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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

NOTA DE DIVULGAÇÃO




Estamos trabalhando firmemente, na estruturação do livro com as histórias e vivências no SOME. 




EDUCAÇÃO NA* AMAZÔNIA EM REPERTÓRIO DE SABERES : O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO MODULAR DE ENSINO 




É muito importante que esse livro seja publicado, pois ele materializa o  legado do SOME na literatura da Educação Paraense.O objetivo é garantir o registro das histórias do SOME, protagonizadas por estudantes, docentes e comunidades dos  municípios paraenses.




 VENDA ANTECIPADA 




O custo dessa produção será autônomo. A editoração do livro será pela PakaTatu. Cada exemplar, nessa etapa da venda antecipada, estará ao preço de R$ 40,00 (Quarenta reais); e na venda pós lançamento estará no valor de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais). Essa renda é exclusivamente para pagar a editora, ou seja, ninguém irá ter ganho financeiro sobre a vendagem dos livros.  Para que possamos dar  continuidade no contrato com a editora, estamos lançando a pré- venda do livro, que funcionará assim: vc deposita (conta indicada abaixo), o valor corresponde a quantidade de livros que deseja comprar, remete o comprovante para um dos organizadores do livro; que  lançaremos seu nome na lista de venda antecipada; assim, ficam assegurados seus exemplares para ser entregue no dia do lançamento do livro (teremos um evento para isso) ou entrega a combinar.




 Essa obra não pode faltar na biblioteca do seu município. 




Grnde abraço



           Marina Costa
           Sérgio Bandeira
           Ribamar Oliveira



*CONTA: Banpará; ag 021; CC 293.231-8

Bco do Brasil; ag 3074-0; CC 51.653-8

Correntista Marina Costa

Em que os tolos acreditam?


                                                                  *Valdivino Silva da Cunha


Eles acreditam em tudo. Eles acreditam que a terra é plana. Eles acreditam que o homem nunca foi à lua, pois assim lhes falaram os “pastores”. Eles acreditaram que a Reforma Trabalhista iria gerar milhões de empregos aos trabalhadores, pois assim falou Temer. Eles acreditaram que a Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos iria gerar uma economia fantástica aos cofres da União, pois assim falou Meireles.  Eles acreditam que com as privatizações de empresa como a Petrobrás irá gerar milhões e milhões de reais para o Estado Brasileiro e que será usado em benefício dos mais fragilizados socialmente. Eles acreditam que a Reforma da Previdência que foi aprovada recentemente, capitaneada por Guedes, Rodrigo Maia e Bolsonaro vai ser ótima para os trabalhadores e para os pobres e ruim aos ricos e poderosos. Eles acreditam que a reforma a reforma fiscal de Guedes vai diminuir os impostos dos pobres e aumentar o imposto dos ricos.



Eles, os tolos, acreditam que a corrupção irá acabar, pois o único partido corrupto da nação é o PT, pois assim falou o juiz parcial Sergio Moro. Eles acreditam que tudo que foi revelado até agora pelo intercept e publicado pelo jornalista Glenn  Greenwald, é tudo falso, que aquelas vozes ali presentes não são do Juiz Sergio Moro nem do procurador da Lava Jato  Dallagnol  (são vozes do além), afinal, o juiz Sergio Moro diz que não lembra de ter falado aquilo.



Os tolos acreditam que a ascensão do Juiz Sergio Moro a Ministro da Justiça não tem nenhuma relação direta com a mais recente eleição para Presidente da República, pois Bolsonaro lhes disse que todos os critérios para escolha dos cargos no seu governo seriam meramente técnicos e não políticos. 



Eles acreditam que o aumento aterrorizante do número de incêndios florestais que estão ocorrendo na Amazônia não tem nenhuma relação com o modo de tratar o meio ambiente implementado pelo governo atual, afinal, Bolsonaro lhes disse que as fotos e os dados estatísticos a esse respeito foram criados propositadamente por ONGs brasileiras e internacionais e que os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) são falsos e por esta razão exonerou seu presidente, Ricardo Galvão.



Enfim, os tolo acreditam em tudo, até em papai noel, cegonha e saci-Pererê.



* O autor é Sociólogo e Educador da SEDUC/PA.

terça-feira, 10 de setembro de 2019




GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO SISTEMA ORGANIZACIONAL MODULAR DE ENSINO - SOME 17ª URE


PROJETO PEDAGÓGICO CAFÉ LITERÁRIO


ORGANIZADORAS:


Danielle Lima de Figueiredo, Maria Joiciele Pinheiro da Silva e Raimunda Alves Lima


CAPITÃO POÇO – PARÁ 2019 


APRESENTAÇÃO


“A leitura abre a mente, impulsiona sonhos e alimenta a alma”. Érico Teixeira Este projeto visa demonstrar a importância da literatura enquanto estratégia de abordagem interdisciplinar da diversidade cultural e étnica, sendo desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Mário Villas Boas, nas turmas do Ensino Médio Modular onde a principal meta que se pretende alcançar é a melhoria dos indicadores de avaliação escolar, visando reverter o quadro atual no qual vários alunos do Ensino Médio não demonstram domínio suficiente dos conhecimentos, habilidades e competências em língua portuguesa e literatura, desejáveis para o ano escolar em que se encontram. De acordo com Antunes (2003, p. 77), “a leitura envolve diferentes processos e estratégias de realizações na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura”. Assim, a leitura deve ser entendida como uma prática discursiva que permite ao aluno conhecer e fazer entender o mundo através da compreensão dos signos linguísticos componentes de uma estrutura. Ler é um habito que permite desenvolver a cognição do educando enquanto sujeito envolvido no processo ensino aprendizagem Quanto a abordagem das questões relacionadas a diversidade étnica e cultural e o respeito a estas diferenças, esta é importante pois vivemos em um país reconhecido pela sua diversidade, pelas diversas culturas que formam seu povo, um país de muitas cores, sons e sabores. Entretanto, frequentemente observamos no cotidiano da sociedade, casos de racismo e intolerância, episódios de discriminação explicita que questionam a ideia de harmonia e respeito entre as diversidades que formaram o povo brasileiro. Trata-se de uma questão atual e relevante a partir do momento em que a escola assume a obrigação legal de desenvolver um ensino que atenda a diversidade cultural de sua clientela. De acordo com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) deve contemplar a valorização da “história da África e das culturas afro-brasileira e indígena não apenas em razão do tema da escravidão, mas, especialmente, por se levar em conta a história e os saberes produzidos por essas populações ao longo de sua duração” (BRASIL, 2017, p. 415). Assim buscou-se desenvolver atividades num contexto interdisciplinar, em um trabalho conjunto das disciplinas de Sociologia e Língua Portuguesa, com base nas obras de autores brasileiros que abordam as temáticas sociais como racismo, diversidade e valorização da cultura popular, dentre os quais temos: Ana Maria Machado, Monteiro Lobato e Ariano Suassuna.



JUSTIFICATIVA



"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade das pessoas não sente esta sede". Carlos Drummond de Andrade O trabalho com gêneros textuais orais e escritos tem se apresentado como uma prática escolar frequente no cotidiano da sala de aula, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, ao destacar que as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular devem ter como eixos norteadores, propostas que “possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos” (BRASIL, 2013, p. 99). É importante frisar a relevância da discussão sobre a diversidade cultural e o racismo, pois, acredita-se que um dos caminhos para a mudança de uma realidade de intolerância e discriminação seja a educação. Dessa forma, justifica-se a escolha da temática como forma de refletir sobre valorização e o respeito às diversidades, pois, muitos problemas presentes na sociedade, como a discriminação racial, também se manifestam no ambiente escolar, afetando a vida de toda comunidade, sendo o desenvolvimento de projetos pedagógicos envolvendo a literatura, uma das formas de abordagem desta questão. O projeto Café Literário é a concretização de algumas ideias que surgiram da necessidade de incentivar os estudantes a praticar a leitura, a escrita e outras produções, bem como, discutir sobre temas pertinentes no cotidiano escolar, entendendo que a discussão é um instrumento significativo para intervenção. Nesse contexto, a relevância do projeto para a comunidade escolar reside na possibilidade de aproximação do ensino da oralidade e escrita dos contextos sociais básicos do aluno, tornando o ensino uma atividade prazerosa ao aluno, estabelecendo uma visão real da práxis pedagógica em relação a diversidade cultural para a mobilização das competências dos alunos. 



PÚBLICO ALVO O projeto tem como púbico alvo toda a comunidade escolar e local. Tendo como escola de funcionamento, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Mário Villas Boas, na Vila de Arauaí, Capitão Poço - PA. Os responsáveis pela execução do projeto são as professoras Danielle Figueiredo (Sociologia), Joiciele Pinheiro (Língua Portuguesa) e Raimunda Alves (Língua Portuguesa) e alunos do 1° ao 3° ano do Ensino médio Modular (SOME), que direcionou as atividades para alunos da educação infantil e ensino fundamental da referida escola. CARGA HORÁRIA O referido projeto teve carga horária/ complementação de 4 horas. PERÍODO DE EXECUÇÃO O período de execução do projeto ocorreu durante 51 dias letivos em 4 horas semanais, nos meses de Maio, Junho e Agosto. 



OBJETIVO GERAL O Projeto Café Literário teve por objetivo estimular de forma interdisciplinar a leitura e produção de textos em forma de cordel, contos, fábula e apólogos. 



OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Democratizar o acesso à leitura e despertar o prazer em ler e interpretar, estimulando o imaginário do aluno;  Incentivar o estudante à realização de pesquisas, observação e análise das diferentes obras literárias;  Desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de diferentes gêneros de textos, habilidades de leitura e escrita dentro da sociedade;  Oportunizar a participação e a expressão dos estudantes, garantindo a participação e o protagonismo juvenil através da apresentação de dramatizações e elaboração de um livro com as produções independentes dos alunos;  Melhorar os indicadores de desenvolvimento da educação da escola; 



METODOLOGIA O referido projeto foi dividido em períodos de atividades com o intuito de apresentar ao aluno a grande variedade de eventos linguísticos, diferentes situações que envolvem a fala, a escrita e a leitura como formas de expressão onde foram utilizadas as seguintes estratégias metodológicas:  Leitura e interpretação de textos narrativos: Literatura de Cordel;  Apresentação da dramatização “Emília a boneca falante" de Monteiro Lobato, com um enfoque crítico acerca da diversidade;  Contação de história crítica-reflexiva “Menina Bonita do Laço de Fita”, de Ana Maria Machado, com uma abordagem sobre temáticas atuais como o racismo, aceitabilidade, discriminação, padrões de beleza, autoestima da criança negra, inclusão social e valorização da cultura popular;  Apresentação de produções independentes dos alunos (fábulas, contos, apólogos, poemas e cordéis);  Apresentação de Cordel “Meu Arauaí”, produzido pela aluna Cristiany Oliveira Fonseca do 1º Médio, que conta a história do surgimento da Vila;  Divulgação do livro “Meu Castelinho”, produzido pelos alunos do Ensino Médio;  Culminância do Projeto com participação da comunidade escolar. 



CRONOGRAMA As atividades foram realizadas no período de três meses conforme descrito na tabela s seguir: ATIVIDADES Maio Junho Agosto Abordagem sobre a Arte Literária X Leitura e interpretação de textos narrativos: conto, crônica, fábula e apólogo. X Produção de textos narrativos: fábulas, contos, apólogos e cordéis. X Produção de cordéis sobre a história e a vida na Vila de Arauaí. X Leitura e interpretação dos textos X Organização dos textos dos alunos para a confecção do livro “Meu Castelinho”. X Explicação do projeto "Café Literário" X Divisão das tarefas por equipes X Orientação das equipes X Ensaios das equipes para a apresentação (dramatização, contação de história e recital) X Divulgação do evento na escola e na comunidade X Organização do local do evento (refeitório da escola) X Culminância do Projeto "Café Literário” X AVALIAÇÃO A avaliação das atividades do referido projeto ocorreu de forma progressiva e contínua através de reuniões com a coordenação do projeto, onde foram apontados os pontos positivos e negativos, bem como sugestões de novas ações. Quanto à avaliação dos alunos, têm-se como base os critérios de participação ativa nas atividades, considerando assiduidade, pontualidade e nível de compreensão da proposta de ensino. 



RESULTADOS Os resultados do projeto foram bastante positivos, onde foi possível aguçar a curiosidade dos alunos com relação a leitura, incentivando a prática de ler, interpretar e produzir. A participação da comunidade escolar foi relevante no desenvolvimento das atividades, contribuindo na organização do espaço para realização da culminância e participando das discussões sobre as situações ocorridas no ambiente escolar. No desenvolvimento das atividades orais e escritas, os alunos demonstraram bastante interesse e comprometimento com as atividades, atitudes que contribuíram para o sucesso das ações e encurtam as distâncias entre o jovem e a literatura, levando-o a ter consciência do hábito da leitura enquanto formador de cidadãos críticos, além de enxergar a leitura como uma forma de entretenimento e lazer, enriquecer e ampliar sua visão de mundo. Iniciativas como estas são a prova viva de que a Escola Pública tem condições de desenvolver um bom trabalho em parceria com todos os atores deste processo.



REFERÊNCIAS ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. ANEXO 1 - RELAÇÃO DE ALUNOS PARTICIPANTES 1ª Série - Ensino Médio Nº Nome do Aluno 01 Andreza da Silva Bezerra 02 Antonia Adriane Cunha Pinto 03 Cristiany Oliveira Fonseca 04 Edinalva de Sousa Farias 05 Ednailson Cunha Pinho 06 Eliane de Sousa Batista 07 Gabriel da Verza Cruz 08 Jemina Carlos Batista 09 Luis Mateus da Silva 10 Marcilei de Souza Xavier 11 Nenias de Lima Pedreira 12 Ossilene Teles Pedreira 13 Railson Madalena da Silva 14 Vanderson Oliveira Araújo 2ª Série - Ensino Médio Nº Nome do Aluno 01 Antonia Andreza de Melo Soares 02 Antonia Jocilene Melo Porto 03 Antonia Milene Moreira Escossio 04 Antonio Oricélio Vieira Porto 05 Francisca Gleiciane de Sousa Marques 06 Gabrielly Ferreira de Oliveira 07 José Elenilson Caetano Madalena 08 Lenice da Silva Araújo 09 Leonardo Ferreira dos Reis 10 Renato Junior Gil Borges 11 Robson Sodré de Souza 12 Sandra Carvalho dos Santos 13 Wikson Renan Andrade Fonseca 3ª Série - Ensino Médio Nº Nome do Aluno 01 Antonio Evandro Souza de Souza 02 Eufares Carlos Batista 03 Felipe Xavier Moraes 04 Francisco Diemisson da Silva 05 Genilson Pinto Farias 06 Jarlam Oliveira de Sousa 07 José Lailson Pereira Alencar 08 José Willas Caetano Madalena 09 Marcio Garcia Soares de Oliveira 10 Maria Alcineia da Silva Mesquita 11 Maria Andriele de Oliveira Sousa 12 Maria da Conceição S. Marques 13 Maria Jaine Araújo Farias 14 Maria Nayara Silva Mota 15 Maria Tacilane Oliveira Lira 16 Maria Wevila Caetano Madalena 17 Marinalva da Silva Reis 18 Matheus Chaves Santos 19 Moiseis Ferreira de Lima 20 Neemias de Lima Pedreira 21 Neriani de Lima Pedreira 22 Raquele Batista de Souza 23 Renan Farias dos Santos ANEXO 2 - IMAGENS DO PROJETO Caracterização da dramatização “Emília a boneca falante" Alunos e comunidade acompanhando as apresentações Contação de histórias Apresentação de produções independentes dos alunos Apresentação do Cordel “Meu Arauaí” Culminância do Projeto "Café Literário” Apresentação “Menina Bonita do Laço de Fita” Culminância do Projeto com participação da comunidade escolar Apresentação de dramatização Professoras idealizadoras e responsáveis pelo projeto Café Literário

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Desmonte da Escola Pública na Amazônia







Uma das maiores políticas públicas de inclusão social da Amazônia, O Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, que no próximo 15 de abril, completará 40 anos de existência no Estado do Pará, atendendo no Ensino Médio os filhos de trabalhadores rurais, quilombolas, indígenas e ribeirinhos e gerenciado pela Secretaria Estadual de Educação - SEDUC, sofre o desmonte quanto a forma de gerenciar de alguns gestores ou assessores que assumiram coordenações nas Unidades Reginais de Educação - URES ou coordenações em alguns municípios, prejudicando a estrutura e funcionamento dessa importante política pública  para educação do campo.


Tem-se que entender que a luta da categoria dos educadores do campo, especificamente do SOME, pela sua manutenção tem sido de resistência constante ao longo desses anos. Mesmo funcionando em sistema diferente das outras modalidades, já que os educadores se deslocam de suas residências pra as localidades onde desenvolvem suas práticas educativas, a categoria se mantem organizada em defesa de um SOME digno e de qualidade.


O contexto educacional do mundo rural sofre transformações recentes e o SOME se adequando conforme sua realidade, já que pela dimensão territorial do Estado, tem necessidades de ampliação de mais localidades com o ensino médio.  Ressalte-se que a categoria tem um papel importante nesse processo,  mesmo com todas as adversidades enfrentadas. 


Portanto.  gerenciar um  setor público requer diálogo e intermediação com conversas precisas e aceitação, inclusive das propostas divergentes. Esse é o melhor caminho para uma boa gestão pública e não como está acontecendo, como foi postado nas redes sociais, o caso da 3ªa URE, de Abaetetuba, conforme Comunicado do Professores para as comunidades de funcionamento do SOME. O movimento continua em ação em prol da educação. 


Logo Evandro Ghedin, no Livro Educação do Campo, da Editora Cortez, escreve "O pensar que nos distancia do mundo é o mesmo que nos possibilita compreendê-lo. A possibilidade de pensar é condição para a construção e a constituição da significação do mundo. Pensamos que o grande desafio e tarefa da Educação, nesse momento, ´é educar para o pensamento, pela filosofia da práxis crítica e consequentemente, para solidariedade, para democracia, para a cidadania, para a tolerância, para o reconhecimento do diferente, para o respeito às formas de manifestação cultural, para a paz. (...). Vamos refletir, gente! 







COMUNICADO às Comunidades Ribeirinhas do município de Abaetetuba que são atendidas pelo SOME-Sistema Modular de Ensino.



O início do 3° módulo de 2019 estava previsto, de acordo com o calendário enviado pela Seduc, para o dia 02 de Setembro, porém, por decisões arbitrárias vindas da 3° URE Abaetetuba, na pessoa da Sra. Alessandra Dias, não foi possível o deslocamento às localidades por equipes. A senhora citada nem foi apresentada oficialmente aos professores que compõem o quadro efetivo do SOME Abaetetuba, no entanto, sabe-se que ela responde (informalmente) pelo SOME-Abaetetuba dentro da jurisdição regional. As equipes foram alteradas em seus circuitos e suas respectivas lotações, que estão com graves erros, nos memorandos de apresentação que foram entregues aos professores, e até mesmo no sistema de lotação no Site da SEDUC. Com todas essas mudanças, bruscas e sem explicações plausíveis e justificáveis, tornou-se problemático o deslocamento, pois a URE não reuniu em nenhum momento com professores, não levou em consideração a lotação que já havia sido feita no início do ano letivo, desrespeitando todo o planejamento que o Sistema Modular necessita para que possa ser executado nas ilhas e estrada de nosso município durante o ano letivo, pois requer logísticas específicas para o funcionamento em cada escola atendida pelo SOME. Para tentar resolver toda essa problemática, os professores deslocaram-se ao prédio da Seduc em Belém na última terça-feira, os quais foram recebidos pela Secretária de Educação, Leila Freire, que afirmou não ter feito nenhuma orientação para esta URE em relação às mudanças de lotação, e que enviará a Coordenadora Estadual do SOME para uma Reunião na segunda-feira feira, em que espera-se, traga uma solução.



A principal reivindicação é a manutenção da lotação feita no início do ano, e entregue à Seduc. Hoje, 07 de Setembro, indignados com as decisões tomadas por Alessandra Dias, um grande número de professores e alunos do Sistema Modular de Ensino estiveram na avenida para pedir sua saída e dizer NÃO À AÇÃO ARBITRÁRIA QUE TEVE CONTRA A CATEGORIA. E ainda, denuncia-se aqui o assédio moral que está sendo feito aos mais de 100 professores do SOME-Abaetetuba.












domingo, 8 de setembro de 2019

25 º Grito dos Excluídos no Brasil







Quase duzentas cidades do Brasil, participaram do 25º Grito dos Excluídos, tendo como lema "Este sistema não vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade", como forma de resistência contra a desigualdade, por democracia, soberania, educação, em defesa da aposentadoria e da Amazônia.






Trabalhadores, estudantes  e movimentos sociais foram para ruas em todos os estados brasileiros indignados contra a política nefasta do atual governo do país que desmantela a vida do trabalhador, com o desemprego, o poder aquisitivo, a desigualdade, o desmonte das políticas públicas e reforma da previdência.   






A unidade do movimento sindical foi fundamental para mobilização e organização dos atos e manifestações realizadas ontem e a próxima que será realizada no dia 20 de setembro.






Em Belém do Pará, a participação foi efetiva das entidades religiosas e sociedade civil; assim como dos estudantes e dos trabalhadores de várias categorias, com aproximadamente 10 mil pessoas participando do ato.





A concentração aconteceu por volta de 8 horas da manhã no Mercado de São Braz e saindo em caminhada por volta das 10, com percurso todo pela Av. Nazaré até a Praça da República.






As manifestações dos participantes de se deu de várias formas como: ato ecumênico, cartazes, vestuário, bandas com músicas de protestos, discursos entre outras.






Durante a caminhada o ato recebeu vários apoios de pessoas nas paradas dos ônibus, assim como de moradores que residem nas adjacências. 







O 25º Grito dos Excluídos em Belém do Pará foi um sucesso.








































terça-feira, 3 de setembro de 2019

O SOME e a qualidade do ensino na escola pública



Comemorações dos 36 anos do SOME/ Forquilha/Tomé Açu




O presente texto é fruto de quase três décadas dedicados ao Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, enquanto uma política pública da Secretaria estadual de Educação do Estado do Pará, tratando de alguns temas relacionados à qualidade do ensino na escola pública, através de experiências vivenciadas nos interiores da Amazônia paraense.




O SOME política pública a partir de 2014, foi originado com a elaboração e execução da Fundação Educacional do Pará – FEP, gerenciadora do 2º Grau, hoje Ensino Médio, nos idos das décadas de 1970 e 1980. Com a pressão política de alguns setores do estado que não eram beneficiados por esse projeto, o governador do Estado Alacid da Silva Nunes, solicita para o Diretor Geral da Fundação Educacional do Estado do Pará - FEP, uma proposta de implantação de 2º Grau nos interiores que não possuíam. Depois de realizadas diagnoses em vários municípios pela equipe técnica, o Professor e Diretor Geral da FEP Manoel Campbel Moutinho idealiza o projeto em funcionamento até o momento, que o ano que vem completará 40 anos de implantação em mais de 100 municípios.




A educação pública é complexa quando o assunto é colocado em questão de análise, principalmente relacionando com as oportunidades educacionais às classes subalternas da zona rural do Estado. Isso provoca pensar em muitos aspectos, como desempenho dos alunos, professores, escolas e sistema educacional envolvido.


Situação de algumas salas do SOME
                                             

Quando aborda-se a qualidade do ensino, envolvendo questões importantes e complexas, pode-se frisar a situação do aluno do campo, ribeirinho, quilombola e indígena. Sabe-se que cada uma dessas categorias possui seu modo de vida e realidades específicas. O aluno do campo, como exemplo, aquele que trabalha com a terra, tem uma visão clara de que período deve plantar e colher sua produção. É esse aluno que ajuda na renda familiar, com sua mão de obra importante no processo produtivo e participa desse cenário, característico amazônico. Acorda cedo, esse cedo de madrugada, na sua maioria das vezes na roça, que fica na colônia, ou seja, bastante distante de sua residência, como por exemplo, na produção da farinha de mandioca, que tem todo um processo de cultura rudimentar. Esse aluno de populações subalternas dos interiores do estado, que deseja seu desempenho melhor. Diante da atual conjuntura, como cada realidade e cada turma é diferente da outra, tem-se que dosar o ensino melhor e produtivo com a realidade do aluno, quando é possível aprofundar o conhecimento, faz-se com a certeza que muitos quando chegam a casa querem mais é relaxar, descansar o corpo pensando no dia seguinte. Assim também, acontece com o aluno quilombola, ribeirinho e indígena que participa do processo produtivo. E, aí, vem em mente, como não se esforçar e pensar a qualidade do ensino na escola pública em regiões distantes e rincões da Amazônia paraense.





Quando se trata do professor na qualidade do ensino da escola pública vinculados ao Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, temos algumas considerações interessantes para abordar. O profissional dessa política voltada para a educação difere de outras modalidades de ensino. O profissional faz seu deslocamento de sua residência com destino às localidades que irão desenvolver suas práticas educativas, deixando família, amigos e vida social. Ao longo dessa trajetória, a metodologia de cada um difere, com empenho procurando a melhoria da qualidade do ensino através de atividades que deixam marcas nos municípios e localidades por onde passam, como seminários, apresentações de teatros, festivais, feiras culturais e de ciências, jogos internos das escolas, xadrez, pipas, grupos de leituras, apresentação na XXXIII Feira do Livro, entre outras. Até o ano de 2003, os professores do SOME tinham dedicação exclusiva para o projeto, sendo as decisões centralizadas na sede da SEDUC. Com a desestruturação a partir de julho de 2003, através da Secretária Estadual de Educação, Rosa Cunha, o poder de decisão fica nas mãos da Unidade Regional de Ensino - URE e Escolas Sedes, proporcionando assim a entrada de muitos professores com outros vínculos, descaracterizando o perfil do SOME.



Encontro do SOME/Abaetetuba/2009



Atualmente, o SOME desenvolve atividades de funcionamento em 98 municípios, em quase 400 localidades e mais de 1000 professores. Apesar de toda luta da categoria dos professores por reivindicações justas, sempre levam uma educação digna e de qualidade. Cresceu ao longo desses 39 anos e hoje se configura como una política modus operandi, leva cidadania para todos pautado na informação e no letramento da realidade, com isso atingindo metas, contribuindo para melhoria educacional populacional e trabalhando a inclusão social.






Professora Ester Oliveira, Conceição Brayner e Giselle/2010





O foco principal do texto foi propor discussões sobre a qualidade do ensino na escola pública dos interiores da Amazônia paraense.