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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Projeto: A Cor da Cultura



                                                                     *Valdivino Cunha da Silva














No dia 20 de novembro, no Brasil, comemora-se o Dia da Consciência Negra que marca o dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder negro. Sua morte que ocorreu em 1695, após anos defendendo o Quilombo de Palmares de expedições que pretendiam escravizar, novamente, os negros que conseguiram fugir.






Ninguém nasce preconceituoso, as pessoas se tornam preconceituosas e a escola, que é um lugar privilegiado de aprendizado, tem que “desconstruir” os preconceitos, entre eles, o racial. No dia 28 de novembro/18 a comunidade, professores e alunos da Escola Francisco Portilho, na Vila Forquilha em Tomé-Açu-Pa. Debateram a temática diversidade cultural e o preconceito racial com uma didática diferente e bastante interessante.









Ao longo da semana alunos e professores em forma de puxirum (mutirão) transformaram algumas salas de aula retirando azulejos quebrados, lixando as paredes, pintando e lavando a mesma com água e sabão (limpando também a intolerância). Depois de tudo isso, começou processo de pintura (arte) das paredes como a temática do preconceito racial. As pinturas ficaram a cargo exclusivamente dos alunos, eles deram asas às suas imaginações e extravasaram suas repulsas ao preconceito. Os trabalhos ficaram maravilhosos quer porque expressaram seus sentimentos dizendo não ao racismo, quer pela beleza da arte. A educação naqueles dias tornou-se uma ação coletiva onde no ensinar também se aprende. Que lição seus alunos deram a nós, seus mestres!









Por certo período nossos alunos deixaram seus terçados e suas enxadas (são alunos da zona rural) substituindo-os por pinceis e tintas. O labor (trabalho pesado) deu lugar a poiesis ( poesia). Fica provado que um quadro, um pincel (ou giz), uma sala fechada (muitas vezes quente demais) não é o melhor local de aprendizagem.





A culminância da discussão da temática racial deu-se na própria escola, à noite onde todo o corpo discente, docente e a comunidade se fez presente em massa. Houve palestra, danças com raízes africanas, desfiles, participação de povos indígenas e visitação às artes criadas pelos alunos. Depois dessa atividade a questão racial será vista de outra forma.  Todos em um gesto simbólico e coletivo disseram não ao preconceito. Despertou também em toda a ideia de pertencimento em relação à escola onde estudam, simbolizada numa frase que ouvir de um aluno:






- “ Eu não vou deixar que ninguém risque esta sala que ficou tão bonita”










































* O autor é educador do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, lotado na 11ª URE, Santa Izabel.


Créditos: Imagens dos Professores

7 comentários:

  1. parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.

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  2. parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.

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  3. parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.

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  4. parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.

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  5. parabéns aos professores e alunos pelo trabalhos excelentes apresentados.Tema que sempre temos que lembra_los afinal é a nossa raiz.

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  6. Parabéns aos professores do some pelo trabalho realizado nas comunidades, pois de grande importância a lembrança da cultura do negro, afinal não podemos esquecer nossas raízes.

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