maria Maturina de O. Souza, Pedagoga, que possui 53 anos, natural de Bujaru, residente na localidade de São Sebastião, morando 34 anos na região. Segundo a Professora, a Escola São Sebastião possui registro, sendo fundada há a 34 anos, tendo aproximadamente 170 alunos. A Escola possui da Pré-escola até o Ensino Médio, sendo da Pré-Escola até o Fundamental pertencente a Secretaria Municipal de Educação –SEMED e o Ensino Médio pertencente a Rede Estadual, através da modalidade de ensino Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, funcionando com a 1ª, 2ª 3ª séries.

 A Escola possui sete professores da rede municipal, totalizando trinta funcionários, entre professores, secretários, serventes e apoio. A Escola faz parte do Programa do Governo Federal, através do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD recebendo consecutivamente, com base no Programa. Além do livro didático, a Escola recebe bens de consumo e bens permanentes, seja através do município, seja de programas e verbas federais, como cadeiras, mesas, computadores, televisores, ventiladores, Data show entre outros.

Religião

O padroeiro da localidade é São Sebastião. Segundo sua história, quando Sebastião era ainda pequeno, sua família mudou-se para a cidade de Milão, bem mais próxima de Roma, que era a capital do Império. Ali morreu seu pai, ficando o menino entregue aos cuidados maternos. Sua mãe era cristã e isso não era tão comum naquela época, lá pelo ano de 284 D.C., portanto, no século I de nossa era.


São Sebastião: Padroeiro da Comunidade

O catolicismos ainda é hegemônico na Vila de São Sebastião em que pese o avanço de outras vertentes evangélicas e um dos pontos máximos da Vila é exatamente no mês de janeiro quando comemora-se a festividade de São Sebastião, padroeiro da Vila, além das festividades do Círio de Nazaré que é a maior manifestação de fé católica do povo paraense e também do Padroeiro de Bujaru, São Joaquim que se comemora.



Conta a história que a devoção a São Sebastião deu-se pelos fato de que os cristãos eram perseguidos como inimigos do Estado pelo fato de não adorarem aos deuses pagãos. Todos que adotassem essa nova religião, o cristianismo eram aprisionados e tinham seus bens confiscados.

Daí, então, a mãe de Sebastião, sendo cristã transmitiu ao filho o dom da fé em Cristo.                     
Para D. Benedita de Sales Oliveira, 60 anos, paraense, residente na Vila de São Sebastião aproximadamente 45 anos, ressaltou que a Comunidade de São Sebastião foi fundada em 1943, pelo Sr. Amando Gomes. 

E continua seu relato, atualmente a Comunidade possui mais de duzentas pessoas, sendo realizado o culto aos domingos. No momento a paróquia possui um padre. Geralmente, a média de pessoas que participam dos cultos chegam aproximadamente 50 pessoas. 
      
                 D. Benedita Oliveira continua e diz: ¨O Sr. Amando Gomes, tinha um pai que era muito devoto de São Sebastião. Um dia sua filha adoeceu muito, e ele fez uma promessa, que se a filha ficasse curada, todo ano ele ia comemorar o festejo do Santo. E assim se fez a filha dele ficou boa, e ele passou a comemorar o aniversário do mesmo no dia 19 de janeiro.


E todo ano é comemorado, com muita alegria, prazeroso e satisfação o aniversário do padroeiro da Comunidade. A religiosidade em torno de São Sebastião unia os moradores em uma procissão que acontece todos os anos no dia 20 de janeiro.


         IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR



Para Dona Maria de Jesus Oliveira Gaia, 54 anos, com oito filhos e residente na comunidade de São Marcos, a Igreja chegou na localidade no dia 10 de abril de 1988, através de duas pessoas importantes: D. Custódia de Jesus Oliveira e Maria de Jesus Oliveira Gaia, que na época de fundação eram jovens que estavam na faixa de 19 anos.

Os primeiros frequentadores da Igreja foram os seguintes membros: Mônica Oliveira Lima e seu esposo Amadeu Lima. O casal Virginio Gaia Neto e Maria de Jesus Oliveira Gaia e Custódio de Jesus Oliveira, onde procuraram ampliar e dinamizar o raio de ações da congregação, sendo o cooperador Luiz Santiago Costa o principal fundador na comunidade. Logo depois, veio os cooperadores Adelino, Virginio Gaia Neto e Raimundo de Jesus Oliveira. Sendo o cooperador Luiz Santiago Costa quem construiu a primeira Igreja.

O prédio principal da Igreja que fica na Vila de São Marcos, bairro da Zona Rural, é dirigida atualmente pelo Senhor Virginio Gaia Neto. O principal objetivo é atender os membros e os frequentadores da Igreja.
ASSEMBLEIA DE DEUS

Para o Senhor Cristiano Oliveira Silva, 39 anos, servidor estadual, morador de Guajará Açu, o principal objetivo da Congregação é: - “trabalho de evangelização da palavra de Deus”. Sendo seus principais fundadores Antônio Malcher, Aluísio Gomes e Sinésio Barros.

Entre os projetos para o futuro, segundo Cristiano Silva, é “Desenvolver um trabalho de orientação aos nossos jovens, como palestra, aconselhamento e orientação para um futuro melhor”.


CONGREGAÇÃO VITÓRIA EM CRISTO

Para o Pastor Ernestino Gaia teria sido fundada no dia 08 de janeiro de 199, pelo Senhor Jonas Vasconcelos de Jesus, tendo como principal objetivo requerer medidas apropriadas e poder ganhar almas. Para ele a Igreja não possui regras rígidas, porém tem como princípio obedecer a Deus para quem tem juízo.

Atualmente a nível mundial, a Igreja tem 145 anos, com mais de 35 espalhadas em diversas capitais, cidades e localidades.

 ENTIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS

Segundo o aposentado, como trabalhador rural, João Raimundo da Silva, sessenta anos, com dezenove anos morando no alto Guajará-Açu aborda em sua entrevista que a Associação dos Agricultores Unidos pela Pirâmide, que atende o trabalhador rural há oito anos traz alguns benefícios para seus associados como construções de casas, assistência técnica, hortas medicinais entre outros benefícios.

A Associação recebe benefício do governo federal através de alguns programas como o PRONAF e PROAGRI, onde são beneficiadas treze famílias, inclusive, todos recebem Bolsa Família. Até o momento a Associação não possui sede própria, mas é um dos objetivos de seus membros que no futuro se construa a sede em residência fixa.

Uma das Associações importantes por essa região é a Associação do Cajuíra, que tem como um dos principais objetivos atender os pequenos trabalhadores rurais. A entidade funciona há mais de dez anos. Entre as principais lideranças e presidentes da Associação nós tivemos o Senhor Júlio Miranda e Clédson Barros. O transporte é outra ação que os trabalhadores rurais saem beneficiados, com a participação efetiva de mais de vinte membros ligados diretamente a agricultura. É importante ressaltarmos que a entidade as vezes recebe benefícios dos governos federal, estadual e municipal.
                                                 
Plantas Medicinais

Dona Maria Paula, de 77 anos, residente na região do Alto Guajará, sendo trabalhadora rural aposentada e curandeira, com vinte e três anos moradora da localidade, para ela as plantas medicinais mais conhecidas da região são: Arruda, Babosa, Catinga de Mulata, Capim-Santo, Andiroba, Hortelã, Matruz entre outros.

Com sua experiência atende pedidos de muitas pessoas que são produzidos com as plantas medicinais que acreditam e tem fé em seu poder de cura, principalmente nas garrafadas, para dores como chá de hortelã, chá de arruda, chá de mucuracaá e entre vários que são feitos pelas suas próprias mãos. 

Material: Hortelã, serve para má digestão, vômitos, cólicas em bebe, cólicas renais entre outras.
Má digestão: Ferva cinco folhas de hortelã em um copo de água e deixe repousar por alguns minutos e tome devagar.

Vômitos: Ferva cinco gramas de hortelã em um copo com agua quente, adoçar e tomar em seguida, ainda morna.

Cólicas em bebe: Retire o sumo do hortelãzinha misture com uma xícara de leite materno e dê para o bebe três vezes ao dia.

Material:  Mastruz, serve para dores e inflamações no estomago. Coloque um litro de água com quatro galhos de matruz. Guarde na geladeira e tome uma xícara antes das refeições.

Murucaraá: Serve para dores de cabeça, põem-se uma planta que contém veneno não por ser ingerida, use as folhas murchas para fazer banho e lavar a cabeça.

INFORMANTES
Ana Farias Barros
Aniete Barros
Antônio Simão Gaia de Sales
Benedita de Sales Oliveira
Cristiano Oliveira Silva
Daniel Amaral da Silva
Diego Freitas Souza
Elisângela Cristina de Oliveira Barros
Elizomar Aquino Silva
Isabel da Silva Barros
João Raimundo da Silva
José Nazareno Gaia de Goes
Margarida de Jesus Oliveira
Maria das Graças Oliveira Gomes
Maria de Jesus Oliveira Gaia
Maria Maturina de Oliveira Souza
Maria Mônica Oliveira Gomes
Maria Nortecia da Silva Sales
Maria Paula
Murilo Santa Cruz de Oliveira
Nanci de Oliveira Nunes
Natanias Oliveira da Trindade
Raimundo Pereira da Silva
Raimundo Roberto Gomes Malcher
Raimundo de Jesus Oliveira
Rafael Silva
Suzana Oliveira Barros de Jesus
Virginho  Gaia Neto
Wanilza Góes da Silva