No final da década de 90 e início
da década de 2000, começou a processo de implantação da soja por grandes
empresas, na região oeste do estado do Pará. Debater e informar os processos
econômicos em curso na Amazônia, que prejudicam os ecossistemas e a população
de nossa região é o papel desse espaço.
Dos 144 municípios do nosso
estado, dois foram fundamentais para consolidação e monocultivo da soja, foram
Santarém e Belterra. Por sinal, quando trabalhava nessa época por lá, a
discussão era muita ampla entre os movimentos sociais e comunidade em geral. A
importância desses municípios se deu, naquele momento, como principais polos de
expansão da atividade sujeira. Sabemos que Santarém e Belterra, possuem em suas
formações populacionais a presença forte de nordestinos, tendo o roçado como
base econômica das famílias, além da pesca.
Esse processo de expansão da
monocultura da soja provocou outras questões visíveis que precisam ser
abordadas, como a grilagem, assim como a venda de terras que tem como consequência
a concentração fundiária , a violência sobre as famílias inseridas nestes contextos,
além da expulsão dos pequenos agricultores, ribeirinhos e quilombolas.
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