Com mobilizações em frente a Casa do Governador, com o fechamento da Rodovia Alça Viária, no Km 19 e na Sede do município de Monte Alegre, professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, pais de alun@s, comunidades escolares, Sindicato do Professores - SINTEPP, Movimentos Sociais e Populares protestaram contra possibilidade do Governo Estadual do Pará trocar o ensino presencial através dos professores do SOME pelas TVs.
Nas intervenções das lideranças no carro som nos três atos, deixaram claro, a reivindicação da manutenção do SOME, politica pública que atende através do ensino médio as comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas, assentamentos, vicinais e estradas que atende presencialmente todos os alun@s matriculados nos 86 municípios e 469 localidades.
Pela parte da tarde os professores e sindicato conseguiram uma reunião com representantes do governo e com deputados estaduais, na Assembleia Legislativa - ALEPA, onde debateram as principais demandas do Sistema Modular e com resposta propositiva para as matrículas para o ano 2025.
O Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, se encontra estruturado e em funcionamento desde 1980, portanto tem 44 anos de atividades pedagógicas no Estado do Pará. Em primeiro momento, foi um projeto educacional e em 2014 torna-se uma política pública. Em 2025, no dia 15 de abril, estará completando 45 anos de práticas educativas nos rincões no chão das escolas da Amazônia paraense.
Mais uma vez as oligarquias paraenses, neste caso comandada pela familia Barbalho, que comandam o poder político por várias décadas no Estado do Pará, na Amazônia paraense, provocam um colapso na educação do campo com as orientações para migrações dos alun@s do 9º ano para o Centro de Mídias da Educação Paraense - CEMEP, programa que o governador Helder Barbalhp e o Secretário Rossiele Soares tentam impor para os municípios e localidades de funcionamento de uma das maiores políticas públicas de inclusões educacionais do Estado, através do SOME.
Com a situação veiculadas pelas DRs em todo o Estado, os professores, alunos, pais de alun@s, movimentos sociais e populares; assim como, a sociedade em geral ficam apreensivos e preocupados com que possam acontecer no 2025 em diante, já que tiraria os professores de forma presencial e ficaria a educação à distância. Então dessa forma, temos algumas considerações para serem analisadas, entre elas, seria a seguinte pergunta, por que não utilizam os meios tecnológicos e de comunicações para servirem de suportes para os professores do SOME?
Outro aspecto que podemos levar em consideração é a utilização da internet, como implantar um programa que tira a presença do professor ou professora e impõe um programa sem as mínimas condições de funcionamento, esses burocratas de gabinetes e ar condicionados não conhecem 1/3 da educação que gerenciam. Ressaltando também, que o CEMEP funciona apenas com estúdio em Belém e através de monitores ou Tvs os alun@s poderão ter aulas.
Com isso, o colapso na educação do campo paraense é um problema que precisa ser resolvida.
O Blogueiro que trabalhou por 30 anos no SOME, esteve presente no Ato da Almirante Barroso.
“Movimento Unificado Fora CEMEP”
#Aula pela televisão, aqui não!
Só a Luta muda a Vida!
Estudantes, pais e professores do Sistema Modular de Ensino, junto com entidades, como o SINTEPP e o Fórum Paraense de Educação do Campo, das Águas e das Florestas, impediram pela segunda vez, que o Governo do Estado e a SEDUC avançassem com o seu projeto de implementação do Ensino Médio por mediação tecnológica no Estado do Pará, substituindo os professores e professoras pela televisão.
Após manifestações simultâneas em diversos pontos de Belém e de vários municípios paraenses, incluindo uma manifestação em frente ao Palácio dos Despachos, na Avenida Almirante Barroso; em frente à Secretaria de Educação, na Augusto Montenegro; e na Alça Viária, o governo foi obrigado a receber a comunidade. Primeiro, o Ouvidor Geral do Estado, Luiz Reimão, recebeu os representantes no Palácio dos Despachos. Mais tarde, o Chefe da Casa Civil, Luiziel Guedes, recebeu os manifestantes junto com parlamentares na Assembleia Legislativa.
Na reunião, o Chefe da Casa Civil informou que o Governo não vai mais dar sequência a essa política e que a informação de que as matrículas para 2025 estariam suspensas foi um “mal entendido”. Ele confirmou que as matrículas nas escolas de ensino Médio e no SOME vão acontecer e que o governo inclusive está estudando a implantação de mais turmas presenciais nas comunidades que tenham mais de sete turmas de ensino médio sendo ofertadas pelo SOME ou outra forma de organização alternativa de ensino.
A mobilização foi vitoriosa! O Movimento Unificado Fora CEMEP, com a participação dos professores, estudantes, pais e mães de alunos do SOME junto com o SINTEP, a CUT Pará e o Fórum Paraense e Regionais de Educação do Campo proporcionou esse grande e poderoso ato político por todo o Pará, fazendo com que o governo do Estado voltasse atrás e recuasse de suas decisões arbitrárias tomadas até agora.
Não é possível a continuidade de uma gestão na SEDUC que não dialoga com as universidades públicas e com a comunidade educacional paraense, aliada a um Conselho Estadual de Educação que se omite diante de tantas mazelas que enfrentamos na atualidade, com essas tentativas de privatização da Educação Pública no Estado do Pará.
É preciso continuar a nossa luta, contra o fechamento das escolas nas pequenas comunidades do campo, indígenas e quilombolas; é preciso realizar o concurso público para que os professores e professores do Estado possam ter estabilidade na docência e deixem de ser vulneráveis as forças do poder local; é preciso universalizar a educação pública, diferenciada e presencial nos territórios dos povos campo, das águas e das florestas; é preciso que esses povos tenham assento com poder de decisão nos conselhos municipais e estadual de Educação.
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação Escolar Quilombola. Direito Nosso. Dever do Estado
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