Total de visualizações de página

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Visite a Praça da República aos domingos




                                                                 *  Valdivino Cunha da Silva





Todo paraense papa chibé, conhece o espaço que me refiro. Ele fica encravado no coração de Belém,  que já se chamou Largo da Campina, hoje Praça da República que se localiza entre as Avenidas Assis de Vasconcelos e a Presidente Vargas. Nas “laterais da praça,  plantas que dão a Belém o título de” Cidade das mangueiras” que além da sombra também produzem gostosos frutos disputados por transeuntes quando delas caem em seu período frutífero. Dentro dela, monumentos históricos  e o Teatro Experimental Waldemar Henrique, Chalés de ferro, reservatório de água em pequenos lagos. Tem ainda  Núcleo de Artes da UFPA e a Banca do Alvino, o Bar do Parque, este último, reduto de outrora da boemia paraense. Tem  ainda o Teatro da Paz e sua arquitetura que nos remete ao estilo gótico, característica da arte medieval,  que retrata o glamour da elite de outrora , enriquecida com o boom da borracha no período da Belle Époque amazônica. Destoando a paisagem meio bucólica, foi erguido  mais recentemente um espigão de concreto que abriga  Hilton Hotel com seus apartamentos luxuosos e sem sentido para a população que frequenta a praça.


A praça já foi ponto de encontro da esquerda paraense e hoje ainda é um dos espaços  preferidos  para manifestações das mais diversas formas. Para lá convergem, convivem e expressam os mais diferentes pensamentos, seja o pensamento hippie, dos punks, anarquistas e democratas. Ninguém ignora os cabelos longos e transados dos roqueiros, a homossexualidades de alguns  ou a crença religiosa de outros, lá reina  o direito a diferença ou à preguiça.


Atualmente foi agregado a paisagem da praça, a feira hippie e o arrastão do grupo Pavulagem que arrasta multidão com seus chapéus de palhas enfeitados com fitas de cores fortes penduradas em suas abas. Em ser cortejo seguem crianças, jovens, adultos e idosos que partem da escadinha em direção a Praça da República. Se você nunca visitou a Praça da República aos domingos, não sabe o que está perdendo.




          * O autor é Sociólogo e possui outras matérias neste blog.



Nenhum comentário:

Postar um comentário