terça-feira, 27 de junho de 2017

O que a imagem de Michel Temer o nos diz (ou poderia dizer)


                                                                    Valdivino Cunha da Silva*


Quando alguém que já ultrapassou a faixa etária dos 60 anos, cabelos brancos, com marcas dos tempos nos rostos pega um microfone ou vai fazer uso da palavra, a gente pensa logo - ou pelo menos cria-se a expectativa - de que dali sairá algo de bom, de serenidade, tendo como referencial a experiência de vida e, portanto, a busca da verdade e da ética. Essas imagens se desfazem totalmente quando associamos ela a Michel Temer.



Quando um homem público usa a tribuna, espera-se que ele se pronuncie defendendo a justiça, e o bem comum. Não é bem o caso do Michel Temer, este quando vai a tribuna é para se autodefender e desqualificar a justiça, com contraofensivas, dizendo que não há provas cabais que o incrimine, seguindo as orientações de seus defensores, pagos a preços exorbitantes com o dinheiro público, portanto, meu e seu.



Quando alguém de uma certa idade usa palavra para se defender, espera que ele nos deixe convictos de que fala a verdade e que seus contra-argumentos são sólidos, consistentes. Não é bem o caso Michel Temer, ele o faz de forma vaga, cambaleante. Nega veementemente, por exemplo, que os áudios nos quais foi flagrado, são montagens. Pede a um perito altamente suspeito - aquele mesmo que afirmou pericialmente que não houve chacina em Carajás - para fazer um laudo. Este diz que há indícios de fraudes nos áudios usados por Joesley Batista para grampear Temer. Aí, vem a Polícia Federal é diz que os áudios são verdadeiros e que não houve montagens nem cortes, pelo contrário, deixa-o ainda mais desnudo.



Quando ele vem, em seus inúmeros pronunciamentos públicos, desfazer aquilo que todo mundo já sabe ser verdade, uma vez que é o próprio Ministério público que faz a denúncia, ele tenta passar um “ar” de normalidade com um sorriso forçado nos lábios, mas o que todo mundo sabe é que por dentro ele está dilacerado, ou pelo menos deveria estar. Usa a crise financeira como a justificar toda sua desfaçatez, esquece-se, porém, da crise ética e moral de seu governo.



Quando tem se a notícias de mais um desvio de dinheiro público, é preciso parar, pensar e fazer a contas. É preciso ter referencias para se ter noção do tamanho do montante desviado, pois as cifras são exorbitantes.



Dias desses, o Presidente foi à Noruega, apontado como um dos países menos corrupto do mundo. Eu fico a me perguntar como ele se sentiu perante as autoridades norueguesas sendo ele acusado por Joesley Batista na Revista Época como “ O chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”. Ele deve pensar com seus botões de que apesar de ter poucos amigos, tem muitos, muitos cúmplices, especialmente na Câmara Federal e no Congresso Nacional.



Finalizo este texto com o discurso inicial e atualizadíssimo de Cícero, exímio orador da Roma Antiga, dirigido a Lucio Sérgio Catilina, militar e senador de Roma que tentou derrubar a República Romana:



- Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?


- Por quanto tempo ainda a tua loucura há de zombar de nós?



- A que extremos há de precipitar a tua desenfreada audácia?


* O autor é educador e sociólogo da 11ª Ure (Santa Izabel, Pará, Brasil).

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Dia do Professor de Geografia





Parabenizo todos os colegas que trabalham com a Geografia.

sábado, 24 de junho de 2017

Reflexão



Quando tocamos em algo, deixamos as nossas impressões digitais. Quando tocamos as vidas das pessoas, deixamos nossa identidade. A vida é boa quando você está feliz. Mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por causa de você. Nada na natureza vive para si mesmo. Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. Todos nós nascemos para ajudar uns aos outros. Não importa quão difícil seja a situação em que você se encontra; continue fazendo o que gosta e dando belos frutos para proporcionar felicidades para quem gosta.


Tenha um excelente final de semana!

sábado, 17 de junho de 2017

SOME: Lutas e conquistas por uma educação digna e de qualidade







Nesses 37 anos de Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, a comunidade escolar se mobilizou de diversas maneiras de ações e se articula para a manutenção dessa política pública de qualidade, no Estado do Pará, Brasil.






Como a educação pública e de qualidade nunca foi prioridade para setores conservadores e oligarquias locais que tem governados o Estado, a pressão é constante sobre a educação pública da zona rural, principalmente, para os ribeirinhos, quilombolas, povos das florestas e do campo. 







Tanto os educadores, pais dos alunos, alunos e comunidades estão em constante organização para a manutenção dos programas que são beneficiados seus filhos. No momento, uma dessas políticas públicas passa pelo avaliação do governo estadual, com substituição de outros programas menos eficazes, como o projeto mundiar, que irá beneficiar o grupo da família marinho, tornando-se mais rica, ainda.  





Porém, as categorias estão sempre mobilizadas e organizadas para enfrentar os embates, que estão acontecendo contra a precarização da educação pública e de qualidade. 




As imagens retratam muito bem o poder de mobilização.






















Imagens retiradas de vários grupos de educadores do Some.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Imagens do Some






Algumas imagens marcantes, do Sistema de Organização Modular de Ensino, nas populações ribeirnhas, camponesas, quilombolas e das florestas, no Estado do Pará.