*Yêda Caldeira
Professoras Desbravadoras do SOME Maria das Dores Reis e Yêda
Caldeira sempre na luta por uma educação digna e de qualidade
Com tantos desafios existentes na
sociedade, a educação alimentando sonhos e alguns ainda muito distantes desta
realidade opressora que insiste, através de seus mandatários, em desrespeitar
cada vez mais a importância do conhecimento, da ciência, do saber… Entretanto,
o papel do educador não perde sua relevância para os que acreditam, sonham e
lutam por uma sociedade mais justa e pela emancipação humana que a educação
pode conduzir.
É com este teor libertário
simbolizado pela resistência e desafios em vários contextos vivenciados por
profissionais da educação que o Sistema de Organização Modular de Ensino atua
há quarenta anos aproximando dos sujeitos o conhecimento e sua conexão com o
todo.
O SOME, projeto que fez avançar significadamente
a história da educação no Estado do Pará, propiciou a continuidade nos estudos
em localidades em que era extremamente difícil, às vezes, impossível.
O SOME tendo como prática pedagógica
a educação inclusiva pôs vivência e experiência para andarem juntas, traçando
caminhos a uma democratização educacional ímpar no gigantesco Estado do Pará.
Neste projeto o deserto transforma-se em povoados com a ligação entre Educação
e Cidadania e o foco no sucesso dos aprendizes nos levava a conhecer suas
necessidades e anseios, e a partir de então ir em busca de otimizar os
resultados.
Com toda certeza o SOME representa o
maior, mais lindo e eficaz projeto educacional no qual muitos professores
honradamente atuaram e outros continuam atuando no Estado do Pará. Estruturado
em módulos, como processo desafiador das práticas excludentes, o SOME inaugurou
há 40 anos pelos interiores do Pará uma educação ativa e significativa, com
educadores destemidos em assumir riscos ao inovar as práticas pedagógicas, com
respeito e responsabilidade referentes às diversidades (regionais, culturais,
religiosas, pessoais, etc).
Quem sabe, ao ler o texto alguém pode
questionar o porquê de tanta homenagem a este projeto. Acredite: há tantas
respostas, talvez por roteirizar a vida dos atores como iguais, espelhando
questões de saúde, segurança, amor, emprego, educação em sentido bem amplo
dentre outros aspectos que auxiliam na dinâmica do exercício de refletir prática
de direitos e deveres.
Importante ressaltar que a intenção
aqui não é jogar confetes em nenhuma ação governamental, uma vez que o Estado
nunca deixou de ser entrave e a resistência sempre exercendo sua atuação.
Versar sobre o SOME não é
simplesmente mensurar prós e contras. Ao longo de sua história existem
elementos de trabalho coletivo. São 40 anos não só de flores, mas sem deserto,
o SOME é habitado, é povoado por seres que pensam, pesquisam, compartilham,
amam, informam, perguntam… é a abrangência do conhecimento em diferentes pontos
de vista.
* Professora Yêda Caldeira se dedicou muitos anos de sua vida profissional ao SOME.
Some:Ferramenta libertária da Educação !
ResponderExcluirObrigada, Ribamar.