domingo, 3 de dezembro de 2023

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino (VolumeII) - Um ano de lançamento

 




Hoje faz um ano que foi lançado o livro "Educação na Amazônia em repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino",  Volume II, que promove debates e reflexões acerca das experiências da arte de ensinar e aprender. É de grande valor pedagógico, estimulante, energiza os educadores, com suas ações favoráveis à inclusão. Os artigos apresentados são decorrentes das pesquisas, das experiências da troca de saberes, entre a comunidade e professores pesquisadores que nos revelam olhares, que se movimentam em trilhas educativas e muitas vezes híbridas.

O SOME é uma política de estado consolidada que, com as suas estratégias pedagógicas, democratiza o acesso ao ensino com qualidade, estimula também o exercício do pensar, realiza sonhos e leva as comunidades a acreditarem em si mesmas.

O Volume II, propôs a revelar outras pesquisas e vivências. Os autores e autoras, professores e professoras, com base em suas pesquisas, relatam experiências que certamente, deram aos leitores e leitoras oportunidades de novas pesquisas, estimularam novos relatos de valorosas e ricas vivências. Organizado por profissionais dedicados ao empoderamento da sociedade civil, este volume revelou sensibilidade, angústias, amor, arte, exemplificou decisões difíceis, saudáveis e equilibradas, partindo de suas próprias realidades e interessantes.

Este foi mais um lançamento pela Editora Cabana! O lançamento foi muito concorrido, com mais de 100 exemplares adquiridos pelos presentes e aconteceu  no Espaço Cultural APOENA, no 03/12/2022, das 16:00 às 19h! Agradecemos tod@s que participaram do evento. O volume III, da Coleção,  se encontra no forno. Aguardem!




quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Academia Literária Interiorana - APLI

 


Posse na Academia Literária Interiorana - APLI





Ontem, no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, em Belém do Pará, foi realizada a solenidade de posse de oito notáveis na Academia Literária Interiorana - APLI.  




Considerada uma noite memorável e histórica pela diretoria atual tendo como presidente a escritora Ane Monteiro. O Blogueiro esteve presente como convidado do escritor, poeta, cordelista e professor do Sistema Modular, Arodinei Gaia.


                                     Escritora Graça fez um breve histórico sobre a Academia


A abertura aconteceu por volta das 19 horas, no CREA, através da Presidente da Academia, depois a escritora Graça fez um breve histórico da entidade, ressaltando sua importância para a sociedade e  abordando alguns conceitos fundamentais ao longo de sua trajetória, que foi excelente.




A outra parte do evento, ficou a posse de cada acadêmico recebendo a comenda, diploma, juramento e depois seus discursos de apresentações para o público presente. A base das intervenções foram suas trajetórias e grande influencia da família (No final da matéria tem o discurso do professor Arodinei Gaia).



A parte cultural da posse ficou com a intérprete Ju Abe que proporciou um show com seu jeito de cantar. 


Profª Joana D'arc, Limoeiro do Ajuru, fez um belo discurso



O final ficou por conta de um coquetel.





Parabenizo toda Diretoria da Academia Literária Interiorana - APLI pela excelente solenidade, as imagens retratam o lado positivo do evento. Amei!

 



AroDinei e família


Ribamar, Ju Abe e AroDinei Gaia


                                       Ju Abe, Ribamar, esposa do Arodinei, Arodnei e Fátima

Acadêmico AroDinei Gaia e esposa


Profs. Fátima, Ribamar e Franz




                                              Posse do professor e escritor AroDinei Gaia


sábado, 18 de novembro de 2023

1º Encontro das Aposentadas e Aposentados do SINTEPP

 

Imagem oficial no final do evento 


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará - SINTEPP, um dos maiores do Estado, organizou ontem, na Universidade Estadual do Pará - UEPA, na Faculdade de Ciências das Naturezas, no bairro do Marco, o 1º Encontro das Aposentadas e Aposentados do SINTEPP, em Defesa dos Direitos e da Dignidade! Aposentados Sim, Inativos Nunca. Educador Sempre!


Prof. Ribamar Oliveira


No evento, pela parte da manhã, teve Abertura pela Coordenação do SINTEPP, através da Coordenadora do sindicato, Conceição Holanda.  Logo após da Abertura, aconteceu a Conferência Magna - CNTE/SINTEPP - tema "Em defesa dos direitos e dignidade das aposentadas e aposentados", através de um diretor da CNTE, que contextualizou a luta política sindical dos trabalhadores aposentados e aposentadas até o momento atual. Deixou claro, que é necessário a efetiva participação de todos e todas na luta em defesa das bandeiras de lutas. Depois aconteceu a liberação para as intervenções dos presentes, sendo o professor Ribamar Oliveira, sendo o primeiro a intervir. As falas dos demais foram importantes com sugestões para ações nas lutas que virão.


Profª Marina Costa




A segunda mesa da manhã, Saúde e Lazer, com os professores Aldo Brito e Beto Andrade.


Professores Socorro Magno, Iracema Heitor ....presentes


Tarde, a primeira mesa, com Futuro dos IGEPPS diante dos objetivos liberais, com Fernando Carneiro. 



Profs. Milton, Ribamar, Fátima, Marlene, Socorro e Marina, todos ex-SOME


O papel do SINTEPP no cotidiano das aposentadorias em nossas lutas, com Eloy Borges e Rosa Olivia. 



Profs. Waldira Calado e Ribamar Oliveira


Na mesa final, Golpes: Uma realidade contra os idosos - Juridico do SINTEPP, com o advogado Paulo Henrique - PH, do sindicaro.


Andrelina e Iracema Heitor.... presentes.....


Após as mesas, o evento encerrou com o coquetel na sede so SINTEPP. O Encontro das Aposentadas e dos Aposentados foi um sucesso!


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Blogueiro presente



Sistema Modular presente



Almoço


Coordenação do evento

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A origem do Sistema Modular na Terra do Folclore


                                   Ex-professores do SOME visitam Escola, em Curuçá

   


           Com novas pesquisas que tem como objeto de estudos o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME temos novas versões e possibilidades de explicações sobre a origem dessa importante política pública para a sociedade paraense, assim como, a sua estrutura e funcionamento, que completou 43 anos no último dia 15 de abril. Atualmente, o estudo na Linha de pesquisa 1- Educação, Estado e Sociedade na Amazônia, tendo como Tema do Projeto de mestrado: O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) em Comunidades Ribeirinhas na Amazônia Paraense: desafios e perspectiva da educação itinerante, da ex-professora do SOME Antelmara de Sousa Silva, pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM é uma em fase de estudos. 





                                      Historiador Paulo Henrique com os professores

        

           


          Algumas matérias para esta página eletrônica, enfatizamos  que durante muitos anos, a organização administrativa do ensino de 2º Grau (atualmente Ensino Médio) no nosso Estado estava sob a responsabilidade da Fundação de Educação do Pará – FEP, hoje extinta, surgindo a Universidade Estadual do Pará – UEPA, em seu lugar. Na década de 70, durante a gestão do governador Tenente Coronel Alacid da Silva Nunes, temos pressões de políticos e comunidades que desejavam continuidade em seus estudos, reivindicaram junto à base política aliada do governador que os atendessem com o curso de Segundo Grau sem ter que se deslocar para a capital ou localidades urbanas que tivessem esta modalidade de ensino, que naquele período tinha 83 municípios no Estado e apenas 18 possuía a oferta, tendo uma demanda muito grande de interessados e interessadas em continuar seus estudos. O governador então pediu à FEP que encontrasse uma maneira de atender à reivindicação das comunidades interessadas. A FEP que na época tinha na Superintendência Geral o Professor Manuel Viegas Campbell Moutinho, criou equipes de técnicos, que se deslocaram até as comunidades para fazer as diagnoses das necessidades urgentes para atender os alunos e a alternativa encontrada pela equipe técnica foi através de módulos da Grade Curricular do Segundo Grau.



             

                                        

                                         Professores no auditório do prédio






                    Ex-alun@s do SOME (1ª turma, Odilon Ataíde e 2ª turma, Iris do Socorro)

       Após a beleza, a homenagem aos mortos, durante finados, que é um pouco exótica... como disse o cantor, compositor, escritor, professor e amigo Otácio Ruy, curuçaense e membro da Academia de Letras de Curuçá, um grupo de ex-professores do Sistema Modular (Cláudio Paixão, Ribamar Oliveira, Rosemary Barbosa, Nonato Bandeira, Fátima, Inês, incluindo duas ex-alunas e ex-professoras; Iris do Socoro, Curuçá e Selma Félix: Nova Timboteua) estiveram no dia 03 de novembro no palácio, popularmente “Casarão”, prédio antigo de funcionamento do SOME no município de Curuçá.  Os educadores foram recebidos pelo Presidente da Fundação o historiador, escritor e professor Paulo Henrique que fez  um relato histórico e cultural do município de Curuçá e da importância do SOME para a comunidade  curuçaense. Foram visitados vários ambientes da Fundação, como o auditório onde recebemos uma verdadeira aula e exposição do resgate de história e memória enfatizada pelo Presidente da Instituição; sala de música, local de funcionamento de projeto da escola de música para a comunidade, o que chamou muita atenção dos presentes; o ambiente externo da Fundação que funciona como apresentações de eventos e atividades realizadas pela instituição e empréstimo para outras entidades e instituições; a exposição entre outras atividades, deixando os visitantes interessados e interessadas; sala de funcionamento do arquivo público da Fundação também chamou muito atenção dos ex-professores do SOME pela organização e conservação da documentação desde o século XVIII aos dias atuais, o que outros municípios deveriam seguir o exemplo e valorizar os documentos para sociedade atual e futura. 

     A estrutura e o funcionamento do SOME nos municípios era da seguinte forma, uma equipe de professores permanecia na localidade por um determinado período de 45 dias letivos (hoje são 50 dias letivos) através de módulos de disciplinas, sendo que as equipes se deslocavam e permaneciam nas  quatro localidades onde se originou o SOME, ministravam aulas e aplicavam avaliações nesses 45 dias letivos para concluir a matéria curricular das disciplinas ofertadas a cada módulo que eram 4 durante um ano letivo, ou seja, outra equipe se deslocava para a comunidade para ministrar mais um módulo de disciplinas, até que todas as disciplinas da respectiva série fossem ministradas durante o ano. Caso faltasse uma disciplina em um módulo desses, após o término do ano letivo, tem a reposição para cobrir a necessidade, o que não prejudicaria os alunos e alunas durante o ano letivo, principalmente, quando eram aprovados em concursos ou vestibulares. Importante destacar, que até julho de 2003, os professores do Sistema Modular eram dedicação exclusiva o que era uma de suas características, a partir deste período a Secretaria Estadual de Educação Rosa Cunha, desestrutura o SOME com a centralização das decisões políticas através da Unidade de Regionais de Ensino – URE e Escola Sede. Neste caso, no município de Curuçá, a Escola de funcionamento do Sistema Modular foi na Escola Estadual Prof. "Olinda Verás Alves". Também importante ressaltar, que os educadores e alunos da primeira turma do SOME começaram suas atividades pedagógicas em local provisório, uma sala cedida da Escola Estadual Prof. "Candorina Campos", enquanto se organizava o espaço onde funcionaria definitivamente a então Escola Estadual de 2º grau Prof. Olinda Verás Alves", com 2 turmas, do curso do magistério, com 60 alunos, sendo uma turma a tarde e a outra pela parte da noite.  

          Segundo o historiador Paulo Henrique explicando a frente do prédio da Escola com suas fachadas, com alguns estilos europeus, com as três deusas que são: Minerva, deusa da sabedoria, da arquitetura e da engenharia; do lado esquerdo, Marryanne que simboliza a Republica, na base dela está escrito a República e daqui é um Índio, que representa o Brasil. Esses dados, esses levantamentos só foram possíveis com a restauração. O prédio foi construído em 1895, mas antes dele, já existia uma primeira construção, que é da década de 1830. Este estilo neoclássico incorporando arteneau quando foi incorporado as bandeiras de ferro  e as vidraças é do final do século XIX, até a década de 1920 ainda estava a arteneau, depois vai se acabando, portanto, o neoclássico acabou se inspirando nas características  das antiguidades clássicas gregas e romanas, então estamos vendo as colunas com artetraves na base de cada uma em funções na parte de cima, que são as beirinhas, os enfeites na base, e lá em cima também, muito parecidas com da Grécia antiga e as pinhas na fachada significava poder, significava que a família ou a pessoa tinha, muita influência, poder de mando, socialmente e politicamente daquela época, final do século XIX, faz também voltar para a história da eira, beira. Dois casarões que estão na praça pertencentes ao antigo Intendente e de grande influência que é o patrono dessa praça, o Senhor Horácio Barbosa Lima. Também abordou que o Poder Executivo foi implantado no município em 1890”. O Historiador falou também um pouco sobre a Cabanagem no município, alguns conflitos, entre as forças legalistas e as tropas dos cabanos que até hoje continua viva como momentos históricos e importantes dos movimentos populares e sociais tanto municipal quanto estadual. 

           São dados importantes levantados em exposições pelo Historiador Paulo Henrique, atualmente é o Diretor do Palacete Barbosa de Lima onde funcionou o SOME a partir de 15 de abril de 1980, inclusive, com toda formalização e presença de autoridades no dia da implantação no município, fez seu relato complementado pela ex-aluna, pertencente a segunda turma do SOME Iris do Socorro R. Gomes que é curuçaense e depois formada em Pedagogia  e pós graduada em Gestão Escolar e Letramento que se tornou professora do SOME por 14 anos. A visita foi um show e sucesso com muito aprendizado e produtividade.


                                 Ex-alunas do SOME, das primeiras turmas, em Curuçá

       Ressalte-se que durante esse processo de avaliação efetuada pela Fundação Educacional do Pará - FEP concluiu pela viabilidade de se implantar o atendimento aos alunos das comunidades do interior do Estado com Ensino de Segundo Grau através de bloco de disciplinas; o que veio a ocorrer a partir da década 80 nas sedes dos municípios que ainda não tinham o ensino de 2o Grau implantado.


                                     Professores em ambiente externo da Instituição

       De início, em fase experimental temos o SOME sendo implantado em quatro municípios paraenses: Igarapé-Açu, Nova Timboteua, Igarapé-Miri e Curuçá. O Estado do Pará foi o pioneiro neste tipo de projeto no país e serviu de modelo para outros Estados como o Amapá, Amazonas;  diversos municípios, como o modular municipal do ensino fundamental, como no município de Concórdia do Pará, entre outros e diversos modelos para outros países, como o México.... Alguns levantamentos realizados.

                      Professores em roda de conversa sobre a memória e história de Curuçá





quarta-feira, 1 de novembro de 2023

O professor ‘varrido’ e a velha na janela

 


 

Contos Someanos

Por: Arodinei Gaia*

       

      Toda boca da noite a velha Naná observava da janela de sua casa aquela arrumação. O homem, zanzava de um lado para o outro. Ia, vinha, meio de campo, grande área, lateral, escanteio, pra lá e pra cá, como se procurasse algo no campo de bola.




       E a velha senhora inquieta na janela com aquela arrumação. Ela residia no povoado e ele estava trabalho. Aliás! Um pequeno e belíssimo povoado, chamado Vila Martins, plantado no meio da mata cametaense. Todo final de tarde, a senhora, repousava os braços na janela olhando o findo movimento do dia e as pessoas que passavam buscando o refúgio do lar. Era o término das atividades diurnas.




       Do outro lado da rua, em frente da casa da mulher, descansava um verde e areial campo de futebol, que ansioso, também, esperava a noite para recuperar as energias consumidas pela famosa 'pelada' da tarde.




       Pois bem! Era nesse momento, quando a noite chegava no vilarejo e o breu ocupava o campo, que a senhora notava aquele estranho comportamento do professor Paulo, zanzando, de um lado para o outro, naquele gramado que, ora, dormia.




      - Mas o que esse hôme faz tuda nuite nesse campo andando feito varrido? Perguntava pra si dona Naná.

       - Reginho ispia meu filho! Mostrava a cena no campo pro rapaz.




       Reginho, era estudante do ensino médio modular na localidade e Paulo era seu professor de Educação Física. Não havia nada de errado com ele, o rapaz falava pra mãe.


       Porém a senhora não se conformava, e com poucos dias já havia espalhado, a notícia no vilarejo, de que, um dos professores do SOME era varrido ou ‘duidu varridu’ como dizia a senhora. A notícia se espalhou através da própria Dona Naná que, caprichosamente, se encarregou de divulgar a matéria pela eficiente rádio cipó da vila. E o boca boca corria solto no comércio de seu Manduca, na porta da igreja domingo pela manhã, na conversa com a vizinhança.


       - Como assim doido?

       - Por que? O que ele faz?

       - Ele parece normal na aula.


       Surgiam as indagações para as desconfianças da senhora vizinha do campo de futebol. Muitos saiam em defesa do professor, outros na dúvida, foram espiar a noite a cena no campo e confirmaram que, realmente, era só o dia ir embora ele cumpria aquele ritual.


       - Olha, tuda nuite eu vejo da minha janela, ele aparece na boquinha da nuite no campo andando de um lado pro outro com uma lanterna na mão. Parece percurando arguma cuisa, mas porque não percura de dia? Dona Naná questionava.


       O fato parecia estranho mesmo. O que um homem da estirpe dele, distinto como ele, iria fazer no campo no escuro naquele cenário arriscando pisar numa cobra ou apanhar de visagem?


       Todos já sabiam do acontecido que era manchete principal na vila, menos o acusado, até que certo dia, caiu nos seus ouvidos por meio de sus alunos. E, finalmente, o mistério foi revelado.


       - Rapaz! Sério isso? O mestre indagava assustado e ao mesmo tempo rindo do fato.

       - É professor! Dizia um aluno em sala de aula. O senhor está com fama de doido na vila.

       - Mas afinal, o que o senhor faz no campo toda noite?

       - Verdade professor. Meu pai já viu também. Afirmava outra aluna.


       Foi quando o professor Paulo resolveu explicar...


      - Calma, calma! É o seguinte. Eu estou recém casado com minha esposa que ficou em Belém. Então eu saio à noite pro campo pra procurar sinal de celular e falar com ela.


       - Então é isso?

       - Sim. O que mais podia ser. Ou vocês estavam achando também que eu era doido?


       Todos riram e o curioso comportamento foi explicado.


       O professor Paulo andava de um lado para o outro procurando sinal de celular. O foco da lanterna que a senhora via na mão dele era, simplesmente, a luz do aparelho. E no campo por conta que lá, no espaço aberto, havia mais facilidade de encontrar sinal da vivo. E, justamente, naquele horário, porque não havia ninguém e também para fugir do abrasador sol do dia.


       A bem da verdade, muitos professores e professoras do SOME já passaram por isso. Há relatos de mestres que já subiram em galho de árvore, outras que subiram serra a cavalo, ainda os que saiam de canoa pro meio do rio, e os que zanzavam de um lado para o outro na rua ou no campo, como o professor Paulo. Todos em busca de sinal, fazendo até simpatia para que aparecesse algumas torrinhas.


       E antes do celular ainda era mais difícil, pois a única forma de comunicação dos professores e professoras com seus familiares era por carta ou na antiga e nostálgica cabine telefônica, em que todos os presentes ouviam a conversa.


       Hoje, com a expansão da internet no interior, os professores moduleiros, ou grande parte, estão conectados. Ainda Bem!!


Arodinei Gaia é poeta, ccordelista, compositor, cantor, escritor e professor do Sistema de Organização 

Modular de Ensino - SOME (Cametá)

Imagens: Professor Marcelo Palheta e Evanice Castro

Internet: Página Belos Prazeres

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Projeto de Formação e Capacitação de Lideranças de Turmas da Escola Estadual "Maria Gabriela Ramios de Oliveira" e Diretores da UMOJAM

 


               No primeiro semestre do ano de 1998, foi executado Projeto de Formação e Capacitação de Lideranças de Turmas da Escola Estadual "Maria Gabriela Ramios de Oliveira" e Diretores da UMOJAM, entre convênio realizado entre a escola pública EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" e a União dos Moradores do Conjunto Maguari - UMOJAM. 


             Na apresentação do projeto diz o seguinte: - Estamos num momento histórico em que as relações capital x trabalho estão cada vez mais complexas e mais desiguais, onde o sistema capitalista incorpora uma nova formação histórica na "restruturação produtiva". Se antes dessa nova formação do capital era dificil formar e organizar o movimento social para compreensão e combate da excludente realidade social, hoje, com o avanço do "projeto neoliberal" que estimula a individualidade e combate firmemente o movimento social organizado, urge a necessidade de formação e capacitação educativa de novos quadros para o movimento social.


                Na justificativa é clara: - Existe no Conjunto Maguari uma grande potencialidade de formação política de novos quadros para o movimento social através de trabalho conjunto entre militantes do movimento popular, conselho escolar e pró-grêmio estudantil da EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" em parceria com a Universidade Popular - UNIPOP. Se por um lado há o início de organização e um gradual amadurecimento de militantes sem experiência no cotidiano do movimento, por outro, essa "formação na luta" esbarra nas limitações da compreensão, análise, crítica e busca da construção de uma nova realidade para o movimento que escape ao abismo e o imediatismo de bandeiras, não deixando de reconhecer sua importância, vislumbrando além disso a possibilidade, através de mecanismos de educação popular, da formação e capacitação de militantes, no intuito de melhor qualificar os quadros existentes, sempre atento à possibilidade de envolver e construir novos individuos com pontenciais para manter permanentemente  um movimento organizado e capacitado, que possa compreender e combater a nova faceta histórica pela qual o capitalismo se organiza e se sustenta numa estrutura social extremamente excludente.


                    Os dez anos de experiência em educação popular capacitou a UNIPOP a ser uma instituição com potenciais reconhecidos para desenvolver este trabalho. Por tais razões a esta parceria estamos nos propondo este projeto. 


                    No objetivo geral, nós temos: Através da educação popular, formar, capacitar e potencializar quadros para o Movimento Social, estimulando a adoção da reflexão crítica da realidade, despertando o significado e a importância da organização e participação nos movimentos sociais.


                     Nos objetivos específicos, nós temos: Combater o refluxo do movimento social organizado, ampliar e fortalecer os elos de articulação entre movimento popuklar e estudantil com instituições de formação e potencialização de novos individuos do movimento social, estimular a prática democrática e construção de cidadania, trocar experiências....

                              Nos procedimentos metodológicos foram: Cursos, palestras, semiunários, dinâmicas educativas de grupos, teatralização, discussão temática em grupos, slides, vídeos......  


                              O projeto executado foi um sucesso!

     

domingo, 29 de outubro de 2023

Noite de autógrafos, foi um sucesso!

 



Lindas homenagens realizadas pelos ex-alun@s, amig@s do poeta, ex-professor do SOME,  Silvio Dos Anjos Silva e lançamento de seus livros, ontem, na Peixaria do Careca, no bairro da Condor. Noite marcante de merecido reconhecimento deste grande educador. O Blogueiro esteve presente com este amigo.