O Estado do Pará continua sendo um
dos principais Estados nos conflitos agrários. Triste situação, desse espaço
amazônico que recebe grande fluxo de pessoas de outros Estados do país,
provocando a luta pela terra. Diante desse cenário, o Pará é considerado o
campeão de mortes no campo por aproximadamente trinta anos, onde acontecem
muitas mortes e a impunidade é reflexo deste contexto. O Brasil é um dos poucos
países do mundo que ainda não teve reforma agrária, por falta de vontade
política.
Trabalhadores rurais, lideranças
sindicais e religiosas são os alvos da pistolagem no Estado. Muitos passaram
para outra dimensão por lutar pela ideia de organização, luta e reivindicação
por uma moradia melhor. A dimensão territorial do Estado contribui com tudo
isso. Antes de 80, parte da população buscava melhorias no sul e sudeste do
país. A partir daí, número significativo da população tem vindo buscar trabalho
na Amazônia, principalmente em nosso estado.
Segundo a Comissão Pastoral da
Terra – CPT, entre 1985 e 2013 aconteceram 645 casos registrados, o que não
corresponde aos números oficiais, já que muitos deixam de registrar as ameaças,
com medo do que possa acontecer com ele ou sua família. Em algumas áreas onde o
Estado não está presente, o que vale é a “Lei da bala”.
Portanto, considerando que seria necessária
a minimização dos conflitos agrários, só a reforma política e reforma agrária
digna e justa para a melhoria de nossa sociedade.
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