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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Revisitando alguns aspectos do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME




Como inicia a última semana de férias do ano, para os trabalhadores em educação do Estado do Pará, precisamos levar em consideração alguns aspectos sobre uma das modalidades de ensino praticada no interior.


Na próxima semana inicia mais um módulo ou continua o segundo, considerando que essa reflexão sirva como ponto de referência para os trabalhadores lotados no SOME e sua organização política diante da conjuntura que irão enfrentar a partir do semestre vindouro. Com vinte anos governando o Estado, os tucanos, no momento representado pelo Governador, não tem a preocupação pedagógica com a educação, notamos isso nos levantamentos dos dados das principais instituições e entidades que pesquisam educação no país, quando os índices desses dados ficam em baixa, em se tratando de Estado do Pará. A grande preocupação que temos é com as diversas ameaças de terminar ou minimizar o SOME, já que o discurso do governo é ampliar o ensino médio regular. Sabemos que com a implantação do ensino regular em várias localidades do Estado não resolveria a precariedade da educação pública do Estado em que se encontra. Em muitos municípios faltam educadores de várias disciplinas, portanto, o maior prejudicado continuaria sendo o alunado.

Quando não há investimento na educação, alguns elementos tendem a se deteriorar, daí a falta de professores em algumas disciplinas, principalmente de física, química e filosofia.  Um outro elemento fundamental para educação, é o aluno, que é a principal peça do sistema. Quando o aluno se ver sem incentivo e motivação, procura outros meios de sobrevivência, fazendo com que muitos abandonem a Escola para contribuir na renda familiar.  Essas desistências prejudicarão o futuro da sociedade.

Ao longo desses 36 anos de SOME, essa modalidade de ensino sempre serviu como discurso e moeda de troca para eleger deputados, prefeitos e vereadores. O que temos hoje? Alguns desses políticos estão procurando sair e tirar suas responsabilidades, principalmente a prefeitura dos municípios, onde funciona o Módulo, alegando que o ensino médio é de responsabilidade do Estado, enquanto o fundamental menor e maior fica o município. Isso faz com que o convênio do Estado com o município fique só na boca.  Enquanto isso, o professor que se desloca para trabalhar pelo SOME, em muitas localidades fiquem nas expectativas se tem local para residirem e em outras localidades, nem casa tem.

Situação séria na educação modular do Estado, essas meditações precisam ser debatidas, articuladas, organizadas pela categoria, para que não aconteça como foi em 2003. Só a categoria unida, poderá reverter esse discurso do governo tucano de minimizar ou exterminar o maior projeto de inclusão social da Amazônia.

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