Nesta semana, a Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) da Mulher do Congresso Nacional fez diligências e
audiência pública no Pará, onde teve como objetivo a investigação sobre a
violência contra a mulher.
As integrantes da Comissão
Parlamentar realizaram diligências em órgãos de atendimento à mulher em
situação de violência em Belém, de reunião com o movimento de mulheres do
Estado; além de gestores públicos, representantes do Judiciário, Ministério
Público, Defensoria Pública, movimentos sociais e sociedade civil organizada.
A CPMI é presidida pela deputada
federal Jô Moraes (PCdoB-MG), tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES)
e na vice-presidência, a deputada Keiko Ota (PSB-SP).
Segundo dados da CPMI Mulher a Violência
no Pará, o nosso estado é considerado “o 4º estado do País em assassinatos de
mulheres, com taxa de homicídios de 6,1 assassinatos para grupo de 100 mil
mulheres, acima da média nacional, que é de 4,6. O primeiro colocado é o estado
do Espírito Santo (9,8), o segundo Alagoas (8,3) e o Paraná aparece na terceira
colocação (6,4)”.
E continua os números, no Pará:”
Paragominas é a cidade onde mais se mata mulheres no Estado e no Brasil. O
município ocupa a primeira colocação entre as 100 cidades mais violentas do
País onde vivem mais de 26 mil mulheres. A taxa de homicídios de mulheres em
Paragominas é de 24,7.
Outras seis cidades paraenses
aparecem na lista das 100 mais violentas para as mulheres. São elas: Ananindeua
(19,6), ocupando a 9º colocação; Tucurui (taxa de 18,5%) e 11ª colocação;
Redenção (16,1), no 15º lugar, seguidos de São Feliz do Xingu (11,7) e 40º
lugar; Novo Repartimento (10,2), na 64ª colocação e Barcarena (10,1), no 65º
lugar.
Em Belém, a taxa é de 4,9
assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Número muito acima da média
nacional, que é 4,6. “A cidade é a 21ª entre as capitais do País”.
Os dados coletados são do Mapa da
Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça. O
relatório completo do Mapa da Violência atualizado em 2012 pode ser acessado no
site www.mapadaviolencia.org.br.
Dados da Organização das Nações
Unidas (ONU) apontam que a violência doméstica é a principal causa de lesões em
mulheres de 15 a44 anos no mundo.
Segundo a relatora da CPMI,
senadora Ana Rita: “o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. El
Salvador com taxa de 10,3, Trinidad e Tobago e a Guatemala, ambos com taxa de
7,9 aparecem nas posições seguintes. As armas de fogo e os objetos cortantes
são os principais os são os mais usados para os assassinatos”.
“Nos últimos 30 anos foram
assassinadas mais de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década”, afirma Ana
Rita. “O lar, doce lar não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro
de casa e são praticados pelos cônjuges”, diz a senadora.
Fonte: marchamulheres@sof.org.br
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