Como inicia a última semana de
férias do ano, para os trabalhadores em educação do Estado do Pará, precisamos
levar em consideração alguns aspectos sobre uma das modalidades de ensino
praticada no interior.
Na próxima semana inicia mais um
módulo ou continua o segundo, considerando que essa reflexão sirva como ponto
de referência para os trabalhadores lotados no SOME e sua organização política
diante da conjuntura que irão enfrentar a partir do semestre vindouro. Com
vinte anos governando o Estado, os tucanos, no momento representado pelo
Governador, não tem a preocupação pedagógica com a educação, notamos isso nos
levantamentos dos dados das principais instituições e entidades que pesquisam
educação no país, quando os índices desses dados ficam em baixa, em se tratando
de Estado do Pará. A grande preocupação que temos é com as diversas ameaças de
terminar ou minimizar o SOME, já que o discurso do governo é ampliar o ensino médio
regular. Sabemos que com a implantação do ensino regular em várias localidades
do Estado não resolveria a precariedade da educação pública do Estado em que se
encontra. Em muitos municípios faltam educadores de várias disciplinas,
portanto, o maior prejudicado continuaria sendo o alunado.
Quando não há investimento na
educação, alguns elementos tendem a se deteriorar, daí a falta de professores
em algumas disciplinas, principalmente de física, química e filosofia. Um outro elemento fundamental para educação, é
o aluno, que é a principal peça do sistema. Quando o aluno se ver sem incentivo
e motivação, procura outros meios de sobrevivência, fazendo com que muitos
abandonem a Escola para contribuir na renda familiar. Essas desistências prejudicarão o futuro da
sociedade.
Ao longo desses 36 anos de SOME,
essa modalidade de ensino sempre serviu como discurso e moeda de troca para
eleger deputados, prefeitos e vereadores. O que temos hoje? Alguns desses
políticos estão procurando sair e tirar suas responsabilidades, principalmente
a prefeitura dos municípios, onde funciona o Módulo, alegando que o ensino
médio é de responsabilidade do Estado, enquanto o fundamental menor e maior
fica o município. Isso faz com que o convênio do Estado com o município fique
só na boca. Enquanto isso, o professor
que se desloca para trabalhar pelo SOME, em muitas localidades fiquem nas
expectativas se tem local para residirem e em outras localidades, nem casa tem.
Situação séria na educação
modular do Estado, essas meditações precisam ser debatidas, articuladas, organizadas
pela categoria, para que não aconteça como foi em 2003. Só a categoria unida,
poderá reverter esse discurso do governo tucano de minimizar ou exterminar o
maior projeto de inclusão social da Amazônia.
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