sexta-feira, 17 de maio de 2013

Educação no campo: Trilhando o ensino do Sistema Modular VI









Terminei a leitura da obra Viajante do Giz, do escritor e professor Arodinei Gaia de Souza, esta é interessante, pois retrata o cenário de um dos maiores projetos de inclusão social da Amazônia, que é o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, que por sinal, fez trinta e três anos, nesse estado considerado  território continental.

O livro que foi publicado ano passado, pela NTC Produtora e Editora, sem o rigor acadêmico, através das experiências do autor e de vários educadores que atuam no Sistema Modular, através de crônicas. O Historiador João Batista P. Pereira, diz “Arogas nos propicia uma verdadeira aventura com sua arte de escrever, nos faz navegar como velejadores em suas crônicas sobre os aventureiros do giz. Seus personagens nos dão esclarecimentos de como esses educadores passam a maior parte de suas vidas e, também, mostram-nos que a grande maioria já até acostumou, ou quiçá parece bem adequado com tudo isso. Nesta viagem com as letras, que o escritor Arogas realiza, fica explícita que não há uma receita e, tampouco, uma lista enumerando o que se pode ou não se deve fazer dentro do processo educacional na modalidade modular, até porque se trata de um modelo de ensino que requer que o profissional se adeque à realidade de cada comunidade e, acima de tudo, tenha compromisso para com a educação com qualidade. No entanto, isso não quer dizer que deva existir a falta de compromisso por parte daqueles que se propõe a fazer parte da parceria para o funcionamento do Sistema Modular".

O autor e o livro: Observador

O autor Arodinei Gaia de Sousa, ou simplesmente Arogas, como gosta de ser chamado é apreciador dos rios, da vida ribeirinha, do vai-e-vem das marés, do sobe-e-desce dos mururés. Dai estar no sangue o gosto pelas viagens, os fascínios pela observação dos acontecimentos da vida, das cenas do cotidiano humano, dos momentos marcantes da trajetória dos homens.

Cametaense de nascimento tem na composição da própria história muitas cenas marcantes – de sofrimento e perdas, alegrias e vitórias – que o tornam um misto de dureza e sensibilidade. É o lado sensível, no entanto, que o deixa atento, observador, para os detalhes, para as ações e acontecimentos da vida. O que depois são registrados em forma de crônicas de Cenas da Vida, selecionadas e organizadas, como presentes em Cenas Moduleiras, de o Viajante do Giz.

Por força da docência em Língua Portuguesa – além da formação em Pedagogia, Gestão ambiental e Língua Espanhola – atuou (e ainda atua) por vários lugares e em várias situações de ensino fundamental ré superior, como (e principalmente) pelo ensino médio do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME – da Seduz, o qual lhe deu oportunidade de conhecer boa parte do estado do Pará. Pode assim, desde o ano de 1993, conviver com pessoas diferentes e experimentar adversidades da vida m lugares distintos.
Os anos de atuação no Sistema Modular, principalmente deram-lhe tempo e possibilidades para ver, ouvir e viver situações interessantes do cotidiano do professor modulou-o. Muitas dessas cenas foram registradas e agora estão apresentadas em o Viajante do Giz, para o conhecimento dos que querem saber um pouco dos altos-e-baixos do que é ser docente modulei-o, ou para o deleite de muitos professores que podem se encontrar nas narrativas e até se ver protagonista nelas. Quem sabe?

O autor, em sua viagem pelos caminhos da formação profissional, em busca de novos conhecimentos, tem corrido no campo pós-graduação – em âmbito nacional, estrangeiro e também virtual – tem registrado outras cenas que vão surgindo ao longo desse percurso. Algumas estarão em “Crônicas Estudantis” e “Em busca da Espanhola”.

Enquanto as cenas da vida se concretizando no papel, o Arrogas, filho ribeirinho, ajarapanamense, cametaense, paraense e amazônida, segue sua sina de observador da vida. Resta você ler, se ter e se ver nas histórias.

O Observador

Uma boa dica para leitura, principalmente para comunidade moduleira e que estuda educação do campo. Notável como foi escrito, para um professor da terra dos “Notáveis” e dos “Romualdos”. 

Um comentário:

  1. Só há um problema Riba Arodinei Gaia de Sousa é autor de "IRMANDADE LEIGA NA AMAZôNIA" o autor do "VIAJANTE DO GIZ" é Arodinaldo Gaia de Souza (Arogas)São irmãos. Valeu!

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