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sexta-feira, 26 de março de 2021

Programa Diálogos Livres (A Carreira do Magistério em Tempos de Pandemia)

 





Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


Hoje, dia 26/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com as convidadas.     

                            

Vamos conversar com o Profa. Me. Sueli Sousa Reis e Prof. Me. e doutorando Abel Ribeiro, sobre A Carreira do Magistério em Tempos de Pandemia. 

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

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Esperamos vocês!   

                                                

Ribamar Oliveira

terça-feira, 23 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (A Carreira do Magistério em Tempos de Pandemia)

 






Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


No dia 26/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com as convidadas.     

                            

Vamos conversar com o Profa. Me. Sueli Sousa Reis e Prof. Me. e doutorando Abel Ribeiro, sobre A Carreira do Magistério em Tempos de Pandemia. 

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

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 Esperamos vocês!   

                                               

Ribamar Oliveira

segunda-feira, 22 de março de 2021

O MÓDULO QUE DUROU UM ANO


                                Prof. Arodinei Gaia


O ANO DE 2020, mostrou à comunidade moduleira um módulo nunca visto na história do SOME, o módulo que de cinquenta dias se prolongou por cerca de um ano.


Era o mês de março e estávamos no primeiro módulo do ano letivo. Os noticiários destacavam diariamente a existência de um vírus que havia surgido na China no final de 2019 e agora se espalhava para o mundo. Parece que para nós, viventes do interior na labuta diária, o mal não chegaria. Estamos longe dos grandes centros, “protegidos” pelo descaso de políticas públicas e invisibilidade social. Foi um lerdo engano. As políticas públicas, essas, sim, demoram a chegar, porém o vírus logo encontrou o caminho de nossas comunidades na mata amazônica do interior do Pará.


O desconhecido e aparentemente frágil vírus, mostrou sua verdadeira cara, quando no dia 18 de março veio a ordem governamental para que parássemos nossas atividades escolares. 


- É ... a coisa não é simples! É um vírus diferente, perigoso.


Mesmo assim retornamos no outro dia à comunidade para dar uma satisfação do decreto estadual. Ao nosso ver seria uns 15 dias de paralização. Foi o que muitos docentes falaram aos estudantes.


- É só por um período até que as coisas se acalmem. Acredito que umas duas semanas. Logo estamos de volta pra fazer a segunda avaliação e concluir o módulo.


Foi mais um engano. O vírus se espalhou rapidamente navegando na facilidade de locomoção da globalização. O vírus tornara-se passageiro nas viagens internacionais e logo nas nacionais, inclusive a bordo de rabetas e barcos de passageiros.


Palavras desconhecidas ou de pouco uso, logo entraram para o vocabulário popular: lockdawn, aula remota, ensino híbrido, auxílio emergencial, toque de recolher, distanciamento social, etc.


Distanciamento social?!! Como assim?! Isso é possível num país cujo povo gosta de estar junto, de se abraçar, de se acarinhar, de se amar? Foi difícil conceber uma nova reorganização social. Enfim! O covid 19, mudou nossa vida diária. Tivemos que desacostumar com o acostumado. Mudar a rotina e o mais difícil ficar quieto em casa.


O calendário escolar foi modificado, depois deixado de lado. Tivemos férias antecipada em maio, folga em junho, a ideia de recuperar os dias com aula no final de semana, e quando não havia mais desculpa para assegurar o ano letivo de 2020, veio o difícil consenso coletivo de que tudo devia parar, mesmo contrariando a normalidade. A ficha, finalmente, havia caído. Era o novo normal. 


Mudou-se também o calendário festivo. Festa junina, páscoa, círio de Nazaré, festas de padroeiro, calendário esportivo, festas de fim de ano, bailes, shows. Tudo cancelado. Só se salvou o carnaval por que antecedeu a chegada do mal. Porém, a festa da alegria, possivelmente, foi um difusor do vírus no país, pois o mal aqui já estava. Em meio a alegria o vírus também começava a fazer a festa.


O povo ficou em casa. Fora, apenas os guerreiros da Saúde, da força de segurança e trabalhadores de setores de primeira necessidade.


Ah, os guerreiros de branco, que na rotina do uso de máscaras, como verdadeiros super-heróis, não estranharam quando veio a determinação do uso, OBRIGATÓRIO, da bendita máscara e álcool 70 para toda a população. O que estranharam mesmo foi o engarrafamento de corpos nos corredores dos hospitais. Este, tão maltratado pelo inchaço, agora era congestionado de pessoas vivas e pessoas mortas.


A televisão virou nossas janelas. É de lá que vimos o mundo pelo noticiário jornalístico que ocupou a maior parte da programação diária. Dessas janelas, vieram as diversões por meio dos canais de atrações de entretenimento como filmes. Nunca se assistiu tanto filmes e séries em canais fechados. E os shows? Esses brotaram das cinzas através da LIVES diárias de artistas para todos os gostos. 


As Lives também, passaram a ser usadas de forma pedagógica pelos guerreiros da educação. Os docentes do modular fizeram várias. Aula remota, ensino híbrido, era uma tentativa, quase desesperadora, para manutenção da produção do conhecimento, ainda estava na mente as provas do Enem.  Ainda conspirávamos contra o mal, achando que tudo logo passaria de repente, da mesma maneira como começou, ‘do nada’, de repente.


Nosso contato com nossos alunos se limitou a recados, mensagens de textos e conversas pelas redes sociais com aqueles que possuem esse instrumento em casa, que a bem da verdade não é a maioria. A internet ainda é um elemento escasso e de luxo para o nosso público estudantil do campo.


Mesmo assim, não eram poucas as perguntas que chegavam:


- Quando a aula vai retornar? 


- Quando vocês vêm?


- Estou agoniada de estar em casa.


Muitos estudantes, talvez pelo isolamento dos grandes centros urbanos, não tinham noção da gravidade do momento que se estava vivendo. Sabiam que era grave, mas não imaginavam o tanto que era. Mas a maioria sabia exatamente da gravidade, pois muitos compartilharam o luto com os seus mestres, pois familiares de ambos, amigos e colegas de profissão foram vitimados pelo monstruoso vírus, outros, ainda nutrem a esperança de recuperação na cama de hospitais, muitos deles entubados.


  Os docentes do modular e regular, em campanhas coletivas ou individuais, se lançaram em ações solidárias doando alimentos e produtos de segurança contra o vírus. E assim, muitos, estão ainda hoje.


Finalmente! Véspera de terminar o ano, fomos informados do retorno em duas etapas (Etapa 1- 1º e 2º módulo e Etapa 2- 3º e 4º módulo). No mês de dezembro e janeiro os moduleiros retornaram às localidades para entregar e receber atividades que não valeriam nota, mas sim a presença do estudante. O diário fora substituído pelo relatório de atividade remota. Todos estavam aprovados.


Os alunos estranhavam esse retorno por que haviam condições e normas de segurança a serem seguidas para virem até a escola. O uso de máscara, álcool, cuidado com o distanciamento, etc. eram regras protocolares, alguns seguiam outros acabavam esquecendo tão importantes recomendações.


O primeiro módulo, agregado aos outros três, finalmente terminou quase um ano depois de ter iniciado. Pela primeira vez na história, de mais de quarenta anos de SOME, um módulo extrapolou todo o limite de desvio do que é permitido nas regras educacionais e definidas pela Lei do SOME. Tudo por causa de um vírus, que ao contrário do que alguém dizia, não era só uma gripezinha.


No ano letivo de 2021, retornamos as atividades em março, mas fomos novamente obrigados a parar. A pandemia continua. O mundo voltou ao lockdown. O número de morte no Brasil beira os 300 mil, quase 3 mil por dia, e a vacina, única solução definitiva da crise, é aplicada “no conta gotas”, o governo federal foi negligente na compra e o povo sofre as consequências. 


O país teve que parar novamente, alguns sofrem mais, como os trabalhadores autônomos e ambulantes, e não sabemos quando tudo vai terminar e voltar ao normal, se é que é possível ainda a volta do normal.


* O autor é educador do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME (SEDUC/PA)

sexta-feira, 19 de março de 2021

Programa Diálogos Livres (As Eleições 2022)

 





Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


Hoje, dia 19/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com os convidados.     

                            

Vamos conversar com o Prof. Me. Daniel Tavares, o ambientalista Zé Carlos do PV e com o Prof. e Ex-Senador Nery Azevedo sobre as Eleições de 2022.

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

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Esperamos vocês!   

                                                

Ribamar Oliveira

quinta-feira, 18 de março de 2021

Pensamento em Marcha


 


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Pensamento em Macha


 


Assista, curta e se inscreva no Canal Pororoca Cabana, no YouTube. 

Pensamento em marcha

 





Hoje às 17h convido vocês a virem participar do programa Pensamento em Marcha, desta feita trataremos do Imperialismo, significado e ação sobre as sociedades periféricas, principalmente o Brasil, isso a partir de autores clássicos e atuais. Curta, compartilhe e se inscreva no nosso canal Pororoca Cabana.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (As Eleições 2022)

 






Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

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No dia 19/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com os convidados.     

                            

Vamos conversar com o Prof. Me. Daniel Tavares, o ambientalista Zé Carlos do PV e com o Prof. e Ex-Senador Nery Azevedo sobre as Eleições de 2022.

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

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Ribamar Oliveira

sexta-feira, 12 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (Práticas educativas e a reforma do Ensino Médio)

 Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

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Hoje,  dia 12/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com as convidadas.     

                            

Vamos conversar com o Me. Jesimar Cardoso e a pós Doutoranda Eulália Vieira  sobre Práticas Educativas e a Reforma do Ensino Médio.

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

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 Esperamos vocês!   

                                                

Ribamar Oliveira

terça-feira, 9 de março de 2021

Associação do Movimento de Mulheres da Amazônia -MANI

 






Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


Hoje, dia 09/03/2021 (Terça-feira), às 19 hrs, temos um encontro marcado.        


A Associação do Movimento da Mulheres da Amazônia promove uma live. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com as convidadas.     

                            

Vamos conversar com a Núbia Rios, Marilena Pontes, Márcia Gardim e Iza Tapuia, com o Tema Semana de luta pelos direitos da Mulher.

                       

Mediadora: Maria da Fé

                                  

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Esperamos vocês!   

                                                Maria da Fé

segunda-feira, 8 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (Movimento estudantil)

 



Assista toda primeira sexta-feira de cada mês, o Programa Diálogos Livres, sempre debatendo e refletindo sobre um tema de interesse da sociedade, no facebook//ribamarol

domingo, 7 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (Conjuntura Política)




 

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sábado, 6 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (A Questão da Mulher)




 


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Moradores do Conjunto Maguari são recebidos na SEMOB










Comissão de moradores do Conjunto Maguari são recebidos na SEMOB para tratar do caos no transporte público.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Reunião da SEMOB com Moradores do Conjunto Maguari

 




Nesta sexta-feira (05/03) o Diretor Geral e a Coordenação de Trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana de Belém se reuniram com uma Comissão de Moradores do Conjunto Maguari, na qual estavam presentes o advogado Pedro Cavaleiro, o estudante Luanderson Pessoa e o professor José Trindade.






A reunião teve duas pautas centrais para os moradores do Conjunto: o péssimo serviço oferecido pela empresa Belém Lisboa e a intervenção da prefeitura para regularizar os horários e o número de veículos que trafegam no conjunto. 


Foi entregue ainda um abaixo-assinado com mais de mil registros feitos via plataforma digital.


Além desses pontos também foi discutido as condições do asfaltamento das duas principais vias do conjunto (Principal e Secundária) que se encontram em situação deplorável.


José Roberto (Diretor Geral da SEMOB) adiantou que a atual gestão está fazendo o máximo de esforço frente a ruinosa herança deixada pelos desgovernos de Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho,  frisando que "durante os últimos 16 anos Belém ficou sem política de transporte público e reparo das principais vias dos grandes conjuntos da cidade".


A reunião que durou duas horas (9:30 às 11:30) encaminhou a proposta de uma reunião pública, via plataforma Google Meet, entre a população do Conjunto Maguari e a Superintendente e Diretor Geral da SEMOB; a imediata fiscalização da empresa Belém Lisboa e a construção de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para que possa proceder a efetiva prestação de serviços e propor a Sesan (Secretaria de Saneamento) a recuperação das duas principais vias do conjunto.


Além dos já citados estiveram presentes na reunião, dando apoio e sugestões as vereadoras Nazaré (pessoalmente) e Bia Caminha (assessores).


A referida Comissão irá programar para o mais breve a referida reunião pública.


Belém, 05/03/2021

Comissão de Moradores do Conjunto Maguari

quinta-feira, 4 de março de 2021

Campanha Mais Vacinas – Soberana

Fase III da Soberana no Brasil

 

 No dia 1º de março foi lançada a Campanha Mais Vacinas  – Soberana, Fase III da Soberana no Brasil, pelas entidades de todo o Brasil de solidariedade a Cuba.


Segundo o site www.vacina-soberana.com,


   O Brasil passa por uma situação inédita em sua história. O país que já foi referência mundial em Campanhas de Imunização hoje se encontra vivendo uma pandemia que cresce a cada dia ante a impossibilidade de uma vacinação massiva da nossa população. Hospitais lotados, um número impressionante de óbitos, sem medidas de contenção. Temos o segundo maior número de falecidos do planeta sem que qualquer órgão governamental se pronuncie ou cumpra o seu dever de zelar pela vida de seus administrados conforme determina a Constituição Federal.

 

     Já se sabe que não existe nenhum tipo de tratamento preventivo ou específico para “curar” a Covid-19, não há nenhuma comprovação de medicamento que “cure” esta doença. Só temos uma alternativa neste momento: A VACINA. O mundo inteiro sabe disso.

 

 

    Assim sendo, uma vez que não temos como fabricar uma vacina própria, temos que adquiri-la no exterior, porém, por questões ideológicas desnecessárias,  perdemos um tempo valioso desta disputa, o que nos colocou no final da fila para aquisição das vacinas em um cenário internacional onde existe grande procura e pouca oferta. O fato é que precisamos desesperadamente de vacinas e o ritmo da vacinação está sendo feito a conta-gotas. Ou seja: não há vacinas em quantidade suficiente para o povo brasileiro.

 

 

     É de extrema importância adquirirmos vacinas, em quantidade suficiente para a imunização de toda a nossa população, pouco importando onde sejam fabricadas, desde que cumpram com o método científico, apresentem eficácia comprovada e sejam autorizadas pela ANVISA.  Estamos falando de vidas.  Que não têm preço.

 

 

     Não podemos mais nos dar ao luxo de ficar esperando que algo seja feito. Não podemos mais esperar, e por isso, convidamos todas e todos a  participarem da Campanha que se inicia pela aquisição por parte do Brasil da vacina Soberana 02 que já realizou os ensaios clínicos I e II e iniciará a fase III em poucos dias. A referida vacina  foi desenvolvida pelo Instituto Finlay, que tem décadas de experiência na produção de diversas vacinas para o mercado interno e para a exportação e que terminou adequadamente todas as fases pré-clínicas.

 

 

     A ideia é de que parte da fase III de estudo clínico da vacina cubana Soberana 02 seja realizada no Brasil com a participação de alguma instituição do nosso país com expertise em vacinas o que poderia diminuir o tempo de aprovação pela ANVISA desta vacina.

 

 

     Cuba planeja realizar esta fase em mais de 150 mil pessoas em  seu território e em outros países que já se candidataram. Seria muito positivo ao estudo que o Brasil fosse um destes países já que há mais vírus circulando por aqui do que em Cuba, o que aprofundaria a eficácia do estudo.

 

 

     Entendemos que essa seja a forma mais rápida para a aprovação desta vacina no Brasil, além de termos a possibilidade de realizar um contrato preferencial, o que nos colocaria à frente na fila para a aquisição desta. É importante ter em consideração que o Instituto Finlay prevê a produção somente neste ano de 100 milhões de doses da vacina soberana 2.

 

 

     Diante disso e em função da urgência que  a realidade exige, decidimos não cruzar os braços e para isso convidamos todas e todos para aderirem à Campanha e à sua divulgação para ampliarmos a participação de pesquisadores que atuem na área e/ou pessoas que pertençam a instituições como FIOCRUZ, Butantan, assim como as  universidades que se interessem. Todos são bem-vindos e a campanha é de todos e todas nós.

 

 

     Nesse sentido ressaltamos a existência do Projeto de Lei 69/21 em tramitação no Congresso Nacional de autoria do deputado federal Helder Salomão que já conta com mais de 30 adesões de parlamentares assim como de tratativas iniciadas por parte da UNICAMP com o Ministério da Saúde Pública de Cuba  - além de contatos já realizados pelo ex-ministro de saúde do Brasil Dr. Alexandre Padilha com a Embaixada de Cuba no Brasil.

 

      Venha participar: VACINA PARA TODOS!

 

             CAMPANHA MAIS VACINAS

 

  Grupo de apoio à Campanha Mais Vacinas

 

 

Soberana 02

        A vacina Soberana 02, que se encontra na última fase de ensaios clínicos, por ser produzida por um país latino-americano será mais acessível para o Brasil.

     O Brasil em sua atual fase de enfrentamento à pandemia e com milhares de mortes, não conta com nenhuma perspectiva de aquisição de qualquer vacina em pouco tempo.

     A pandemia no Brasil com suas novas variantes tem urgência em aquisição de vacinas que estão sendo produzidas em outros países.

 

     Nenhum país pode depender de uma só vacina para proteger sua população porque nenhum laboratório tem estrutura para fornecer milhões de vacinas em curto prazo.

     Somos quase oito bilhões de seres humanos no mundo dependendo dos laboratórios do planeta para se defender da pandemia.

      Cuba mantém em teste quatro projetos de vacinas anti-Covid-19, com os quais pode se tornar o primeiro país da América Latina com fórmula própria contra a doença.

 

 

     A mais promissora Soberana 02, do Instituto Finlay de Vacinas (IFV), devido aos resultados, avança em março para a fase III dos ensaios clínicos.

    Recentemente, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial assinalou que as candidatas cubanas poderiam ser uma tábua de salvação em potencial para os países em desenvolvimento, algo que também está na perspectiva da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).


* Visite o site www.vacina-soberana.com

* Participe da campanha, estamos aguardando vocês!


quarta-feira, 3 de março de 2021

CRÔNICA DE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA: O HOMEM DO SÉCULO VINTE E UM

 

 

        Quão frágil e delicada é a vida. Na verdade, não passa de um sopro de vento que vem, passa por nós, tão rapidamente, que quase nem percebemos. E, aqui, neste mundo, onde mais sobrevivemos do que vivemos, a vida pode ser representada por várias simbologias. A flor, por exemplo, representa a vida muito bem. Ela é frágil, bela na sua curta juventude, mas, dias depois, começa o processo de envelhecimento, e ela murcha rapidamente e, com isso, vai perdendo a cor, a resistência, o vigor, até secar e definhar. E quem liga pra essa flor depois que ela definha? Quem se importa? Há outras tantas à disposição.


        Essa lógica cruel faz parte do pensamento lógico dos povos civilizados, ou, pelo menos, que se dizem civilizados. Mas não somente dos povos civilizados, e, sim, do próprio ser humano. Está em seu DNA desde a sua primeira respiração, e vai crescendo dentro dele à medida que se desenvolve. A vida é, sim, tão efémera, tão inconstante, que me pesa reconhecer essa verdade. Uma verdade dita, não apenas, por cientistas sócias, ou por religiosos nos púlpitos das igrejas, mas, também, escritas e imortalizadas pelas penas de nossos poetas. Que o diga Gregório de Matos em seu poema Inconstância das coisa do mundo:


“Nasce o Sol e não dura mais que um dia,

Depois da luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o sol, por que nascia?

Se é tão formosa a luz, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?

 

Mas no sol, e na luz falta a firmeza,

Na formosura não se dê constância,

E na alegria sinta-se a tristeza,

Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza.

A firmeza somente na inconstância.”


        São pertinentes as palavras do poeta, as interrogações quando ele reflete sobre a brevidade da vida, utilizando-se de figuras de linguagem para evidenciar esses contrastes. Pode-se observar uma latente adversidade entre claro e escuro, sol (dia) e noite, entre luz e escuridão, que se apartam um do outro, como que por maldição, como dois amantes condenados ao desterro. Assim é quando tratamos de vida e morte. Nunca se abraçam. Quando uma chega, a outra sai, e não há como remediar essa verdade. Por isso, nos perguntamos: Por que o homem se acostumou com a morte? Por que não se indigna diante de uma pessoa caída aos seus pés, ensanguentada, após ser atropelada por um desses BRTs da vida. Não é a vida maior que a morte? Vemos a presença da morte em todos os cantos da cidade. Não há um só lugar que escape da sua presença. Mas o que causa indignação não é o fato da morte estar presente na vida das pessoas. Não! Não é isso. O que causa indignação é a indiferença do ser humano diante de um corpo sem vida no chão, diante de uma tragédia anunciada. Nós simplesmente nos desviamos do corpo e seguimos em frente, sem prestar muita atenção, apenas preocupados com o problema que nos tirou de casa para a rua. Não sabemos mais chorar. Até pouco tempo, em regiões como o nordeste, se pagava as carpideiras, mulheres contratadas para chorar e rezar sobre o caixão de algum ente querido. Isso acontece, talvez, porque, realmente, estamos nos tornando seres robotizados, cibernéticos, tão preocupados com os nossos próprios problemas, com as nossas lutas pessoais, que não percebemos que estamos nos tornando profundamente egocêntricos, orgulhos, individualistas, avarentos. Não percebemos que o mundo capitalista está distorcendo o nosso caráter, e estamos nos tornando mais irracionais do que os próprios animais irracionais, porque o animal irracional mata para se alimentar, mas nós matamos os nossos semelhantes pra quê? E por quê? O quê que o capitalismo está fazendo com as sociedades, senão, provocar as desigualdades de oportunidades, a competição desleal, o enriquecimento de uns poucos e o empobrecimento de milhares, passando como um rolo compressor por cima de quem não aguentar ficar de pé.


        Estamos na era do individualismo, do homem voltado para si mesmo, pro seu próprio umbigo, e nem sabe que, na verdade, tudo o que está à nossa volta, nos atinge. A miséria gera a violência, a violência gera toda sorte de crimes, e os crimes geram a morte. Todos perdem, o rico, o pobre, o branco, o pardo, o preto, o amarelo, porque ninguém pode se trancar pra sempre dentro de uma bolha ou de um carro blindado e viver. Neste contexto, vem à mente a palavra “Liberdade”. Quem é livre? Verdadeiramente livre? Somos todos encarcerados, não pelas circunstancias da vida, mas por causa de nossas escolhas erradas, porque as circunstâncias da vida são consequências de escolhas erradas. Não pensamos num bem coletivo; pensamos em nós: eu e minha família, e esquecemos de que onde houver um resquício sequer de miséria, haverá também um resquício de violência, que se avolumará, aos poucos, até se tornar incontrolável.


        De que adianta morar em uma bela casa, num condomínio fechado, com segurança interna vinte e quatro horas, com câmeras pra todo lado e controle de entrada e saída de pessoas, se, lá fora, a violência te espera? Se uma hora vai ter que sair do casulo e se expor ao perigo das ruas? A violência vem de todos os lados e de todas as formas: há violência psicológica, violência física, violência patrimonial ou abuso financeiro e econômico, adoção ilegal, aliciamento sexual infantil on line, bullying, cyberbullying, discriminação, exposição de nudez sem consentimento, negligência e abandono, pornografia infantil, tortura, trabalho infantil, tráfico de crianças e adolescentes, violência institucional, violência sexual, etc., etc., etc. Todas são profundamente nocivas à dignidade humana, porém, ao meu ver, a violência institucional causa indignação ainda maior, uma vez que esta representa qualquer tipo de violência observada no contexto das instituições públicas ou privadas, com fins lucrativos, sem fins lucrativos, praticadas com pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Essas instituições, nós conhecemos bem: são hospitais, escolas, postos de saúde, delegacias, poder judiciário, poder legislativo, poder executivo, prefeituras, igrejas, etc. Por que causam indignação maior? Porque são instituições que deveriam proteger o cidadão ou a cidadã, mas, repetidamente, têm sido alvos de noticiários que denunciam atitudes incompatíveis com as suas funções, envolvendo-se em escândalos de corrupção, desvio de verbas, autoritarismo, selecionando quem será atendido ou não, maus tratos, favorecimento ilícitos, chantagens, pedofilia, ameaças e muito mais. Deveríamos nos escandalizar com isso? Ou as constantes repetições de notícias ruins têm cauterizado nossas funções mais sensíveis, que chegamos a comentar que “isso é normal?”   


        Que juízo fazer de um agente público que deveria proteger mulheres vítimas de violência sexual, física, ou psicológica, que se veem ameaçadas por cônjuges, dentro da própria casa? Esses agentes, que deveriam garantir-lhes um atendimento humanitário, preventivo e reparador, mas, ao contrário, por falta de preparo ou de caráter mesmo, desdenham da vítima, muitas vezes, fazendo com que se sintam responsáveis pela violência sofrida. A quem recorrer? Em quem acreditar? Quem garantirá que aquela vítima não irá ser agredida quando retornar à sua casa? Quem deterá o agressor? A polícia? O juiz? Um registro de ocorrência dado a ela depois do depoimento? O político corrupto que tenta criar e aprovar leis no apagar das luzes para não ser alcançado pela justiça?


        Como entender a cabeça de alguém que chega em casa pela manhã, a esposa e dois filhos pequenos estão na mesa da cozinha tomando café com leite e pão, todos com sorrisos nos rostos, agradecidos a Deus pelo desjejum e, quando o pai entra, os filhos correm pra abraça-lo e dizem “bom dia, pai!”. O pai não demonstra reciprocidade, simplesmente vai até o quarto do casal, apanha um revolver calibre trinta e oito, volta para a cozinha e, sem dizer uma única palavra, aponta a arma para a esposa e atira três vezes. A esposa cai, ali, no chão da cozinha, ensanguentada, o sorriso desaparece do rosto; os dois filhos ficam sem entender nada, olhando aquela trágica cena, paralisados. O pai, um policial que deveria proteger a todo custo sua família contra a violência das ruas, tira a vida da própria esposa, sai para a rua, pega o carro e se dirige para a frente do batalhão da polícia militar. Freia o carro bruscamente, desce, anda para o meio da rua, aponta o revolver para sua cabeça e atira sem vacilar. Cai, ali, naquele asfalto sujo, sem vida.

        

        Pra ele, tudo terminou ali. A vida, a família, o trabalho, os amigos, inimigos. Terminou a fuga de algo que só ele sabia. Mas a história daquela família não pode se resumir, apenas, ao último momento, ao último dia. Há, pra trás, toda uma história que fala do primeiro encontro, do namoro, de momentos felizes, do casamento, do nascimento dos filhos, de planos e projetos pro futuro, da formação de uma família. O que aconteceu com os relacionamentos? Onde pararam de se comunicar? O que foi feito do amor? A individualidade, o egoísmo, sentimentos baixos, mesquinhos, fazem com que fiquemos cegos para os problemas de nossos vizinhos, que pedem socorro, mas não conseguimos identificar esse grito angustiado e mudo, porque não prestamos atenção nos rostos, nos olhares, nas fisionomias. Não temos tempo pra isso.


        E, assim, o homem caminha para a sua própria destruição, dirigindo o carro, velozmente, rumo ao precipício que o aguarda de braços abertos, porque, o que o ser humano tem de mais valioso – o amor ao próximo – sentimento que deveria estar impregnado no seu coração, está desaparecendo e dando lugar a um homem revestido de fios, baterias, graxas, parafusos, chips, memórias programadas. Esse é o homem do século vinte e um.

 

Carlos Prestes

Joinville (SC), 3 de março de 2021