Tratar de narrativas da vida faz pensar em memórias. Vale
ressaltar que, com o surgimento da escrita e mesmo antes a oralidade foi
predominante em muitas gerações. Já com a transmissão textual, foi possível
valorizar um dos recursos metodológicos importantes para o conhecimento, que
seria a história oral, para contrapor o discurso da história oficial, sob o
comando dos afortunados.
Ressaltar e resgatar narrativas de vidas da ralé é
importante para mostrar o outro lado da história, em seus diversos contextos,
principalmente quando se faz levantamentos da massa mais excluída da sociedade,
como seria o caso da população dos interiores da Amazônia.
Trabalhar com temas relevantes de uma comunidade ou
município, como história, geografia, cultura, economia, social, religiões, questão
da mulher, remédios caseiros, saúde entre outros, nos deixa bastante feliz,
quando se conhece uma realidade. Logo, a história oral possibilita esse resgate
e levantamento das memórias para debates e reflexões.
Abordar assuntos fruto de pesquisas dos alunos pesquisadores
dimensiona os seus significados e a natureza das entrevistas coletadas com os
informantes. Com a produção das fontes orais, proporcionando a inclusão de
temáticas até então nunca abordadas, assim como recorte da realidade, que eram
silenciadas por vários interesses.
É importante registrar que as práticas educativas executadas
no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME possibilitavam mostrar as
diferentes formas e abordagens da História Oral e oportunizando experiências,
fazeres, diálogos e aprendizagens.
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