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domingo, 27 de novembro de 2011

Ato “Pela paz, por liberdade e justiça no campo” denuncia impunidade e cobra reforma agrária


Nas ruas de Rondon do Pará, trabalhadores rurais lembram 11 anos do assassinato de Dezinho

Escrito por: Leonardo Severo, de Rondon-PA


Alberto Broch, presidente da Contag, e Carmem Foro, da executiva nacional da CUT, comandaram a mobilização pelas ruas de Rondon do ParáNeste sábado, 26 de novembro, manifestantes tomaram as ruas de Rondon do Pará no ato “Pela paz, por liberdade e justiça no campo”, em honra à memória de José Dutra da Costa (Dezinho), incansável batalhador pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores.



“Dezinho acreditava e defendia uma forma de desenvolvimento contrária do que sempre se viu em Rondon. Queria ver as terras públicas repartidas entre as famílias de trabalhadores rurais sem terra para aumentar a produção, a circulação de produtos dos agricultores no mercado local, melhorar a renda e a qualidade de vida dos mais pobres”, lembra a presidenta do Sindicato local, Zudemir dos Santos de Jesus. Mantida sob proteção policial, Nicinha, como é mais conhecida, explicou as muitas razões da homenagem ao líder assassinado, que também foram as que selaram a sua morte.



“Dezinho não concordava que os pobres tivessem que viver amontoados nos bairros em extrema pobreza ou que tivessem que enfrentar o trabalho escravo nas fazendas, carvoarias e serrarias. Por isso, denunciava os grileiros de terras públicas, os latifúndios improdutivos, os utilizadores de mão de obra escrava e os autores de crimes ambientais. Os que enriqueceram com tais práticas em Rondon decretaram a sua morte, pensando que com isso colocariam um fim na sua existência. Mataram o homem, mas suas ideias sobrevivem”, acrescentou dona Maria Joelma, sua viúva, escoltada noite e dia por soldados da Força Nacional.



Situada a mais de 500 quilômetros da capital, Belém, a cidade virou símbolo da impunidade, onde os assassinatos se sucedem, cabendo às mulheres continuarem a luta dos maridos abatidos por pistoleiros a mando dos grandes latifundiários e madeireiros.



A manifestação de sábado foi precedida por uma plenária de mulheres trabalhadoras rurais na sexta-feira à tarde, na qual as lideranças fizeram um resgate da Marcha das Margaridas e de suas bandeiras, mobilização que levou cem mil mulheres a Brasília. “Comprometidas com a justiça no campo, estamos aqui para denunciar o avanço da violência contra a mulher no estado do Pará e no país. Se antes éramos 7% ameaçadas de morte, hoje somos mais de 20%. É preciso dar um basta neste ambiente de terror estabelecido pela grilagem, pelo agronegócio e pelas madeireiras, que vêm banalizando e naturalizando a violência e a devastação”, declarou Carmem Foro, que representou a executiva nacional da CUT no evento.



O clima criado pela prefeita Cristina (PSDB) – filha de Josélio de Barros, dono da fazenda Texagaú, onde foi encontrado um cemitério clandestino com corpos dos trabalhadores rurais fatiados com dentes de motosserra – dispensa maiores comentários. Josélio chegou a ser preso, para sair logo depois pela porta da frente, e nunca mais voltar à prisão.



Leonardo Severo



Carmem Foro (CUT) abraça dona Maria Joelma, viúva de Dezinho. Ao lado no palanque, os artistas Osmar Prado, Camila Pitanga e Letícia SabatelaCom faixas e cartazes, os trabalhadores renovaram o compromisso com a memória e a história, entoando em coro: “Reforma agrária, já” e “Este é o nosso país, esta é a nossa bandeira, é pelo amor desta Pátria, Brasil, que a gente segue em fileira”. Caminhando a seu lado, entre olhares incrédulos de uma parte da população compreensivelmente aterrorizada, atores globais como Letícia Sabatela e Camila Pitanga, membros do Movimento Humanos Direitos, reforçaram o coro contra a impunidade. “Quanto mais matarem, mais o movimento vai crescer, porque matam um homem não sua causa. Chaplin dizia que a liberdade não morrerá enquanto um homem viver por ela”, destacou Osmar Prado.



Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, a mobilização de Rondon do Pará “coloca na agenda o novo modelo de desenvolvimento que queremos para o país, que será construído com o fortalecimento dos assentamentos”. Broch cobrou dos representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), mais investimentos em politicas públicas que garantam crédito para a produção e recursos para que ela seja transportada e não apodreça, a fim de assegurar alimento farto e barato na mesa do povo brasileiro.



SEM ESTRADA, SEM TRANSPORTE



O problema do escoamento da safra é mais do que angustiante, é trágico. E palpável. Na Feira da Agricultura, o Sindicato de Rondon disponibilizou pequenas bancas para que os assentados pudessem expor seus produtos à população a preços acessíveis e levantar algum dinheiro. Com a chuva do dia anterior, vários veículos atolaram, ficando no caminho montanhas de abóboras e melancias. Perdeu o produtor. Perdeu o consumidor.



Miriam Andrade, presidenta da CUT-Pará: unidade dos trabalhadores do campo e da cidade é essencial para o desenvolvimento nacionalComo lembrou a presidenta da CUT-Pará, Miriam Andrade, a ausência de políticas públicas tem inviabilizado os assentamentos, que podem e devem ser fonte de emprego, renda e cidadania. “Como é possível haver desenvolvimento sem estradas e pontes para escoar a produção, sem que o poder público se comprometa, minimamente, com a compra de um percentual da agricultura familiar para a merenda escolar?”, questionou.



A manifestação comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio da CUT, Contag, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), aos poucos foi ganhando corpo, elevando o tom. Exigindo paz, liberdade e justiça no campo, o protesto lembrou nomes de alguns lutadores que tombaram vítimas dos latifundiários na região: João Canuto, Irmã Dorothy, Alfim Fagundes, José Cláudio e Maria do Espírito Santo.



Entre a dor de tantas lembranças, naturalmente se sobressaiu a recordação de José Dutra da Costa, precursor do movimento na cidade. No dia 21 de novembro de 1990, três tiros ceifaram a vida do sindicalista. Dezinho orientava os companheiros a se somar com o Sindicato, a se organizar, a lutar pelo que era seu, a não abaixar a cabeça, a não se deixar ludibriar ou escravizar. A postura altiva emperrava a engrenagem dos que comandam a economia e a política de Rondon - e de boa parte do Pará.



Dias antes de Delzinho morrer, Décio Barroso Nunes, o Delsão, apontado como o cabeça do consórcio da morte que ordenou o sentenciamento, advertiu o sindicalista de que ele não ia chegar vivo ao Natal.



Contratado para fazer o serviço, Pedro, um dos pistoleiros, foi convencido pelo irmão a não cometer o crime. Afinal, fora um dos tantos assentados beneficiados com a ação de Dezinho. “Sabendo que ao atender a súplica do irmão, estava marcado para morrer, Pedro entregou uma gravação onde Delsão é apontado como ‘o chefão’. Deixa com o irmão fotos da lagoa onde jogava os corpos dos trabalhadores rurais que assassinava a mando dos fazendeiros”, conta Joelma Costa Ferreira, uma das filhas de Dezinho. Logo depois, não foi apenas o arquivo vivo que foi queimado, também o fórum da cidade onde estavam guardadas as fitas cassete, entre outras provas. Ossadas foram levadas a Belém para averiguação e por lá ficaram. Sem respostas.



Até agora, lembram os dirigentes do Sindicato, o pistoleiro Welington Silva é o único dos acusados da morte de Dezinho que foi julgado e condenado. “Quanto aos intermediários do crime, Ygoismar Mariano e Rogério Dias, mesmo com prisão preventiva decretada, a polícia do Pará nunca fez o menor esforço para prender. Domício Neto, o terceiro intermediário, passou poucos meses preso e foi posto em liberdade. O pistoleiro Welington, condenado a 29 anos de prisão, passou pouco mais de seis anos preso e fugiu da penitenciária de Belém, beneficiado por uma decisão judicial que o autorizou a passar o Natal em casa. Nunca mais voltou e a polícia não moveu uma palha para prendê-lo novamente”.



ASSASSINATO SOB ENCOMENDA



A identificação dos que encomendaram o assassinato de Dezinho só foi possível porque, mesmo ferido com três tiros, o sindicalista ainda conseguiu lutar com o pistoleiro, caindo sobre ele numa vala em frente à sua casa. Isso permitiu que os vizinhos capturassem Welington, com dona Maria Joelma impedindo que fosse linchado.



Conforme Francisco de Assis, secretário de Formação e Organização da Fetagri-PA, “o principal acusado de ser o mandante do assassinato, o fazendeiro Delsão, é grileiro de uma área pública de 117 mil hectares, como comprovou a Polícia Federal e o Incra“. Ao lado de Lourival de Sousa, o Perrucha, após mais de uma década do crime, Delsão irá à júri popular no próximo ano em Belém. Com rios de dinheiro, seus advogados impetraram – e conseguiram - um sem número de recursos no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), adiando o julgamento – e a sentença.



De acordo com o Sindicato, após extraírem ilegalmente a madeira de maior valor, derrubarem a mata nativa para implantar pastagens para criação de gado, os “fazendeiros” da região passaram a estimular a produção de carvão vegetal para as grandes siderúrgicas, fundamentalmente. A lógica é a do trabalho precário e escravo, com abuso da superexploração e baixíssima remuneração, sonegação de impostos, descumprimento da legislação social e trabalhista, além de muita, muitíssima, degradação ambiental. Quem ousa divergir é convidado a se retirar da cidade, antes que tenha o seu corpo “encomendado”.



O deputado federal Beto Faro (PT) cobrou empenho das autoridades, “uma vez que não há confronto, pois o que ocorre aqui é um massacre, onde só morre gente de um lado”. “Queremos ver boi no campo, dendê no campo, mas também queremos ver gente no campo”, sublinhou Faro, acompanhado na manifestação por vários parlamentares da bancada estadual petista.



MANTO DE SILÊNCIO E TERROR



Delsão ou o “chefão”, conforme gravações do pistoleiro Pedro, que acabou morto por não ter entregue a “encomenda”, é conhecido pela postura mafiosa. Orelhas decepadas, gargantas cortadas, cabeças decapitadas, troncos serrados e outras barbaridades se fazem presentes na cidade como um manto de silêncio e terror.



Diante da omissão do governo do Pará em garantir a segurança de Dezinho, quando ainda estava vivo e ameaçado de morte, e a demora da Justiça em punir os assassinos, sua família, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Justiça Global entraram com um processo na Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o Estado brasileiro.



Processado pela OEA, o Estado brasileiro propôs um acordo. A família e as entidades apresentaram então aos governos e ao Judiciário um conjunto de propostas para suspender o processo. Entre elas o pagamento de indenização para a família de Dezinho, a construção de um centro de informática na Vila Galvão, a ampliação da sede do Sindicato – incluindo um centro de qualificação profissional para trabalhadores rurais e urbanos, a construção de poços artesianos nos Projetos de Assentamento Nova Vitória, José Dutra da Costa e Água Branca, e a retomada de terras públicas no município para o assentamento de famílias sem terras.



O acordo previa ainda a obrigação do governo do Pará e do governo federal em construir um memorial em homenagem a Dezinho e, que, em sua inauguração, teriam que fazer um pedido de desculpa formal aos seus familiares.



Em nome do governo brasileiro, Maria Ivonete Barbosa Tamboril, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, fez um caloroso pronunciamento no encerramento do evento de sábado, na Praça da Paz, onde, além da desculpa formal, sublinhou a importância de orquestrar ações conjuntas no âmbito federal para acabar com a impunidade. Um pouco antes, em nome da superintendência do Incra, Ruberval Lopes da Silva havia anunciado a liberação de cerca de dois milhões de reais em linhas de crédito para os assentamentos e a construção de moradias. O coordenador regional do Programa Terra Legal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Castanheira Alves, anunciou a varredura nas glebas públicas ao lado do Ministério Público Federal, além da liberação dos Contratos de Concessão de Uso (CCU), documentos que dão segurança jurídica aos assentados – por meio do título provisório de posse - e estabelecem obrigações.



Em contrapartida, um representante do governo estadual caiu no ridículo ao declarar do alto do palanque – de onde escafedeu-se rapidamente – que a família de Dezinho receberia insignificantes R$ 40 mil como “indenização”, além de R$ 765,00 mensais como pensão vitalícia. E que o Memorial do líder assassinado seria erguido em Marabá, a cerca de 130 quilômetros de Rondon, quem sabe para não importunar os próceres tucanos locais, bastante vinculados ao rastro de sangue.



“A mobilização coroou anos de uma luta que garantiu o reconhecimento dos assentamentos, onde vivem, plantam e produzem cerca de 800 famílias. A palavra de ordem é avançar, ampliando a pressão por mais direitos e conquistas. Infelizmente, o governo do PSDB continua na contramão, tanto na cidade, onde não investe na agricultura familiar, como no Estado, onde continua acobertando práticas criminosas contra os trabalhadores rurais e os movimentos sociais”, concluiu Carmem Foro, enfatizando que a CUT e a Contag continuarão na linha de frente da luta por justiça.

Fonte: Cut.org.br

O movimento sindical na luta pelo fim da violência contra as mulheres


Escrito por: Rosane Silva, secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT



25 de novembro é Dia Internacional de luta pelo fim da violência contra as mulheres. Aproposta de celebrar esta data surgiu no I Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, em 1981, e foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Minerva, Pátria e Maria), da República Dominicana, que, em 1960, durante a ditadura Trujillo, foram brutalmente assassinadas.



Esta é uma data importante para o conjunto dos movimentos sociais, especialmente aqueles em que tem em suas diretrizes de atuação a luta por uma sociedade com igualdade entre homens e mulheres, caso da Central Única dos Trabalhadores.



A violência contra as mulheres tem suas bases na existência de relações desiguais entre homens e mulheres. São sustentadas pela construção social do ser mulher como gênero feminino inferior ao ser homem como gênero masculino. Como decorrência dessas relações desiguais de gênero, todas as mulheres estão sujeitas a esse tipo de violência simplesmente por serem mulheres, e, por isso, chamamos de violência sexista.



Como todos os outros aspectos da opressão das mulheres, a violência sexista foi construída socialmente e tem sua base material na divisão sexual do trabalho. Essa base material se sustenta na construção de uma cultura capitalista e patriarcal, que desqualifica as mulheres, que faz com que sejam consideradas coisas, objetos de posse e poder dos homens e, portanto, inferiores e descartáveis.



Particularmente para nós do movimento sindical esta é uma data que nos permite denunciar e reafirmar a luta pelo fim de todas as manifestações de violência contra as mulheres, especialmente aquelas que ocorrem no âmbito do trabalho.



O desequilíbrio de poder nos locais de trabalho e as condições precárias de emprego de grande parte das mulheres expõem milhares de mulheres a diversas formas de violência e de controle sobre seus corpos. Existe uma considerável quantidade de empregadores que controlam os horários em que as mulheres podem ou não ir ao banheiro, que tem rígidas regras sobre as roupas das mulheres a serem utilizadas, que em nome de um “controle de qualidade” chegam inclusive a impor que as mulheres devem tomar remédios e hormônios para não menstruarem.



A desigualdade salarial, a restrição na contratação, as dificuldades na ascensão a cargos de chefia, o inaceitável assédio sexual e moral, e a cobrança em cumprir horas extras tem em seu alvo prioritário também as mulheres. Assim como os casos de LER e DORT que são mais freqüentes entre as mulheres, por estas concentrarem-se em atividades mais repetitivas e que requerem maior habilidade manual.



Nada justifica a violência sexista, entretanto, ela ainda é considerada algo atual na vida das mulheres, como se fizesse parte do destino. Por isso, muitas vezes não nos damos conta de que, em determinados momentos, estamos sendo vítimas de violência sexista. Naturalização é quando as coisas começam a parecer naturais, normais, e as pessoas se acostumam e se acomodam diante delas, mesmo quando não há nada de normal como no caso da violência.



Não é natural quea cada duas horas, uma mulher seja assassinada no Brasil, que seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; que 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica; conforme demonstram o Mapa da Violência do Ministério da Justiça, e da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC), ambos de 2011. No mundo a violência doméstica é a que faz mais vítimas no mundo, diretas por meio de assassinatos e agressões ou aumentando o índice de suicídios e causando repetência escolar dos filhos.



Em muitos casos, há uma tentativa de justificar a violência sexista pela maneira como a mulher se comporta, ou seja, que ela mesma provoca e é culpada pela violência. Não é possível aceitar o absurdo discurso de responsabilização das mulheres, muito mesmo a idéia de que “mulher gosta de apanhar”. Trata-se de expressões, em si mesmas, já absurdamente violentas, que banalizam e chegam até mesmo a legitimar os elevados índices de crimes contra as mulheres que ocorrem em todo nosso país.



A violência não pode ser camuflada. É importante visibilizá-la para afirmar que ela existe que é preciso combatê-la e para ter dimensão de sua extensão. Além disso, uma vez que há outros mecanismos que contribuem para a perpetuação da violência, porque incidem na desigualdade entre homens e mulheres, é preciso ter política para enfrentar a situação como um todo. Caso de políticas públicas que caminhem no sentido de compartilhar as tarefas de cuidado entre mulheres, homens e Estado, por exemplo, as creches e os centros de educação infantil, bem como a necessidade de um orçamento público compatível para atender qualitativamente as demandas das delegacias de mulheres e das casas abrigos.



A violência deve ser enfrentada pelo conjunto da sociedade, como um problema político, social e coletivo, e não mais particular individual. Desta maneira, o combate à violência contra as mulheres requer uma ampla articulação entre as mais diferentes esferas da vida social, ou seja, é preciso que os movimentos sociais estejam em unidade por uma forte mobilização por transformações gerais na sociedade, incluindo o componente feminista nesse projeto.



Este ano a Lei Maria da Penha completou cinco anos. Sem dúvida foi uma importante conquista do movimento de mulheres e feministas. Entre as novidades trazidas por essa lei estão: “A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação de direitos humanos” sendo, portanto, um crime e considerar que as relações interpessoais independem da orientação sexual.



Apesar de ser um importante instrumento para defesa de nossos direitos as estruturas não estão adequadas, os profissionais das diferentes áreas não estão suficientemente qualificados.



Os obstáculos não se limitam a uma inadequação de infra-estrutura. Existem ainda aqueles relacionados à capacitação dos funcionários e funcionárias, muito desses não reconhecem a violência contra a mulher como violência. Também é importante divulgar e debater o conteúdo da Lei, pois é um instrumento importantíssimo para a proteção dos direitos das mulheres e, para tanto, reconhecê-las como sujeito de direitos é fundamental.



É uma lei a ser comemorada, mas ainda precisa ser debatida aprimorada. Por isso é importante iniciativas como a do deputado Vicentinho, que promoverá uma sessão solene em homenagem a este dia, sexta-feira, 25 de novembro, às 15 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.para. O objetivo renovar os esforços pelo fim da discriminação, da exclusão e da violência contra a mulher.



E a campanha pelo fim da violência contra as mulheres que a Secretaria de Politicas para as Mulheres do Governo Federal (SPM) que terá o tema Quem ama, abraça. Uma campanha que estará na TV, no metrô e nas ruas de importantes capitais brasileiras. A principal peça da campanha, um videoclipe gravado por grandes nomes da MPB será veiculado nacionalmente nos canais de televisão abertos e fechados com a propostas de enfrentamento da violência contra as mulheres e promoção de uma cultura de paz.



A campanha tem objetivo de estimular o debate sobre o tema e denunciar os absurdos números da violência contra as mulheres em nosso país.



Também no último domingo, dia 20 de novembro, antes de ter início o jogo Corinthians e Atlético-MG no estádio do Pacaembu, em São Paulo, os jogadores do time paulista levaram uma mensagem especial aos torcedores e demais atletas: a luta pela eliminação da violência contra as mulheres e meninas. Utilizando um jargão futebolístico, segundo a agência Corinthians, o objetivo da campanha é sensibilizar os torcedores de futebol e dar um cartão vermelho para a alarmante realidade das mulheres e meninas no Brasil.



As duas iniciativas são muito importantes e, certamente, atingirão um grande número de pessoas para dizer que a violência que é praticada contra as mulheres não é natural e deve ser prevenida e combatida.



A CUT tem entre seus princípios a luta por uma sociedade livre de qualquer tipo de exploração e preconceitos, uma sociedade em que homens e mulheres possam viver livremente. Não nos calaremos diante de manifestações de violência sexista – Violência Contra as Mulheres, Tolerância Nenhuma!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

V Jogos Internos da Escola São Raimundo


Na localidade de São Raimundo, município de Bujaru, foram realizados os Jogos Internos, envolvendo desde 1º ano do ensino fundamental menor até ao 3º ano do ensino médio. O referido evento, iniciou no dia 22 do mês corrente e terminou hoje, por volta das 13 h., com a participação dinâmica dos diversos seguimentos da comunidade escolar. 


No primeiro dia, pela parte da manhã iniciou com a coreografia de entrada dos atletas, conforme imagem, apresentação do tema dos V Jogos Internos, Corrida do fogo simbólico, momento cívico do Hino Nacional, Juramento dos atletas, apresentação espacial e coreografia das Rainhas dos Jogos.




Os Jogos Internos da Escola São Raimundo, é parte integrante de um projeto maior que neste ano, a Escola se propõe a realizar. Este projeto maior, que tem como título de A Relação Homem - Natureza. Este título foi escolhido para que a escola fosse um ponto de partida para que a comunidade escolar fizesse algumas reflexões sobre suas atitudes de destruição do meio em que vive e melhorar a qualidade  de vida, através dos recursos naturais, pois; enquanto amazônidas, temos consciência de que preservar é cuidar do futuro de nosso planeta.   


Hoje, foram as decisões e equipes organizadas por várias turmas disputaram a partida final. Após os jogos,
foram entregues medalhas de ouro, medalhas de pratas e troféus aos times vencedores e campeões. Parabéns para a equipe técnica sob o comando da Diretora Simone, professores, alunos e país de alunos que compareceram os quatro dias do evento pela organização e disciplina.  



domingo, 20 de novembro de 2011

Consciência Negra II


Sabemos que a luta do movimento negro é árdua e complexa numa sociedade onde nos meios de comunicações tradicionais utilizam a concepção, predominando é européia. Neste cenário, nos últimos anos o sistema educacional brasileiro ao de um processo histórico e cotidiano vem demonstrando preocupação e necessidade de ter uma educação inclusiva e que por ventura possa  corrigir as distorções provocadas pela exclusão do negro da sociedade. Diante deste aspecto, nós educadores não furtar o debate e a discussão quanto ao tema preconceito, racismo, discriminação, exclusão...E a escola é o espaço para a esse debate, enfatizando, principalmente os segmentos marginalizados pela nossa sociedade.


A temática étnico - racial nem sempre foi abordado por setores da sociedade brasileira, mas nos últimos anos tem-se sido feito levantamentos e ações onde este tema tem servido de aprofundamento, principalmente pelas mobilizações do movimento negro diante de alguns setores.Sabemos, também, que é preciso levar essa discussão, seja no planejamento pedagógico, seja no projeto político pedagógico, seja no cotidiano escolar, mostrando sempre a importância do negro para a sociedade, reconhecendo seus valores e direitos quanto a identidade cultural, promovendo ações contextualizadas.


Consciência Negra I



"Ter consciência negra significa compreender que a luta contra o racismo não é uma luta


somente dos negros e sim de toda sociedade que se quer livre, pois não há sociedade


 livre onde existe  racismo"

                                                               Texto: Consciência Negra no Brasil
                                                                                               Nilma Bentes

sábado, 19 de novembro de 2011

Consciência Negra

dia da consciência negra
Dia 20 de novembro, é uma data memorável para a construção da sociedade brasileira; já neste dia, ela é considerada como o Dia Nacional da Consciência Negra.  A referida data, marca o dia em que foi morto, Zumbi, considerado o maior líder do movimento negro. Ainda serve como reflexão sobre o preconceito que temos no mundo.


Uma forma das organizações negras resgatarem sua memória; já que morreu em combate defendendo os interesses da população e de suas idéias. Portanto, é  importante ressaltarmos que essa reflexão não se encerre nesta data.
AXÉ ! 

Uma reflexão!!!




Anônimo disse...



É justo , é um direito sendo constitucional ou não todo ser humano procurar prover seu lar do melhor para os seus, a este direito é somado o instinto paterno ou materno o que da uma sobre força a sua busca, pois seus filhos dependem exclusivamente deles com raras exceções ai temos o emprego da palavra dependente!


A formação do caráter de meus filhos será diretamente influenciada pela minha maneira de ser, se eu me acovardar ou se eu lutar estarei fazendo reflexo nos meus descendentes, porem existe um fator que deve ser ao menos considerado o que falam ou divulgam sobre minhas atitudes!


Sendo verdadeiro o que digo, coloco esta condicionante por não me achar senhor de verdade questionável quanto mais de uma verdade indiscutível no caso desta greve em especial acho que os bons falaram mau e os maus falaram bem (alunos e mestres) haveria uma inversão de valores se dignidade fosse virtude em quem poderia fazê-la não prosperar (governo e sindicato)


Saltando de categoria sem sair do tema imagine uma greve dos profissionais de saúde feita com totalidade existiriam muitas mortes dos que se encontravam em situação extrema, este é o motivo relevante para existirem apenas nesta área greve parcial ou “Operação Tartaruga” !


Voltando para a educação quantos conhecimentos foram enterrados nos alunos que não acompanhando a frenética reposição de carga horária abandonaram definitivamente a sala de aula e ninguém levou em conta?


Duas coisas desde que o mundo existe devem ter prioridade saúde e educação, então porque elas são desprezadas, o poder não prioriza e os profissionais não fazem consciência do seu valor?


Concordo que essa greve deveria encerrar , porem discordo do tempo e o modo como aconteceu, ela deveria ter encerrado muito antes, porem havendo um rodízio de professores ocupando lugares estratégicos que emperrassem a maquina publica e não apenas fazendo ameaças futuras por parte das cabeças coroadas!


Um conselho que vendo cujo preço que cobro é sua divulgação, nunca parem saúde ou educação, parem a maquina, pois essa é que dói em caixa financeiro e político!


“Quem tira da saúde mata meu corpo, quem tira da educação mata minha alma” Mestre Chico Barão


19 de novembro de 2011 05:48

Fonte: CSD-Educação.pa

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Educadores saem vitoriosos após 54 dias de greve

Com mais de mil profissionais em educação, em Assembléia Geral, realizada na sede do Paysandú Esporte Clube, foi aprovada pela maioria e decisão soberana, o retorno das aulas na próxima segunda-feira, dia 21.


O importante, neste processo não é a discussão se perdemos ou não, o fundamental neste cenário é que a categoria mostrou ousadia, unidade e força contra as principais instituições que pensavam que ditavam normas contra um direito constitucional, que é a greve. Poder Executivo, Justiça e Mídias tradicionais foram colocados em xeque por uma categoria  que forma opiniões, detém conhecimentos e trabalha com a massa. Esta é eleitora.


Para nossa categoria, que possui, um dos  maiores sindicatos do estado do Pará, com quase 27 mil associados, "não podemos perder de vista a necessidade de manter uma permanente interlocução com os demais segmentos da comunidade educacional e com a população em geral, bem como, a necessidade de uma forma consciente de organização de base, que estimule a mobilização por unidade escolar e por escolas agregadas. Precisa ainda implementar um plano de lutas visando a uma campanha salarial vitoriosa em 2012, que garanta o pagamento integral e imediato do Piso Salarial e à efetiva melhoria das condições físicas das escolas, de trabalho e da qualidade da educação pública no Estado, que só pode ser viabilizada mediante a aplicação de 10% do PIB na educação brasileira".


Neste momento crucial, a categoria dos profissionais em educação, sai fortalecida e vitoriosa com o processo da greve.


"Jatene a luta continua a culpa é tua"
.

ASSEMBLÉIA GERAL, EM CLIMA DE VITÓRIA, APROVOU SUSPENSÃO DE NOSSA GREVE



Concluída no inicio desta tarde, Assembléia Geral do SINTEPP decidiu suspender a greve na rede pública de ensino básico do estado, que já durava 54 dias.A esmagadora maioria dos presentes- mais de mil trabalhadores participaram da assembléia- acatou a posição defendida pela diretoria do sindicato e o comando de greve no sentido da retomada do período letivo, a partir da próxima segunda-feira, dia 21/11, acompanhada da firme disposição da categoria de reiniciar o seu movimento grevista, caso o governo Jatene ignore as condições aprovadas pela assembléia para a suspensão da greve e continue fugindo de seu dever de cumprir a lei federal que dispõe sobre o piso nacional do magistério, bem como, a lei estadual do PCCR. A assembléia geral deliberou que não haverá reposição de aulas, em havendo descontos dos dias parados eoutras medidas de retaliação que o governo anunciou na tentativa de intimidar e desmobilizar os trabalhadores em greve, bem como, que a categoria não iniciará o próximo ano letivo se o governo Jatene insistir em não pagar integralmente o valor do piso, entre outras deliberações que caracterizam o estado de greve da categoria.


Na multidão presente na assembléia geral, prevaleceu o forte sentimento de vitória. A greve desafiou o governo Jatene, a justiça estadual e a política ditada pelo governo federal com a finalidade de reduzir orçamento para a educação e demais políticas sociais e, assim, garantir reservas financeiras para o pagamento de juros e serviços da dívida pública.Foi uma greve vitoriosa por deixou claro que os trabalhadores não abrem mão de seu direito de greve e demais direitos amparados na constituição; porque foi a própria categoria quem deliberou acerca dos rumos e de cada etapa desse movimento grevista; porque desmascarou o governo Jatene em seu primeiro ano de existência e acumulou força para enfrentá-lo em futuro próximo em melhores condições de luta e arrancar do mesmo o pagamento integral do piso e o cumprimento do PCCR. Foi em clima de vitória que a diretoria do SINTEPP anunciou que entregará à Justiça, ainda na data de hoje, o calendário de reposição de aulas não ministradas em razão da greve, mas também sua denúncia de contratação de servidores temporários para substituição de professores que participaram da greve.


Fonte: Sintepp.org.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Viver sem Limite vai atender pessoas com deficiência


A presidenta Dilma Rousseff lançou hoje o Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que tem como objetivo promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade. A intenção é dar autonomia a essas pessoas, eliminando barreiras e permitindo acesso igualitário a bens e serviços disponíveis a toda a população.


O programa prevê investimentos federais de R$ 7,6 bilhões até 2014 e as ações serão executadas em conjunto por 15 órgãos do Governo Federal, sob coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).


O Viver sem Limite visa implantar uma série de ações estratégicas em diversas áreas, como Educação, com disponibilização de transporte acessível, adequação arquitetônica e oferta de vagas; e Saúde, com ampliação de ações de prevenção, sistema de monitoramento e fortalecimento de ações de habilitação e reabilitação.


Além disso, há ações voltadas para a Inclusão Social, com implantação de Centros de Referência para oferecer apoio às pessoas com deficiência em situação de risco, como extrema pobreza, abandono e isolamento social; e Acessibilidade, adequando programas como Minha Casa, Minha Vida 2, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e Copa de 2014.


Fonte: Dilma.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SDDH: Nota de solidariedade à greve dos trabalhadores em educação



A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos- SDDH vêm se solidarizar com a greve dos professores e professoras, e demais trabalhadores em educação do Estado do Pará, em face a absurda decisão judicial que determinou o fim da greve e as anunciadas tentativas, por parte do governo estadual de criminalização e perseguição dos grevistas em função de sua participação no movimento reivindicatório.


A Greve é um direito consagrado em tratados internacionais e na própria constituição federal, sendo, em muitos casos, o último instrumento de pressão que trabalhadores e trabalhadoras possuem para verem atendidos seus direitos. Ressalte-se que, no caso da greve dos professores e professoras, o pedido feito ao Governo do Estado é de cumprimento da legislação que estabelece o piso salarial para a educação, que aliás, sequer dá conta de atender as mais básicas necessidades de uma família brasileira.


Não se pode tratar quem sempre se dedicou à educação de nossas crianças e de nossa juventude, como pessoas desprovidas de direitos, ameaçando-as com processos criminais e disciplinares. Negar um direito constitucional através de sentença judicial, criminalizar lideranças como quer o Ministério Público e a Polícia, cortar negociações e ameaçar com demissões e corte de ponto, como faz agora o Governo Estadual, são atos que violam a Constituição e maculam todos os princípios de direitos humanos que estas instituições deveriam proteger, principalmente o direito á educação, a liberdade de expressão e as condições dignas de trabalho para a categoria que conduziu todas estas pessoas aos cargos que hoje exercem.


A SDDH pugna pela imediata retomada das negociações do Governo do Estado com os representantes dos professores, que seja respeitado o direito constitucional de greve para os trabalhadores em educação, a implantação imediata do piso nacional de educação no estado do Pará, e que as autoridades judiciais, policiais e o executivo estadual se abstenham de praticar os atos de criminalização anunciados contra os educadores e educadoras paraenses.


Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos- SDDH





terça-feira, 15 de novembro de 2011

Proclamação da República


Hoje, feriado nacional,  em uma data considerada importante para a História do maior país da América latina, que é o Brasil.

Comemoramos mais um aniversário da Proclamação da República, são 122 anos de construção. Com o advento da República, acontecimento que representou uma mudança radical, saindo dos laços das instituições tradicionais para o grupo de republicanos para busca do ideal.

Emília Viotti da Costa, considerada uma das maiores pensadoras do processo de Império para República, ressalta muito bem, que este período está relacionado às transformações econômico-sociais durante o século XIX.

Considerando que com esse processo, tinhamos as imposições da chegada do capitalismo industrial que provoca neste momento mudanças na economia mundial, onde a influência e participação do Brasil foi exigida através das exportações de bens primários, que foi fundamental neste contexto.

Sabemos também, deve-se ressaltar,  o agravamento dos problemas criados pelo processo da industrialização para os trabalhadores, pricipalmente europeus. Os principais países europeus mais organizados industrialmente, tinham formado uma massa de trabalhadores explorados e insatisfeitos.

No Brasil, a nossa sociedade, onde possuíamos, apenas pequenas manufaturas e poucas áreas de base artesanal. Sabemos que durante o Império, a base de nossa sociedade era a escravidão dos negros, sendo a economia voltada para o setor agrário e exportação de matérias-primas. 

O grupo de republicanos no Brasil , eram influenciados pelos ideais democráticos europeus. Neste momento, o movimento era considerado fraco e imagine pensar em República nestas instituições.

É importante lembrar, quando se trata da historiografia didática busca enfatizar sempre em "clima  de paz e harmonia nacional", não podemos ver, apenas através do viés dos vencedores, já que neste momento tínhamos várias possibilidades de Repúblicas, com os mesmos ideais, como a República Federalista.Mas, como idealista, a República está em construção, claro, para melhor, buscando sempre conceito ideal para a sociedade brasileira, principalmente para os trabalhadores.A   

       

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O dever de fazer tudo e o direito de não poder nada


Na data de 11/11/2011, os profissionais da educação reunidos em Assembléia ratificaram seu posicionamento de continuidade da greve, apesar das diversas formas coação feita pelo Governo do Estado e pela justiça paraense. Os dois principais jornais noticiam tendenciosamente contra a categoria para defender os interesses de seus donos, não esquecemos os acordos que envolveram os governos do PSBD com o Grupo Liberal. Dessa forma, ficamos com a árdua tarefa de explicar os motivos da greve.

Primeiramente deve-se explicar resumidamente o processo de implantação da Lei do Piso. No ano de 2008 o Presidente da República sancionou a referida Lei. Alguns Governadores entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que foi julgada em agosto de 2011 Pelo Supremo Tribunal Federal e considerada “constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador”. O STF fez o seu papel legal julgando constitucional a Lei, agora nos cabe fazê-la ser cumprida, por isso a greve. Não podemos esquecer do PCCR, sua contribuição para a melhoria na educação paraense, que já virou Lei e vai evitar as intimidações de diretores e gestores de pólos com a perda de carga horária.

Nesse momento tentemos mostrar para a sociedade que as propostas, da LDB e dos PCNs, de formar cidadãos estão em curso, pois segundo o Mini Dicionário Aurélio ser cidadão é “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado”. Essa é a lição de cidadania que tentamos mostrar para nossos alunos: que devemos lutar pelos nossos direitos constitucionais. Portanto, quando o executivo e o judiciário paraense infringem a Lei considerada constitucional, eles estão errados e se calar para isso é aceitar a banalização do correto.

Na quarta greve consecutiva, mostramos para os diversos trabalhadores e suas representações que não devemos esmorecer para os desmandos do Estado, da Justiça e dos Patrões. Nossa luta por melhores condições de vida e trabalho requer organização e persistência nos nossos ideais. O medo das elites políticas e econômicas está crescendo em função da organização alternativa dos trabalhadores de diversos ramos que solidariamente vem se juntando ao movimento dos trabalhadores da educação. Somos parte de uma luta de classe que está se acirrando e vai exigir de nós trabalhadores união. Por isso, nossos agradecimentos pela solidariedade e participação aos diversos órgãos representativos dos trabalhadores e da sociedade organizada.

Presencia-se no Pará uma democracia em que os trabalhadores devem respeitar todos os deveres, mas não tem direito de nada. Vimos essas questões constantemente quando trabalhadores são executados no campo e seus mandantes continuam em liberdade, escândalos de desvio de verba na Assembleia Legislativa são tratados com morosidade e em poucos dias o judiciário criminaliza o movimento dos educadores, pedófilos são absorvidos e tantas outras que indignam qualquer cidadão.

Para finalizar é necessário citar um poema de Eduardo Alves da Costa “Na primeira noite eles se aproximam roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem : pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo o nosso medo arranca-nos a voz da garganta. E já não dizemos nada”. Se nos calarmos sairemos como criminosos e posteriormente não teremos argumentos para a sociedade e o governo.

Prof. Msc. Allan Silva

Fonte: CSD - Educação. Pa.

sábado, 12 de novembro de 2011

Greve de Verão I


O Centro Social de Nazaré ficou lotado, ontem por ocasião da nossa Assembléia Geral. A greve dos trabalhadores em educação pública do estado do Pará, por decisão soberana da categoria decidiu a continuidade, já que a categoria não abre mão do direito de greve e de decidir os rumos do movimento, sendo portanto o único recurso que ficou ao sindicato para fazer valer a Lei Federal no. 11.738 de 2008, que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério, e a Lei Estadual 7.442 de 2010, que trata sobre o PCCR dos profissionais da educação básica, após várias mobilizações na tentativa de um acordo com o governo neoliberal tucano.

A categoria dos profissionais em educação do estado, ao longo desse processo não se curvou, já que sabemos o aparato que está a favor do governador Jateve, como Assembléia Legislativa, Mídia tradicional e Justiça do estado. Mesmo com a setença judicial que determinou o fim da greve, nós não acatamos, por se tratar de um afronta ao direito democrático constitucional e nem podemos negar o aspecto político com objetivo de tirar o governo do estado de suas responsabilidades. Interessante, a decisão do Juiz vem de encontro ao discurso do Executivo; cadê a liberade dos poderes, o juiz nem procurou as análises técnicas se o estado tem ou não dinheiro, portanto a Justiça criminaliza o nosso movimento e em compensação diz que o governo tem um prazo de 12 meses, a começar no mês de janeiro para cumprir a lei do piso e a Lei do PCCR. Para nós, que construimos os diversos movimentos sociais, mais uma vez, a justiça dá ganho para os representantes do Capital, não é nenhuma surpresa.

Mas, nossa luta não vai parar por aí. A luta dos trabalhadores em educação com seu aprimoramento e organização, lutará durante esse mandato desses neoliberais, que não tem nenhum compromisso com a sociedade.  

   

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Greve de Verão

Educadores na Assembléia - 11.11.2011



Aproximadamente dois mil educadores e técnicos em educação lotaram, hoje,  o Centro Social de Nazaré, onde,  em Assembléia Geral, decidiram pela continuidade da greve, que sem dúvida, é justa, onde defendemos o pagamento integral do Piso Salarial Nacional e o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração - PCCR.

A greve que defendo como Greve de Verão, pelo fato de estar acontecendo neste segundo semestre, já que a maioria de nossas greves, aconteciam durante o período de inverno, já que nossa data base, foi maio e depois passou para abril, com muita chuva.


Em Nota do nosso Sindicato, deixa bem explícita a posição da categoria:


" Em seu 45º dia de greve, os trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará deram mais uma demonstração de que não aceitam que o governo Jateve torne letra morta a lei que dispõe sobre o Piso Nacional Profissional do Magistério, além de deixar em segundo plano a implementação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração desta categoria. A multidão que saiu em passeata para protestar contra o descumprimento da lei e a intransigência desse governo ante as reivindicações da categoria, em frente à SEDUC e, em seguida, em frente ao Palácio dos Despachos, em Belém do Pará, confirmou a continuidade e o vigor de nossa greve, a despeito da campanha de desinformação e das ameaças do governo tucano à categoria, na tentativa de fazer nossa categoria recuar. Neste período de greve, nossa categoria enfrentou cortes de ponto, uma decisão infundada da 1ª instância do judiciário, a criminalização de nosso movimento e toda uma série de pressões e em nenhum momento se deixou intimidar.


O governo neoliberal tucano reafirmou sua aversão ao diálogo com nosso categoria, ao fugir de sua responsabilidade de receber nosso sindicato e negociar uma saída para o movimento grevista. Optou por esvaziar um e outro local de protesto da categoria, apostando no uso da imprensa para convencer a população de sua versão enganosa dos fatos. A longa nota que publicou nesta quinta-feira, 10/11, nos principais jornais do estado, tem essa finalidade, além de cometer o desplante de parabenizar a reduzida minoria dos trabalhadores em educação pública - geralmente servidores temporários - que não aderiu à greve ou retornou ao trabalho  foi em vão, pois a greve continua e só se encerrará por decisão soberana de nossa categoria.

Para o SINTEPP, ainda que nossa principal reivindicação - o pagamento do Piso Salarial Nacional esteja longe de ser atendida, a greve trouxe efeitos positivos. Agora o governo Jateve, além de obrigado a reconhecer a constitucionalidade da Lei Federal nº 11.738/2008, que estabeleceu um piso salarial nacional  para o magistério, sabe que não pode continuar a descumpri-la impunemente, com o falso argumento de que faltam recursos para tal. Apesar de manter-se omisso, não pode contestar de maneira convicente a análise elaborada pelo SINTEPP que atesta disponibilidade de recurso para o pagamento do piso; sabe que precisará prever no orçamento do próximo ano recursos para garantir o seu pagamento integral. Sabe também que nossa categoria não se dobrará a nenhuma decisão judicial que viole o direito constitucional de greve, inclusive porque contribuiu para conquistar esse direito.

Nosso sindicato não ignora o grande arsenal que está à disposição do governo para que o mesmo insista em enganar a população e intimidar os trabalhadores em educação; nem ignora a angústia de milhares de estudantes e pais com tantas semanas sem aulas nas escolas públicas do estado. Mas a manutenção da greve, tanto quanto sua deflagração é uma decisão responsável de nossa categoria; o único recurso que lhe restou para forçar o governo a negociar com o SINTEPP. Se essa greve continua é porque o governo teima em ignorar a necessidade de negociar com a categoria, porque ignorou inclusive a proposta de escalonamento que visava o diálogo".

E continua em seu site:

Em uma grande assembleia realizada hoje, (11), no Centro Social de Nazaré, os trabalhadores em educação em greve decidiram, por maioria esmagadora dos presentes, a manutenção da greve.


Foi aprovado a realização de um grande ato público para sensibilizar a sociedade para se contrapor às calúnias veiculadas pelo Governo Jatene através da maioria da imprensa televisiva, escrita e radiofônica, no dia 16 de novembro, no CAN, às 09 horas.


As várias formas utilizadas pelo Governo de Simão Jatene/Nilson Pinto para criminalizar o nosso movimento utilizando-se do aparelhamento da máquina estatal com alguns grupos de comunicação; a forma obscura da utilização do Judiciário/Ministério Público; a ameaça de demissão em massa de trabalhadores temporários do estado e em estágio probatório mostra a disposição do seu partido em superar os seus antecessores, como sendo o mais novo/velho repressor dos movimentos sociais deste estado.



Recentemente o governo do estado enviou ao Conselho Estadual de Educação, a proposta de redução de 20 dias no calendário escolar, que, felizmente, ainda não foi aprovada pelo conselho, mas deixa clara mais esta tentativa de reduzir as leis que resguardam a educação, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece 200 dias letivos.


Isto mostra o desespero deste desgoverno e o ódio que eles nutrem a nossa categoria. Em outras linhas, querem a qualquer custo punir os que ousam a não abaixar a cabeça aos arrogantes Nilson Pinto, Jatene e Alice Viana, pois vêem o desgaste que sentem nas suas aparições em público, quando são vaiados.



A categoria mostrou-se, mais uma vez, madura e mobilizada para não aceitar nenhum ataque vindos de qualquer lugar, seja ele da imprensa marrom deste Estado ou dos nossos maiores algozes do executivo estadual, pois lotou a CSN, pela manhã, com a presença expressiva de 25 municípios que se deslocaram até a capital para participar da assembleia. Entre eles: Santarém, Peixe Boi, Augusto Correa, Santa Izabel, Curionópolis, São Francisco do Pará, Itaituba, Curralinho, Breves, Alenquer, Monte Alegre, Curuça, Colares, Marapanim, Abaetetuba, Barcarena, Castanhal, Igarapé Açu, Magalhães Barata, Maracanã, Portel, Terra Alta, Vigia, Capanema e Bragança.


Foi encaminhada ainda, a seguinte agenda:


12/11 – Conselho Estadual de Representantes

13/11 – Panfletagem na Pça da República, 9 horas

16/11 – Ato público no CAN, 9 horas


"Jatene a greve continua, a culpa é tua".


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amanhã - Assembleia Geral no CAN às 9h. A greve da educação não acabou!

 
A greve da educação não acabou, a decisão de encerrá-la ou não será tomada soberanamente em Assembleia Geral a ser realizada amanhã, a partir das 9h no Centro Social de Nazaré. A participação de todos os educadores nesse processo, é de fundamental importância.

Fonte: Sintepp.org.br


domingo, 6 de novembro de 2011

Greve dos Educadores do Estado do Pará

Educadores em frente ao Palácio da Justiça(04.11.2011)

Mesmo com as determinações da Justiça do Estado, onde manda o nosso retorno para a sala de aula, temos algumas considerações a fazer.

Neste cenário, onde a categoria precisa refletir, pensar e repensar que decisão deverá tomar quanto o rumo do movimento, amanhã , na Assembléia às 9 h, no Centro Social de Nazaré.

Mesmo sabendo, que vários grupos que lideram o movimento, já estão com várias propostas para serem levadas em consideração para a plenária da categoria, penso que não podemos recuar neste momento crucial . Mesmo, conversando com vários colegas e recebendo, também,  vários e-mails e telefonemas, onde alguns defendem o retorno, porém, em estado de greve, já que é necessário um acúmulo de forças e organização dos profissionais.

Não podemos negar, que a Assembléia será fundamental para a decisão e os encaminhamentos terá que ser acatados por todos, mesmo pelos fascistas de esquerda. 


sábado, 5 de novembro de 2011

A MATÉRIA QUE CALOU O MUNDO, VAMOS DIVULG Á-LA !


BALDE DE AGUA FRIA

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!

SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS


Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!



Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado

sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.



O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.



Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:



"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.



"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.



"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia

para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou

diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."



"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser

internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.



"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário

ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de

um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.



"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,

como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.



"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas

mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.



"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.


"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia

seja nossa. Só nossa!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Justiça manda professores voltarem às aulas sem desconto dos dias parados



Decisão do juiz Elder Lisboa também determina ao Estado a regularização salarial e funcional na educação, reposição de aulas e multa por não cumprimento da decisão



(04.11.2011-13.00) O juiz Elder Lisboa, da 1ª. Vara da Fazenda da Capital, divulgou no final da manhã desta sexta-feira, 4, decisão sobre a greve dos professores do ensino público do Estado do Pará, ouvida a manifestação do Ministério Público. A acão foi promovida pelo Governo do Estado contra o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará – SINTEPP. A paralisação dos profissionais da educação estadual já se prolonga por 39 dias, deixando milhares de alunos sem aulas nesse período.

A decisão prolatada pelo magistrado está distribuída nos seguintes itens:

1 – O imediato retorno as atividades laborais de 100% (cem por cento) dos professores públicos estaduais sob pena de ser declarada ilegal a greve mantida até o momento deste decisum.

2 – Determino ao Estado do Pará que não desconte os dias paralisados dos professores grevistas, e se o fez, que se devolva àqueles que sofreram descontos no pagamento vindouro.

3 – Determino ao Estado do Pará que adote todas as providências necessárias para a atualização do piso salarial devido aos professores conforme os termos da lei e decisão do STF, bem como a implantação do PCCR da categoria em até 12 (doze) meses, com termo inicial a partir de 01 de janeiro de 2012.

4 – Determino ao SINTEPP que apresente a este Juízo no prazo de 10 dias o calendário que garanta a reposição das aulas perdidas.

5 - Determino ao Estado do Pará que inicie Processo Administrativo Disciplinar aos professores que insistirem no movimento grevista.

Aplico em caso de descumprimento desta ordem judicial, R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a titulo de multa por cada dia de descumprimento, a ser pago não pelos cofres do Sindicato réu, e sim, pelo seu presidente.

Greve dos Educadores do Estado do Pará

Aproximadamente mil educadores participaram de um grande ato político, em favor do movimento grevista, que iniciou em 26 de Setembro, já que, hoje,  poderia ter saído a decisão da justiça em relação a abusividade ou não da greve; já que reivindicamos o pagamento do Piso Salarial Nacional, que é constitucional, o que até o momento, o governo das oligarquias(Tucanos) e neoliberais esqueceram de acrescentar no minguante salário dos profissionais da educação do estado.  

No ato, vários discursos das diversas forças, que lideram o movimento e da presença do vereador Alfredo Costa, do Partido dos Trabalhadores, que muito contribuiu em sua intervenção, sendo bastante aplaudido pela categoria.

Segundo o Sintepp:


"Ao determinar pela volta ao trabalho dos grevistas acatando o pedido do Governo Jatene, a justiça do Estado, legitima a proposta do Governo que é dar o calote nos direitos dos trabalhadores em educação paralisados desde o dia 26 de Setembro.



Esta forma diferenciada da justiça, ao avaliar e julgar as ações movidas contra os movimentos sociais, já vinha sendo noticiada pela imprensa marrom do Pará na semana passada. Pois, tanto o Governo quanto a grande mídia já eram sabedores desta decisão.



A justiça que temos hoje, infelizmente, não está voltada para o atendimento e superação das mazelas sociais praticadas pelos ganter’s do poder que mais uma vez se põe contra a sociedade, revelando uma visão torpe do direito meramente de propriedade, onde deveria prevalecer a função social do judiciário.



Assim, com a mesma mão que tenta obrigar a classe trabalhadora a usar mordaça, por outro lado, coloca em xeque o poder da mais alta corte deste país, pois prefere agradar ao Governo Jatene, seu patrão, do que ser o reprodutor e guardião das decisões emanadas pelo STF, que reconheceu a constitucionalidade de uma lei federal.



Dizemos ainda, que um simples servidor público desmerece centenas de representantes do povo na Câmara Federal que legislaram para criação da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério. Perguntamos, para que eles servem então? ou a quem a justiça serve?



A Coordenação Estadual do Sintepp, independente da resposta da Justiça do Estado, convoca todos (as) trabalhadores (as) para participarem da Assembleia Geral nesta segunda-feira (7), no Centro Social de Nazaré, às 09 horas para decidir os rumos do movimento."



Avançar sempre, recuar jamais! Nenhum direito a menos!




quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Desmatamento no Estado do Pará


Segundo pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON, praticamente dos 170 Km² de desmatamento na Amazônia, se comparado ao ano passado, no mesmo período, 46% se deu em nosso estado, contribuindo decisivamente com a destruição de nossa floresta. 

Para a entidade que faz um levantamento profundo sobre o tema, o município de Altamira, aqui no Pará, foi onde aconteceu o maior fluxo de desmatamento da nossa região, fazendo com que estivessemos na liderança. 

Neste cenário, as ONGS precisam ser propositivas e buscar alternativas e sugestões para que não aconteça tamanha desvastação sobre o solo de nosso território  


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cametá: História e Memória



Estive na primeira quinzena do mês de Julho de 1999, no município de Cametá,  lecionando a disciplina História para o Curso de Habilitação de Professores à Nível de Ensino Médio pelo Centro de Treinamento e Recursos Humanos "Arthur Porto" da Secretaria Estadual de Educação.

Entre as diversas atividades pedagógicas produzidas pelos educandos Clotildes Mendonça, Claudionor Damasceno, Deuzarino Ribeiro, Emanoel Serrão, Francisco Rodrigues, Lineu Silva, Margarete Simões, Maria Celeste, Fátima Cardoso, Fátima Rodrigues, Lina Santos, Regina Alves, Manoel Furtado, Oleno Navegante, Olgarina Martins, Rosilda Silva, Raimunda Edila e Lucélia Ferreira, posso incluir a produção de vários textos com temas diferentes, que foram distribuídos para diversos grupos, sobre o município de Cametá, tratanto sobre sua História e sua Memória. Eis o sumo desta atividade.

Segundo pesquisa dos cursistas o município de Cametá, teve sua origem das tribos dos Camutás, que faziam parte da família dos tupinambás, primitivos habitantes da região. Para o historiador Jorge Hurley, os indígenas que os tupinambás denominavam de Camutás tiveram essa denominação por morarem em casas arbóreas, ou seja, construídas sobre as forquilhas dos troncos das árvores.

Camutás, palavra tupi, provem da junção dos vocábulos Caá e Mutá, Caá significa mato, floresta, bosque, erva. Mutá ou Mutã, degrau, armação construído no mato para a espera de caça.

Em 1617, Frei Cristovão de São José, Frei Cosme de São Damião e Frei Manoel da Piedade, desembarcaram numa faixa de terra à margem esquerda do rio Tocantins(Cametá-Tapera). Após três anos de catequese, a tribo Camutás transferiu-se para perto da ermida, iniciando a povoação dos Camutás e assentado os alicerces da futura Capitania de Feliciano Coelho de Carvalho, isto em 1620. Em 1633, é concedido a Feliciano a donataria de Cametá. A 24 de Dezembro de 1635, foi elevada a categoria de Vila, com o nome de Viçosa de Santa Cruz de Camutá. Elevada a categoria de cidade pela lei nº 145, de 24 de outubro de 1848, em 1999 a composição dos distritos eram de 08, que eram os seguintes: Cametá, Carapajó, Curuçambaba, Joana Coeli, Juaba, Moiraba, Vila do Carmo e Areião. Fazendo Limite ao Norte com Limoeiro de ajuru, a leste com Igarapé-Miri, ao sul com Mocajuba e a oeste com Oeiras do Pará.

Entre as atividades econômicas, a predominância é a cultura agrícola, a extração vegetal, comércio e a indústria.

No ano de 1999, a população era de 89,400 mil habitantes só na cidade.

    

AGENDA DA GREVE DOS EDUCADORES DO ESTADO DO PARÁ ATUALIZADA:

DIA: 03/11 QUINTA FEIRA

HORA: 09:00

REUNIÕES DISTRITAIS, SEGUE OS LOCAIS.

* DAICO/DAOUT - PALMIRA GABRIEL

* DAMOS --------- HONORATO FILGUEIRAS

* DABEN ---------- RAIMUNDO VIANA

* DAENT ---------- JARBAS PASSARINHO

* DABEL ---------- DEODORO DE MENDONÇA

* DASAC --------- VERA SIMPLÍCIO

* DAGUA --------- BARÃO DE IGARAPÉ MIRI

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DIA: 04/11 SEXTA FEIRA

HORA: 09:00

ATO PÚBLICO NO FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL

( PRAÇA FELIPE PATRONI )

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DIA: 07/11 SEGUNDA FEIRA

HORA: 09:00

ASSEMBLEIA GERAL NO CENTRO SOCIAL DE NAZARÉ



DIVULGUEM!!!! E PARTICIPEM!!!! NOSSA VITÓRIA DEPENDE DE CADA UM DE NÓS!