Há 20 anos nossa intima relação ao
município de Vigia tornou-se muito forte quando adquirimos um terreno na
localidade de Cumaru, pertencente a este município, mesmo sem conhecê-lo.
Nessa forte relação não poderíamos deixar de expressar nossa vinculação com o município que hoje completa 409 anos de fundação, data histórica e fundamental para o município. As comunidades e sede estão alegres e felizes com as comemorações do município que tem uma Igreja de Pedra, um marco artístico importante e marcante para a população vigilenga. Na Vila de Cumaru, distante 24 Km da sede, as comemorações começaram cedo com a banda do Projeto Jovens Talentos, com uma singela homenagem nas ruas da comunidade. Estamos felizes por essa justa homenagem a este querido município.
O município de Vigia de Nazaré,
histórico por natureza é importante destaque na produção de pescado, em
especial, da gurijuba, que por sinal,
adoramos. Não podemos negar que alguns estudiosos sobre a Amazônia abordam a
história hegemônica europeia como responsável pelo surgimento da modernidade
ocidental; porém, outros autores consideram a escravidão como sistema de
produção, principalmente, durante a fase mercantilista, se levarmos em
consideração este cenário de fundação da Vigia e depois Belém.
Sua história se confunde com a
história da capital do Estado,
porém, com uma consideração que
seis dias antes da fundação de Belém, Francisco Caldeira Castelo Branco passou
por essa região em que os povos originários estabelecidos naqueles momentos
denominados de Tupinambás já residindo
através da Aldeia Uruitá, que segundo os antropólogos e historiadores significa
no tronco tupi-guarani de “cesto de pedras”, tudo sob o controle e domínio de
uma das principais instituições europeias que vieram “catequizar” essas bandas
através da congregação das missões da Companhia de Jesus, juntamente com as
forças militares. Vale destacar, que mesmo antes da chegada dos portugueses na
América, esse território teve a visita de outros povos que alguns desejaram
fixar por aqui, como os holandeses, espanhóis, franceses e ingleses que
entraram em contato direto com os povos originários. Portanto, as novas áreas
ocupadas pelas metrópoles europeias já eram do conhecimento dos portugueses,
que enviam sob o comando da esquadra Pedro Cabral para conquistar as terras
independentemente de quem estivessem
ocupando, inclusive, os povos nativos.
Ressaltando um dos pesquisadores da
Vigia, o antropólogo e professor da Universidade Federal do Pará, Heraldo
Maués, no livro Padres, Pajés, Santos e Festas, diz o seguinte: - Em 1534,
habitava no lugar onde existe a cidade de Vigia uma tribo de índios Tupinambás,
composta de duzentas e tantas pessoas. Era um tuxaua ou governador o velho
Tauaparanaçu. A aldeia onde moravam davam o nome de Uruitá (...). Em 1540,
morre Tauaparanaçu, deixando três filhos, Araranaçu, Taquari e Suaçurana. Estes
passaram a habitar o terreno fronteiriço ao povoado entrando pelo rio que vai
até a Baia do Sol, da parte direita, até tocar no que hoje se denomina
Trimibenaçu. (...)
Como região estratégica para o
Estado europeu e para os colonizadores, foi transformado em posto de
fiscalização de Vigia, contribuindo para o projeto burguês metropolitano
europeu.
Parabenizamos tod@s pela data
especial e que Vigia de Nazaré continue forte em sua produção econômica para
atender sua população e o mundo!
Fátima Oliveira/Ribamar Oliveira
Moradores de Cumaru, Vigia de Nazaré
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