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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Qual a importância da continuação do SOME nas comunidades e não o SEI



                                                           
  
O Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, foi uma política pública em educação, criado em 1980 pela Fundação Educacional do Estado do Pará – FEP, através de circuitos, totalizando naquele momento 04 municípios, que foram Igarapé-Açu, Nova Timboteua, Igarapé-Miri e Curuçá. Em 1982, foi homologado através da Resolução Nº 161/82, de 03.11.1982, passando para a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC e aprovado em 18 de abril de 1991 pelo Conselho Estadual de Educação, através da Resolução Nº 135, vigorando a partir deste momento. Em 29 de abril de 2014, através da Lei Nº 7.806, que regulamenta o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, como Política Pública Educacional do Estado, estabelecendo normas gerais para sua adequada estrutura e funcionamento.


O SOME FICA


A importância do SOME nas comunidades, caracteriza pela democratização as oportunidades aos alunos da zona rural matriculados tendo como principal objetivo, proporcionar a garantia da permanência do mesmo em sua localidade de origem, logo, evitando seu deslocamento para os grandes centros onde possua o ensino regular. A dimensão territorial do Estado do Pará, possibilita essa dinâmica e estrutura de funcionamento através de módulos desenvolvidos em 50 dias, para atender o desenvolvimento de conteúdos programáticos e aplicação das duas avaliações, seguido de recuperação. Ao final das atividades, através das diversas disciplinas, com professores qualificados, em avaliação constante dos resultados das várias atividades pedagógicas aplicadas pelos profissionais. O ano letivo é de 200 dias divididos em 04 módulos, funcionando simultaneamente em quatro localidades, que constituem um circuito, através do rodízio dos professores, com bloco de disciplinas que durante o ano são dados em quatro localidades, tendo a Grade Curricular em vigor, sendo utilizado rigidamente. O calendário é específico para o uso SOME.



O SOME é presencial. Os professores dos SOME possuem uma qualificação profissional, observando que as maiorias possuem experiência no magistério e percebemos que, também, a maioria antes de ingressarem no Módulo, já tinham atuados em escolas de grande porte dos centros urbanos. Desde sua criação, um dos pré-requisitos para seu ingresso no Sistema, teria que ter a Licenciatura Plena e experiência em sala de aula. A presença dos professores das disciplinas em sala de aula é fundamental para o desenvolvimento e construção de uma educação digna e de qualidade. Os professores presentes em sala de aula, como acontece atualmente, no SOME, utilizam todas as criatividades e metodologias possíveis para proporcionar possibilidades de conhecimentos para os alunos dos interiores, onde funciona o Sistema, ressalto, também, que a maioria dos professores utilizam parte de sua Carga Horária para desenvolver e aplicar os projetos de intervenções que são construídos nas comunidades escolar ou na comunidade em geral. Daí ter o SOME, sua marca, através das Feiras Culturais, Feiras de Ciências, Semana de História, jogos estudantis, seminários, palestras, filmes, vídeos, livros das localidades, produções de textos, Semana de Lendas e Mitos da Amazônia entre outras atividades pedagógicas. Muitos desses projetos são paralelos ao conteúdo programático ou complementar, facilitando a aprendizagem do discente. Quando cada professor com sua disciplina atuante e presencial, como no SOME, a educação avança em termos de qualidade, já que temos profissionais qualificados e comprometidos, muitas dessas atividades produzidas nas comunidades são realizadas através do relacionamento e entrosamento dos professores que muitos convivem na mesma residência e com a comunidade. Sem a presença do professor para direcionar as atividades pedagógicas, a educação ficará precária, como pretende o SEI, tendo como o centro, o Estúdio, em Belém.



FORA SEI



No Sistema de Organização Modular de Ensino (Some), o aluno participa de aulas presenciais, onde os professores se deslocam da cidade, para as localidades,  com quatro módulos efetuados em cinquenta dias para o desenvolvimento do conteúdo programático, aplicação de avaliações, recuperação paralela, além dos professores se dedicarem exclusivamente para os estudantes, diferente do Sistema de Ensino Interativo (SEI) que é um programa, muito parecido, como estudo à distância, onde as aulas são oferecidas a distância por meio de vídeos, tendo como sede a capital do Estado. Isto significa que o aluno não precisa ir até um polo de apoio presencial para assistir as aulas, mas precisará ir até o polo para realizar suas provas que precisam ser presenciais, logo o aluno estudará sozinho, retirando do seu cotidiano escolar.



Torna-se inviável quanto sua estrutura para a implantação do SEI nos interiores, onde grandes partes não possuem sequer energia elétrica, além, da falta de segurança para receber os diversos equipamentos, como, tvs, antenas, e demais equipamentos necessários ao funcionamento do projeto. Logo o aluno não terá aquele entrosamento e relação com os colegas, se isolando gradativamente, diferente do SOME, onde a Escola é o espaço de concentração de estudo, alegria e lazer.



                                           

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