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segunda-feira, 28 de março de 2022

Alter do Chão

                                    *AroDinei Gaia   


                      


                                                                                                          

         Do altivo algodão celeste, Ele apreciava a sua obra de arte. Arte que gerou um amor no seio da Amazônia, entre a branca Praia e o verdejante Rio Tapajós.

           Rio, outrora tão límpido como um espelho refletindo o azul do firmamento.

           Rio, que dorme seis meses abraçado com a amada.

           Rio, que a ama tanto que não quer mais misturar-se com mais ninguém.

           E depois esse Rio amoroso a revela, mostrando suas curvas claras e adormecidas no fundo do seu leito.

           No alto da serra, a cruz de Cristo sopra uma ventania de bênçãos para os dois enamorados.

         É indecifrável! É indescritível tanta inspiração! Um deleite para os forâneos que visitam tão brioso chão!

           Ora nativos, ora viajantes, mundiados por tanta beleza da língua branca de areia cristalina, que recita poesia à plateia que a admira como num ritual de hipnotismo.

          O frescor da brisa matutina se acasala com o sol que chega de manhãzinha para iluminar todo esse jardim cultivado pelas mãos do jardineiro do Éden!

           E Ele, lá no firmamento, sorri e sorri!

           De repente, a língua da praia, como num passe de mágica, desenha a imagem do galante boto da Amazônia

           É quando o rio a permiti emergir.

           E... Nós, os mortais? Entramos nessa piscina de água doce e sentimos o massagear de suas mãos e os pés deslizando na delicada areia nos embriagando de prazer, assim como os distintos habitantes, que em cardumes fazem dessa maravilha da natureza sua morada.

           E Ele, o engenheiro criador, observa lá de cima e diz numa voz divina: trabalho concluído com perfeição!

             Isto é Alter do Chão!

           

OBSERVAÇÂO: Esta poesia vai fazer parte do livro Antologia Poética do Professores do SOME. 

Aguardem!


* O autor é escritor, cordelista, poeta, músico e professor do Sistema de Organização Modular de 

Ensino - SOME


Revisão: Flávio Filho (Professor do SOME)


Imagem: Google



2 comentários:

  1. Lugar maravilhoso. Já tive a felicidade de visitar alter do chão. Boas lembranças.
    Excelente texto, parabéns!

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  2. Também já estive nesse pedaço de paraíso, hoje tão ameaçado pela ganância do bicho homem. E por conhecer tão bem esse paraíso,foi prazeroso fazer essa revisão!!! Parabéns, professor Dinei Gaia e você sabe que pode contar com esse seu amigo!!!!❤️

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