Nova Olinda: História e Memória
Tomé – Açu
(Pará), Abril de 2013.
Governo do Estado do Pará
Secretaria Estadual de Educação
Secretaria Adjunta de Ensino
Departamento de Ensino Médio e Ensino
Profissional
Sistema de Organização Modular de
Ensino
Prefeitura Municipal de Tomé-Açu
Secretaria Municipal de Educação
EEEFM “Manoel Pedro Ferreira”
Diretora: Rosângela
Maria Brito Batista
Coordenação do SOME: Gilane de Melo Siqueira
Coordenação Geral do SOME: Maria Anunciação de Souza Costa
Coordenação, Sistematização e Revisão
Textual do Projeto:
José Ribamar
Lira de Oliveira – Historiador (SOME)
Nova Olinda: História e Memória
Tomé – Açu (Pará), Abril de 2013.
Alunos-Autores:
Anderson
Pantoja
Charlene da
Silva Lima
Cleibison da
Silva Tavares
Elissandra
Ferreira Santana
Elizabeth
Santos Pantoja
Eridson Silva
Vieira
Francidalva
Santos Sousa
Gleyce Kelli
Spindola Moreira
Gilton de Sousa
Freitas
Jailton Moreira
dos Santos
Jaine
Maia Pereira
Joana
Lopes Cassiano
Joêldes
Carvalho
Josilene
Maia Pereira dos Santos
Leidiane
dos Santos e Santos
Jessé
Sales da Silva
Leidielson
dos Santos e Santos
Waldet
Alves de Sales
Luiz Felipe Spindola Moreira
Mauro Rodrigues dos Santos
Rogério Santos Pantoja
Ronaldo Souza
de Oliveira
Rosinelma
Gusmão Vulcão
Selso Alves
Sales
Agradecimentos
A Secretaria Estadual de Educação – SEDUC e Secretaria Municipal de
Educação - SEMED que através do nosso trabalho enquanto docentes das disciplinas
História, Filosofia, Geografia e Estudos Amazônicos possibilitaram que nós desenvolvêssemos
esta atividade que vai além das quatro paredes da sala de aula na comunidade da
Vila de Nova Olinda enquanto desenvolvíamos nossas atividades de professores no
I Módulo/2013, para a elaboração deste importante instrumento pedagógico;
A Prefeitura Municipal de Tomé - Açu que realizou convênios com a
Secretaria Estadual de Educação proporcionando a nós, aos demais professores e
alunos oportunidades de utilizar recursos metodológicos inovadores utilizados
na educação básica;
Aos
funcionários da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental
“Manoel Pedro Ferreira” que foram fundamentais nesse processo de construção do
projeto; assim como a equipe do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME
e Sistema de Organização Modular Ensino Fundamental - SOMEF, através dos professores:
Adriana da Silva e Silva, Jeferson Rafael, Valdir Viana.
Somos gratos a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a
construção desta Coletânea de Textos, produzidos pelos alunos.
Sem dúvida, sem os informantes, jamais teríamos fontes para o
desenvolvimento e conclusão deste trabalho.
Histórico
A
comunidade rural Vila de Nova Olinda, fica localizada no município de Tomé-Açu,
no ramal Nova Olinda, com uma distância de 248 km de Belém, capital do estado
do Pará, 29 km de Quatro Bocas, 08 km de Vila Forquilha e 40 km da sede do
município. O primeiro
morador de Nova Olinda foi o Senhor Manoel Padilha que vendeu o terreno para o
Senhor Manoel Pedro Ferreira.
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Na
obra Minha
Vida, Minha Vila, dos professores
do Sistema de Organização Modular de Ensino Fundamental Antônio Nonato e Maria
da Gloria, enfatizam que a Vila de Nova Olinda “Originou-se a partir da década
de 1970, às proximidades do igarapé conhecido na região como Mariquita, este
importante igarapé conta com uma vasta área da região, servindo como fonte de
abastecimento d’água, na irrigação de lavouras e balneários, o Rio Mariquita,
desperta muita curiosidades e, sobretudo, admiração não somente pelo volume,
mas pela clareza e qualidade que possui suas águas” (Pg. 14).
E Continuam: “O nome do igarapé serviu como referência para a primeira identidade
da comunidade que com isso recebeu o nome de Mariquita São Paulo. Todavia o mesmo
nome já era referência de outra comunidade adjacente a qual ainda existe com o
mesmo nome” (Pg. 14).
E
concluem: ”O nome Nova Olinda surgiu da necessidade de diferenciar a comunidade
dos demais núcleos comunitários das redondezas que diante da grande influencia
do catolicismo romano, em sua maioria receberam nomes de Santos da religião
católica, como por exemplo: Santa Rosa, São Paulo, São Marcos, entre outras. O
nome Nova Olinda foi uma forma de neutralizar a continuidade de nomes católicos
dados as comunidades que emergiam as redondezas, essa neutralidade deve-se,
sobretudo a peculiar vocação espiritual e religiosa da grande maioria dos
moradores da comunidade, os quais em sua grande maioria se fazem membros da
Igreja Assembleia de Deus (...)” (Pg. 14).
Educação
Na
justificativa do Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal de Educação
Infantil e Fundamental “Manoel Pedro Ferreira” é enfatizado que “Para construir
uma educação que contemple o campo é necessário colocar em questão ideias e
conceitos há muito estabelecidos na sociedade, desenvolver novos conceitos de
modo a reverter às desigualdades educacionais historicamente construídas, entre
campo e cidade” Pg. 05).
E
dessa forma continua: “Na busca de novas estratégias educativas capazes de
promover o desenvolvimento humano integral é preciso considerar a contribuição
de cada povo do campo, ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, seringueiros,
agricultores familiares e indígenas, que diferenciam entre si devido às
distintas formas de organização do trabalho, organização social e cultura
(...)” Pg. 05).
Assim
temos que levar em consideração que a escola de referência para as diversas
comunidades é a Escola “Manoel Pedro Ferreira”, que atende os níveis de séries
iniciais, o ensino de fundamental menor, o ensino fundamental maior com o
projeto Sistema de Organização Modular de Ensino Fundamental – SOMEF, através
da Prefeitura Municipal de Tomé-Açu e o ensino médio com o projeto de ensino
Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, através da Secretaria Estadual
de Educação em convênio com o município, onde através de blocos de disciplinas
em quatro módulos, os professores deslocam para esta localidade para lecionar,
sendo o calendário letivo de 50 dias em cada módulo.
Com
a expansão e chegada de novos moradores que se estabelecem em várias
comunidades como na Vila Manoel Geraldo, Mariquita São Marcos, São Paulo, entre
outras, as comunidades se organizam politicamente e sentindo a necessidade
reivindicam um espaço físico onde possa funcionar a nova escola que atendesse a
demanda dos filhos dos agricultores.
A
escola é fundada na administração do prefeito do município o Sr. Moacir Vieira
Gomes, considerado o sexto gestor municipal, em 27 de outubro de 1987, sendo
denominada de “Manoel Pedro Ferreira”, em homenagem a um dos primeiros
moradores e fundadores do ramal Nova Olinda.
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Para
Nonato e Gloria escrevem que “(...) No primeiro momento a escola iniciou suas
atividades pedagógicas num pequeno espaço composto de duas salas de aula e uma
pequena cozinha, tendo suas atividades funcionando inicialmente pela manhã e
tarde com as seguintes séries: 1ª. 2ª., 3ª e 4ª, séries iniciais. Este feito
simbolizou uma verdadeira conquista para os moradores desta pequena comunidade
na época” (Pg. 15 e 16).
Economia
O CUPUAÇU
O surgimento do plantio do cupuaçu começou na década
de 70 no século XX, na Nova Olinda da seguinte maneira, trazendo aos
agricultores uma enorme economia brasileira de muito valor, as pessoas
começaram a plantar cada vez mais, tirando a massa que tem no caroço e fazendo
a polpa.
Até então, deram início a colheita da fruta do
cupuaçu, fazendo a polpa que era vendida a R$ 2,50 e que hoje é vendida a R$
5,00 e também é vendido o caroço que custa R$ 0,40 no mercado agrícola.
CULTIVO DO AÇAÍ NA COMUNIDADE NOVA
OLINDA
Para os moradores da região o açaí tem sido grande
fonte de alimento e renda. Com o cultivo da terra, tendo como base as
informações do morador GERVÁSIO, diz: _“do
açaí é extraído o palmito, e do fruto o suco servido com a farinha; esta palma
é de origem indígena desde a era passada; o açaí nascia naturalmente, já nos
dias atuais é preciso cultivar a terra
para plantar”.
Através das queimadas, a terra é preparada para
receber a muda do açaí, tendo a mão de obra manual. Nessa região muitas
famílias consomem o açaí como o prato típico da região.
Já existem açaizais antigos e as pessoas continuam
plantando mesmo em pouca quantia, mas quase todos os proprietários têm o
plantio do açaí, tanto nessa região quanto nas regiões vizinhas. Essa é uma das
culturas mais tradicional da região “O PRATO DA AÇAI NÃO PODE FALTAR NA MESA”,
disse o morador João.
CULTIVO DA PIMENTA-DO-REINO NA COMUNIDADE
NOVA OLINDA
Tendo início à colonização desse povoado, no século
XX, a partir da década de 60, o que mais influenciou a população foi o cultivo
da pimenta-do-reino, com essa atividade os moradores sofreram várias consequências;
a principal era a falta de transporte por não terem estradas dificultando a
condução destes até a cidade de Quatro Bocas e vender o produto.
O cultivo desse produto é de grande importância como
fonte de renda para os moradores da região. Sendo este produto muito valioso
para exportação e venda. Na época do plantio, várias empresas contratam
colhedores e essa renda ajuda para mantimento das famílias.
Processo de plantação:
Cavação de buraco;
Empinação de estacas;
Plantação das mudas;
Cada atividade acima citado possui valor diferenciado.
Após esse processo, chega o período da colheita com
muita mão-de-obra, sendo: colher os cachos maduros por custo do quilo
aproximado de R$ 0,40. A partir daí, vem outro processo que é a pimenta seca,
sendo ventilada e seca ao sol, como valor aproximado de até R$ 12,00 o quilo.
Esses são vários processos que geram renda para a
comunidade através da comercialização desses produtos no município de Tomé-Açu.
Cultura
A cultura de nosso estado é diversificada e
possui características próprias.
Qual o paraense que nunca tomou açaí?
Quem nunca dançou carimbó?
Quem nunca saboreou uma boa fruta, e um bom prato
tipíco?
E na época das festas juninas, quem nunca foi a
um arraial?
A quadrilha é uma dança típica das festas juninas
e é muito divertida.
Atualmente seus passos
foram modificados e suas músicas já não são mais iguais, pois com o passar dos
anos seus comandos foram acompanhando a modernidade, afinal para os católicos a
festa junina é para comemorar o dia dos Santos do mês de junho com São João,
Santo Antônio e São Pedro. A quadrilha também é conhecida como dança caipira e
dançada em pares onde as pessoas vestem roupas típicas caipiras.
O Carimbó é se levado em consideração enquanto um gênero musical que vem da origem indígenas com
diversas manifestações culturais de nosso país; assim como miscigenou-se onde
recebeu influências, principalmente negra..
As mulheres
dançam descalças e com saias coloridas que vão até os pés muito franzidas e
amplas. A saia normalmente possui estampas florais grandes. Blusas de cor
branca, pulseiras e colares de sementes grandes. Os cabelos são ornamentados
com ramos de rosas ou jasmim. Todos os dançarinos apresentam-se descalços.
Os homens dançam
utilizando calças geralmente brancas e simples, comumente com a bainha
enrolada, costume herdado dos ancestrais negros que utilizavam a bainha da
calça desta forma devida às atividades exercidas.
O Carimbó é uma
dança típica do Estado do Pará, e adotada por algumas localidades como Nova
Olinda.
Temos também
as comidas típicas e os frutos cultivados na nossa localidade.
O açaí que é muito consumido na nossa
localidade é considerado um símbolo paraense. E as frutas: cupuaçu, cacau,
pupunha, graviola, taperebá, bacuri, e são usados na fabricação de polpas, e a
castanha do Pará.
Nas comidas
temos o tacacá, feito a base de tucupi, camarão, jambu, goma.
Temos o
tucupi que é extraído da mandioca, e usado como ingrediente em alguns pratos,
como o pato no tucupi e o tacacá.
Temos também
o vatapá e a maniçoba que são muitos consumidos na nossa localidade, o
principal ingrediente do vatapá é o camarão e azeite de dendê, e da maniçoba é
a folha da mandioca.
Os cultos
religiosos, os círios, as manifestações de fé, simbolizam a nossa cultura,
sendo cada indivíduo livre para escolher a qual religião seguir.
Os torneios que já é um costume são frequentemente
realizados na nossa localidade sendo também um momento de lazer, assim como os
encontros entre amigos nos banhos nos igarapés.
Para a equipe que fez a pesquisa, diz
o seguinte: “Com este trabalho esperamos proporcionar a vocês colegas uma
aprendizagem mais significativa e prazerosa sobre a nossa cultura e história.
Esperamos que ao final passem a ver com outros olhos nosso espaço de origem,
antes de tudo enxergá-lo com orgulho e respeito. A partir disso possamos
respeitar o outro, a natureza, a terra, e assim, construímos a nossa
cidadania”.
Medicina Popular
Os remédios caseiros são feitos de plantas e ervas medicinal
que podem ser encontrados em nossas regiões ou cultivados em casa. São utilizados
também na preparação de remédios caseiros, banhos que são extraídos dos animais
silvestres e domésticos.
1ª A
batata- É bom para dor de cabeça colocar uma batata média cortada em rodelas
sobre a testa e amarrar com um pano fino e repousar até que alivie a dor.
2ª
Matruz - Serve como antiflamatório bater as folhas no liquidificador junto com
leite e um pouco de água filtrada, tomar diariamente até sentir melhoras.
3ª
Babosa- Serve para cicatrizar ferimentos, retirar a casca da babosa e colocar
em cima do ferimento diariamente.
4ª
Casca de laranja- coloca a casca da laranja pra secar e depois faz o chá, que
serve para febre e vômito.
5º Alho - É bom para prisão de vento, fazer o chá de dois dentes de alho em meio
litro de água e tomar três vezes.
6ª
Óleo de copaíba - Serve para tétano, tomar três gotas em 10 ml de água, três
vezes ao dia.
7º Semente
de mostarda. Serve para derrame, pisa e tira o leite e toma antes de dormir
durante três dias.
8º Banha
de galinha-Serve para catarro no peito.
9º-Mel
com andiroba-É ótimo para garganta inflamada, tomar uma colher de chá 3 vezes
ao dia.
10º-Mel
com limãozinho-Bom para curar os sintomas da gripe, mistura o mel com o suco de
limão e tomar uma colher de chá três vezes ao dia.
11º-Noni-
É bom para pedra na vesícula, corta o noni em rodelas, coloca para secar e faz
o chá, tomar três vezes ao dia durante um mês.
12º-Folha de anador - para dor de dente, fazer o chá da
folha e tomar.
13º-Folha de boldo-Serve para dor de estômago, fazer o chá
da folha.
14º-Malvarisco-É bom par gripe, fazer o chá da folha junto
com o limãozinho, hortelã e o alho
.
15º-Folha do abacate-Serve para dor de cabeça, quando
sentir dor de cabeça por folhas quentes sobre a cabeça e amarrar com um pano
fino.
Mitos e Lendas
O VIANA E O BICHO SEM CABEÇA
Em São
Marcos na comunidade onde eu moro aconteceu uma historia interessante com o avô
da minha prima a mais de 25 anos atrás, o Viana.
Ele gostava muito de caça e certo dia ele
saiu de casa com um propósito de matar um veado, mais nem sempre as coisas são
como nós planejamos.
Chegando a tal lugar aonde ele ia caçar!
Chamado igarapé da matinha, outros chamam de pedra da Traíra, esperou escurecer
para matar o tão desejado animal de repente ele ouviu um barulho imenso que
vinha de dentro da mata, quebrando tudo, e ele ficaram espantados com aquilo e
cada vez mais chegando mais perto, quando de repente avistou um bicho tão
grande em forma de um veado mais estava sem cabeça, e então ele ficou tão
nervoso assombrado com aquilo segurou a espingarda e atirou na direção do
bicho, sem querer, mais a bala foi certo no bicho, e o bicho saiu quebrando
tudo o que via pela frente.
E o Viana deu um tempo e ficou, mas calmo e
saiu para sua casa com fortes dor de cabeça e febre.
No dia seguinte ele já estava melhor e
recebeu uma noticia que o deixou chocado, uma velha havia morrido com um tiro
no peito perto dali em uma comunidade chamada vila socorro.
Enfim, hoje ele mora em Cametá e tem 75 anos
e nunca esqueceu desse fato que aconteceu com ele.
A SEREIA
No igarapé onde o Viana viu um bicho aconteceu outro fato diferente com
outra pessoa.
Depois de acontecer esta história com o Viana alguns anos depois, um
homem saiu para pescar nesse mesmo igarapé, mais um pouco pra cima onde havia
acontecido este fato.
Certo dia este homem saiu para ir a uma
pesca, e estava indo tudo muito bem havia pegado bem peixes, e ele resolveu ir
embora e quando de repente viu uma mulher muito linda e as pernas dele começaram
a tremer toda e a voz dele não saia estava completamente paralisado demorou
alguns minutos e ele vendo aquilo e depois aquela imagem foi saindo
desaparecendo e só então que ele pode voltar ao normal, pegou suas coisas e foi
embora chegando à sua casa não contou pra ninguém e depois de alguns anos ele
pode contar.
Movimentos
Sociais e Entidades
Associação dos Moradores da Colônia
Mariquita São Marcos
Na
primeira reunião de formação da Associação dos Moradores da Colônia Mariquita
São Marcos, que se deu no dia quinze de junho de dois mil e dois, na Escola
Municipal de São Marcos compareceram cinquenta e quatros pessoas. Entre os
presentes a Senhora Célia Chaves, primeira dama do município, o vereador Ney, o
Senhor Adriano, que naquele momento era Presidente das Associações de Tomé-Açu,
a Diretora da Escola Municipal de São Marcos, Senhora Simária Caldas Pessoa e
presidindo a mesa o Senhor José de Souza Pantoja, mais conhecido como “Deco”
Pantoja.
O
Senhor Adriano fez um breve comentários sobre a importância da criação da Associação;
pois segundo ele: “Irá trazer grandes benefícios para a Colônia”. Logo em
seguida deu-se a leitura do Estatuto da Associação. Para a Diretora da Escola
Municipal de São Marcos, a Senhora Simária Caldas enfatizou a importância da
fundação de uma Associação na comunidade e se dispôs a contribuir no que for
necessário. Já o vereador Ney, disse: “Parabenizo a plateia por essa iniciativa
e que é só através da Associação que o agricultor tem direito e vez de
conseguir alguns benefícios junto ao poder público”. Em seguida, foi a votação
do Estatuto da Associação, que obteve 23 votos dos presentes.
Saúde
Em
relação à saúde em nossas localidades, quem deu entrevista sobre o assunto, foi
a Senhora Maria Remédio de Oliveira que trabalha vinte e cinco anos como agente
de saúde. Ela enfatizou que as principais doenças são: a gripe e a febre que
afetam mais crianças e para combater
essas doenças ela comunica para as pessoas se protegerem mais, não andar em
sereno, não tomar banho com o corpo quente e não andar por dentro das águas
acumuladas.
Ela
ressaltou que não é tão difícil ser uma agente de saúde, porque a agente tem
que estar sempre andando para saber se a saúde está tudo bem na comunidade.
Disse
que para combater a dengue ela precisa do apoio das pessoas, para não deixar
acumular pneus e vasilhas velhas...
No
momento não há nenhum caso de dengue avançado, mas já houve sintomas de dengue,
mas não tão grave, porque procuraram logo um posto de saúde, disse também que
neste trabalho já surgiu muita dificuldade, porque ela vem todo o meio de
semana para saber a saúde do povo de Nova Olinda.
A
Importância da Mulher na comunidade
Segundo
alguns dados coletados pelo aluno (a)s do ensino médio durante o primeiro
módulo do ano de 2013, a mulher começou a ter um destaque dentro da sociedade,
não só local, mas internacional. A mulher que antes se dedicava apenas a vida
doméstica, agora contribui decisivamente na renda familiar seja no campo seja
na vida urbana. O cotidiano da mulher de
hoje tem todo um contexto histórico, antes doméstico e conservadora, hoje
trabalhadora, lutadora e progressista em suas ideias.
Para
a aluna do segundo ano do ensino médio do turno da noite Rosinelma Gusmão Vulcão:
“No período colonial, as mulheres ocupavam-se com trabalhos agrícolas, e com as
atividades de coleta, colaboravam nas pescarias, indo buscar o peixe flechado
pelos homens, transportavam os produtos das caçadas, cuidavam dos animais
domésticos e, assim elas tinham como obrigação cuidar dos serviços domésticos,
dos filhos e dos maridos e não podia deixar de trabalhar na lavoura, e sem
receber nada por seu trabalho”. E
continua: ”Nos dias de hoje, as mulheres tem uma vida digna, tem mais
oportunidades, inclusive na vida política para a prefeitura, vereadora,
governadora e, até presidente da República, totalmente ao contrário da vida que
as mulheres do passado viviam. Passou o tempo em que o trabalho da mulher não
era reconhecido de forma alguma; pois só os homens, eram os ‘merecidos’”.
E
conclui: ”Hoje em dia, depois que o trabalho da mulher tornou-se reconhecido,
as mulheres tem um papel fundamental e muito importante na comunidade em que
vive, ou seja, na sociedade, nas atividades econômicas. Pois ao contrário do
que acontecia nos séculos passados em que as mulheres só podiam ficar em casa
cuidando dos filhos e do marido, hoje as mesmas já podem socializar sua vida
profissional com a família. Antes só homem trabalhava para dar o sustento e com
a participação da mulher na renda familiar as condições financeiras melhoraram.
Portanto, as mulheres são fundamentais na sociedade com seus papéis de
guerreiras”.
Bibliografia
Nonato, Antônio e Gloria, Maria Da.
Minha Vida, Minha Vila: Memória e História de Nova Olinda. 1ª. Edição. 2012.
Projeto Político Pedagógico da Escola
Municipal de Ensino Infantil e Fundamental “Manoel Pedro Ferreira”. Maio –
2012.
Informantes
Esmaelita de Jesus Ferreira Santos
Maria Remédio de Oliveira
Rosangela Maria Brito Batista
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