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sábado, 3 de dezembro de 2011

Divisão do Estado do Pará


A oito dias para a realização do plebiscito que deverá consultar a sociedade paraense sobre o surgimento ou criação de novos estados, que irão ser incorporados, caso sejam aprovados,  pelo nosso país, que são em número de dois, sendo Tapajós e Carajás. A semana que passou saíram alguns dados em que mais de 61% rejeitam a divisão, segundo o Instituto de Pesquisa Datafolha, onde demonstrou a intenção dos votos dos paraenses; portanto, a maioria dos paraenses que tem direito ao voto são contrários a separação, que é o sonho de alguns atores que se estabelecem na terra do papa chibé e agora acham que tem o direito de pedir a divisão. Interessante, é que essa divisão, por interesses econômicos e políticos,  entre as elites regionais está contribuindo para fomentar a discussão e o debate na população de uma processo fundamental, estimulando, inclusive nas escolas públicas a importância do plebiscito. Acredito, já que mexe com a geografia do Brasil, o correto seria o plebiscito nacional.


A favor da criação dos novos estados, apenas 31%  de eleitores  e 7% continuam indecisos, deduz-se que a vitória do Não é quase certa, digo isso, porque em política, como dizia uma velho amigo no início da década de 80 na universidade, Hélio Pimentel: - "nunca vi foi boi voar, mas em política, tudo é possível, já que é uma arte".


Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - Idesp, indicam que os novos estados já nasceriam deficitários, no caso do estado do Tapajós teria já um déficit de R$ 964 milhões; enquanto o Tapajós teria um déficit de R$ 1,9 milhões, portanto sendo o maior o saldo negativo. E pergunto: Quem pagaria essa despesa ? - A População, nós.


Outro aspecto que gostaria de manifestar é quanto os interesses econômicos e políticos. Sabemos, que os grupos que lideram o Não e o Sim, praticamente, tem investimentos  tanto no oeste, quanto no sul ou sudeste do estado; assim como, aqui na capital. Contextualizando um pouco da História econômica da Amazônia, sabemos , também da abertura ao grande capital, na década de 70, 80 e 90, que também possui vários investimentos em todo canto da nossa região. Em um primeiro momento, chegam com a "pata do boi", depois a mineração e hoje aplicam em várias atividades, como soja, imóveis e terras improdutivas visando, apenas especulação. E lá vai nosso povo votar....... E o meu voto é Não,  penso que para resolver os aspectos críticos do estado, está faltando, realmente, uma organização política da população e que seja guerreira, em vez de valorizar os representantes das oligarquias e interesses pessoais.      

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