sexta-feira, 16 de abril de 2021

Alepa celebra O Dia Estadual dos Profissionais do SOME

 


Por: Andrea Santos - AID Comunicação Social


Para celebrar O Dia Estadual dos Profissionais do Magistério do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), através da Comissão de Educação (CEDU), realizou na manhã desta quinta feira (15) uma Sessão Solene semipresencial, solicitada pelo deputado Dirceu Ten Caten.


A solenidade ocorreu no plenário Newton Miranda, com as medidas de segurança adotadas pelos órgãos de saúde para a prevenção do novo coronavírus. O presidente da Comissão de Educação da Alepa, deputado Alex Santiago, abriu os trabalhos e em seguida passou para o deputado Dirceu Ten Caten.


O SOME é uma modalidade de ensino que permite o ensino médio em locais distantes das sedes municipais. Ele existe em comunidades onde não é possível a construção de uma unidade educacional com toda a estrutura do ensino para os alunos. Ele atua com o sistema de parceria entre o município, que é responsável pelo fornecimento do espaço, e a Seduc pelos professores, alimentação escolar e outros recursos pedagógicos. O Some atende dezenas de municípios, sendo que em 1980, ano de sua implantação, estava presente em apenas quatro.


A ampliação deve-se à busca por prefeituras para firmar convênio com o Governo do Pará, a fim de atender comunidades rurais onde se considera inviável a oferta regular de ensino.


O Sistema de Organização Modular de Ensino é referência no Pará e passou a ser adotado também no estado do Amapá. Os dois estados possuem características naturais semelhantes. 


O Dia do Some e dos Profissionais do SOME é uma data de lutas para que o sistema seja cada vez mais fortalecido e ampliado, à medida que também sejam valorizados os trabalhadores que o integram. Atualmente, o Some leva educação também para comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e assentamentos rurais.


"É um dia para relembrar as lutas que homens e mulheres realizam para levar ensinamento a diferentes locais. Para que o Some se torne real, precisa de uma série de condições que ao longo dos últimos anos tem buscado apoio do gestor municipal. Que nada venha substituir a presença do professor nessas localidades, que é algo fundamental para a vida e o crescimento do aluno. Que possamos valorizar esses profissionais da educação, o Some tem dado certo", disse o deputado Dirceu Ten Caten. 


A deputada Marinor Brito, vice-presidente da Comissão de Educação, disse que " os debates sobre educação sempre estão em pauta nesta Casa. A educação sofre com os ataques, com os cortes de verbas pelo governo federal, há um sofrimento pela desqualificação da categoria. O Some luta para se manter, é um direito a educação no campo e não abriremos mão do Sistema Modular de Ensino, que tem contribuído para a formação de muitos", afirmou. 


Representando a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), a professora Regina Pantoja, falou que o trabalho desenvolvido pelo Some é uma referência. "A educação levada pelo sistema modular é uma oportunidade da oferta educacional oferecida pela Seduc. Atendemos 87 municípios do estado do Pará, em 11 regiões de integração e 448 comunidades. Nossos professores são os grandes protagonistas desse processo, que é um trabalho de transformação na vida de muitos. Os alunos têm alcançado o sucesso, como aprovação no vestibular neste ano de 2021. O compromisso é daqueles que acreditam que, através da educação, podemos fazer grandes mudanças na vida dos alunos que moram nas mais distantes comunidades que há no estado do Pará", contou. 


"Trabalho no sistema modular de ensino há 11 anos e vivo uma realidade do ensino no campo. As pessoas mais necessitadas do ensino são as que estão na terra, no meio rural, as que se encontram nas margens dos rios. Temos história nesse país que se chama Pará, são 41 anos de história e de lutas e prova de tudo isso são os alunos que são doutores e mestres", destacou a professora Ellen Marvão, idealizadora do projeto "Uma Câmera na Mão e uma ideia na Cabeça".


"É gratificante ver indígenas voltarem para suas aldeias com diploma de advogado, professor, que é a profissão que rege as demais. Para mim, falar do SOME é falar de dignidade educacional, os professores do SOME são os gigantes da Amazônia. Agradeço à Casa por esse momento", disse a professora Ellen Marvão. Segundo ela, o projeto "Uma Câmera na Mão e uma ideia na Cabeça" faz com que o aluno filme o seu dia a dia, construindo um roteiro sobre a sua vivência no campo. (Na foto: Ellen Marvão)

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