Práticas Educativas no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME na Amazônia Paraense (Parte I)

 

 

 

 

Não é fácil ser educador ou educadora no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, política pública que completou no último 15 de abril, 42 anos de atividades educacionais nos interiores do Estado do Pará.  Nesta política pública de ensino médio e alguns municípios também funcionou no ensino fundamental, os profissionais em educação das diversas disciplinas, se deslocam dos centros urbanos, suas residências, para desenvolver suas práticas educativas nas comunidades rurais. A situação de ambiente de trabalho desses trabalhadores e trabalhadoras em maioria das localidades são precárias, muito longe daquilo que o campo da educação idealiza como “a escola” e que não é qualquer urbanoide que se adaptaria a esse tipo trabalho.

 

Mesmo com todas carências enfrentadas pelos educadores e educadoras nos rincões desse país, chamado Pará, o objetivo dessa matéria é visibilizar práticas educativas executadas pelo educador Euclides Neto, professor de História, que é lotado no Sistema de organização Modular de Ensino – SOME, gerenciado pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC/PA.

 

Entre as práticas educativas executadas pelo educador Euclides Neto, na área de História, foi a aula itinerante realizada com alunos do Ensino Médio/SOME, Escola Estadual “Fernando Guilhon”, da Unidade Regional em Educação 05, na comunidade rural de Piranha, no município de Mojuí dos Campos, Escola anexa “Rosália Nunes”. Segundo o educador que faz o depoimento em sua página eletrônica do facebook, diz o seguinte: - Fomos até a residência do Sr. Sebastião onde tivemos uma conversa informal com o mesmo relatando os nossos objetivos e tivemos inúmeras contribuições deste senhor para o nosso trabalho. Em seguida, visitamos um local, que é denominado de igarapé do Tião, onde nesse local foi instalada uma turbina que utiliza a força da água, através de uma tubulação, para gerar energia. Essa energia abastece 03 residências. O objetivo maior é perceber como utilizar TECNOLOGIAS e fazer com que as pessoas tenham qualidade de vida, de forma sustentável. Essa atividade foi realizada pelos professores Abgail Galúcio (Filosofia e Sociologia, Shayla Farias (Geografia e Estudos Amazônicos) e Euclides Neto (História), sendo que cada professor utilizou a aula para fazer observações de acordo com os assuntos abordados em cada disciplina.  

 

Essas aulas de campo é um estimulo aos alunos e alunas para aprofundamento dos conhecimentos que vão somar com os adquiridos em sala de aula e também uma metodologia de dinamizar os recursos pedagógicos que serão uteis a todos. O pensar e o fazer nas comunidades escolares, tendo a sala de aula itinerante, não deixa de não ser trocas de experiências entre a comunidade com alunos, alunas, professoras e professores. Nesta atividade pedagógica os alunos e alunas são envolvidos e envolvidas nessa atividade possibilitando aprofundar na cultura e história, dependendo do tema, neste caso, foi a tecnologia.