Total de visualizações de página

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Uma janela para Alça Viária

 


Quando percorremos os longos 74 kms de estrada e 4,5 kms de pontes da Alça Viária, percebemos uma série de características importantes que retratam a beleza da natureza e também é possível visualizarmos o solo durante o trajeto. Particularmente, isso me é possível quando me desloco para localidades cujo acesso se faz necessário utilizar essa rodovia. Recentemente a tenho utilizado quando me desloco para localidades onde ocorre o funcionamento do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME- nos municípios de Tomé Açu, Concórdia do Pará ou Bujaru, e especificamente nas vilas de: São Raimundo, Tracuateua e São Sebastião, entre tantas outras, com entrada no ramal do Km 24 dessa via. 



No Estado do Pará o Projeto Alça Rodoviário (PAR) representou um novo paradigma nas obras de infraestrutura na região norte devido às ações que contemplaram a variável ambiental. O empreendimento denominado Alça Rodoviário é um sistema constituído de rodovias e pontes, com 66 km de rodovia implantadas e quatro pontes. Estas recobrem os rios Guamá (1.976,80 m), Moju (com 880 m) e Acará (876 m).



E dessa percepção ressalto que algumas áreas de capoeira, em trechos da floresta de várzea, são pequenas extensões desmatadas já pela ação predatória do homem. Percebe-se ainda o predomínio de vegetação secundária ao longo das margens da estrada, esse processo erosivo é influenciado devido a pouca presença de cobertura vegetal, composta por gramíneas e arbustos em algumas partes da área, provocando em determinados trechos da estrada bastante poeira, prejudicando a visibilidade de quem dirige. Existem também áreas que possuem ramais com saídas de caminhões pesados carregados de terra , ou de cascalhos para aterros, muitos utilizados nas áreas degradadas da capital paraense, ou em vicinais que foram se formando ao longo da rodovia por conta da criação de muitas fazendas e empresas com o decorrer dos anos . Outra mudança verificada é o crescente povoamento ao longo da estrada diminuindo a distância entre as comunidades que já haviam na antiga estrada de chão, e as novas que foram se formando. E por todas essas alterações, é notório a mudança climática da via, pois quando passou a ser trafegada no início, ao adentrá-la sentíamos uma baixa na temperatura que se estendia por todo o percurso, o que representava um alívio ao deixarmos o calor que impera na área urbana.



Na tentativa de traçar um paralelo entre a ida e a vinda das localidades acima citadas, enfatizo que ao retornar das mesmas e ao me aproximar da Alça Viária, percebo como se estivesse me aproximando de uma janela , cujo cenário é bem diferente daquele do qual vou me distanciando, já que a velocidade do carro diminui e provoca bastante poeira deixando a vegetação suja para trás, principalmente, neste período de verão. Não sei se é uma janela que vai me trazer alegria e prazer com todas essas mudanças ocorridas, porém, é importante pelo fato de chegar ao chão do asfalto tornando a viagem mais confortável e segura, apesar dos inúmeros perigos que a Alça oferece. 


Texto: Prof. Ribamar Oliveira (Blogueiro)

Revisão: Prof. Flávio Filho (Prof. do SOME)


Um comentário:

  1. Excelente descrição, é isso mesmo, me sentir trafegando por lá. Parabéns pela narrativa.

    ResponderExcluir