sábado, 12 de novembro de 2011

Greve de Verão I


O Centro Social de Nazaré ficou lotado, ontem por ocasião da nossa Assembléia Geral. A greve dos trabalhadores em educação pública do estado do Pará, por decisão soberana da categoria decidiu a continuidade, já que a categoria não abre mão do direito de greve e de decidir os rumos do movimento, sendo portanto o único recurso que ficou ao sindicato para fazer valer a Lei Federal no. 11.738 de 2008, que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério, e a Lei Estadual 7.442 de 2010, que trata sobre o PCCR dos profissionais da educação básica, após várias mobilizações na tentativa de um acordo com o governo neoliberal tucano.

A categoria dos profissionais em educação do estado, ao longo desse processo não se curvou, já que sabemos o aparato que está a favor do governador Jateve, como Assembléia Legislativa, Mídia tradicional e Justiça do estado. Mesmo com a setença judicial que determinou o fim da greve, nós não acatamos, por se tratar de um afronta ao direito democrático constitucional e nem podemos negar o aspecto político com objetivo de tirar o governo do estado de suas responsabilidades. Interessante, a decisão do Juiz vem de encontro ao discurso do Executivo; cadê a liberade dos poderes, o juiz nem procurou as análises técnicas se o estado tem ou não dinheiro, portanto a Justiça criminaliza o nosso movimento e em compensação diz que o governo tem um prazo de 12 meses, a começar no mês de janeiro para cumprir a lei do piso e a Lei do PCCR. Para nós, que construimos os diversos movimentos sociais, mais uma vez, a justiça dá ganho para os representantes do Capital, não é nenhuma surpresa.

Mas, nossa luta não vai parar por aí. A luta dos trabalhadores em educação com seu aprimoramento e organização, lutará durante esse mandato desses neoliberais, que não tem nenhum compromisso com a sociedade.  

   

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