*Valdivino Cunha da
Silva
No dia 20 de novembro, no Brasil,
comemora-se o Dia da Consciência Negra que marca o dia da morte de Zumbi dos
Palmares, líder negro. Sua morte que ocorreu em 1695, após anos defendendo o
Quilombo de Palmares de expedições que pretendiam escravizar, novamente, os
negros que conseguiram fugir.
Ninguém
nasce preconceituoso, as pessoas se tornam preconceituosas e a escola, que é um
lugar privilegiado de aprendizado, tem que “desconstruir” os preconceitos,
entre eles, o racial. No dia 28 de novembro/18 a comunidade, professores e
alunos da Escola Francisco Portilho, na Vila Forquilha em Tomé-Açu-Pa. Debateram
a temática diversidade cultural e o preconceito racial com uma didática
diferente e bastante interessante.
Ao longo da semana alunos e
professores em forma de puxirum (mutirão) transformaram algumas salas de aula
retirando azulejos quebrados, lixando as paredes, pintando e lavando a mesma
com água e sabão (limpando também a intolerância). Depois de tudo isso, começou
processo de pintura (arte) das paredes como a temática do preconceito racial.
As pinturas ficaram a cargo exclusivamente dos alunos, eles deram asas às suas
imaginações e extravasaram suas repulsas ao preconceito. Os trabalhos ficaram
maravilhosos quer porque expressaram seus sentimentos dizendo não ao racismo,
quer pela beleza da arte. A educação naqueles dias tornou-se uma ação coletiva
onde no ensinar também se aprende. Que lição seus alunos deram a nós, seus
mestres!
Por
certo período nossos alunos deixaram seus terçados e suas enxadas (são alunos
da zona rural) substituindo-os por pinceis e tintas. O labor (trabalho pesado)
deu lugar a poiesis ( poesia). Fica provado que um quadro, um pincel (ou giz),
uma sala fechada (muitas vezes quente demais) não é o melhor local de
aprendizagem.
A culminância da discussão da
temática racial deu-se na própria escola, à noite onde todo o corpo discente,
docente e a comunidade se fez presente em massa. Houve palestra, danças com
raízes africanas, desfiles, participação de povos indígenas e visitação às
artes criadas pelos alunos. Depois dessa atividade a questão racial será vista
de outra forma. Todos em um gesto
simbólico e coletivo disseram não ao preconceito. Despertou também em toda a
ideia de pertencimento em relação à escola onde estudam, simbolizada numa frase
que ouvir de um aluno:
- “ Eu não vou deixar que ninguém
risque esta sala que ficou tão bonita”
* O autor é educador do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, lotado na 11ª URE, Santa Izabel.
Créditos: Imagens dos Professores
parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.
ResponderExcluirparabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.
ResponderExcluirparabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirparabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.
ResponderExcluirparabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.
ResponderExcluirParabéns aos professores do some pelo trabalho realizado nas comunidades, pois de grande importância a lembrança da cultura do negro, afinal não podemos esquecer nossas raízes.
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