segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

*O pobre de direita é um figurante de burguês*





Por José Menezes Gomes*


O pobre de direita se acha liberal mesmo não tendo capital e propriedade.


Ele é contra os direitos trabalhistas pois espera um dia ter capital e propriedade para ser um explorador da força de trabalho dos outros.


Ele é contra os direitos sociais pois acha que isto irá reduzir os seus lucros futuros, quando ele for capitalista e puder explorar os trabalhadores, sendo que ele é trabalhador mas não se reconhece como tal.


Ele é contra o Estado pois acha que quando ele tiver capital e propriedades não vai querer que o Estado estabeleça limites ao seu desejo de ficar rico explorando os trabalhadores.


O pobre de direita é o produto melhor elaborado pelos mecanismos de produção de ideologia burguesa para a defesa dos burgueses que tem capital, que tem propriedade e que estão na gestão do Estado para não pagar impostos, para receber subsídios e incentivos fiscais, para ganhar dinheiro comprando títulos da dívida pública e terem o controle dos meios de comunicação de forma a propor o mundo dos ricos como o objeto a ser defendido mesmo que a riqueza da burguesia fosse fruto da exploração dos também pobres de direita.


Ele passa a vida toda sonhando ser burguês, mas sem capital e propriedade e sendo explorado.


Entretanto, ele é muito útil para a burguesia, pois já que não tem nem capital, nem propriedade capitalista ele se torna o cão de guarda da classe que um dia sonha ser.


Sendo assim, ele vai para as ruas defender o capitalismo e vê nos trabalhadores esclarecidos e organizados os seus inimigos de classe.


O pobre de direita além de ser um figurante de burguês é terreno fértil para o fascismo.


Portanto, o pobre de direita é um figurante de Burguês que no momento de crise do capitalismo se comporta como um pitbull da burguesia na defesa de um governo de conteúdo fascista.


Como o pobre de direita tenta ser o espelho dos valores que ele acha que a burguesia tem, passa a ser machista, racista, homofóbico, etc.


Ele acaba sendo o portador dos principais preconceitos que a burguesia gerou e perpetuou como parte do seu sistema de dominação, porque precisa do racismo para pagar bem menos aos trabalhadores afrodescendentes.


Ser machista por que os salários das mulheres é bem menor que os salários dos homens. Enfim, ele nega sua origem social e tenta ser o que não tem, pois se trata de um trabalhador sem consciência de classe.


Por isso se endivida para ter uma imagem diferente do seu real poder de compra.


São chamados de emergentes porque querem negar sua classe assumindo a aparência de burguês.


Ele come sardinha e arrota caviar, enquanto late sempre mais alto para mostrar à burguesia que está protegendo a propriedade do burguês, enquanto dorme fora da mansão que sonha um dia ser sua.


Ao envelhecer não vai ter emprego e muito menos vai poder pagar um plano de saúde.


Desta forma vai precisar de proteção social, porém passou a vida toda defendendo que bastava deixar a mão invisível do mercado agir, que o egoísmo sendo potencializado se chegaria ao bem estar coletivo, onde todos teriam chance de um dia ser rico, bastando apenas seu esforço individual e sua capacidade de assumir riscos.


O pobre de direita é um figurante de Burguês que late como pitbull e se cala sobre sua própria exploração.


*Professor do curso de Economia e do Mestrado em Serviço Social da UFAL


Bom dia, colegas! Excelente semana e trabalho para todos!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

I Seminário de Combate ao Fechamento de Escolas do Campo







Amanhã (19/01), às 9 horas,  no Ginásio de Esportes do Campus da Universidade Federal do Pará, no município de Castanhal, teremos o I Seminário de combate ao Fechamento de Escolas do Campo,  com várias entidades e instituições na organização.


O público alvo convidado, são todos os secretários e conselheiros municipais e estaduais de educação, educadoras e educadores do campo e da cidade, da educação básica e superior, promotores e defensores públicos e os representantes dos movimentos e organizações sociais e sindicais do campo que estarão presentes no evento, para fortalecer a Campanha do Fórum Paraense de Educação do Campo e a presença especial do Juiz Paraense Cláudio Rendeiro, do Tribunal de Justiça do Pará, através da figura de Epaminondas Gustavo,  personagem com inspiração na família, abrilhantará o Seminário.


Programação:

9:00 h - Mítica de Abertura

9:30 h - Composição da mesa de trabalhos e exposição das motivações do Seminário

10:00 - Apresentação dos dados de fechamento de escolas municipais

10:30 h - Diálogo com a participação da plenária

11:00 h - Manifestação das autoridades e componentes da mesa

12:30 h - Encerramento com lanche coletivo.

Nenhuma escola a menos.

Vamos compartilhar, divulgar e participar!





  

domingo, 7 de janeiro de 2018

183 anos de Revolução da Cabanagem







Durante a parte da manhã, de hoje, foi realizado o cortejo cultural, em homenagem aos 183 anos, da maior revolução conquistada pelos oprimidos do mundo, a Cabanagem, que aconteceu no Estado do Pará, no primeiro período do século XIX.






Uma programação do Coletivo Cultural Ideias Aí, pelo segundo ano consecutivo, foi comemorado o aniversário da CABANAGEM.  A concentração aconteceu na Pedra do Peixe, no Ver-o-Peso, tendo a maioria dos participantes vestidos de branco e com chapéu de palha, caracterizados como o caboclo cabano (a).   





O início do cortejo, na Pedra do Peixe, teve a encenação dos presentes na escadaria, simbolizando os reais cabanos, chegando a Belém.  Com os participantes, utilizando o carro som, intervindo e relembrando a importância do momento histórico e com várias faixas e diversos dizeres, tratando do tema. Chegando na Av. Portugal com 13 de maio, foram realizados vários atos simbólicos, de mudança de nome da Rua 13 de maio para Rua Eduardo Angelim, um dos líderes cabanos.







O cortejo cultural terminou na Praça da Igreja do Rosário, com uma grande feijoada da Rádio Web Idade Mídia.






O blogueiro participou do evento, revivendo a Cabanagem. 






























sábado, 6 de janeiro de 2018

A Educação não é mercadoria



                                                                     Valdivino Cunha da Silva*




Audiência Pública na Câmara de Bujaru




Para nós, educadores do estado do Pará, o ano de 2017, foi um ano de intensas lutas em defesa de uma educação de qualidade. O governo do estado do Pará tendo a frente o governador cassado Simão Jatene quis e quer a qualquer custo mercantilizar a educação, fazer dela uma mercadoria que gere lucro para vendê-la aos grandes grupos econômicos. Os educadores do Some- Sistema de Organização Modular- assim como alunos e comunidades interiorizadas não acreditam que a substituição de um professor pro um aparelho de televisão vá melhorar a educação em nosso estado e se opuseram a esse projeto nefasto chamado SEI- Sistema Interativo Educacional e foram pra luta pro uma educação de qualidade.



Categoria em frente ao Tribunal de Justiça do Estado


Sabemos que a luta não terminou, mas conseguimos frear a ganância do governador. Ele deve está gestando outras formas de ataques. É precise que fiquemos vigilantes, pois o golpe pode ser ainda mais forte ainda em 2018. O Sintepp- Sindicado dos Trabalhadores em Educação- teve um papel importantíssimo neste embate. Tivemos companheiros e companheiras que foram incansáveis nestas lutas, muito embora muitos outros companheiros deixaram a desejar, poderíamos ter sido mais fortes.

Preparemos, pois, nosso espírito guerreiro de cabanos e que em 2018 sejamos incansáveis na luta por uma educação de qualidade, especialmente para aqueles que residem mais longínquos rincões paraenses sejam eles agricultores familiares, quilombolas, indígenas, ribeirinhos entre tantas outras categorias, pois eles também merecem e tem o direito a uma educação de qualidade. Viva o Some, fora Sei!


Simbolo da categoria




Assembleia da categoria em praça pública



Mobilizações em prol do SOME em todo o Estado do Pará



Audiência Pública na Alepa



Comunidade escolar luta por uma educação digna e qualidade



* O autor é Professor da Secretaria Estadual de Educação (SOME).

* Imagens dos Professores do SOME

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Lazer descontraído






Para descontrair um pouco e compensar à distância da família, em virtude aos 200 dias letivos, do calendário escolar, no Some, resolvi aproveitar o balneário Ecológico Bica, que fica no Km 33, da Alça Viária, no Estado do Pará. Aproveitei bastante, com a família. É tudo de bom, mesmo, esse lazer!