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domingo, 17 de janeiro de 2021

Precariedades do Ensino de Arte na Amazônia

 

Em sua Dissertação, que defendeu no mestrado no INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ARTE E HISTÓRIA DA CULTURA, tendo como título Os limites e possibilidades do emprego de multimídias no ensino de arte no Município de Abaetetuba/Pará, ANGELINO GOMES FERREIRA JÚNIOR, São Paulo – SP, 2009, aborda o seguinte:

 

Trabalhando com as disciplinas, Educação artística para o ensino fundamental, Arte 2, para o ensino Médio, neste projeto de ensino modular (SOME), obedecendo, o rodízio de localidades, que cada equipe trabalha, pude observar  as peculiaridades  de cada região por qual passei, onde a comunidade e sua relação com escola apresentavam comportamentos bem diferenciados, no que diz respeito à relação, escola, aluno e professor. O diferencial se apresentava na localidade onde a presença dos pais era atuante, pois através de suas reivindicações diante dos poderes públicos, conseguia estabelecer o mínimo desejável. Em contra partida, em outras, ao chegarmos para ministrar a disciplina, sequer tinham as cadeira para os alunos no local também improvisado. por não suportar na escola, a demanda de alunos. Além da estrutura física deficitária e de recursos tecnológicos inexistentes, há também a evasão de alunos, o não comparecimento dos professores e a sua não permanência na localidade, seja pela não adaptação a este modo de trabalhar em educação, pois em muitos casos abandonam o módulo pelo meio, ou voltam na mesma hora que experimentam a realidade da comunidade e vão trabalhar os dois meses de cada módulo. Em outros casos a sua ausência diz respeito à falta de conduta profissional.

 

 

São várias análises que podemos repensar diante do contexto das práticas educativas do referido Professor do SOME, no município de Abaetetuba. Angelino Júnior enfatiza que as estruturas de funcionamento dessa política pública são precárias, inclusive, em muitas localidades as carteiras que tinham na sala de aula não atendiam o número de alunos matriculados em determinadas turmas. Isso é fato! Durante esse período, a imprensa divulgava em suas manchetes, como alunos “jacarés”. Porém, em outras localidades quando os pais eram atuantes, estes cobravam do poder público, a qualidade de ensino de seus filhos. Sem estrutura física e recursos tecnológicos que pudesse exercitar suas atividades pedagógicas, o Professor tinha dificuldade de trabalhar. Problemas que foram sendo detectados ao longo dos trajetos de sua pesquisa.

 

Além de outros fatores que não contribuem para o bom desempenho de aulas dignas e de qualidades como, a evasão escolar, que pelas dificuldades de sobrevivências, os alunos abandonam as aulas e ficam atrás de fontes de rendas para contribuir com a família. Sem contar os professores omissos com a educação e as suas atividades profissionais, que provocam a precariedade do ensino público nos interiores, através do SOME. Angelino frisa algumas situações em que o profissional não aparece para trabalhar nas localidades de funcionamento do Modular. Situações que ainda existem em algumas Unidades Regionais de Educacionais, no Estado.

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