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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Sistema de Organização Modular de Ensino : Histórias de nossas vivências





NOTA AOS MODULENTOS


Companheirada, estamos trabalhando firmemente, na estruturação do livro com as nossas histórias de vivências no SOME. É muito importante que esse livro seja publicado, pois ele materializa o nosso legado na literatura da Educação Paraense. Até então, os custos dessa produção será autônoma, pois ainda não fechamos patrocínio. A editoração do livro será pela PakaTatu. Nessa primeira edição, serão produzidas 300 cópias; onde cada exemplar, na venda antecipada, estará ao preço de R$ 30,00 (trinta reais); e na venda pós lançamento estará no valor de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais). Essa renda é exclusivamente para pagar a editora, ou seja, ninguém irá ter ganho financeiro sobre a vendagem dos livros. Nosso objetivo é garantir o registro da nossa história no SOME. Porém, para que possamos dar o pontapé inicial no contrato com a editora, estamos lançando a pré- venda do livro, que funcionará assim: vc deposita o valor do livro (30 reais) na conta bancária indicada; nos remete o comprovante e nós vamos lançando seu nome na lista de venda antecipada; assim, fica assegurado o seu exemplar para ser entregue no dia do lançamento do livro (teremos um evento para isso) ou vc receberá diretamente na editora. Vc pode comprar mais de um, inclusive, já pensando em presentear alguém.


Aproveite o adicional de férias, para já garantir seu exemplar.


Lembrando que continuamos aguardando, até 1° de agosto, as narrativas que estão sendo produzidas pelos companheiros. 


Unidos somos mais fortes. Grande abraço

           Marina Costa
           Sérgio Bandeira
           Ribamar Oliveira

 *CONTA:Banpará / ag 021/ CC 293.231-8 / Marina Costa.

 *PRAZO:* a venda antecipada só ocorrerá até 05/07/2019

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Sistema Modular de Ensino entre histórias e memórias





NOTA AOS MODULEIROS


Companheirada, estamos trabalhando firmemente, na estruturação do livro com as nossas histórias de vivências no SOME. É muito importante que esse livro seja publicado, pois ele materializa o nosso legado na literatura da Educação Paraense. Até então, os custos dessa produção será autônoma, pois ainda não fechamos patrocínio. A editoração do livro será pela Paka -Tatu. Nessa primeira edição, serão produzidas 300 cópias; onde cada exemplar, na venda antecipada, estará ao preço de R$ 30,00 (trinta reais); e na venda pós-lançamento estará no valor de R$ 40,00 (quarenta reais). Essa renda é exclusivamente para pagar a editora, ou seja, ninguém irá ter ganho financeiro sobre a vendagem dos livros. Nosso objetivo é garantir o registro da nossa história no SOME. Porém, para que possamos dar o pontapé inicial no contrato com a editora, estamos lançando a pré- venda do livro, que funcionará assim: vc deposita o valor do livro (30 reais) na conta bancária indicada; nos remete o comprovante e nós vamos lançando seu nome na lista de venda antecipada; assim, fica assegurado o seu exemplar para ser entregue no dia do lançamento do livro (teremos um evento para isso) ou vc receberá diretamente na editora. Vc pode comprar mais de um, inclusive, já pensando em presentear alguém.
Aproveite o adicional de férias, para já garantir seu exemplar.



Lembrando que continuamos aguardando, até 1° de agosto, as narrativas que estão sendo produzidas pelos autores. 


Unidos somos mais fortes. Grande abraço.


           Marina Costa
           Sérgio Bandeira
           Ribamar Oliveira

 *CONTA:Banpará; ag 021; CC 293.231-8

   WhatsApp 91983153088

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME








Tendo como principal objetivo o resgate histórico e cultural do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, os Professores Marina Costa, Sérgio Bandeira e Ribamar Oliveira entrevistaram o Professor de Matemática, ex Diretor do Colégio "Paes de Carvalho" e Reitor da Fundação Educacional do Pará - FEP, Manoel Campbel Moutinho, ontem, pela parte da tarde. 



O Professor da primeira turma de matemática da Universidade Federal, Moutinho, ficou bem a vontade diante de várias perguntas e questões que foram feitas pelos entrevistadores. O informante que foi o idealizador do SOME, que inclusive serviu de inspiração para a interiorização da Universidade Estadual do Pará - UEPA.



Com vários documentos em mãos e cópias de jornais de vários momentos em que esteve à frente da FEP, o Professor Manoel Moutinho, deixou claro que o SOME foi um dos grandes projetos criados pelo governador Alacid da Silva Nunes, para atender a população interiorana do Estado, que após várias visitas técnicas nos interiores paraenses com sua equipe e pela necessidade do 2º Grau, sendo realizados vários estudos, os pedidos do Governador de solicitação de implantações foram concretizados, iniciando com quatro municípios.




Com duas horas de diálogos entre o informante e os entrevistadores foi possível ter uma visão mais ampla da importância da criação do SOME para sociedade da Amazônia paraense.

sábado, 15 de junho de 2019

Greve Geral no Brasil




 


Diversas categorias da classe trabalhadora estiveram na rua ontem, em manifestação contra a política do governo Bolsonaro, em cortar os gastos das verbas públicas da educação, contra a Reforma Previdência Social e a defesa do Lula livre.  






Em todo o Brasil, os trabalhadores e trabalhadoras cruzaram os braços, pararam a produção, impediram a circulação e funcionamento de serviços que fazem partem do dia a dia do povo brasileiro. 






Segundo dados das Centrais Sindicais aproximadamente 45 milhões de trabalhadores e trabalhadoras se envolveram na greve, em mais de 300 cidades do país. 






Sabemos que a greve é uma ferramenta utilizada pela classe trabalhadora que é legitima e histórica, como forma de chamar atenção da sociedade sobre a necessidade da valorização do trabalho e a garantia dos direitos sociais, como o direito a aposentadoria digna e o direito a educação pública de qualidade.






Os trabalhadores e trabalhadores demonstraram com a Greve Geral de ontem seu papel fundamental para o processo produtivo, de serviços e que continuarão mobilizados por sua participação em defesa de um projeto que atenda seus interesses e estão dispostos a continuar a luta pelo território e riquezas do país.






A classe trabalhadora tem consciência política do golpe  que levou a deposição da Presidente Dilma Rousseff do maior cargo político do país, consequentemente levando para prisão o ex Presidente Luis Inãcio Lula da Silva. Toda uma articulação política arquitetada por alguns setores e algumas instituições, com apoio do capital internacional, envolvendo interesses das elites brasileiras, como troca a venda dos bens e riquezas do país, tai o Pré Sal e outros. Muita coisa por trás, que só agora está sendo divulgada, principalmente, pelo site The Intercept Brasil, como as mensagens secretas da Lava Jato. O Morogate  deve ter muito mais para explicar para sociedade brasileira, essa armação espúria. 







Como a farsa construída através da depressão econômica, o governo de Bolsonaro ver como única possibilidade atacar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.







O recado foi dado pela classe trabalhadora brasileira, que lutarão contra a Reforma da Previdência, os cortes da educação, em defesa do Brasil, da democracia, Lula Livre e dos direitos e da soberania! 

























































Imagens de WatsApp de vários grupos e sites.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O SOME em Bujaru ( 2003 – 2018)





O presente texto tem como principal objetivo abordar aspectos importantes de um dos maiores projetos de inclusão social da Amazônia, que é o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, partindo da premissa que é a atividade que inaugura em termos de produção de texto, sendo bibliográfica e utilização da metodologia da história oral, com entrevistas orais e escrita, em um primeiro momento escrito para apresentação em reunião pedagógica entre os professores do Módulo antes do início do I módulo, lotados na EEEFM “D. Mário Vilas Boas”, escola sede do município de Bujaru, no ano de 2018.



A Avaliação Diagnóstica do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME no estado do Pará, que é um relatório preliminar da pesquisa realizada pela Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia – FIDESA deixa bem nítida a importância da pesquisa e o objetivo que foi “avaliar a estrutura e funcionamento do SOME e propor diretrizes para a melhoria qualitativa somente no que diz respeito ao ensino médio”. Para a pesquisa o SOME “visa garantir a oferta de ensino fundamental e médio aos alunos que moram em regiões em que não haja a oferta desses níveis no ensino regularmente pelo poder público” ( FIDESA -2003).



Dados levantados pela pesquisa junto ao Departamento do SOME, no ano de 2002, o projeto estava presente em 87 municípios da Amazônia paraense, distribuídos geograficamente em 47 sedes, 144 distritos e 191 localidades, sendo atendidos 22.338 alunos, com 591 professores. Importante levantarmos o questionamento quanto ao crescimento do SOME e a interiorização do ensino médio nas zonas rurais dos municípios do Estado do Pará.



O SOME que foi implantado pelo Governo do Estado do Pará, no ano de 1980, “Como proposta alternativa de atendimento de expansão do Ensino Médio presencial no Estado do Pará em resposta ao número elevado de alunos egressos do ensino fundamental sem atendimento escolar devido à carência de infraestrutura dos municípios impossibilitava a oferta do ensino médio”. (2003).



Para SEDUC, a efetivação do SOME que seriam implantados teriam que possuir as seguintes características, no ano de 2002, entre elas: Distância de centros urbanos e onde esta distância determine e impossibilidade de deslocamento de alunos para locais em que haja oferta de Ensino Médio; Demanda real e potencial reduzida, desaconselhando à construção de escolas de nível médio destinadas ao funcionamento de cursos regulares de ensino médio; clientela composta de pessoas de faixas de idade diversas e acima da faixa adequada para o Ensino Médio e grande carência de recursos humanos qualificados para a docência no Ensino Médio.




Com isso, a partir de 2003, tendo como uma das principais finalidades a expansão de oportunidades na área educacional, especifico no ensino médio, do Estado do Pará, a Secretaria de Educação do Estado do Pará – SEDUC, passou a oferecer o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, nas localidades do município de Bujaru, para os estudantes filhos de trabalhadores rurais, ribeirinhos e quilombolas. Ressalto que, os devidos critérios utilizados pela SEDUC como ferramenta de seleção para atendimento aos municípios demonstrava a precariedade da oferta de ensino médio regular no Estado do Pará, em virtude de vários fatores, entre eles, a dimensão territorial de nosso estado, que superava muitos países. Não podemos esquecer que nesse momento a Amazônia paraense recebe grande fluxo de pessoas, vindo de outros estados, principalmente os nordestinos, provocando a explosão demográfica; além dos níveis de desenvolvimento socioeconômicos das regiões do Pará ser muitas diferentes uma das outras. Portanto, grandes impactos contribuíram com a desestruturação e avanço do ensino médio regular na zona rural da Amazônia paraense. No caso do Brasil, isso, já estava sendo frisado por Rui Barbosa, no ano de 1882, com base no diagnóstico da realidade brasileira da época, em que denunciava a precariedade do ensino para o povo no Brasil (...) (1992).




O município de Bujaru quem vem de origens indígenas, quilombolas e ribeirinhos sendo que, os primeiros habitantes da região faziam os deslocamentos entre os rios Moju, Capim e Acará, com grande fluxo migratório, vai provocar a intensificação da cultura da cana de açúcar no século XIX, com a criação de vários engenhos pela região propicia que era. No rio Bujaru tinha os engenhos Itaporanga, São Luis, São Joaquim, Nazaré e Santa Ana e Cateanduba. Logo se deduz que tinha bastantes escravos, somados com os sitiantes que trabalhavam na produção d os engenhos.  Com o tempo e com o processo de transição e consolidação da República muitos dos engenhos foram abandonados nessa região, alguns antigos escravos receberam como recompensa, outros foram vendidos, mas o que podemos notar neste período é que foram se tornando agricultores, principalmente com a produção de milho, arroz, feijão, onde muitos continuaram caçando nas matas em grandes quantidades de caça do mato e pescando nos igarapés e rios, formando famílias e ocupando as antigas fazendas (2006).




Atualmente o município de Bujaru, de acordo com os dados estatísticos do Censo Demográfico do ano de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Pará possui uma área de extensão territorial de 1.247.950,003 km². Dentro deste espaço se encontra localizado o município de Bujaru, com um território de 990.399 km², que abriga uma população total de 28.016 habitantes, sendo que residem na região da zona rural do município seria de 9.385, correspondendo 53,3% de homens e 8.211 habitantes do sexo feminino, correspondendo 46,7%, dentre os quais podemos destacar os povos das águas e das florestas como: os quilombolas, os extrativistas, os agricultores familiares, os ribeirinhos, os pescadores dentre outros. O município possui 20.397 eleitores, correspondendo 72% da população total, sendo 10.003 do sexo feminino, correspondendo 49,04 eleitoras e 10.384 do sexo masculino, correspondendo 50.91 de eleitores (2018), localizado no nordeste do Estado do Pará (2018).




Com documentos cedidos para este artigo e sendo Diretora naquele momento da Escola Sede “D. Mário de Vilas Boas”, a Professora Iracema Heitor da Silva aborda que em 2001 houve a solicitação, conforme Ofício nº 069/2001, de 17 de maio de 2001, com assinaturas do Prefeito Miguel Bernardo da Costa, Secretaria Municipal de Educação Rosângela Maria Vasconcelos Gomes e ela, para implantação do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, para o ensino médio, no município. E a exposição de motivos da implantação enviada para Secretaria Estadual de Educação, aos cuidados da responsável pelo projeto Professora Nádia Eliane Cortez Brasil, do Departamento do SOME, diz o seguinte, no primeiro parágrafo: ”A implantação do Projeto SOME em nível de ensino médio, faz-se necessário pelo fato de que nosso município conta hoje com um quadro de 7.310 alunos da rede municipal de ensino, sendo que 5.160 destes alunos se encontram na Zona Rural. A esse número soma-se ainda 79 alunos que pertencem ao quadro do Estado, são alunos que cursam o ensino médio e precisam deslocar-se todos os dias de suas casas, alguns saem 03h00min horas (Manhã) para apanhar o transporte escolar e chegar até a sede do município”. A exposição frisa também que em virtude do crescimento de alunos o transporte escolar já não contempla confortavelmente toda clientela atendida, proporcionando a superlotação dos ônibus e fazendo com que os alunos corram riscos diante de tal situação.




A Professora Iracema Heitor, enfatiza na entrevista, que com a implantação do SOME em Bujaru, em 2003, ficou o gerenciamento em um primeiro momento a Prefeitura Municipal, que só após o desmantelamento do SOME pela então Secretaria estadual de Educação Rosa Cunha, quando retirou 60% da gratificação de deslocamento, passagens de aviões, material didático, Convênio com municípios entre outros é que o SOME passou ser gerenciado pela Escola Sede, ou seja, só a partir do segundo semestre. Neste momento, saíram do SOME, 192 Professores, por não concordar com a política autoritária e nefasta para a educação do Estado, inclusive, minha pessoa. E, continua, o Ofício foi solicitando a implantação das localidades de Ponta de terra (24 alunos), Km 29 (Com 29 alunos), São Raimundo (60 alunos), São Sebastião (29 alunos), São Lopes (32 alunos), Santana (15 alunos) e Santa Maria (34 alunos). Mesmo com a solicitação de sete localidades, com números suficientes de demanda, a SEDUC só liberou dois polos que foram de São Raimundo e da Curva. As outras localidades foram sendo implantadas gradativamente, menos a Vila Santana e Santa Maria, que até o momento não foram liberadas. Os alunos de Santana se deslocam para o Km 29 para estudar. A informante ressalta através de documentos a solicitação para implantações do SOME no município e a importância da Casa dos Professores, para servir de base para muitos professores que se deslocavam de outros municípios ou da capital do Estado, Belém.




Segundo a ex Coordenadora, Simone Soares Sampaio, o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME em Bujaru foi implantado em 2003, em dois polos, na Curva e São Raimundo, funcionando só com primeiro ano e gradativamente foi aumentando as turmas e em 2005 completou as séries seguintes”. E Continua: “A partir de 2006 o número de polo aumentou, sendo implantado nas localidades de São Sebastião, São Lopes, Providência e Ponta de Terra, sendo iniciado na localidade de Traquateua em 2007 e no Km 20, que era chamado de Providência II, como se fosse à extensão do polo de Providência, já que o número de turmas era bastante pequeno”.



Para o Professor Valdivino Cunha da Silva sua história tem uma relação prazerosa com o SOME e com o município de Bujaru, pois concomitantemente foi lá que iniciou sua carreira profissional no magistério, como professor de Sociologia. O referido professor iniciou suas atividades docentes na localidade de São Raimundo. Segundo ele, as medidas para melhorias da educação no município, caso tivesse poderes, injetaria um maior volume de recursos financeiros, sendo que esse aporte de recursos seria aplicado no sentido de melhorar o exercício da docência, garantir a universalidade e a qualidade da merenda escolar. Melhoraria também a infraestrutura, incluindo a Casa dos Professores, das escolas e do transporte escolar. Faria um grande seminário com todos os seguimentos envolvidos com a educação de Bujaru para levantar e hierarquizar as demandas. O informante ressalta que o deixa orgulhoso por fazer parte dessa política pública inclusiva e feliz quando ver de vez em quando há alunos do SOME que são aprovados nos vestibulares. Segundo o Professor, isso comprova a importância do SOME para as localidades interiorizadas deste Pará, e faz dela uma das políticas pública mais inclusiva; assim como diante de ex-alunos do SOME que se tornaram professores, já que é sinal de que a semente vingou e deu frutos. (...) Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender (...) (2003).




Na localidade de Ponta de Terra O SOME foi extinto em 2013 em função do descompromisso da Direção da Escola D. Mário com a comunidade, já que desejava a não saída do SOME, prejudicando muitos alunos e alunas, já que com a implantação do regime regular o quadro de docentes não estava completo e sendo a maioria contratados diferente dos educadores do SOME, que são professores concursados e efetivos, sendo muitos possuindo especializações e mestrados. Um grande retrocesso e precariedade para a educação bujaruense, fazendo com que alguns alunos que tinham condições se deslocassem para Bujaru sede, o município de Santa Izabel e Belém.




Na época da implantação, o quadro de professores do SOME era completo, sendo um dos pioneiros o Professor de Espanhol e Língua Portuguesa Railson Fernandes Elmescany e a Professora Nazaré Laurido, de Língua Portuguesa. Segundo o Professor Railson, nos polos que tinha neste momento era São Raimundo e Curva e passaram dois professores que eram: Enock, de matemática e França de Geografia. E continua, neste período foram cortada 60% de gratificação dos professores, ficando dividida e o que fez com que os professores parassem de trabalhar nas duas localidades de funcionamento, sendo contratado para trabalhar no KM 29, Curva, com algumas turmas, sendo sua primeira localidade de trabalho pelo SOME, com as mesmas dificuldades que ainda temos hoje, como as Casa para Professores ficarem, já existia naquela época, para se ter ideia, nos dois primeiros anos que trabalhou na Curva, dormia numa maca, inclusive, algumas vezes quando retornava a noite das aulas, geralmente, encontrava sangue no corredor, provavelmente, D. Graça tinha feito algum curativo, neste momento era sujeito a aceitar essa situação até porque era novo e precisava trabalhar. O informante ressalta que em São Raimundo a Diretora era Conceição Vera e no Km 29, a Nilcelene. Railson, diz que, com a chegada do novo Prefeito Emanoel Muniz, solicita a ampliação a partir de 2005 e chegando novos professores, como Célia Machado, de Biologia; ele, Denis Heitor, de Matemática, João Wanzeller, de Matemática; Girvânia Mesquita, de Geografia. Na entrevista, realizada no dia 12 de maio de 2018, frisou um dado cômico de sua experiência no SOME nesses quinze anos, que aconteceu na localidade de São Raimundo, em 2003, naquele momento não tinha energia e trabalhava com a disciplina de Artes, sobre as atividades pedagógicas voltadas para lendas e mitos da região, e falava-se muito em Matin, Curupira e outras lendas. Quando foi numa certa noite, segundo o linguajar dos moradores, foi “amassado” pela Matinta Pereira e Matin, já que não conseguia falar, não conseguia se mexer e assim aconteceram outras vezes. Finalizando sua conversa, abordou que com a expansão, a partir de 2005, o SOME assume o fundamental em São Raimundo e Ponta de Terra e aumentando o número de alunos, assim como carga horária para os professores.




Nesses 15 anos de implantação do SOME no município de Bujaru, podemos observador que esta modalidade de ensino deu uma grande contribuição e desenvolvimento para o município.




Ressalto que com a ocorrência anotada em 2005, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC, através da portaria 064/05, definiu a classificação dos municípios e localidades pelas categorias A, B e C considerando o nível de dificuldade de acesso às localidades, nos termos estabelecidos pelo decreto nº 390/2003, 30%, 60% e 100%. Isso provoca desestruturação no quadro de professores na época, contribuindo com a descentralização do SOME, ficando sob responsabilidade das Unidades Regionais de Educação – URES e Escolas Sedes, tirando toda responsabilidade do Departamento do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME que ficava na sede da Secretaria Estadual de Educação – SEDUC, em Belém do Pará. Logo as oligarquias municipais controlam a educação e em especial o SOME, sendo inclusive removidos professores com outros vínculos, que não era só do estado. Em 2003, foi o marco histórico pela descaracterização do SOME e da educação interiorizada na Amazônia paraense.




Através de muitas reivindicações e lutas da categoria dos professores, em 29 de abril de 2014, através da Lei nº  7.886, o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME foi estabelecido como Política Pública Educacional do Estado do Pará, no âmbito da Secretaria de Estado de Educação.




Em 2018, segundo a Coordenadora do SOME em Bujaru, Maria Eliete da Silva Mesquita, o POLO CURVA/ KM 29: 5 TURMAS ATIVAS, sendo  o 1º: 2, 2º: 1 e 3º: 2, com um quantitativo de alunos de 154; POLO SÃO LOPES: 3 TURMAS ATIVAS, sendo 1º: 1, 2º: 1 e o 3º: 1, com 60 alunos; POLO SÃO RAIMUNDO: 6 TURMAS ATIVAS, sendo 1º: 2, 2º: 2 e o 3º: 2, com um total de  189 alunos; POLO TRAQUATEUA: 3 TURMAS ATIVAS, 1º: 1, 2º: 1 e a 3º:1, com 82 alunos; POLO SÃO SEBASTIÃO:  4 TURMAS ATIVAS, 1º: 2, 2º: 1 e a 3º: 1; POLO PROVIDENCIA : 3 TURMAS ATIVAS, sendo 1º: 1, 2º: 1 e a 3º: 1, 47 alunos.



(...) A educação é política! Depois de descobrir que também é um político, o professor tem de se perguntar: “Que tipo de política estou fazendo em classe?” Ou seja: “Estou sendo um professor a favor de quem?”. Ao se perguntar a favor de quem está educando, o professor também deve perguntar contra quem está educando (2003). São 39 anos de SOME no estado Pará, desses, 15 anos no município de Bujaru.



Entrevistas:

Iracema Heitor da Silva

Maria Eliete da Silva Mesquita

Railson Fernandes Elmescany

Simone Sampaio

Valdivino Cunha da Silva


Bibliografia


Fundação Instituto Para o Desenvolvimento da Amazônia – FIDESA. Relatório Preliminar da Pesquisa: Avaliação Diagnóstica do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME no Estado do Pará, 2003.

Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra. 2003.

Freire, Paulo & Shor, Ira. Medo e Ousadia. Paz e Terra. 2003.

Oliveira, José Ribamar Lira e & outros (Org.). Contando a História e a Memória de Nova Providência. 2018.

Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Quilombolas de Bujaru e Concórdia. Nº 11. 2006.

Soares, Magda. Linguagem e Escola. 9ª Edição. Editora Ática. 1992.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Dia Mundial do Meio Ambiente






Com a consolidação do sistema capitalista com a revolução industrial, no século XVIII, a produção industrial aumenta e expande no mundo todo, trazendo consequências terríveis para o meio ambiente, já que o homem supri suas necessidades utilizando da matéria prima natural.   






Com a chegada em várias partes do globo terrestre, o homem vai ocupando espaços naturais então, em primeiro momento torna-se coletor da produção natural, já que com as necessidades físicas, tem que procurar sua alimentação. Com o tempo começa a dominar a natureza com a plantação e a produzir sua alimentação, principalmente, através de forma rudimentar, como a cultura da roça. O conhecimento  avança e o o processo de  mecanização chega para contribuir com a destruição do meio ambiente. Atualmente, temos vários debates e discussões sobre como ter o controle da destruição do meio ambiente, em vários países e a nível mundial. 







E uma das alternativas debatidas é através do trabalho prático e conscientização da sociedade humana em todas as esferas, assim é o papel social da Escola em levar a importância e a conscientização do meio ambiente, como aconteceu na segunda-feira (03/06/2019), na escola de ensino fundamental da localidade de Cumaru, no município de Vigia de Nazaré, no Estado  do Pará.







A Professora Haruko Seixas Sugawara, com o projeto Jovem Educador desenvolve sua metodologia através da educação ambiental na prática, levando sua turma para ruas de Cumaru zelando pelo meio ambiente, trabalhando a coleta seletiva, com a ideia O MEU LIXO? CARREGO COMIGO ATÉ ENCONTRAR UMA LIXEIRA.





Excelente Trabalho de conscientização que a Professora Haruko Seixas Sugawara realiza na escola de ensino fundamental com suas turmas.





Para a aluna Andreza Maria Monteiro Silva que fez parte das atividades, diz: "Estamos passando por Cumaru juntando o lixo, e aí avisando as pessoas quando verem um lixo, não pode deixar no chão, já que demora muito para decompor". Para a Professora Haruko Seixas: "Conscientizar as crianças para desenvolverem atividades aqui na Comunidade, da importância de não jogar um lixo na rua, desde criança eles aprendam e que não se trabalha só dia 5 de junho, mas que fiquem marcados para o resto da vida delas, se não tiver uma lixeira próxima, levar o lixo até uma lixeira, diminuir os pequenos lixos que levam anos e anos para decomporem e relatar mais a conscientização da questão ambiental".   












































Pousada Escola Mocambo Pauxi - Trabalho - Estudo














Foi lançado ontem,  o livro Pousada Escola Mocambo Pauxi - Trabalho, tendo como organizadores: Gessonita da Costa Siqueira, Idaliana Marinho de Azevedo, Idanise Hamoy, João Neto Sousa Rodrigues e Yolanda Conto Lopes.

















Entre os organizadores que estiveram presentes no lançamento apenas a senhora Idaliana Marinho de Azevedo e o Professor João Neto Sousa Rodrigues.







Resumo do livro:


Até aqui registra-se esta primeira parte da história da Pousada Escola Mocambo Pauxi, prova de que as sementes quando plantadas com carinho em solo fértil hão sempre de nos proporcionar a beleza das flores.






A Pousada Escola Mocambo Pauxi, representa esta semente que continua a saciar muitas gerações, com a esperança de dias melhores.





O Mocambo, como tem sido carinhosamente chamado por muitos, é este farol que tem iluminado os caminhos de muitas pessoas que envolvidas por um espirito de fraternidade, compreendem que somente no ato solidário de doação se pode mudar os rumos de suas próprias histórias enquanto comunidade construída historicamente no calor das lutas por liberdade e por uma educação de qualidade.








Desta forma uma educação que leve, sobretudo em consideração a relação com o seu local de origem sem perder de vista os horizontes fundamentados na relação dialética do ser humano com a sua natureza é capaz de criar a consciência do uso coletivo do espaço.



Dentro desta concepção, a Pousada Escola Mocambo Pauxi, está desde o ano de 2010, sob a responsabilidade da Diocese de Óbidos, que vem ampliando as esperanças de dias melhores, tendo por base o processo educacional fundamentado no tripé TRABALHO-ESTUDO-LAZER as crianças, jovens e adultos das comunidades rurais.