Valdivino Cunha
Equipe de Apresentação com professores |
Em um momento em que o mundo se volta para o debate sobre o futuro do planeta, a Cop. 30 surge como um convite a reflexão e à ação. Mais do que dados e metas este encontro internacional nos lembra que os saberes tradicionais, as lendas, que atravessam gerações e as práticas culturais de diferentes povos compõem um contexto que também deve ser lembrado. Nós, da escola pública paraense, vivenciamos e valorizamos este muito rico e místico em lendas, tradições, histórias orais e modos de vida sustentáveis revelam que preservar o meio ambiente é também preservar memórias, identidades e modos de existir. Nesta 28ª Feira do Livro e suas Multivozes unimos literatura, culturas e consciências ambiental para mostrar que no diálogo entre passado e futuro encontramos caminhos para um mundo mais justo, equilibrado e vivo. Vamos navegar no mundo das histórias e encantamentos com a lenda do Boto Tucuxi e da Matinta Pereira.
Diz a lenda indígena que o boto se transforma em um rapaz bonito e galanteador. Segundo a esta lenda, o boto é um rapaz elegante que costuma aparecer nas comemorações dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), as chamadas Festas Juninas.
Ele vai à festa vestido de branco e usando um chapéu, a fim de esconder o buraquinho que o boto tem no alto da cabeça para respirar.
Ele conquista uma moça, que leva para o fundo do mar ou dos igarapés, a engravida e nunca mais volta a vê-la.
Já a lenda da Matinta Perera ou simplesmente, Matim, é a personagem de uma das lendas mais importantes da região Norte do Brasil, sendo considerada uma lenda da Floresta Amazônica. Na lenda, uma mulher que tem a capacidade de se transformar em ave agourenta capaz de deixar as pessoas em estado de pânico com seu assobio arrepiante. Para se livrar da maldição da Matinta as pessoas entregam a ela algum presente, como café, tabaco ou outro presente qualquer. E foi apresentado a lenda da Matinta Pereira e do Boto Cor-de-Rosa na 28ª Feira de Livro e Multivozes, no Hangar - Centro de Convenções, em Belém do Pará.
Professores e o grupo que apresentou as lendas |
Portanto, o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME/Bujaru/11ª DRE se fez presente na 28ª Feira Pan Amazônica do Livro e de suas Multivozes na qual os alunos do SOME apresentaram o projeto "Saberes, lendas e tradições em época de COP 30" apresentado na 28ª Feira do Livro. O projeto levou a reflexão que em época de COP 30, não podemos também esquecer a rica cultura, as tradições, o folclore e as lendas dos povos amazônicos e paraenses e com isso preservar a memória presente no imaginário popular. Levamos a lenda da Matinta Pereira e a do Boto Cor de Rosa, tendo como espaço imaginário as florestas, igarapés e os rios amazônicos. O objetivo foi dizer " presente" em nome da escola pública paraense, em nome do SOME, política pública da Amazônia Paraense, que completou 45 anos atendendo os filhos dos camponeses, ribeirinhos, assentamentos, quilombolas, indígenas, ramais, estradas, extravistas e outras categorias das florestas, furos, rios, igarapés e campos. Estiveram presentes professores do SOME e mais de 70 alunos das Escolas Polo Traquateua(Traquateua) e Rosiila Trindade( Km 29 ou Curva), do município de Bujaru. Parabéns pelo excelente trabalho professores!
Grupo de apresentação no palco |
Coordenadores do projeto: Adriana Silva e Valdivino Cunha |
Professores do SOME em apoio (11ª DRE)
Essas memórias nao podem ser esquecidas pois fazem parte do imaginário popular dos povos vo amazônicos
ResponderExcluirCom certeza, muito importante esse resgate cultural. Que outros projetos surjam para visibilizar o imaginário amazônico.
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