Com pesquisas e entrevistas que
servirão para publicações no Ribaprasempre.com (Blog do Riba), foi realizada conversa
informal e gravada entre o Prof. Ribamar, um dos administradores do Blog, Professora Marina Costa e a ex
Aluna e Professora Iris do Socorro, do Sistema de Organização Modular de Ensino
- SOME que estudou na segunda turma formada pelo Curso de Magistério, no município
de Curuçá, nos anos de 1981, 1982 e 1983.
Segundo a entrevistada, o SOME
foi fundamental para sua vida, primeiro possibilitou estudar e concluir o Curso
no município de Curuçá, onde residia, já que sua família não tinha posses
financeiras para mandar estudar no município de Castanhal e quem ia estudar, além
de dormir e ficar nas casas dos outros, passavam por cada situação, já que era
o local mais perto onde tinha o ensino regular. Na época foi uma novidade, segundo
a informante, a maioria dos estudantes que terminavam ensino ginasial não
tinham condições de estudar fora, como foi o caso dela. Outro aspecto que o
SOME proporcionou foi o avanço do conhecimento para o município, possibilitando
melhores perspectivas para os estudantes que desejavam voos maiores, assim como
possibilitou também a formação de professores do curso primário, enquanto mão
de obra qualificada na zona urbana e na zona rural. Inclusive, durante esses
anos, muitos colegas foram formados nos cursos de licenciaturas se tornando
professores do ensino regular.
A ex Aluna, Professora Iris
enfatiza também que muitos de seus colegas desse período assumiram diversos
cargos públicos com destaques nas decisões do município, como de Secretários de
Educação, Diretores de Escolas, Escola Sede, entre outros.
Após a conclusão do Ensino Médio fez
os vestibulares e passou em dois cursos: em Letras, na Universidade Federal do
Pará – UFPA e Pedagogia, na Universidade da Amazônia – UNAMA. Como era impossível
fazer os dois cursos, preferiu continuar fazendo o de Pedagogia. Logo que
concluiu, ingressou no SOME, com o circuito: Xingu ara Rio Maria, São Domingos
do Capim e Brejo Grande do Araguaia. Esteve também em Muaná, Afuá, Goianésia,
Santana do Araguaia, Uruará, Placas, Tucumã, Ourilândia, Medicilândia, Água Azul
do Norte, entre outros.
Iris, fala com alegria,
felicidades e determinação por ter se formada pelo SOME e depois ser Professora,
porém, infelizmente em virtude da nova LDB, saindo o Curso de Magistério, já
que trabalhava com disciplinas pedagógicas e ficando apenas o Secundário, teve
que pedir remoção para Belém, assumindo cargos de Vice Diretora, Diretora de
Escola e Diretora de Use e se aposentando como Diretora. Trabalhou 14 anos no SOME como Professora.
Lembra-se dos bons tempos do
SOME, quando rever algumas fotos, inclusive com suas filhas, que hoje são
profissionais liberais, com muitas sacolas quando viajava. Diz também que seus
alunos do SOME muitos concluíram cursos superiores se tornando, médicos,
advogados, juízes, engenheiro e inclusive, com a facilidade das redes sociais,
ainda tem contatos com alguns.
Conclui a entrevista abordando
que o SOME tem que ser mais valorizado pelo governo do Estado, já que atende o
seguimento mais carente da sociedade e que Curuçá, Igarapé Açu, Igarapé Miri e
Nova Timboteua formaram o primeiro circuito e experiência do SOME, depois
expandindo para o resto do Estado.
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