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terça-feira, 14 de outubro de 2025

A Vida de Professor(a): Desafios e Superações

 


1 . 1 - Desafios Enfrentados pelas Professores

Ao longo de quase trinta anos no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), enfrentamos grandes desafios profissionais. Os deslocamentos entre Belém, municípios e comunidades envolviam riscos devido ao clima adverso e aos transportes frequentemente precários ou superlotados, aumentando o perigo à vida.

1 . 2 - Experiências de Risco nos Aviões e Travessias

Passei por várias situações de risco em embarcações e aeronaves, superando momentos críticos graças à determinação. Em 1990, um temporal desviou nosso voo para Manaus. Outra vez, quase aterrissando em Belém, enfrentamos turbulência e apagão no avião. Também vivenciei travessias perigosas para a Ilha do Marajó e Abaetetuba.

1 . 3 - O Cotidiano de Luta pelo Ensino

Esses episódios ilustram os desafios recorrentes enfrentados pelos professores do SOME, cuja rotina exige esforço constante para oferecer ensino de qualidade nas comunidades. Apesar das adversidades, o compromisso com a educação permanece, e há ainda muitos outros casos, inclusive de profissionais que enfrentaram riscos durante os deslocamentos.

Viva o Dia dos Professores!

domingo, 21 de setembro de 2025

PEC da Bandidagem Não! Sem Anistia para Gospista!

 

Cartaz do Cortejo



O Brasil foi para ruas, hoje pela manhã, com a classe trabalhadora para cobrar a derrubada da PEC da Blindagem, também, chamada pelo povo de PEC da Bandidagem. A cobrança dos trabalhadores e trabalhadoras incluem também algumas necessidades básicas para população, como: isenção do Imposto do Renda para quem ganha até cinco salários minimos, a taxação das grandes fortunas, o fim da escala 6X1 e a redução da jornada de trabalhado, entre outras reivindicações. 




Cartaz da Praça da República


Em Belém do Pará, o Ato teve aproximadamente cinco mil pessoas na Praça da República, centro da capital das mangueiras, com várias intervenções de lideranças políticas, movimentos sociais,  populares e participações de artistas paraenses, como cantores, poetas, poetisas, entre outras apresentações. O cortejo saiu da Praça da República com destino ao Ver-o- Peso por volta de meio dia com um número significante de militantes. O Blogueiro esteve presente no grande Ato e momento histórico para sociedade brasileira. 



Profs. Ribamar, Gatinho, Robson, Inês, Andréia Diogo




Profs. Ribamar, Beatriz, Valdivino e Léia


Coletivo Democracia Socialista


Profs. Ribamar e Fátima


Profs. Ribamar e Arnaldo


Profs. Ribamar, Fátima, Trindade e Tânia


Prof. Ribamar e Herlon Paiva

                                                                 

                                     Lucidéia, Ribamar, Almino Henrique e Tio Pop

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Experiências Poéticas de um Professor em outras vozes

                                           Lucidéia Oliveira - Gestora Pública



 

Carlos Prestes: Poeta e Escritor



                                           Ribamar Oliveira: Historiador e Escritor



                                            Marluce Oliveira: Professora 

O Universo Literário na Sociedade e suas Riquezas

 

Início do Desfile Escolar


Este blogueiro, Ribamar Oliveira, ficou muito feliz com a homenagem que recebeu da Escola Municipal da Vila de Cumaru, município de Vigia de Nazaré, tendo como tema O universo literário na sociedade e suas riquezas, no dia 06 de setembro passado, O homenageado que publicou o livro Experiências Poéticas de um Professor, pela Editora Letras Periféricas, no ano de 2024, em linguagem poética sendo trabalhado pelas professoras do ensino fundamental menor da Escola. 

Apresento neste livro, em linguagem poética, que  segundo o poeta e escritor  que fez apresentação  Carlos Alberto Prestes, escreve o seguinte: “os conteúdos discorrem poderíamos dizer, em três  momentos: poesia  nativista ou bucólica, poesia  de vida ou do cotidiano e poesia  política ou social. A poesia nativista mostra o lado saudosista e regionalista do poeta, que se refugia  na paisagem campestre em busca de paz, de serenidade (...)”

O livro, originalmente concebido como produção nas horas de folgas do escritor para postagens em grupos familiares, é inspirado em vivências reais e ficcionais do autor. Cada tema abordado conta que o livro foi moldado por reflexões em determinadas realidades. A escrita e transformações dessas produções em poemas veio durante um período de isolamento e silenciamento em final de noite em que o escritor inspirado relembra fatos e momentos importantes de sua vida.



Ribamar Oliveira sendo homenageado





Personagens de Monteiro Lobato



Prof. Raimundo Seixas


Importância dos livros na Escola


Desfile marcante







Hino Nacional



Equipe pedagógica da Escola com Ribamar Oliveira




Profs. Ribamar e Edeny Vilhena




Fátima, Ribamar e Marluce




Fátima e Ribamar Oliveira


Ribamar e D. Cristina Seixas











quarta-feira, 10 de setembro de 2025

45 anos de Sistema de Organização Modular de Ensino em Curuçá

 



O Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME foi um projeto educacional que através de módulos surgiu em 15 de abril de 1980 idealizado por uma equipe técnica da Fundação Educacional do Pará – FEP, nos municípios de Nova Timboteua, Curuçá, Igarapé-Miri e Igarapé-Açu e a regulamentação através da Resolução de 161 de 03 de novembro de 1982, do Conselho Estadual de Educação - CEE. Quando assumi a Coordenação Geral no início de 2008, recebendo no total com estrutura e funcionamento em 88 municípios do Estado do Pará, segundo a produção escrita de nosso "Estudo Preliminar das Características Pedagógicas do Sistema Modular de Ensino - SOME" enfatizando principalmente o descaso do Estado com a população dos interiores.


Durante as comemorações relacionadas à Independência do Brasil, alun@s, professores, funcionários e membros da comunidade estiveram presentes na Escola "Olinda Vera Alves", localizada no município de Curuçá, reconhecido como o berço do Sistema Modular em homenagem aos 45 anos de existência e resistência do SOME.





Para início da experiência foram selecionados os quatro municípios e apresentamos as características do município de Curuçá. Segundo Maria da Conceição Correa Saraiva e Glória Maria Farias da Rocha , na monografia pela UFPA, em dezembro de 1987, com tem "Ensino de 2º Grau - Sistema Modular de Ensino" escrevem o seguinte: O município possui uma população de aproximadamente 30.000 habitantes, distribuídos em uma área de 925 Km². Sua principal atividade econômica é a pesca, embora desenvolva também atividades de agropecuária. É significativo também o setor terciário, emprega grande parte da população economicamente ativa.



No aspecto educacional o município possui 48 escolas estaduais, sendo 47 de 1ª a 4ª e uma de 5ª a 8ª, 20 escolas municipais de 1ª a 4ª e uma escola de 1ª a 3ª, mantida pela Colônia de Pescadores em convênio com a SUDEPE. Funcionou no período de 1968/78 o ginásio, regido pela Lei 4024/61, oferecendo ao 2º grau uma demanda de 786 alun@s. Destes, muito se deslocaram para Belém ou Castanhal a fim de continuar seus estudos.



Atendendo a solicitação do Prefeito Municipal, alunos  e a necessidade de ampliar a rede de ensino de 2º grau, foi implatado o curso com a habilitação específico de Magistério, uma vez que pela diagnose realizda constatou-se que a maioria do corpo docente atuando de 1ª a 8ª série é de leigo necessitando fazer o 2º grau.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Educação Ribeirinha

 

No interior do Pará, populações ribeirinhas tiveram acesso limitado à educação, especialmente durante a Ditadura Militar, quando os investimentos nacionais priorizavam grandes projetos em áreas urbanas e rurais. O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), criado em 1980 pela FEP, surgiu como alternativa para incluir estudantes dessas regiões, expandindo-se para áreas rurais, quilombolas, indígenas e locais de difícil acesso.


Durante três décadas, o SOME promoveu atividades pedagógicas em diversos municípios e comunidades ribeirinhas, consolidando-se como política pública educacional voltada à inclusão. Em 2014, a Lei nº 7.806 formalizou o SOME como política educacional estadual, resultado de articulações entre professores, SINTEPP e governo.


Apesar dos avanços, persistem desafios na infraestrutura escolar rural, com aulas frequentemente ocorrendo em ambientes improvisados e sem recursos adequados, prejudicando a qualidade do ensino. Em 2017, o SOME atendeu mais de 35 mil alunos em 97 municípios; em 2024, foram cerca de 33 mil alunos em 86 municípios. Apesar das dificuldades, o sistema mantém sua relevância e continua evoluindo.


DIÁRIO DE UM USUÁRIO MADRUGADOR DE BANHEIRO.

 


  Paulinho Rodrigues um Zero mas à Esquerda


SE NÃO HOUVER MOBILIZAÇÃO POPULAR A GENTE CAI.


O Brasil atravessa um momento decisivo. A conjuntura política que vivemos é marcada por disputas de poder intensas, manobras institucionais e pelo avanço perigoso da extrema-direita — nacional e internacional. O julgamento de Jair Bolsonaro simboliza uma etapa desse processo, mas não se trata de uma ruptura real com o projeto político que ele representa. Pelo contrário: o que vemos é uma disputa interna entre setores da própria classe dominante, que, em um determinado momento, se sentiram inseguros e insatisfeitos com a radicalização bolsonarista e, por isso, decidiram retirá-lo de cena. No entanto, essa retirada não significa mudança estrutural.


Foi nesse contexto que setores do grande capital, mesmo sem simpatia por Lula, viram nele o único candidato capaz de derrotar Bolsonaro em 2022. Apoiaram, assim, um projeto mais palatável, um governo de conciliação, que não ameaçasse de forma profunda seus privilégios e seus lucros. Mas a solução encontrada foi limitada desde o início: uma mudança promovida dentro das instituições burguesas do Estado, que afastou o povo do centro das decisões políticas e abriu espaço para que as narrativas mentirosas da extrema-direita crescessem e se consolidassem.


Hoje, enquanto os setores progressistas não disputam as mentes e corações da população com propostas concretas e mobilização social, a extrema-direita segue ocupando as ruas, as redes e os discursos, convencendo milhões com mentiras. A ausência de um movimento popular forte, aliado a pautas que toquem na vida real das pessoas, cria o terreno fértil para o avanço do autoritarismo.


Ao mesmo tempo, a chamada “frente ampla” que sustenta o governo Lula virou uma coleira. PP, União Brasil e outros partidos do centrão usam sua força no Congresso para chantagear o governo e bloquear qualquer tentativa de reforma popular.


Querem ministérios, querem a Caixa Econômica, querem poder — e ainda por cima querem anistiar Bolsonaro! E o governo? Não reage!


Não podemos aceitar um governo refém de quem quer destruir a democracia! A governabilidade não pode custar os direitos do povo!


Essa dependência de uma base conservadora freia qualquer tentativa, mesmo modesta, de realizar reformas estruturais em benefício da maioria. Ao invés de aprofundar a democracia e convocar o povo para a luta, o governo se vê tutelado por setores que nunca abriram mão de defender os interesses das elites econômicas. A pergunta inevitável é: qual foi, de fato, a importância da frente ampla para a governabilidade, e a que custo?


Mas o cenário é ainda mais complexo. Fora do Brasil, há um jogo maior em curso. O imperialismo norte-americano, representado pela linha trumpista, vê sua hegemonia global ameaçada pelo fortalecimento dos BRICS e da articulação entre países do Sul Global. Para conter esse avanço, os EUA buscam desarticular o Brasil e toda a América Latina. Isso passa por influenciar diretamente as eleições de 2026, estimular instabilidade política, fortalecer a extrema-direita e criar condições para novos golpes institucionais ou militares.


Diante desse quadro, a resposta não virá apenas de negociações de bastidores ou acordos parlamentares. Só com mobilização popular teremos condições de defender a democracia, proteger os direitos conquistados e impedir o retorno do bolsonarismo — agora ainda mais organizado e fortalecido. O governo Lula precisa compreender que não basta buscar apoio em setores de centro-direita que, em última instância, nunca hesitarão em abandoná-lo. É necessário retomar o diálogo direto com o povo, apostando na construção de uma agenda de transformação social concreta, que devolva esperança e sentido à política.


Isso significa lutar por pautas populares urgentes, como:

Redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1, garantindo dignidade e qualidade de vida à classe trabalhadora;

Revogação do arcabouço fiscal, que engessa os investimentos sociais e prioriza o pagamento da dívida aos grandes bancos;

Reforma tributária justa, taxando os super-ricos e isentando do imposto de renda quem ganha até 5 salários mínimos;

Defesa da soberania nacional e resistência à influência externa que ameaça os interesses estratégicos do país;

Denúncia do golpe em preparação pela extrema-direita, com a articulação de figuras como Tarcísio de Freitas e os partidos conservadores, que já trabalham para tomar o poder após o julgamento e possível condenação de Bolsonaro.


O momento exige clareza: a luta não é apenas contra Bolsonaro, mas contra todo um projeto de país submetido à lógica do capital financeiro, da subordinação imperialista e da retirada de direitos. Se não disputarmos a narrativa, se não mobilizarmos o povo e se não nos organizarmos nas ruas, corremos o risco de ver, mais uma vez, o avanço de um golpe que desmontará o pouco que conquistamos.


O futuro da democracia brasileira não será decidido apenas nos tribunais, no Congresso ou nas negociações entre partidos. Ele será decidido na capacidade de o povo se organizar, ocupar espaços, exigir seus direitos e impor sua agenda.


Porque, no fim, a única barreira real contra o avanço da extrema-direita e contra a submissão ao imperialismo é a força organizada da classe trabalhadora. Sem ela, qualquer governo progressista será refém das elites, dos chantagistas do centrão e dos interesses estrangeiros.


OU O POVO VAI À LUTA, OU O GOLPE VOLTA. NÃO EXISTE MEIO-TERMO.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Grito dos Excluídos e Escluídas - 2025

 





🌱 Grito dos Excluídos 2025 | Belém – Vida em Primeiro Lugar! Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia.

📆 7 de setembro | ⏰ 8h às 12h
📍 Concentração às 8h na escadinha do cais (Av. Boulevard Castilho França, em frente à Av. Presidente Vargas) – Saída às 9h
📍 Encerramento na Praça Dom Pedro (Av. Portugal)
Este ano, o Grito também abraça o Plebiscito Popular, que propõe:
o fim da escala 6×1 (redução da jornada de trabalho sem redução salarial),_
a taxação dos super-ricos e
a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil_ 

Se liga!
O Plebiscito Popular 2025 é uma grande consulta que ocorre até o Dia da Pátria, com o objetivo de ouvir o povo sobre temas cruciais como jornada de trabalho, justiça fiscal e direitos dos trabalhadores.
O lema nacional do Grito deste ano, “Vida em Primeiro Lugar. Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia”
, reforça a interseção entre a defesa da vida das Amazônias, Casa Comum de diversos povos indígenas, ribeirinhos, do campo, das florestas e das cidades com a democracia popular. Tudo está interligado. 

É hora de ecoar nas ruas: Vida em primeiro lugar — lutar pela justiça social, pela democracia e pela nossa casa comum!


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Minhas férias nos interiores do Estado do Pará




Durante minha adolescência, costumava passar as férias nos interiores do Pará, especialmente nos municípios de Viseu e Irituia, esta cidade de origem da família do meu pai. Lá, convivíamos com muitos parentes, incluindo minha tia Francisca Birilo de Oliveira, conhecida como Chiquinha, que tinha uma relação muito próxima com minha mãe. Muitas vezes ficávamos hospedados na casa dela, tanto em Belém quanto na entrada do município de Irituia, no nordeste paraense. O acesso era difícil, geralmente feito de kombi, devido à falta de ônibus e estradas ruins. Nessas férias, aprendemos sobre alimentação típica, tranquilidade e o estilo de vida pacato do interior. Mesmo hoje, quase aos 70 anos, guardo boas lembranças desses momentos, apesar da ausência de fotografias, recordando as brincadeiras e amizades da época.


Nesse período, a tia paterna, por ser a mais idosa da família, era frequentemente procurada pelos irmãos mais novos e sobrinhos. Isso favorecia o contato em Irituia, o que facilitava conhecer praticamente todos os parentes do lado paterno. Na época, o pai residia nas fronteiras do Estado do Amazonas devido à sua carreira militar, enquanto a família vivia em Belém do Pará com a mãe, em função da necessidade de dedicar-se aos estudos. Esse contexto contribuía para que, nas férias, fosse possível visitar diversas localidades do interior. Havia também um tio que morava nas colônias e trabalhava com agricultura, permitindo que se conhecesse melhor essa rotina. Entre os principais produtos cultivados estavam juta, tabaco e milho; além disso, havia criação de gado e pequenas plantações. O cultivo de mandioca tornou-se significativo apenas posteriormente.


As visitas proporcionavam a vivência dos hábitos locais, como acordar de madrugada para preparar e amarrar folhas de tabaco, que eram postas para secar, hábito comum entre 3 e 4 horas da manhã. Essas atividades representavam importantes fontes de renda para a família na região rural durante o final da década de 1960 e início da década de 1970, sendo parte da produção destinada à venda ou troca por alimentos essenciais. Além disso, a alimentação era complementada por carne de caça, criações domésticas como galos, perus, galinhas e gado, garantindo relativa autossuficiência alimentar.


A experiência que tive na adolescência foi fundamental para minha vida profissional, especialmente ao trabalhar no Sistema de Organização Modular de Ensino. Isso se deve ao meu conhecimento da realidade dos interiores do Pará, já que meus pais são de cidades do interior, como Viseu. Sempre visitei a família da minha mãe em São José do Gurupi, o que expandiu minha vivência nessas regiões e contribuiu para minha atuação futura.

sábado, 23 de agosto de 2025

Saberes, lendas e tradições em época de Cop 30 na Amazônia Paraense

 

                                                                   Valdivino Cunha


Equipe de Apresentação com professores



Em um momento em que o mundo se volta para o debate sobre o futuro do planeta, a Cop. 30 surge como um convite a reflexão e à ação. Mais do que dados e metas este encontro internacional nos lembra que os saberes tradicionais, as lendas, que atravessam gerações e as práticas culturais de diferentes povos compõem um contexto que também deve ser lembrado. Nós, da escola pública paraense, vivenciamos e valorizamos este muito rico e místico em lendas, tradições,  histórias orais e modos de vida sustentáveis revelam que preservar o meio ambiente é também preservar memórias, identidades e modos de existir. Nesta 28ª Feira do Livro e suas Multivozes unimos literatura, culturas e consciências ambiental para mostrar que no diálogo entre passado e futuro encontramos caminhos para um mundo mais justo, equilibrado e vivo. Vamos navegar no mundo das histórias e encantamentos com a lenda do Boto Tucuxi e da Matinta Pereira. 


Diz a lenda indígena que o boto se  transforma em um rapaz bonito e galanteador. Segundo a esta lenda, o boto é um rapaz elegante que costuma aparecer nas comemorações dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), as chamadas Festas Juninas.


Ele vai à festa vestido de branco e usando um chapéu, a fim de esconder o buraquinho que o boto tem no alto da cabeça para respirar.


Ele conquista uma moça, que leva para o fundo do mar ou dos igarapés, a engravida e nunca mais volta a vê-la.


Já a lenda da Matinta Perera ou simplesmente, Matim, é a personagem de uma das lendas mais importantes da região Norte do Brasil, sendo considerada uma lenda da Floresta Amazônica. Na lenda, uma mulher que tem a capacidade de se transformar em ave agourenta capaz de deixar as pessoas em estado de pânico com seu assobio arrepiante. Para se livrar da maldição da Matinta as pessoas entregam a ela algum presente, como café, tabaco ou outro presente qualquer. E foi apresentado a lenda da Matinta Pereira e do Boto Cor-de-Rosa na 28ª Feira de Livro e Multivozes, no Hangar - Centro de Convenções, em Belém do Pará.

 

Professores e o grupo que apresentou as lendas



Portanto, o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME/Bujaru/11ª DRE se fez presente na 28ª Feira Pan Amazônica do Livro e de suas Multivozes na qual os alunos do SOME apresentaram o projeto "Saberes, lendas e tradições em época de COP 30" apresentado na 28ª Feira do Livro. O projeto levou a reflexão que em época de COP 30, não podemos também esquecer a rica cultura, as tradições, o folclore e as lendas dos povos amazônicos e paraenses e com isso preservar a memória presente no imaginário popular. Levamos a lenda da Matinta Pereira e a do Boto Cor de Rosa, tendo como espaço imaginário as florestas, igarapés e os rios amazônicos. O objetivo foi dizer " presente" em nome da escola pública paraense, em nome do SOME, política pública da Amazônia Paraense, que completou 45 anos atendendo os filhos dos camponeses, ribeirinhos, assentamentos, quilombolas, indígenas, ramais, estradas, extravistas e outras categorias das florestas, furos, rios, igarapés e campos. Estiveram presentes professores do SOME e  mais de 70 alunos das Escolas Polo Traquateua(Traquateua) e  Rosiila Trindade( Km 29 ou Curva), do município de Bujaru. Parabéns pelo excelente trabalho professores!


Grupo de apresentação no palco


Coordenadores do projeto: Adriana Silva e Valdivino Cunha


Resgate cultural na Feira do Livro e Multivozes



                                            Professores do SOME em apoio (11ª DRE)



Professor Valdivino Cunha é professor do SOME/Bujaru.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Tarde de Autógrafos na 28ª Feira Pan-Amazônica e suas Multivozes

 






Bora!

"AMAVIOS III": POESIAS E DESAFIOS EM UM CONTEXTO DE DESVALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA PARAENSE

 





Apesar do governo estadual que oprime e persegue profissionais da educação pública, professores e professoras lançam o livro "Amavios III Prosas e Versos",  na 28° Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.


Por Abel Ribeiro


A antologia "Amavios" já está na sua terceira versão. É uma iniciativa vitoriosa, organizada por algumas professoras e professores da Secretaria Estadual de Educação do Pará (Seduc) -  amantes da palavra, da arte poética e da arte da escrita. O primeiro da série foi lançado em 2023, mesmo sem nenhum incentivo do Governo do Estado aos escritores professores. 


"Amavios" é um encanto de sedução que tomou conta de seus autores , despertando o amor dos docentes numa verve que este ano se ampliou para o escritor e advogado Virgílio Viga. Em um  estado onde as editoras recebem milhões do governo para vender livros pouco utilizados, "Amavios III" é uma demonstração de resistência diante de tanto assédio,vigilância e controle exercido pela Seduc. 


Há nesta banda do território amazônico diversos artistas com enorme talento;  desvalorizados, geralmente, não têm espaço para desenvolver sua arte. Por esse motivo, "Amavios III" é também uma atitude de cobrança e denúncia dos absurdos cometidos pela atual gestão. 


Convidamos todos os professores e professoras, e a população em geral, a fazer frente conosco pela valorização da literatura,  da poesia paraense, da arte em geral, e da educação pública. Não podemos deixar de nos posicionar,  libertando nossos talentos do anonimato e da imposição de que tudo que é bom vem de fora. Deve-se ressaltar que o mercado livresco ganha muito dinheiro público, mas nem sempre investe nas produções literárias de nossa terra. O"Amavios III" é, pois, um convite ao desafio, à criação,  crítica e renovação.


Venham!!!  O lançamento será no dia 20 de agosto às 15h no Ponto do Autor da Secult.

"Amavios III" tem a assinatura editorial da Paka-Tatu.

Façamos de nossas palavras um ato de rebeldia!


*Abel Ribeiro 

Professor doutor, escritor e poeta paraense.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

AMAZÔNIA: 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e suas Multivozes ( Lançamento de Livro)

 

Convite



Ontem, dia 17/08/2025, domingo, em Belém do Pará, na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, foi lançado o volume III, da Coleção Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME. 



Convite



Livro produzido por ex-professores, ex-alunos, alunos, pesquisadores e professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME e organizado pela Professora Marina Costa, professores Sérgio Bandeira e Ribamar Oliveira, editor do Blog do Riba. O Volume III da coleção "Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino" conta com a participação, além dos Organizadores, de Autores como Carlos Alberto Prestes, Flávio Figueredo Santos Filho, Agenor Sarraf Pacheco, Altelmara de Sousa Silva, Luciandro Tássio Ribeiro de Sousa, Tânia Suely Azevedo Brasileiro, Luiza Cardoso de Melo, João Paulo da Conceição Alves, Gevanildo dos Santos Silva, Auristeles de Sousa Silva, Edinilson Sérgio Ramalho de Souza, Cláudia do Socorro Carvalho Miranda, Iorque Garcia Filgueiras e Francisauro Fernandes da Costa.



Estande no Hangar



A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes que começou no sábado e neste segundo dia, em um domingo ensolarado e alegre, logo nos foi enfatizado um ambiente para as inúmeras e diversificadas atividades, apresentações e livros à disposição dos leitores e leitoras que andam nos corredores procurando temas de seus interesses. Um evento grandíssimo e belo que faz a gente refletir o contexto de tanta peregrinação dos profissionais liberais, estudantes, pesquisadores,  escritores e público em geral.  Local de encontros e reencontros entre pessoas e amig@s! As imagens retratam a grandiosidade da 28ª Feira, no Hangar - Centro de Convenções.



Livros nas estantes


Ribamar Oliveira, Marina Costa e Sérgio Bandeira - Orgs.




Presença de amig@s e familiares no Lançamento do Livro



Jussara Sofia no Lançamento


Ilaci Júnior presente no Lançamento



Entrevista na Tv Educativa - 7.2





Autográfo para o leitor



Visão geral da Feira, ontem, pela manhã



Organizadores com leitor Alim


Organizadores com Prof. Gilberto Garcia e Neto


Organizadores com os Profs. Lucideia e Valdivino


Organizadores na arrumação do lançamento


Organizadores com Prof. Gilberto



Professores e leitores do Livro no lançamento