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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mulher: Seu lugar é na política



Sabemos que só a partir de 1934, realmente, a mulher começou a participar efetivamente do processo eleitoral, quando tem direito ao voto. Mas, também é importante, ressaltarmos que a mulher deve participar da política, no termo mais amplo, já que , sempre ela viveu para a "cama e cozinha", segundo alguns pesquisadores.


Hoje, segundo alguns estudos, dos vestibulares, 60% das mulheres no Brasil, entram nas universidades, portanto, um número significativo e que com certeza teremos no futuro as mulheres no comando de várias frentes de trabalho, e isso é bom.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

DIVISÃO DO PARÁ

Secretaria Estadual de Educação

Secretaria Adjunta de Ensino

Educadores: Ribamar e Fátima Oliveira

Tema: A divisão do Pará em questão

I – JUSTIFICATIVA

Considerando que a separação do Estado do Pará é um assunto atual e complexo se faz necessária ampla discussão no espaço escolar, para que os educadores tomem consciência de que enquanto sujeitos da historia não podem ausentar-se desse momento histórico, pois trata se do destino de todos nós, paraenses.

II- OBJETIVOS

a) Sensibilizar a comunidade em geral sobre a divisão territorial do Estado do Pará;

b) Refletir sobre as perdas e/ou benefícios caso aconteça à criação dos Estados de Carajás e Tapajós;

c) Conhecer as regras da legislação eleitoral;

d) Identificar os músicos regionais e seus posicionamentos em relação ao tema;

e) Identificar os políticos de diversos partidos e seus posicionamentos.



III – METODOLOGIA



O trabalho será desenvolvido em duas partes. A I parte terá como suporte didático textos jornalísticos de “O Liberal”. São argumentos de diversos cantores paraenses que fazem adesão à união do Estado do Pará.

Na II parte, além do jornal “O liberal”, “O Diário do Pará”, também será utilizado como fonte de pesquisa, os quais darão condições aos educandos de:

*Traçar o perfil de músicos e políticos que fazem ou não fazem adesão à união do Estado.

* Confeccionar paródias utilizando músicas regionais.

* Organizar eleitores e simular o plebiscito no espaço escolar.



• Textos da I Parte.

1 – De um país que se chama Pará (Entrevistas);

2 – Como ficará o Pará dividido ( Gráfico);

3 – O caminho aberto para as urnas;

4 – Hino do Estado do Pará;

5- Música: Belém-Pará-Brasil



IV – CRONOGRAMA: Agosto e Setembro de 2011.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CUT critica governo dos EUA


Durante a Plenária Estatutária da CUT, no Maranhão, o Secretário das Relações Internacionais da entidade, João Antônio Felício, enfatizou a condenação a agressão criminosa da OTAN contra o país liderado por Kadafi, a Líbia e o jogo de interesses através da mídia.



Para João Felício: “as mesmas potências que jogam bombas na cabeça dos líbios são as que defendem os crimes de Israel”; assim como criticou os Estados Unidos, “que sempre financiou as mais bárbaras ditaduras e que agora vem tentar dar lição de democracia e respeito aos direitos humanos”.

Em visita de solidariedade à Palestina no Primeiro de Maio, lembrou o secretário de Relações Internacionais da CUT, “pudemos ver o grau de opressão e segregação a que é submetido o povo que mora na região há cinco mil anos”. E citou o muro do apartheid, que continua sendo erguido por Israel, e que já tem cerca de oitocentos quilômetros, impedindo a livre circulação e infernizando a vida dos palestinos. “Por isso vamos realizar um grande ato na capital paulista na próxima segunda-feira, para manifestar o nosso apoio ao Estado palestino, livre e soberano. É isso o que esperamos da Assembleia da ONU: que faça justiça”, frisou.

O ponto sem retorno de Veja


                                                                                             Por Luis Nassif Online (27/08/11)



Veja chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos do hotel, protegidas pelo sigilo legal.Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.

Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.

Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.

Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: “Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar”. Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu.

Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.

Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 70 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. “Mas nunca fomos acusados de mentir”.

Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.

Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.


Fonte: O Esquerdopata

domingo, 28 de agosto de 2011

Vila da Curva (Km 29) : História e Memória

Coletânea de textos produzidos pelos alunos da 8ª Série, 2º ano e 3º ano,  no mês de março e abril deste

ano, correspondente ao I Módulo, na Vila da Curva (Km 29), da PA-140,  no municípiode Bujaru,  na

Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Rosila Trindade”, tendo como título: Vila da Curva (Km

29): História e Memória.


Governo do Estado do Pará

Secretaria Adjunta de Ensino

Secretaria Estadual de Educação

Secretaria Adjunta de Ensino

Departamento de Ensino Médio e Ensino Profissional

Departamento de Ensino Médio

Coordenação do Sistema de Organização Modular de Ensino

Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Rosila Trindade”

Diretor da Escola “D. Mário Villas Boas” :

Francisco Luiz Teixeira Cardoso

Coordenação do SOME:

Simone Sampaio

Técnicos:

José Luis Araújo

Engrácia Barbosa

Rosiléia Guimarães

Coordenação, Sistematização e Revisão Textual do Projeto:

José Ribamar Lira de Oliveira – Historiador (SOME)

Valdivino Cunha da Silva – Sociólogo (SOME)

Alunos-Autores:

- Adinilson Conceição

- Adelson Gomes dos Santos

- Alessandra Costa do Carmo

- Ana Claúdia Loubé Chaves

- Andrey de Jesus Costa Sales

- André Luis Aragão da Silva

- Antônio Magno Vieira dos Santos

- Barbara de Nazaré Oliveira da Conceição

- Carla Letícia da Silva Nascimento

- Daiane Barros Lavareda

- Darcilam Gomes dos Santos

- Daiane Cordeiro da Silva

- Dennis Maciel da Silva

- Denilso F. da Silva

- Dilcely S. de Oliveira

- Edna Silva Conceição

- Edilson s. Conceição

- Edileusa Albernás dos Santos

- Elaine Barros da Silva

- Eliza Andreza da Silva

- Elizabeth Soeiro da Costa

- Elizeth Soeiro da Costa

- Everaldo Pinheiro Cunha

- Elvis Luiz Barbosa

- Fabiano de Oliveira Laurindo

- Gerson Pinto

- Gleidson Costa Silva

- Isabela Abreu Gemaque

- Ivanildo da Conceição Silva

- Iziane Pinheiro Chaves

- Jacir Albernaz Chaves

- Jacilene Tavares dos Santos

- Jaras Barbosa do Carmo

- Jéssica da C. Sales

- Jesuíta Gomes da Conceição

- Jociane da Conceição Silva

- José Airton Teixeira Braga

- José Carlos Costa Silva

- Jozias Albernás Chaves

- José da Paz

- Laís da Silva Nascimento

- Lessandra da Costa Soeiro

- Leonice Costa do Carmo

- Loana Farias da Silva

- Lúcia Pinto

- Luciane do Socorro Trindade

- Maria Cleiane Barros de Abreu

- Maria Madalena Vieira dos Santos

- Maria Neliane

- Maria Sueli da Silva

- Marileide dos Santos Pinto

- Marinéia Abreu Gemaque

- Milene de Nazaré B. do Carmo

- Neemias de Souza Pastana

- Ordeny Abreu Pantoja

- Orlene Silva Conceição

- Paula Conceição Cunha

- Patriciane Trindade da Trindade

- Katiane Carneiro dos Santos

- Keila Jaqueline da Silva Nascimento

- Raimundo Ricardo Araújo de Mesquita

- Regina Loubé do Carmo

- Ricardo de Souza Albernaz

- Ritiane Costa Barbosa

- Roberta Conceição Cunha

- Ronilson de Paula Cordeiro

- Rosivaldo Londres Sales

- Rozélia Miranda Pastana

- Silvane O. Tavares

- Simone Cristina Conceição

- Solange Maria Cordeiro de Santana

- Suelem Oliveira Rocha

- Tatilene do Carmo Reis

-Tamara Gomes de Oliveira

- Tayná da Conceição

- Vanessa Barros da Silva

- Zenaide da Silva Maciel


A P R E S E N T A Ç Ã O



Sendo um dos pontos fundamentais do papel do educador, a troca de experiências, é que nasceu a proposta de levantamento, mesmo que seja primária, de fazer o resgate da trajetória vivenciada pela comunidade, seja escolar, seja a qual está inserida.



Sabendo que mesmo vivenciando o desenvolvimento tecnológico e científico, tornam-se um desafio para o ser humano. Com esse projeto foi possível, revitalizar e resgatar acontecimentos e fatos históricos que contrapõem à lógica da idéia de globalização, tão debatido, hoje. Cenários que foram construídos por agentes e pessoas que fazem a história. Isso é importante registrarmos, para as futuras gerações.



Resgatar a história e a memória, através do recurso metodológico da História Oral, é uma ação coletiva, concepção que busca transformar a escola, do ponto de vista que contrapõe a bancária e conteúdista.



Com esse projeto, a história continua viva, através da memória de vários atores sociais, que pode ser construída através das lembranças, através das falas que são expressas entre o passado e o presente.





José Ribamar Lira de Oliveira

Educador



Rio Bujaru, nasce no Município de São Domingos do Capim e serve de limite sudoeste com o Município de Concórdia do Pará, é navegável de sua foz no Rio Guamá, até além do Povoado de Santana, atravessa o território de Bujaru em mais de 100 km em direção ao Sul, percorrendo parte de Concórdia do Pará.(fonte:Orkut Bujaru City)



Esta região foi habitada por famílias nativas e, no século XVII, após a fundação de Belém, o Governo de Portugal encarregou o Capitão Bento Maciel Parente de fazer a ocupação da Amazônia, por meio de missões religiosas



Por essa região do Rio Guamá e Rio Bujaru, andaram os padres da companhia de Jesus e os religiosos da ordem dos carmelitas calçados. Vieram, também, aventureiros portugueses trazendo negros escravos da Guiné Bissau, fluiu Rio Guamá acima, povoando suas margens e os seus afluentes fundando várias feitorias com braço escravo de negros e índios, onde se cultivava: arroz, feijão, cacau, café, cana -de- açúcar, mandioca e se fazia também: olarias e a exploração de engenhos para a fabricação de açúcar, aguardente e mel.


Dentre as feitorias daquela época as mais conhecidas foram: fazenda Mocajuba, Fazenda Bom Intento, Fazenda Santa Teresa (Engenhoca), Fazenda Bujaru (Santana) e Fazenda Guaramucu.


No início do século XVIII,começaram a ser concedidas pela coroa portuguesa as cartas de datas de sesmarias(documentos de posse de terra)aos moradores dos rios Guamá , Bujaru e rios adjacentes,aumentando-se consideravelmente a ocupação, a fixação nas terras e conseqüentemente,a povoação dessa região. . Nesse sentido, Bujaru enquadra-se entre os municípios ocupados pelos portugueses nas várias missões de incursão rio adentro. Santana no rio Bujaru, foi uma das nove freguesias campestre, organizadas, que entrou no circuito do comércio vinculado a Belém.


Provindo de terras que pertenceram primitivamente à jurisdição da capital, no ano de 1758 foi elevado à categoria de Distrito, em 1938 , que até então pertencia a jurisdição da capital, foi anexado ao município de São Domingos do Capim e em 30 de dezembro de 1943, através do decreto-lei nº 4505/43, foi desmembrado e criado o município de Bujaru. Após a fundação, foi constatado que



Santana, onde fora inicialmente instalado a sede do município de Bujaru, não oferecia perspectiva para o futuro, a solução foi transferi-la para Guaramucu, local de excelente situação para o desenvolvimento de um importante núcleo populacional. Porém, a nova sede só veio a prosperar com a chegada dos nordestinos que vieram atraídos pela fertilidade do solo. Estas famílias e outras foram gradativamente aumentando e ao mesmo tempo, encaminhando progressivamente o local para se constituir o importante município que veio a ser hoje.

Notas históricas extraídas do Livro Bujaru: Passado e Presente

Autora: Profª Iracema Heitor da Silva



D E D I C A T Ó R I A



Aos alunos da Escola “D. Mário de Miranda Vilas Boas ”-Bujaru, do Sistema de Organização Modular- SOME porque sem eles jamais teria efetivado este projeto de construção coletiva para a educação e história da comunidade da Curva-Bujaru- Estado do Pará.


A G R A D E C I M E N T O S



- A Secretaria Estadual de Educação – SEDUC, pelas nossas indicações de podermos desenvolver nossas atividades profissionais na localidade da Vila da Curva e para aproveitar o momento do I Módulo de 2011, para a elaboração deste importante instrumento pedagógico;



- A Prefeitura Municipal de Bujaru que realizou convênio com a Secretaria Estadual de Educação proporcionando aos professores e alunos oportunidades de utilizar recursos metodológicos até então não utilizados na educação básica;



-Professora Iracema Heitor por nos repassar informações valiosas à realização deste trabalho.



- Aos funcionários da EMEFM “Rosila Trindade”, que foram fundamentais nesse processo de construção do projeto; assim como a equipe, que estava conosco do SOME, através dos professores: Adriana da Silva e Silva, Adriano Mesquita de Sousa, Lásaro Sebastião Gomes da Silva e Valdivino Cunha da Silva.



- Somos gratos as diversas pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a construção desta Coletânea de Textos, produzidos pelos alunos;



- Sem dúvida, sem os informantes, jamais teríamos fontes para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.


H i s t ó r i a



Este trabalho tem como principal fonte de informação as pessoas, notadamente os mais velhos, essência do saber, que através de relatos e depoimentos muito contribuíram com este trabalho. Mas como todo trabalho dessa natureza, ele está passível de pequenas falhas.



Entrevistamos diversos moradores (as) entre eles a D. Marizinha, uma senhora de 70 anos completos e 53 anos de casada. Antes de se aposentar era agricultora, depois se tornando comerciante. D. Marizinha nos recebeu em sua casa na vila da curva a 29 km do município de Bujaru. Acolheu-nos com um sorriso estampado no rosto, um chapéu de palha e até nos deu uma canja cantarolando uma bela música. D. Marizinha é gente boa e muito contribuiu para o nosso trabalho.



Outra mulher de luta que também nos deu o prazer de entrevistá-la foi Dona Izolina Pinto, uma senhora muito conhecida pelos bujaruenses, segundo ela, sendo inclusive eleita vereadora. De acordo com ela, os primeiros moradores que para a vila vieram, eram as maioria cearenses, que povoaram esta comunidade, a partir dos anos 60 do século passado, dando início a uma economia local de grande importância para o crescimento da comunidade.



Eram famílias humildes, de bom coração e que desempenharam um papel muito importante, por serem unidos e organizados fazendo com que a comunidade evoluísse cada vez mais. Dona Izolina, ressalta em uma de nossas entrevistas, que eram poucas famílias, a maioria trabalhava com comércio e agricultura que beneficiavam outras comunidades, como: Mariquita, Santana entre outras, que dependiam desses comércios, para suprir suas necessidades básicas.



Há muitos anos, não havia estradas, só caminhos difíceis de caminhar, essas famílias vinham de suas localidades em seus animais, comprar e vender seus produtos, como: Farinha, Arroz, Milho, Malva, Açaí e muitas vezes trocavam com outras mercadorias, por não ter dinheiro suficiente para suprir suas necessidades. Naquela o único ponto comercial mais próximo era o Km 29, mais conhecido naquela época como Curva, por vir de Bujaru e retornar novamente, por isso foi dado o nome naquela época.



Após muitos anos depois, com o governo de Almir Gabriel, segundo Dona Izolina Pinto, que foi definitivamente feito por inteiro a estrada ou PA-140, ligando Bujaru a outras cidades do estado, proporcionando um salto significativo para o desenvolvimento econômico da comunidade.


EDUCAÇÃO

Segundo pesquisa de alguns alunos, a educação na localidade começou em alguns anos atrás em uma situação precária.



Segundo a Diretora da Escola, o total de alunos é de 655 estudantes. Sendo 164 alunos de 1ª a 4 ª série, 98 alunos da Etapas e 393 alunos do SOME, neste ano de 2011.

Sendo 06 escolas anexas, que são as seguintes - São Judas, Madame Miasote, Sagrada Família, Bom Sucesso, Nossa Senhora da Conceição e São Pedro.


A Escola - sede possui 07 salas, passou por reformas e foi concluída.



O quadro de funcionários corresponde o seguinte - A equipe gestora é de 04 pessoas, docentes 12 e o apoio é de 13 pessoas.



O endereço da Escola fica na Rodovia PA - 140 km 29.



A Escola foi fundada pelo meado da década de 1960.



O nome da primeira diretora foi Claudete Brito de 2005 a 2008. Antes funcionava com coordenação.



Para a Diretora: “quanto a minha administração procura o diálogo constante com funcionários e alunos, sempre respeitando as diferenças, a sua idéia sempre é buscar a unidade entre os diversos setores da comunidade, procurei a parceria entre escola e comunidade”. Para ela, “o importante é saber mais ouvir, sendo que em alguns momentos preciso ser enérgica, dependendo da situação, e acho que gostaria de ter mais autonomia”.



Para a Diretora “É através da educação que se pode transformar o ambiente no qual está inserido, por isso, cabe a nós educadores a responsabilidade de sermos agente transformador e contribuirmos para a formação de indivíduos críticos e participativos, verdadeiros cidadãos com capacidade e autonomia para o exercício de sua categoria”.



As comunidades atendidas são as seguintes - Santana, São Judas, Bom Sucesso, Sagrado Família, Mariquita, Castanheiro, Mariai, Km 20, Km 18, Km 34 e a Curva.

Para ela, “a educação poderia ser melhor se tivesse a valorização profissional, o profissional teria que ter compromisso e amor pela função que exerce, o ambiente deveria ser prazeroso, ter um transporte de qualidade e qualificar os profissionais”.


Quanto a ocupação nessas áreas, a aluna Simone Cristina Conceição, que estuda no 3º ano do ensino médio, do Km 29, faz o seguinte comentário - “Aqui no Km 29 tem um caso parecido dos sem-terras, mas não aconteceu morte, mas teve muitas brigas com os donos da terras, eles não queriam dá um pedaço de terra para eles, mas acabou que a justiça ficou do lado da maioria, que eram os sem-terras e hoje em dia eles são felizes com suas famílias”



RELIGIÃO

O conceito de religião significa a crença existente na força supranatural, através de doutrinas ou rituais próprios, ou aquele que cumpre com rigor e professa uma religião e faz voto.



Em Bujaru surge o Cristianismo e os primeiros cristãos chegam ao século XIX e fundaram a Igreja Católica na Vila Santana com intuito de arrecadar fundos para beneficiar-se.

Depois de alguns anos surge também a religião protestante que veio para combater a igreja católica pelo fato de acreditar somente em Deus e foi expandindo até hoje.


A primeira igreja foi em Santa Ana, localizada na Vila de Gentona onde vários fiéis acreditaram em milagres que deram suas vidas pela fé nos deuses que não falam não ouvem e nem andam e também acreditam no Deus vivo que está no céu. A Igreja de Santana surgiu com intuito dos grandes donos de cafezais naquela época e era fortalecer a sua economia, sendo que os senhores forçaram os seus escravos a construírem a Igreja. Hoje, temos várias igrejas como a de São Joaquim localizada na cidade de Bujaru e outras como Santo Antonio, São Pedro, São Raimundo… E em cada comunidade tem igreja católica apostólica romana, os fiéis acreditam em deuses que não falam e nem respondem, mesmo assim a fé é a tutora de tudo está incluído no conhecimento sobre natural.



A Religião Católica é entendida do conceito algo que todos os seres humanos devem ter e existem várias religiões, hoje ela está dividida. Em Catolicismo e Protestante, sendo que a católica tem duas matrizes- a de Santana e a de São Joaquim. Essa religião é importante para a sociedade a partir do momento que a gente acredita que existe um Deus e algum que é maior que tudo devermos optar por uma religião e a religião católica tem uma grande influencia na sociedade. Para os católicos é uma religião de princípio e discriminada e isso acontece porque muitos não acreditam tem pessoas que acreditam no poder do dinheiro


acreditam no poder de ter e não no poder de Deus, e as comunidades precisam de melhores aprendizados, porque poucas pessoas se interessam em participar, não tem união, o verdadeiro amor e primeiro o seu amor pra depois o amor ao próximo. A Igreja Católica não crer que existe um líder superior e acredita no trabalho condicional na comunidade. Para um povo qualquer pessoa pode ser um servidor, pois não existe um maior e não acredita em algo sobrenatural, ou seja, acredita na natureza, pois é natural, pois acredita no belo e nas maravilhas que Deus faz, ou seja, na Virgem Maria. Mas acredita que Deus existe, mas prefere a idolatria porque desde os primeiros momentos cresceu e criou nesta congregação, pois é fato. E dentro de sua congregação é debatido são as coisas que acontecem ao redor do mundo, como o terremoto do Japão, a enchente de Angla dos Reis do Rio de Janeiro,… E o tema mais debatido em reuniões da comunidade é levar a palavra de Deus, anunciar o evangelho para os povos, e assumir um compromisso dentro do Catolicismo e trabalhar em prol dela e nunca desistir dessa religião.



“Uma mensagem para as pessoas que não acreditam na sua religião, Deus é um só e nós devemos optar pelo caminho que queremos seguir, e a religião católica é uma religião muito aberta, para que as pessoas acreditem e ver que não é obrigado você a seguir regras, mas e por consciência termos que seguir uma religião seja ela qual for, pois não podemos viver isolados do mundo, das pessoas e as pessoas olhem para a vida que tem hoje e acredite que a religião católica não exige tanta coisa, precisa apenas de um pouco de solidariedade ter paz, união e fraternidade, para que as pessoas pensam seguir esta religião”, segundo um dos seguidores da religião.



Em seguida surgiram às igrejas (protestantes) evangélicas onde as pessoas passam em acreditar em algo supranatural, que é a fé leva às pessoas a salvação. O poder de Deus está além de tudo no céu e na terra, nos vales e nos montes. A Assembléia de Deus chegou ao municipal de Bujaru por volta de 1950, logo em seguida chegaram às outras e vem se expandindo tanto que estamos no município com mais de 80 igrejas protestantes, foi em busca de alguns irmãos protestantes pra falarem em quem a igreja acredita e o que prega.



A religião é um pouco discutida no municipal e na sociedade bujaruense, mas com lutas e orações o povo já se concentra em participar de cultos em adoração a Deus.



Segundo a Bíblia sagrada Deus morreu e ressuscitou, subiu ao céu e os crentes crêem que Jesus vai voltar e levar a sua igreja e os salvos e todas as pessoas que tem religião seja ela quem for devem participar de cultos e palestras em direção ao céu, e a igreja acredita que a sua religião é importante porque ela e aproxima de Deus e leva o ser humano a ter uma vida melhor através da religião e o homem passa a ter conhecimento divino.



Para um dos seus adeptos: “O homem tem um grande amigo, Deus, pois ele está conosco em todos os momentos de suas vidas, nossos amigos que julgamos ter nos raros que mais os precisamos vão embora, nos desprezam. Os jovens trocam os ensinamentos da Bíblia, por prazeres deste mundo e vivem como ovelhas sem pastor e achamos que o prazer deste mundo é pra vida toda. Acreditam que o maior líder é Deus que nos guiam as todas as horas a comunidade. Hoje está apenas ligada ao mundo sem um meio específico para a vida eterna, sabemos que as pessoas estão sem amor não tem solidariedades, não buscam a palavra de Deus, a Bíblia é a palavra certa que Jesus que já está voltando”.


E continua: “Aceitar Jesus como seu Salvador a sua vitória é certa, sua vida é transformada da água para o vinho, se hoje as pessoas buscarem a Deus serão salvas. Esta religião é o caminho, a verdade e a vida encontraram a palavra boa para o seu coração”.



Para D. Marizinha: “Acreditar em Deus é coisa mais bela e maravilhosa é o tema mais discutido na sua congregação é contra o aborto, a prostituição, o vício, a droga, a falta de fé e a adoração de deuses como boa escultura feita pelas mãos dos homens e muitas maldades que a sociedade tem medo de expor no contexto atual. E a função de seu ministério é levar, a mensagem divina a todos os seres humanos e as pessoas que discriminam a religião evangélica (Os crentes) que vinham Le a Bíblia busque a palavra de Deus porque religião nenhuma salva, o que salva é a fé. Mas todos aqueles que lêem a palavra de Deus terá a certeza que tudo pode naquele que o fortalece”.



Para seu Antônio: “E também lemos os cultos dos afro-descendentes com cultos ao Buda, a Umbanda que vem se desenvolvendo ainda com grande preconceito diante da sociedade temos os umbandistas que fazem cultos de adorações ao deus das trevas fazendo e desmanchando porções preparadas de maldição à vida do próximo desesperado mal é vender suas almas em favor da ‘macumba’ pelo fato de acreditar nesse supranatural as pessoas venham criticar pela a sua fé”.



E continua: “O Budismo são pessoas que adoram o Buda como seu deus e tem como finalidade expandir nos grupos de chineses em expansão territorial do município mais ainda é um tema pouco discutido na comunidade bujaruense”.




E C O N O M I A



Para os informantes Armindo, Izolina, João, Francisco, Raquel, “Péroba”, Carlos e Elvira todos comerciantes da Vila da Curva, que abordaram quando foram entrevistados que a comunidade possui lanchonetes, Kiosques, padaria e outros tipos de comércios. Segundo eles, todo tem como fonte uma renda muito baixa, conseqüência da comunidade que possui renda baixa. A base da economia é a agricultura e algumas empresas que empregam as pessoas que vivem nesta localidade.



Um dos entrevistados ressaltou que chegou alguns anos atrás e quando chegou só havia poucos comerciantes. Ela sabendo que a renda da localidade seria pouca entre eles conseguiu colocar o seu comércio, e começou a negociar com os próprios donos que faziam farinha, plantar malva e a pimenta em troca de mercadoria com ela que ficou anos e anos negociando com os colonos.



As poucas famílias que trabalham em prós de empresas como Sil Vale que paga um salário mínimo para cada trabalhador. O dinheiro que todos recebem em todos vãos as compras nas cidades porque lá os preços são baixos que o comércio da Vila.



Em nossa comunidade temos também o Festejo de São João Batista, que é no dia 23 de junho que festejamos com uma grande festa em prós ao Santo para arrecadar dinheiro para fazer reparos em nossa igreja e colocamos bingo, comidas típicas para vender para arca dinheiro para o Santo.



Na Vila do Km 29 e entorno temos uma oficina, duas lanchonetes e sete comerciantes. Para o João, que é dono de uma oficina e que hoje é uma pequena empresa de negócio e só está funcionando dois anos “Tenho uma boa concorrência de negócio com as pessoas que são meus clientes e vendedores de peças e pretendo desenvolver melhor a minha oficina para que eu possa chamar mais atenção dos meus clientes com os produtos de primeira qualidade”.



Para ele que colocou sua oficina ” Para funcionar de certa maneira que foi, porque houve uma grande procura, por uma oficina de motos no Km 29, eu desenvolvi um projeto em criar uma pequena oficina voltada para umas autopeças de motocicletas”.



Segundo João, o seu primeiro objetivo “Era construir uma renda mensal bem maior do que antes, eu era um funcionário assalariado, mas hoje eu sou um pequeno empreendedor, individual, com uma renda bem melhor do meu próprio negócio a qual no Km29. Foi o Romeu, ele queria que eu desenvolve-se um trabalho voltado para uma oficina mecânica. E eu sinto como uma pessoa realizada de um sonho e muitas pessoas me ajudaram nesse empreendimento com sucesso, principalmente a Dona Izolina que me deu um grande apoio de micro pequeno negócio”e já “está funcionando há dois anos”



Concluindo, João diz que sua principal dificuldade que encontrou foi encontrar um ponto de referência que chamasse a atenção das pessoas do KM 29 e de outros lugares mais próximos, como - Santana, Cravo, Mariquita, Km 35, Castanheiro, etc…

A força que possui, para ele para eu colocar essa oficina.


MANDIOCA

Mandioca - A palavra mandioca é de origem indígena “manioca”. Desde muito tempo é fonte de alimentação para os índios e para os agricultores, assim como fonte de renda. É uma espécie de batata e desta se retira muitos derivados. Agora que já sabemos a origem da mandioca, vejamos alguns alimentos originados desta batata.


Mandioca e seus derivados



Do tucupí - que é extraído da batata se faz o molho com pimenta bastante usado pelos paraenses. Usa-se no tacacá e no pato no tucupí que são nossos pratos típicos e bastante deliciosos.



Da goma - que entra no preparo do tacacá, se faz tapioca “molhada” com leite de coco ou “seca”, comida com margarina, manteiga ou leite condensado, há também o bolo podre que se faz da farinha da tapioca e que degustamos com açaí, café com leite e bebemos o seu mingau maravilhoso por sinal.



Da massa - Se faz o beiju que é o principal produto da farinha que pode ser seca feita só da mandioca dura, pura que é feita da mandioca molhe e ainda “mista“ feita da mistura das duas.



Caule - usa-se para replantar.



Casca - Usada como adubo e alimentos para alguns animais.



Sendo a farinha a principal fonte de renda do municipal de Bujaru, temos abaixo alguns dados desde o plantio até a venda do produto.



Mandioca



Dados avaliados a partir de Quatro tarefas

Época do plantio - Roça de inverno - dezembro a janeiro, Roça de verão entre junho e setembro.

Limpeza (Zelar) - Duas a três capinas - 80 a 120 por tarefa.



Período da colheita - A partir de 1 pois a roça já está madura, se caso haver previsão pode arrancar antes.



Custo do plantio - 100 reais por tarefa, ou seja, 400 reais.



Custo da colheita - Não dá pra ter uma base de fato, pois os gastos são muitos, mas dá uma base de 30% de saldo.



Preço do produto - Saco 50 reais e pacote 25 se a farinha for boa.



Para consultar esses dados acima, o entrevistado foi Seu José Duarte, e segundo ele “os gastos são muitos então o lucro é pouco, sob reviver só da mandioca iríamos e passaríamos por muitas dificuldades”. Diz ele, pois em sua opinião é um produto desvalorizado no Mercado. Foi perguntado a ele se vale a pena investir, ele disse que sim já que não tem outro produto nessa magnitude.

LARANJA

Época do plantio: Janeiro a março

Período de adubação: janeiro a julho

Adubação química: de 02 em dois meses

Adubação orgânica: janeiro a julho

Período de colheita: 1 vez por ano

Limpeza (Zelar): de 02 em dois meses

Custo do plantio: 10 reais cada pé

Custo para zelar: 10 reais cada pé

Custo da colheita: 25 reais a diária

Preço do adubo - químico - 80 reais o saco de 50 Kg

                         -orgânico- 4 reais o saco.

Preço do produto pronto para o Mercado- quando a produção é baixa 10 a 15 reais o cento, quando a produção é alta 4 a 5 reais o cento.

Informante - Charlys Martins dos Santos - 42 anos, PA-140 - Km 26 , Bujaru



PUPUNHA



Época do plantio: Janeiro a março

Período de adubação: janeiro a julho

Adubação química: de 02 em 02 meses

Adubação orgânica: janeira a julho

Período da colheita: 1 vez por ano

Limpeza (zelar): 1 vez por mês

Custo do plantio: 10 reais por cada pé

Custo para zelar: 10 reais por cada pé

Custo da colheita: 25 reais a diária

Preço do Adubo- Químico: 80 reais o saco de 50 Kg

-Orgânica: 4 reais o saco

Preço do produto pronto para o Mercado- quando a produção é baixa podemos vender até 10 reais o cacho, quando a produção é alta 4 a 5 reais o cacho.


COCO



Época do plantio: Dezembro a março

Período de adubação: janeiro a julho

Adubação química: de 02 em dois meses

Adubação orgânica-: janeiro a julho

Período de colheita: janeiro a julho, 100 cocos por pé, de julho a dezembro, 50 cocos por pé

Limpeza (Zelar): de 02 em dois meses

Custo do plantio: 10 reais por pé durante o ano

Custo para zelar: 10 reais por cada pé

Custo da colheita: 20 reais a diária

Preço do adubo químico: 80 reais o saco de 50 Kg

Orgânico-4 reais o saco

Preço do produto pronto para o Mercado- R$0,50 por unidade

Informante- Pedro Bernado da Silva, 52 anos, PA-140 km 26, Bujaru



PIMENTA DO REINO



Época de plantio: Janeiro a março

Período de adubação química: Dezembro a Janeiro

-Orgânica: maio, novembro e dezembro

Período da colheita: Agosto a outubro

Período da Limpeza (Zelar): de 02 em 02 meses

Custo do plantio: Muda R$ 1,00 mais cavar o buraco mais colocar a estaca mais fazer a cova- 1,00 a 2,00 reais.


Custo da limpeza (Zelar): uma média de R$ 0,20 por muda (Numa área de mil mudas custa R$ 200,00)

Custo da Colheita: Varia de R$ 0,30 a 0,40 centavos por cada Kg.

Preço do adubo químico: R$90,00 o saco de 50 Kg(Preço por cada Kg R$ 1,80)

-orgânico: R$ 50,00 0 m³ de adubo, 1 m³ contém 13 sacos de adubo(Cada saco custa R$ 3,84)

Preço do produto depois de beneficiado: no período da safra varia de R$ 5,00 a R$ 7,00.



AÇAÍ



Época do plantio: Janeiro a Novembro

Período de adubação: duas vezes ao mês

Período da colheita: duas vezes ao ano

Período da limpeza: duas vezes ao mês

Custo do plantio: R$ 10,00 cada pé

Custo para zelar: R$ 10,00

Custo da Colheita: R$ 25,00 a diário

Preço do adubo Químico-: R$ 80,00 o saco de 50 Kl

-Orgânico: R$ 4,00 o saco

Preço do produto depois de beneficiado- Quando a produção está baixa é R$ 80,00 o saco, a lata é R$ 20,00 um litro é R$ 5,00. Quando a produção está alta é R$ 60,00 o saco, a lata R$ 15,00, um litro chega até R$ 3,00.





BANANA



Época do plantio: Janeiro a dezembro

Período da adubação: duas vezes ao mês

Período da colheita: três vezes ao ano

Período da limpeza: duas vezes ao mês

Custo do plantio: R$ 10,00 cada pé

Custo para zelar: R$ 10,00

Custo da colheita: R$ 25,00 a diária

Preço do adubo químico: R$ 80,00 o saco de 50 KL

- orgânico: R$ 4,00 o saco

Preço do produto depois de beneficiado- Quando a produção está alta é R$ 15,00 o cacho, a dúzia chega até R$ 4,00. Quando a produção está baixa é R$ 15,00 o cacho, a dúzia chega até R$ 2,00.



COTIDIANO



Na comunidade Sagrada Família, tem dias bons e ruins, segundo alguns moradores que foram entrevistados. Os dias bons são aqueles onde seus moradores se divertem entre eles. E os dias ruins são quando os moradores estão brigando entre si. Na Sagrada Família de segunda a sexta os seus moradores saem para trabalhar bem cedo e voltam bem tarde. As quartas e quintas os homens voltam um pouco mais cedo do trabalho para jogar bola.



Nessa comunidade muitas mulheres trabalham na roça, principalmente as mais idosas. As mais novas algumas trabalham na roça para ajudarem os seus pais, mas a maioria delas trabalha em casa.



Os jovens dessa comunidade quase todos são amigos de verdade, amigo que faz qualquer coisa para ajudar o amigo ou outra pessoa que passam por dificuldades ou situações.

Aos sábados pela manhã os moradores saem para trabalhar e pela parte da tarde os homens jogam futebol, apostando cervejas e as torcidas são esposas, filhas, netos e netas, amigos e vizinhos. Geralmente, a noite vai para as festas dançar e namorar e quando são às 05h00min da manhã voltam para suas casas, já pensando no domingo, principalmente nos balneários.



Segundo os alunos-pesquisadores, nessa comunidade tem bastante evangélico, que cultuam a Bíblia.



Na comunidade D. Ângelo Frosy (KM 25), foi formada por dez famílias, sendo da mesma família.



Sendo considerada uma comunidade pequena, sendo a pessoa mais antiga é a Dona Jovelina, que tem 75 anos e vive nessa comunidade 19 anos, sendo responsável pela fundação dessa comunidade, e é mãe de 14 filhos que fazem parte da comunidade.



Todos os dias os pais de família saem bem cedo de sua casa junto com seus filhos para trabalhar para sustentar sua família e conseguir dá um futuro melhor a seus filhos.



Como qualquer comunidade, mesmo tendo alguns problemas não se ver roubos, ladrões, traficantes, usuários de drogas, meninas que engravidam na adolescência, prostitutas e outros casos desse porte.



Outro ponto principal nessa comunidade é que os seus membros são solidários entre si e com pessoas de fora da comunidade. Nesse aspecto, gostaria de frisar que as famílias são ajudadas pelos seus membros dando força seja financeira, seja psicológica; além da coleta de alimentos para que sejam feitas cestas básicas para as famílias necessitadas.



Um aspecto negativo, para muitos dos membros da comunidade, é a terra onde trabalham já não produz tanto como antes, já não se colhe o que se espera isso acontece porque a terra não tem tempo de se recompor, já que várias famílias trabalham no mesmo terreno.



A maioria trabalha na lavoura (roça, principalmente na plantação da mandioca) outras trabalham vendendo frutas nas feiras (marretando) outras que tiveram mais oportunidades de estudar são funcionários da Prefeitura.


O clima é bastante quente, isso devido ao desmatamento das árvores e por causa das fazendas próximas.



ENTIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS



A Associação dos Produtores Rurais de Mariquita “Deus Proverá”, fica localizada no município de Bujaru, no estado do Pará. Fundada em 09 de maio de 2003. É uma Associação com personalidade jurídica de direito privado, beneficente, sem fins econômicos e com duração por tempo indeterminado.



A Associação é formada por vários sócios, que trabalham em prol do coletivo.



E tem por finalidades, concretizar ações voltadas para o desenvolvimento cultural, através de projetos, cursos, parcerias, contratos, convênios, seminários, intercâmbio comunitários, shows, eventos, amostras, encontros, congressos mediante a utilização dos veículos de informações e comunicações.



Realização de atividades, em locais específicos, para o apoio, o estimula e a descoberta de talentos artísticos e literários.



Promover ações de assistência social em favor da população carente e criar programas de geração de renda e emprego. A Associação se dedica as suas atividades por meio de execução direta de projeto, programas ou planos de ações, por meio de doações de recursos físicos e financeiros ou prestação de serviços intermediário ou apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos públicos que atuam em área afim.



Por ela disciplinará o seu funcionamento por meio de ordens normativas emitidas pela Assembléia Geral, e ordens executivas emitidas pela Diretoria.



A Associação de Mariquita é constituída por números ilimitados de sócios distribuídos nas seguintes categorias: Fundadores, Colaboradores e Beneméritos.


Entre os direitos dos sócios fundadores, são os seguintes: Votar e ser votado para os cargos eletivos.



Entre os deveres dos sócios, temos: Acatar decisões da Diretoria Executiva e das Assembléias Gerais.



PLANTAS MEDICINAIS



Em entrevista com o Seu Sebastião, de Castanheiro, 36 anos a “planta serve para remédios e para decorar o quintal, ou seja, fazê-lo fica mais bonito”. Ele ressalta, que “para fazer remédio tem que colocar a planta para secar no sol para poder fazer o chá”.



Para Seu Sebastião “usamos os remédios quando estamos com dor ou febre. Fazemos o chá e ficamos curados da dor”.



Por exemplo: A casca da laranja quando está seca, serve para quando estamos de dor de barriga. Fazemos o chá e colocamos o que está fazendo mal dentro da nossa barriga.



A casca de cajueiro serve para lavar ferimentos que estão demorando a sarar, tiramos o sumo da casca e lavamos o ferimento.



A folha do alho serve para fazer banho quando a criança está com quebranto.



A erva cidreira serve para dor de cabeça, dor no corpo....



Para os alunos-pesquisadores a saúde é um direito, uma conquista de todos. Por isso conservá-la e lutar por ela. A natureza quer que “todos tenham vida em abundância”. Ter vida em abundância é, também, ter saúde boa.

Para ter boa saúde é necessária uma alimentação adequada e também higiene em casa. Muitas das vezes não conseguimos isso e acabamos ficando doente.



Para curar muitas doenças, não precisamos sempre ir ao médico, ou buscar remédios na farmácia. Eles são muitas vezes, desnecessários e caríssimos.



Muitas pessoas ficam com a receita na mão, não podendo adquirir medicamento.



A natureza proporciona remédios de graça, para que possamos voltar a ter saúde. São as plantas medicinais, presente na natureza.



Hoje em dia, há muita procura dos remédios químicos, que são tóxicos, quando usados com excesso. Em vez de curar, envenenam o organismo. Com isso, também não queremos substituir o médico. Quando notamos algum sinal de gravidade, é bom consultar o médico.



Quase todas as plantas que vamos apresentar aqui existem em nossa região. A vantagem é que estes remédios é que estão ao alcance de todos e não prejudica ninguém. Ao contrário dos remédios que compramos na farmácia, que são tóxicos e possui muita química.



Eis alguns dos remédios utilizados pela população local que são retirados da floresta ou mata que ajudam bastante, já que é um processo histórico a construção dessa sabedoria popular, que muita gente colabora indicando as plantas medicinais como alternativas para os mais carentes.



Sacáca: Serve para dor no estomago

Como fazer: Ferver três folhas em dois copos com água deixe ferver por três minutos, deixe esfriar e coe, em seguida sirva.



Como usar: Tomar meio copo, três vezes ao dia.



Xarope de Gergelim: Serve para asma

Como fazer: Forrar o gergelim e socar no pilão. Misturar uma colher de sal e uma de gergelim, em um copo de água. Deixe ferver por cinco minutos, deixe esfriar e coe.

Como usar: Tomar uma colher de sopa, três vezes por dia.

Laranja da terra e sal amargo: Serve para albumina.

Como fazer: Descascar a laranja e cortar a tampa, dar dois golpes em cruz e colocar uma pitada de sal amargo, tampar de novo e colocar no sereno.

Como usar: Chupar esta laranja em jejum.



Graviola: Serve para Diabete

Como fazer: Fazer o chá com sete folhas em um litro de água, deixar ferver por cerca de cinco ou dez minutos, depois coe.

Como usar: Tomar duas colheres de chá, uma pela manhã e outra à tarde.



Andiroba com cabacinha

Serve para baque.

Como fazer: Deixar a cabacinha em infusão na andiroba (de molho).

Como usar: Passar, possivelmente morno no local do baque.

Arruda:

Pra que serve?

Para dor de olho (Conjutivite)

Como fazer: colocar um galinho na água com sal, e deixar por quatro horas. Como usar:

lavar várias vezes por dia.


Folhas de Eucalipto, Malva, Alfavaca, Hortelã, flores de mamão, folhas de limão galego, Canela, Mel de abelha e açúcar:

Pra que serve?

Serve para bronquite.

Como fazer:

Colocar tudo numa panela e cozinhar bem. Depois coe, juntar três colheres de mel e uma xícara de açúcar. Ferver até o ponto de xarope (Se não tiver todas as ervas, faça com as que tiverem).

Como fazer:

tomar uma colher de chá de três em três horas.



Maracujá:

Serve para o alcoolismo.

Como fazer

Colocar num vidro um copo de pinga (Cachaça), três folhas e três flores de maracujá (Se tiver colocar, também, três frutas) ou talos de couve, ou um pimentão verde. Deixar em infusão por dias.

Como usar: Tomar uma colher de sopa, duas vezes por dia.



Urucu e Mel de abelha

Serve para alergia.

Como fazer:

Desmanche o urucu com água e misture com mel

Como usar:

Adultos: Um copo por dia

Crianças: Meio copo por dia.


Abacate e Verônica:

Pra que serve?

Serve para anemia.

Como fazer:

Cortar um caroço de abacate em pedacinhos e deixar em infusão numa vasilha junto com a verônica. Colocar ao sereno durante uma noite. Quando estiver bem corada, comece a tomar.

Como usar: Usar uma colher de sopa, duas vezes por dia.



Babosa, Cachaça e Mel:

Pra que serve?

Serve para Câncer.

Como fazer: Cortar duas folhas grandes de babosa e pôr no liquidificador. Juntar meio quilo de mel e uma colher de cachaça. Guardar a batida em vidro escuro ou envolvida em papel ou pano escuro. Também, o preparado deve ser feito longe da forte claridade.

Como usar (Pra Prevenir): Uma colher de sopa três vezes por dia, durante dez dias, repetir o tratamento só depois de um ano.

Tomar duas colheres de sopa três vezes ao dia por um período de dez dias. Parar por um período de dez dias. Retomar a dose como acima, de novo durante dez dias. Continuar, assim até obter a cura.

Casca de caju do mato, Unha de gato, Verônica e Casca de Súcuba

Pra que serve?

Serve para inflamação do útero.

Como fazer:

Colocar em uma panela, um pouco de cada planta e deixar ferver por três minutos, apague o fogo e tampe. Deixe esfriar e coe.

Como usar: Tomar meio copo duas vezes ao dia, pela manhã e boca da noite.


Alho, Mel, Limão e Andiroba

Pra que serve?

Serve para garganta.

Como fazer:

Moer um dente de alho, colocar um pouco de mel, três gotas de Andiroba e três limões. Misturar tudo e está pronto para servir.

Como usar: Tomar três vezes ao dia. Uma colher de chá pela manhã, no meio dia e noite.



BIOGRAFIAS



Seu Armindo: Nasceu no dia 31 de dezembro de 1938, no município de Bragança e foi criado em Bujaru, no KM 11 e casou, teve filhos, se mudou para o Km 29, tem 09 filhos e possui, hoje 73 anos, sendo aposentado. É casado com Maria Inês de Moura de Oliveira, tem 70anos completo e 53 anos de casados. Antes de se aposentar era agricultora, depois se tornando comerciante.



Manuel da Vera Cruz da Silva Reis, 52 anos, foi nascido no município de Bujaru, tem quatro filhos e trabalha na agricultura. Casado com Julieta Gomes Reis, que tem 43 anos e trabalha como funcionária pública.



Prefeito Lúcio Bessa, tem 50 anos, nasceu no município de Bujaru, em Conceição do Guamá, no dia 30 de junho de 1960, possuindo uma filha, é casado com Roseane Menezes. Antes de trabalhar como prefeito de Bujaru, trabalhava como agricultor e foi vereador, o seu sonho sempre foi ser prefeito de fato e de direito, eleito pelo povo.


Nazário Gomes dos Santos nasceu em 28 de julho de 1949, na cidade de Santo Amário, no estado do Maranhão. Suas bisavós eram descendentes de portugueses e segundo seu Nazário ele tinha ódio de negro. Santo Amário, fica localizado nos lençóis maranhenses. Era filho de Raimundo Nonato e Maria Pureza dos Santos. Seu pai era conhecido como Paluca e teve um irmão. Veio para o Pará no ano de 1976, conheceu sua esposa Maria das Graças Lavaréda dos Santos. Casou-se por volta de 1978, tendo seu primeiro filho Daniel Rusme Lavaréda dos Santos, tendo depois mais os filhos: Naise do Socorro Lavaréda dos Santos e Nazário Glaysom Lavaréda dos Santos.Foi através de sua esposa que seu Nazário conheceu o município de Bujaru já que sua esposa é filha de bujaruense da localidade de Guajará-Açu. A primeira vez que veio para Bujaru, foi pela PA-140 que liga Santa Izabel até Quatro Bocas, uma Vila de Tomé-Açu, vindo de ônibus da Boa Esperança, a dita estrada era piçarra, que só veio ser asfaltada a partir do governo de Alacid Nunes. Na casa da sogra, não existia energia elétrica, como hoje. Como não existia televisão nessa época, as pessoas ficavam sabendo de informações do estado e do mundo, através de Rádio a pilha. E como não existia geladeiras, as pessoas armazenavam sua águas, no pote.




Jovelina Santana Sales nasceu no Km 39 de Concórdia do Pará em 1936, tendo 12 filhos. Mudou-se para o Km 25 da PA-140. Estudou até a 1ª série, depois de certa idade teve uma boa educação sobre a religião católica. Trabalhou na lavoura, mas, hoje é doméstica e tem atividades na Igreja. Quando jovem, adorava as músicas da época que utilizavam os seguintes instrumentos: Flauta, Rebeca e Sanfona. Reside a 20 anos no Km 25 de Bujaru.



Lucimar dos Santos nasceu no ano de 1939, na comunidade de Castanheiro e mudou-se para o Km 20 de Bujaru. Tem 72 anos e sua religião é a católica. Teve cinco filhos. Trabalhou na lavoura e hoje é aposentada. Quando jovem gostava de Xote, Merengue e Valsa. No tempo em que era criança, não teve uma boa educação, porque o professor era homem e os pais dela não deixaram estudar e, deixa o recado para a juventude: “Que sejam felizes e estudem bastante”.


Izolina da Costa Pinto, nasceu na cidade de Bujaru em 1934, tem 77 anos, quando jovem estudou até a 5ª série primária, mas fez cursos e se formou em enfermagem e até hoje continua trabalhando. Tem cinco filhos, é Católica Apostólica Romana. Quando jovem adorava as músicas Sertanejas e Merengues. “Mora a 46 anos no Km 29 de Bujaru e manda o recado para a juventude: Respeite seus pais e as pessoas mais velhas e estudem bastante e não deixem que as coisas mais do mundo afete vocês”.



INFORMANTES



Charlys Martins dos Santos, 42 anos, Pa-140 Km 26, Bujaru.



Pedro Bernado da Silva, 52 anos, Pa - 140 Km 26, Bujaru



João Vinicius, 35 anos



Dosvaldino da Silva Reis, 65 anos, PA-140 Vila São Pedro Km 18, Bujaru



Maria Tomázia Santiago Cordeiro, 63 anos, Bom Sucesso, Bujaru.



Raimunda de Paula Cordeiro, 53 anos, Bom Sucesso, Bujaru.



Rosivan de Paula Pastana, 33 anos, São Judas Tadeu, Bujaru.



Site de referência: ribaprasempre. blogspot.com