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quinta-feira, 31 de julho de 2025

I Encontro do SOME/SOMEI: 45 anos de lutas e resistências levando educação pública ao campo e aos rios

 



PROGRAMAÇÃO 01 | AGOSTO | 2025 


08h00 - Credenciamento * 

09h00 - Abertura – Mística (POVOS TRADICIONAIS) 

09h40 - SINTEPP, CNTE, Indígenas (CITA) e Quilombolas 

10h20 – SOME: “45 anos de luta e resistência levando a educação pública aos campos e aos rios”

 Palestrantes: - Prof. Ribamar Oliveira (Ex-Coordenador do CESOME) - Prof. Gedeão Arapyú - SOMEI 

12h00 - Almoço 

13h30 - Palestra: CEMEP: “As dimensões e impactos no Pará“ - Compilações de fotos (CEMEP ) - Quadro geral do CEMEP no Pará 

Palestrantes: * Prof. Mateus Ferreira - Coord. Geral do Sintepp * Prof. Salomão Hage - ICED – UFPA * Prof. Heleno Araújo - Presidente da CNTE * Prof. Diego Maia - Secretário Adjunto da Seduc * Prof. Valdirene Oliveira - Coord. Ensino Médio - MEC * Dr. Waldir Macieira - Procurador Agrário do MPE * Dr. Rafel - Procurador-Chefe do MPF 

16h00 - Mesa: “Identidade SOME/SOMEI: definição de uma diretriz SOME/SOMEI” 

Palestrantes: * Prof. Thiago Barbosa - Coord. Estadual do SINTEPP * Prof. Diego Arapyú - SOMEI 

17h00 – Mesa: “A importância da União do SOME/SOMEI, Indígenas, Quilombolas e Ribeirinhos na luta pela Educação Pública de qualidade que respeite as especificidades no Estado do Pará”

Palestrantes * Dep. Lívia Duarte - PSOL - Comissão de Educ. ALEPA * Sr. Jota Santos - Associação AMARQUALTA - Comunidade Quilombola do Acará * Prof. Fábio Pinto - Representante SOME * Prof. Patrick Borari - Representante SOMEI * Prof. Vinicio Nascimento - Coord. do Campo e Ribeirinhos 

19h00 – Jantar 21hoo - Programação Cultural - Casa Apoena - R. São Boaventura, 171 - Cidade Velha, Belém 


02 | AGOSTO | 2025 

09h00 – Mesa: “Infraestrutura e condições de trabalho do profissional do SOME” 

Palestrantes * Profª Rainilza Rodrigues - Coord Estadual | Sintepp * Prof. Anderson Dias - SEDUC * Prof. Vanilda Araújo - Representante do SOME * Prof. Marcelo Borari - Representante do SOMEI * Profª Vera Alves - Representante do CEIND 

10h30 – Mesa: “Formação das Escolas Rurais e o SOME/SOMEI” Palestrantes 

 Prof. Haroldo Freitas - CEE * Prof. Igor Ocada - SEDUC 

12h00 - Almoço 

13h30 - Mesa: “Formação dos Conselhos Escolares das Escolas Rurais e o fortalecimento do SOME/SOMEI: a necessidade da urgente efetivação e direcionamento dos recursos para a manutenção do SOME/SOMEI” 

Palestrantes * Prof. Ronaldo Rocha - Coord. Estadual * Prof. Elson Barbaso - Coord. de Educ. do Campo e Ribeirinha * Prof. Kleber Piedade SINTEPP REGIONAIS * Sra. Luciana - SEDUC 

15h30 - Mesa: “A Luta pela manutenção e permanência do SOME/ SOMEI: o papel docente em cada Município e os desafios perante os desmontes da Educação Pública na Amazônia Paraense” 

Palestrantes: * Dr. Walmir Brelaz - Assessor Jurídico do Sintepp * Prof. André Silva - Coord. Estadual Sintepp * Prof. Alex Ruffiel - PROFESSOR SOME * Prof. Estelino Brito - Representante do SOMEI * Prof. Gedeão Arapyú - Representante da Educação Indígena * Prof. Josias Santos - Representante da Educação Quilombola 

16h30 - Mesa: “Saúde Mental do Profissional do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME/SOMEI)” 

Palestrantes * Prof. Aldo Brito - Psicólogo * Brenda Lopes - Psicólogo SEDUC 18h00 - Mesa de Encerramento * Profª Conceição Holanda - Coord. Geral do SINTEPP * Prof. Saulo Ribeiro - Coord. de Sec. Geral do SINTEPP * Prof. Vinicio Nascimento - Coord. de Educ. do Campo e Ribeirinha * Profª Mila Munduruku - Representante do SOMEI * Profº Ronaldo Sateré - Representante do SOMEI * Profª Rafaela Cristina - Coordenadora Regional do Sintepp

18h00 - Mesa de Encerramento 

Profª Conceição Holanda - Coord. Geral do SINTEPP * Prof. Saulo Ribeiro - Coord. de Sec. Geral do SINTEPP * Prof. Vinicio Nascimento - Coord. de Educ. do Campo e Ribeirinha * Profª Mila Munduruku - Representante do SOMEI * Profº Ronaldo Sateré - Representante do SOMEI * Profª Rafaela Cristina - Coordenadora Regional do Sintepp

quarta-feira, 30 de julho de 2025

“Someando nas águas marajoaras”

 

 

           Levando em considerações que percorrer diferentes regiões do Estado do Pará faz parte das atribuições de determinados profissionais que se deslocam geralmente da capital do Estado para municípios e localidades. Percebemos que, no entanto, esta é uma profissão que, em geral, não recebe grande reconhecimento da sociedade em geral. Podemos apresentar a seguir, que serão feitas considerações relacionadas às viagens desempenhadas por profissionais dessa categoria no Pará, que são, em sua maioria, dos educadores do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), política pública gerenciada pela SEDUC/PA, que atende os filhos dos extrativistas, assentamentos, ribeirinhos, quilombolas, pescadores, camponeses, indígenas, ramais, estradas,... Esses educadores atuam durante toda a semana nas localidades em equipe, desenvolvendo tanto atividades pedagógicas em sala de aula quanto projetos de intervenções adaptados à realidade local, seja na comunidade ou na Escola de funcionamento dessa política pública. O SOME tem como objetivo ampliar o acesso dos alunos do ensino médio e do ensino fundamental da rede pública estadual. em colaboração com os municípios.

  

 

          O deslocamento dos educadores do Sistema de Organização Modular de Ensino é realizado por via marítima e terrestre, já que desde 2003 a Seduc deixou de oferecer transporte aéreo devido à centralização das escolas-polo. Isso faz com que educadores ainda enfrentem viagens longas e arriscadas, como a travessia para municípios da ilha do Marajó, onde o uso de embarcações é essencial, especialmente entre julho e dezembro, período de ventos fortes e maresia. Logo, essa situação acarreta riscos significativos para os docentes, tema que será detalhado em seguida.

  

          Vejam aí, durante uma travessia para um município marajoara, o barco atrasou cerca de duas horas devido ao mau tempo, partindo somente quando o comandante considerou seguro.  A travessia foi difícil, com o barco enfrentando tempestades e muita instabilidade, causando preocupação entre os passageiros, especialmente idosos. Apesar das condições perigosas, conseguimos chegar ao destino após oito horas de viagem pela baía. Essas viagens pelas ilhas do Marajó são sempre desafiadoras, especialmente para quem depende delas para trabalhar nas localidades ribeirinhas da região e adjacências.

  

          O retorno não apresentou grandes diferenças em relação à ida; saímos por volta de 1 hora da manhã, aguardando o tempo melhorar, pois as condições estavam ruins e enfrentamos bastante maresia durante o percurso, tinha momento que sentia medo, vinham tantos pensamentos, lembranças, deduzindo que poderia acontecer coisa pior. Com o passar do tempo, nos acostumamos com essa situação, apesar dos riscos conhecidos, e conseguimos manter um certo controle emocional, além de cuidar dos ocupantes da embarcação. Chegamos a Belém do Pará quase às 9 horas da manhã, todos ainda sob tensão, e o descanso foi difícil, já que mesmo com as redes atadas, era complicado dormir devido à preocupação e ao constante balanço da embarcação. Apenas ao chegar ao Porto da Estrada Nova foi possível sentir um alívio e a certeza de que tudo ocorreu bem e fui correndo para os braços dos familiares.


domingo, 27 de julho de 2025

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino, Volume III, em Óbidos.

 



O pesquisador e professor Francisauro Fernandes da Costa, egresso da escola pública com classes multisseriadas e do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, doutorando e mestre em educação (PPGE/UFAM). Graduado em Pedagogia (UFPA) e especialista em educação ambiental e sustentabilidade (PROIMA/NUMA/UFPA) divulgou a coletânea do volume III, da Coleção Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino para os discentes do curso de Pedagogia da UFOPA - Campus Óbidos.




O Pesquisador e professor Francisauro Fernandes da Costa, escreveu o artigo acadêmico Narrativas (auto)biográficas de um egresso do SOME sobre as travessias educativas ribeirinhas em territórios do campo amazônico, texto também importante e interessante para literatura educacional paraense, que para pesquisadora, ex-professora do SOME e professora atuando na UFPA, Campus de Abaetetuba, Mariza Felippe Assunção analisou da seguinte forma: - onde trata das diferentes temporalidades acerca do próprio processo formativo, de um sujeito amazônida-ribeirinho-marajoara-paraense, como se autointitula. Penso que fechar a obra com essa referência é emblemático, uma vez que todos nós docentes do SOME e os discentes também carregam em si, em suas práticas e descendências esse DNA amazônida, que em algum grau nos constitui. 







Com o volume III, a Coleção Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino encerra essas coletâneas que foram e são importantes para pesquisadores, professores e alunos de graduações dos mais variados cursos. Desde o volume I, quando foi publicado no ano de 2020, o incentivo tendo o SOME como objeto de estudos tem crescido significadamente, ampliando sua visibilidade.

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino, Volume III, Divulgação

 




A escritora, mestre e autora Antelmara de Sousa Silva, nascida no município de Belterra, Estado do Pará, egressa da  educação básica em escolas públicas. Mestre em educação pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM, possui graduações em Filosofia e Pedagogia, especializações pela UFOPA e Faculdade Wenscelau Braz, ex-professora do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, pesquisa na áera de política pública, é integrante do grupo de Pesquisa Educação, Estado e Sociedade na Amazônia e Pesquisadora da FAPEAM, esteve na semana que passou divulgando o volume III, da Coleção Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino, no município de Manaus, capital do Estado do Amazonas.




A Pesquisadora e professora Antelmara Silva produziu o artigo acadêmico para coletânea denominado de A Organização do SOME em Santarém - PA, Brasil em que segundo Mariza Felippe Assunção, ex-professora do SOME e atualmente docente da Universidade Federal do Pará - UFPA, que fez a Apresentação da obra, diz o seguinte: - (...) busca na filosofia, mais precisamente com o apoio da dialética, estabelecer o debate sobre as estruturas organizacionais da educação do município vinculadas as dinâmicas de poder, referendando todos os elementos que constituem o SOME na sua atualidade.  






O volume III, da Coleção Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, é um livro fundamental para literatura da educação paraense que trata de uma das mais importantes políticas públicas da Amazônia e que completou este ano 45 anos atendendo os filhos dos quilombolas, indígenas, ribeirinhos, assentamentos, estradas, entre outras categorias, oportunizando a universalização do ensino fundamental e ensino médio nos interiores do Estado do Pará.