Total de visualizações de página

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O assassinato do Deputado Estadual do Pará, João Batista, há 33 anos: Relato do Professor Leonardo Pantoja

 


Com as postagens de hoje, no Blog do Riba, sobre o assassinato do Deputado Estadual do Estado do Pará, João Carlos Batista, que aconteceu há 33 anos, o que tudo indica, a mando das oligarquias rurais e urbanas, recebi do Professor de História, da Secretaria Estadual do Pará - SEDUC, Professor Leonardo Pantoja, de São João de Pirabas, que na época, desenvolvia suas atividades pedagógicas, nos rincões deste Estado, fez o seguinte relato, daquele dia: 


                             - Estava em Belém nesse dia fatídico no intervalo de um módulo, já que , trabalhava no Sistema de Organização modular de Ensino - SOME, politica pública da Secretaria, que atende os filhos dos camponeses, quilombolas, indígenas e ribeirinhos. Pela parte da tarde, resolvi dar uma volta no Ver-o-Peso e depois fui assistir a Sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Pará - ALEPA. Lembro como se fosse hoje, assisti e ouvi o Deputado Estadual João Batista fazer diversas denúncias que estavam acontecendo no estado. Interessante e prestei muito atenção, os parlamentares achavam graça, rindo a toa uns para os outros, buscando desqualificar o orador. Feito a denúncia, sair em seguida e voltei para Ver-o-Peso para aproveitar o tempo. Após um bom tempo, resolvi retornar para casa, tomei um ônibus e quando o veículo atingiu a Av. Serzedelo Correa deparou com um grande engarrafamento, todos os presentes ficaram abismados e preocupados com o que estava acontecendo. Depois de algum tempo, o motorista desceu do ônibus e voltou com a notícia de que tinham assassinado um deputado estadual na Gentil. Tomei um espanto por saber que o Deputado Estadual João Batista morava em  conjunto naquela rua. Desci do ônibus e corri até o local. Lá estava, o corpo do Deputado, ainda no seu carro, na entrada do conjunto. O local já estava tomado por amigos, políticos, estudantes, militantes, secundaristas e religiosos, uma multidão. O corpo estava protegido pela polícia civil que aguardava a chegada do Instituto Médico Legal - IML "Renato Chaves" para remover o corpo. Foi uma noite de tristeza para a esquerda paraense. Muito triste. Assassinaram o atuante e corajoso defensor do homem do campo. Não lembro o dia da semana. Quando o corpo foi colocado no carro do IMl, um coro de camaradas cantavam o hino da Internacional Socialista. Foi emocionante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário