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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME em Poesias (Canto IV)

 




















Viagens pelos rincões do Estado do Pará

 

Tipos de estradas no Pará


Uma das viagens interessantes que fiz, enquanto educador da área de História do ensino médio e pertencente ao Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, uma das políticas públicas gerenciada pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC/PA, foi quando fiz uma reposição de aula na localidade de São Joaquim de Ituquara, pertencente ao Município de Baião, no Baixo Tocantins.

 

No inverno amazônico características de nossas estradas


Com, aproximadamente quatro horas e meia de viagem, creio até mais, pois a Alça Viária, que dá acesso a esses municípios, mais parecia uma extensa tábua de pirulitos, pelos incontáveis buracos que a mesma apresentava e a travessia dos dois rios, o Rio Igarapé-Mirim que margeia a cidade do mesmo nome, e o Rio Meruú-Açu, outro belo rio que serpenteia essas terras tocantinas.


E a estrada que nos leva de Igarapé-Mirim até Baião era precariamente asfaltada, e de Baião até Ituquara era pura estrada de chão, o que tornava a viagem mais demorada e cansativa. A lentidão fazia pensar e repensar em outras dessas viagens por esse nosso imenso território chamado Pará, que é o 2º maior estado em extensão territorial. Viagem como a de ônibus para São Félix do Xingu, mais conhecido pelos professores moduleiros, que trabalhavam por essa região, como “São Felão”,  pela quantidade de horas gastas de Belém, até este município durava, aproximadamente, 48 horas e com o todo os entraves possíveis: trechos esburacados e difíceis de transitar, ameaças de assalto, muita chuva e portanto muita lama, entre outros tantos. Viagens também pra Terra Santa, Juruti, Xinguara, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás, entre outros. Essa viagem seria “fichinha” diante dessas pro sul do Pará. 


 

Balsa também complica o deslocamento dos moduleir@s


Deixando as lembranças de lado, cheguei a São Joaquim de Ituquara, onde seria meu local de reposição localidade pertencente a um dos maiores distritos de Baião e localizada às margens (direita) do Rio Tocantins. Fui o primeiro a chegar para o trabalho; logo depois, chegou outra professora que completaria a equipe para as séries do ensino médio, sendo que eu iria trabalhar com as turmas do primeiro e segundo anos, enquanto a professora trabalharia com as três turmas.

 

Transporte típico dos alunos ribeirinhos amazônicos


Nesta primeira experiência, fui de embarcação da sede (Baião) para a localidade, com  todos apetrechos  necessários para esse "trabalho aventura". A localidade tem uma característica interessante: ela é dividida em dois planos, a parte baixa, podemos dizer assim, que fica bem às margens do rio, e a parte alta, cujo acesso se dá por dois lances de escadas altíssimos que poderiam servir de exercício para um atleta de qualquer modalidade. A parte ribeirinha é bem pequena e composta por poucas casas, pois a encosta é muito íngreme, um verdadeiro "outeiro". Já a parte de cima era bem extensa com largas ruas e nem parecia que estávamos à beira de um rio, escondido pela robusta vegetação.


De 15 em 15 dias eu ia até Belém, visitar a família, e nessas idas e vindas, fiquei revezando entre a viagem pela estrada, o que não era muito bom por todas dificuldades já descritas, principalmente, nos meses de janeiro e fevereiro, período de fortes chuvas na região amazônica, e por barco que fazia linha para Tucuruí, que não deixava de ter suas dificuldades, e certamente muito mais demorada, porém mais prazerosa pelo cenário que se apresentava diante de nossas vistas, principalmente o alvorecer em pleno Rio Tocantins consagrando mais uma obra da natureza, e ainda passávamos  por cidade históricas como Cametá, Mocajuba e Baião.

 

Na entrada da Alça Viária já enche neste período


A Reposição foi feita durante os dois primeiros meses de 2014, apesar de todo aguaceiro eu tive a oportunidade vivenciar durante esse período a fase áurea da pesca do "filhote", um dos peixes de minha preferência que é predominante da região e, além da pesca, claro, saborear essa iguaria muito própria dessa rica e farta região, e esse fato representou um encerramento bem deleitável, de mais um "trabalho aventura" de extensa vida moduleira. Quem quiser aprofundar essa minha viagem, tem neste Blog as postagens de São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória, Parte I, II, III, IV e V.


Revisão dos Professores Carlos Alberto Prestes e Flávio Filho.

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME em Poesias (Canto III)

 
























segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

II Feira Cultural e de Ciências




Alun@s organizando a II Feira da Comunidade

 

Na localidade de São Raimundo, no município de Bujaru, Pará, no ano de 2012, os professores executaram o projeto II Feira Cultural e de Ciências, onde foram expostas as produções dos alun@s orientadas pelos professores do município, do ensino fundamental e do Sistema Organização Modular de Ensino - SOME, do ensino médio. O evento foi um sucesso, principalmente, com a participação da comunidade escolar e comunidade em geral. As imagens retratam a importância da Feira para aguçar  o conhecimento.


































segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O assassinato do Deputado Estadual do Pará, João Batista, há 33 anos: Relato do Professor Leonardo Pantoja

 


Com as postagens de hoje, no Blog do Riba, sobre o assassinato do Deputado Estadual do Estado do Pará, João Carlos Batista, que aconteceu há 33 anos, o que tudo indica, a mando das oligarquias rurais e urbanas, recebi do Professor de História, da Secretaria Estadual do Pará - SEDUC, Professor Leonardo Pantoja, de São João de Pirabas, que na época, desenvolvia suas atividades pedagógicas, nos rincões deste Estado, fez o seguinte relato, daquele dia: 


                             - Estava em Belém nesse dia fatídico no intervalo de um módulo, já que , trabalhava no Sistema de Organização modular de Ensino - SOME, politica pública da Secretaria, que atende os filhos dos camponeses, quilombolas, indígenas e ribeirinhos. Pela parte da tarde, resolvi dar uma volta no Ver-o-Peso e depois fui assistir a Sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Pará - ALEPA. Lembro como se fosse hoje, assisti e ouvi o Deputado Estadual João Batista fazer diversas denúncias que estavam acontecendo no estado. Interessante e prestei muito atenção, os parlamentares achavam graça, rindo a toa uns para os outros, buscando desqualificar o orador. Feito a denúncia, sair em seguida e voltei para Ver-o-Peso para aproveitar o tempo. Após um bom tempo, resolvi retornar para casa, tomei um ônibus e quando o veículo atingiu a Av. Serzedelo Correa deparou com um grande engarrafamento, todos os presentes ficaram abismados e preocupados com o que estava acontecendo. Depois de algum tempo, o motorista desceu do ônibus e voltou com a notícia de que tinham assassinado um deputado estadual na Gentil. Tomei um espanto por saber que o Deputado Estadual João Batista morava em  conjunto naquela rua. Desci do ônibus e corri até o local. Lá estava, o corpo do Deputado, ainda no seu carro, na entrada do conjunto. O local já estava tomado por amigos, políticos, estudantes, militantes, secundaristas e religiosos, uma multidão. O corpo estava protegido pela polícia civil que aguardava a chegada do Instituto Médico Legal - IML "Renato Chaves" para remover o corpo. Foi uma noite de tristeza para a esquerda paraense. Muito triste. Assassinaram o atuante e corajoso defensor do homem do campo. Não lembro o dia da semana. Quando o corpo foi colocado no carro do IMl, um coro de camaradas cantavam o hino da Internacional Socialista. Foi emocionante.

JOÃO BATISTA: A ETERNA RESISTÊNCIA

 


                            * José Raimundo Trindade

 

Faz 33 anos, numa sexta-feira nublada, com leves pingos caindo nas ruas de Belém, uma moto parava em frente ao pequeno carro em que se encontrava a família do Deputado estadual e militante socialista João Carlos Batista. Sete tiros foram disparados, três alvejaram um dos mais significativos lutadores pela reforma agrária e direitos sociais do povo brasileiro, um episódio que até hoje, a exemplo de muitos outros como o assassinato de Paulo Fonteles, Irmã Dorothy Stang, João Canuto e tantos outros, como o recente assassinato de Marielle Franco, continuam sem os verdadeiros culpados e mandantes dos assassinatos serem presos.


A luta de João Batista correspondia a defesa por bandeiras históricas do povo brasileiro, especialmente a Reforma Agrária. A própria origem desse “combatente do povo” era campesina. Ainda com 13 anos ele chega com sua família em terras paraenses para viver e trabalhar como camponeses, sendo já marcante o envolvimento do jovem com as comunidades e, numa época, de reconstrução democrática no país, participa ativamente da reconstrução da União Nacional dos Estudantes, assim como do debate nacional em torno das políticas de reforma agrária e de direitos sociais aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.


O campo no Pará sempre foi um espaço de opressão e de domínio dos latifundiários, seja as oligarquias históricas, como os “Mutrans” e “Pinheiro e Almeida” na região do atual município de Marabá, ou as novas oligarquias surgidas no pós-golpe de 1964, como os “Fonsecas”, proprietários da empresa JONASA. João Batista tinha, portanto, uma disputa de fogo e ferro com as oligarquias novas e velhas que “grilavam” e “grilam” as terras no Estado do Pará e, assim como domínio sobre terra é poder, contestar o poder é lutar pela socialização das terras e pelos direitos daqueles que vivem e produzem em seu pequeno pedaço de chão.  A contestação do poder requer riscos, requer coragem, requer resistência permanente, requer colocar sua vida na defesa da causa maior: a vida dos trabalhadores paraenses do campo e da cidade.


Ao se eleger deputado estadual em 1986, a segunda legislatura pós-processo de redemocratização, João Batista compôs ao lado de poucos deputados da esquerda socialista e democrática (Paulo Fonteles, Edmilson Rodrigues, Valdir Ganzer) uma pequena e aguerrida vanguarda na luta pelos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais no Pará.


A irrequieta e combativa ação de João Batista sempre foi para as oligarquias paraenses um estorvo a ser retirado, em diversos momentos sua vida ficou por um fio e mesmo familiares, como o seu pai, foram alvos das balas assassinas e da covardia do latifúndio.


Naquele 6 de dezembro de 1988, já próximo do final do ano e, inclusive, já retirado para os afazeres domésticos tão comuns a todos nós quando chega o final do ano, após levar suas crianças e a combativa companheira Sandra Batista para um passeio, os sinistros membros da burguesia rural paraense se aproveitam da condição de pai e esposo amoroso do nobre lutador para impetrar mais um crime nunca desvelado e, pior, protegido pelos podres poderes que controlam a justiça e os interesses mais nefandos da sociedade brasileira e paraense.


Lembrar João Batista e sua luta é lembrar de que a opressão e o latifúndio são irmãos siameses, em novos tempos de fascismo e neoliberalismo autoritário como esses que agora estamos vale denotar que o nome João Batista hoje chama-se resistência permanente ao capital e ao latifúndio.


João Batista vive e resiste!


*O autor é Doutor em Economia e Professor da Universidade Federal do Pará - UFPA


33 anos do assassinato de João Batista

 


Em tempos de fascismo e ameaça a democracia no Brasil representado pelo Governo de Bolsonaro lembrar a luta de João Batista, incansável combatente pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e lembrar da bravura e resistência do povo brasileiro.


Vivemos um retrocesso civilizatório no Brasil como incentivo ao armamento de jagunços à serviço de mineradoras, do agronegócio, dos latifundiários que remonta no Pará aos idos da década de 60 quando o assassinato e despejos violentos de lideranças era a política da luta pela terra 


Apesar de pouco ter mudado devido a resistência dos Sindicatos e Movimentos dos Sem Terra a impunidade ainda grassa no Pará. Hoje mais do que nunca fomentada pelo Governo genocida de Bolsonaro.


Há 33 anos, em 6 de dezembro de 1988, às sete e meia da noite, o advogado dos trabalhadores João Carlos Batista, deputado estadual no Pará, chegava em sua residência, estava com a esposa Sandra Batista e seus filhos Renata, Dina e João, quando recebeu um tiro fatal na cabeça. Sua filha Dina foi baleada na perna esquerda e por pouco Sandra também não recebeu um tiro, pois o pistoleiro para fugir, deu um terceiro tiro e a bala passou por dentro do carro atingindo o muro do edifício Urca.


João Batista era natural de Votuporanga/ SP, chegou ao Pará com seus pais que eram camponeses e fixou residência em Paragominas nos idos de 60 quando a ditadura incentivou a vinda de agricultores do Sul do País para a Amazônia.

Lá conheceu a atuação perversa dos grileiros e pistoleiros que aterrorizavam a região.


Em Belém, estudou Direito no antigo CESEP, hoje UNAMA e logo se tornou líder estudantil lutando contra as altas mensalidades e a qualidade no ensino chegando a liderar a primeira greve estudantil em uma faculdade em 1978. Participou do Congresso de fundação da UNE em Salvador em 1979.


Era um homem firme e tenaz, mas amoroso e solidário.

Como advogado Batista se dedicou totalmente a defesa dos trabalhadores rurais e urbanos. Sua atuação lhe possibilitou sua eleição como deputado estadual. Fez de sua tribuna uma trincheira da luta do povo o que lhe rendeu o ódio dos latifundiários à época organizados na UDR entidade paramilitar que assassinou e perseguiu muitas lideranças de trabalhadores e trabalhadoras na década de 80.


Mesmo com um mandato breve Batista é lembrado por sua tenacidade e coragem na  defesa da Reforma Agrária e Urbana , da democracia e do socialismo.


Sabia que sob o capitalismo os agricultores não teriam terra para morar e trabalhar dignamente. Também na cidade percebeu que os trabalhadores eram obrigados a ocupar áreas nas condições mais precárias  e mesmo assim perseguidos com os despejos violentos.


Presenciou antes de ser assassinado, ameaças, torturas, expulsões e todo tipo de crueldade pelos " senhores das terras" contra a população mais pobre.

Ele mesmo teve sua casa invadida e revistada por diversas vezes.


Mas nunca se intimidou, ao contrário, seguiu em frente com seus ideais de liberdade e solidariedade inspirado empatia com os trabalhadores.


Antes do golpe fatal de seus algozes, João Batista sofreu 3 atentados. Em 85, na rodovia Belém Brasília quando retornava para Belém foi atacado por um carro que ao emparelhar com o seu 3 pistoleiros atiraram em sua direção e acertaram seu pai que recebeu um tiro de cartucheira em seu rosto ; em 86, na altura do município de Santa Izabel do Pará sofreu um acidente de carro propositalmente quando seguido e perseguido por pistoleiros  que lhe rendeu internação na UTI e várias sequelas, em 1987, uma grande manifestação em Paragominas no 1º de maio, pela Reforma Agrária na Constituinte, os pistoleiros avançaram sobre a multidão e tentaram assassiná-lo, houve tumulto, e reação e resultando em feridos e morto de ambos os lados. Até que em 1988 sua voz foi calada de forma covarde de tocaia em frente ao edifício que morava na Av. Gentil Bittencourt. 


João Batista defendeu mais de 60 ocupações de terra rurais e urbanas, ajudando trabalhadores e famílias no direito de morar e trabalhar nas diversas regiões do Pará em especial as áreas das rodovias Belém Brasília ( região do Capim) e Pará Maranhão ( região do Caeté), Sudeste e Oeste do Pará e Região Metropolitana.


João Batista é um dos mártires do povo e será sempre inspiração  para todos e todas que lutam contra o fascismo e o autoritarismo. 


Sua bravura, determinação e coerência na defesa da democracia e do socialismo em dias tão difíceis para o povo pobre de nossa Pátria nos anima a acreditar que venceremos os títeres que hoje massacram o povo brasileiro.


João Batista sempre presente!


Recordação de Sandra, Renata , Dina e João Batista. E seus netos que não o deixaram conhecer neste plano terreno.






OBSERVAÇÃO: Texto das redes sociais.

PARA SEMPRE, UM LUTADOR!

 

                                          *Humberto Cunha

 

  Estou chegando de Paragominas, Humberto. Tenho uma denúncia gravíssima! Ali estava o João Batista de sempre: apressado, tinha que seguir adiante, levar sua denúncia a outros espaços.


  Ouvi seu breve relato e propus fazer diferente: eu precisava entrar no plenário. Eu pediria a palavra e, então, Batista entraria. Ele aceitou e assim fizemos: fiz a denúncia à Câmara Municipal de Belém, com ele ao meu lado. Era a primeira lista de que se tinha conhecimento, organizada por fazendeiros e grileiros do Sul do Pará, para o assassinato de líderes de posseiros, seus defensores e apoiadores.


  A denúncia foi feita amplamente, na Assembleia Legislativa, na OAB, à imprensa local e do Sul do País. Isso não impediu os assassinatos. Uma a uma, as pessoas da lista foram sendo mortas.


  Batista elegeu-se Deputado Estadual Constituinte, onde continuou a fazer a defesa dos posseiros paraenses. Não esperaram que ele terminasse o mandato, nem o pegaram de tocaia dentro das matas do Pará. Batista foi morto numa das principais ruas de Belém, em pleno exercício do mandato, escrevendo a Constituição do Estado. Era 1988, no final do meu mandato de Vereador de Belém.


  Ele não se intimidou com a ameaça de morte, seguiu na luta em que sempre estivera.


  Fica entre nós o exemplo. Aquele Batista do movimento estudantil, da Sociedade de Direitos Humanos, dos sindicatos, da defesa do direito à terra para quem nela trabalha. Aquele Batista lutador, o mesmo Batista Constituinte, que não recuou diante da certeza da morte.


  Para sempre, em nossa memória!


*O autor foi ex vereador em Belém do Pará e possui o Mestrado e Doutorado em Educação - UFRGS.


SEMINÁRIO: "Um olhar Amazônico e Cabano para a Independência do Brasil"

 



A coordenação do Grito das Excluídas e Excluídos em Belém convida todas e todos para o seminário "Um olhar Amazônico e Cabano para a Independência do Brasil", que tem como objetivo a construção de uma posição coletiva sobre os 200 anos de pseudo Independência do Brasil, completos em 2022, cujo debate segue na historiografia nacional ignorando o sofrimento imposto ao povo Amazônico, tendo a Cabanagem como principal expoente trágico.


O Grito dos Excluídos e Excluídas é um ato popular supra partidário e inclusivo, que ocorre a 27 anos no feriado de 7 de Setembro, marcando posição contra o autoritarismo, fascismo e todas as formas de opressão. Por ser mobilizado nacionalmente, representa ainda uma oportunidade de levantar temas urgentes e levá-los ao conhecimento geral através das várias organizações que se prontificam em realizar seus  atos em diversas cidades do Brasil e do mundo.


Após o evento, uma carta manifesto será encaminhada para a coordenação nacional do Grito das Excluídas e Excluídos, para a inclusão da temática na pauta de construção dos temas e eixos a serem debatidos em todo o Brasil ao longo de 2022.


Esta iniciativa se dá por compreendermos que as referências à colonização do Brasil, seja a portuguesa, seja a de outras nações ou elites colonialistas, não podem passar ao largo dos questionamentos, denúncias, reparações e justiças históricas necessárias em relação à Região Norte como um todo e à Cabanagem em especial.


Por ser o Grito dos Excluídos e Excluídas uma plataforma legítima para tal posicionamento, o seminário é um chamado para que nossas vozes amazônidas sejam cada vez mais escutadas.


SEMINÁRIO: "Um olhar Amazônico e Cabano para a Independência do Brasil"


Local: Solar da Beira (Complexo do Ver-o-Peso, Belém/PA)


Início: 18:30hs


Realização:


Coordenação local do Grito das Excluídas e Excluídos


Apoio:

. Prefeitura de Belém

. Instituto Idade Mídia

. Instituto Viver Periferia

. FEQUIPA - Federação de Comunidades Quilombolas e Povos Tradicionais do Pará