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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Desmonte da Escola Pública na Amazônia







Uma das maiores políticas públicas de inclusão social da Amazônia, O Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, que no próximo 15 de abril, completará 40 anos de existência no Estado do Pará, atendendo no Ensino Médio os filhos de trabalhadores rurais, quilombolas, indígenas e ribeirinhos e gerenciado pela Secretaria Estadual de Educação - SEDUC, sofre o desmonte quanto a forma de gerenciar de alguns gestores ou assessores que assumiram coordenações nas Unidades Reginais de Educação - URES ou coordenações em alguns municípios, prejudicando a estrutura e funcionamento dessa importante política pública  para educação do campo.


Tem-se que entender que a luta da categoria dos educadores do campo, especificamente do SOME, pela sua manutenção tem sido de resistência constante ao longo desses anos. Mesmo funcionando em sistema diferente das outras modalidades, já que os educadores se deslocam de suas residências pra as localidades onde desenvolvem suas práticas educativas, a categoria se mantem organizada em defesa de um SOME digno e de qualidade.


O contexto educacional do mundo rural sofre transformações recentes e o SOME se adequando conforme sua realidade, já que pela dimensão territorial do Estado, tem necessidades de ampliação de mais localidades com o ensino médio.  Ressalte-se que a categoria tem um papel importante nesse processo,  mesmo com todas as adversidades enfrentadas. 


Portanto.  gerenciar um  setor público requer diálogo e intermediação com conversas precisas e aceitação, inclusive das propostas divergentes. Esse é o melhor caminho para uma boa gestão pública e não como está acontecendo, como foi postado nas redes sociais, o caso da 3ªa URE, de Abaetetuba, conforme Comunicado do Professores para as comunidades de funcionamento do SOME. O movimento continua em ação em prol da educação. 


Logo Evandro Ghedin, no Livro Educação do Campo, da Editora Cortez, escreve "O pensar que nos distancia do mundo é o mesmo que nos possibilita compreendê-lo. A possibilidade de pensar é condição para a construção e a constituição da significação do mundo. Pensamos que o grande desafio e tarefa da Educação, nesse momento, ´é educar para o pensamento, pela filosofia da práxis crítica e consequentemente, para solidariedade, para democracia, para a cidadania, para a tolerância, para o reconhecimento do diferente, para o respeito às formas de manifestação cultural, para a paz. (...). Vamos refletir, gente! 







COMUNICADO às Comunidades Ribeirinhas do município de Abaetetuba que são atendidas pelo SOME-Sistema Modular de Ensino.



O início do 3° módulo de 2019 estava previsto, de acordo com o calendário enviado pela Seduc, para o dia 02 de Setembro, porém, por decisões arbitrárias vindas da 3° URE Abaetetuba, na pessoa da Sra. Alessandra Dias, não foi possível o deslocamento às localidades por equipes. A senhora citada nem foi apresentada oficialmente aos professores que compõem o quadro efetivo do SOME Abaetetuba, no entanto, sabe-se que ela responde (informalmente) pelo SOME-Abaetetuba dentro da jurisdição regional. As equipes foram alteradas em seus circuitos e suas respectivas lotações, que estão com graves erros, nos memorandos de apresentação que foram entregues aos professores, e até mesmo no sistema de lotação no Site da SEDUC. Com todas essas mudanças, bruscas e sem explicações plausíveis e justificáveis, tornou-se problemático o deslocamento, pois a URE não reuniu em nenhum momento com professores, não levou em consideração a lotação que já havia sido feita no início do ano letivo, desrespeitando todo o planejamento que o Sistema Modular necessita para que possa ser executado nas ilhas e estrada de nosso município durante o ano letivo, pois requer logísticas específicas para o funcionamento em cada escola atendida pelo SOME. Para tentar resolver toda essa problemática, os professores deslocaram-se ao prédio da Seduc em Belém na última terça-feira, os quais foram recebidos pela Secretária de Educação, Leila Freire, que afirmou não ter feito nenhuma orientação para esta URE em relação às mudanças de lotação, e que enviará a Coordenadora Estadual do SOME para uma Reunião na segunda-feira feira, em que espera-se, traga uma solução.



A principal reivindicação é a manutenção da lotação feita no início do ano, e entregue à Seduc. Hoje, 07 de Setembro, indignados com as decisões tomadas por Alessandra Dias, um grande número de professores e alunos do Sistema Modular de Ensino estiveram na avenida para pedir sua saída e dizer NÃO À AÇÃO ARBITRÁRIA QUE TEVE CONTRA A CATEGORIA. E ainda, denuncia-se aqui o assédio moral que está sendo feito aos mais de 100 professores do SOME-Abaetetuba.












Um comentário:

  1. O SOME é um projeto que tem grande relevância e referência para as comunidades do interior do Estado.As pessoas assumem um cargo público e não procuram dialogar e crias estas situações.

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