Data que serve como reflexão na história do Brasil, que marca
um dos momentos mais tristes da sociedade brasileira, entre 31 de marco e 1º de
abril de 1964, sob a liderança de alguns seguimentos que contribuíram para o
golpe civil-militar que provocou a cassação de direitos individuais, coletivos
e políticos.
O golpe civil-militar destituiu o Presidente João Goular, instaurando
a Ditadura militar no Brasil que completou, ontem, 55 anos. Essa fase caracterizou
pela censura aos meios de comunicações, tortura, morte e perda de liberdades
civis e democráticas. Além de ressaltar que alguns estudos indicam e comprovam
através das pesquisas e relatos que etnias indígenas foram dizimadas durante os
governos que estiveram sob o domínio dos militares, além de perseguição a
oposição, prender, exílio e matar muitos civis.
Aqui, no Brasil, com a decisão do governo de extrema direita de
Jair Bolsonaro, de tomar medidas de retrocessos, como a determinação de forma
irresponsável e absurda através do Ministério da Defesa que as Forças Armadas para que comemorassem
a data alusiva da ditadura.
Diante da provocação do governo em comemorar 31 de março, estimulou
diversos grupos contrários irem para ruas em todo o país, já que é um ataque à
democracia e a liberdade. Com cartazes,
faixas, flores e velas parte significativa da sociedade estiveram participando
dos atos, como nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre
entre outras.
Para se ter ideia, segundo relatório do Brasil: Nunca mais, o
regime militar que governou o país de 1964-1985 deixou: Entre os anos de 1964 e
1979, 10 mil brasileiros foram para o exílio por motivos políticos; 707
processos políticos foram abertos pelos órgãos de repressão, que implicaram
7.367 detidos, sendo 1.918 deles afirmaram ter sofrido torturas durante o período;
4.682 civis foram perseguidos ou demitidos do serviço público; 595 políticos
eleitos tiveram seus direitos políticos cassados; 1.805 militares foram
colocados à margem ou destituídos de seus postos de serviços; 144 cidadãos
foram brutalmente mortos, vitimam de torturas e 152 cidadãos brasileiros estão
desaparecidos.
Era isso que Bolsonaro queria comemorar? Enquanto cidadãos conscientes, coerentes e
humanos precisaram fazer resistência à ditadura militar que é necessário ser um
instrumento de luta para o fortalecimento do regime democrático. A memória
continua viva.
Muito boa sua reflexão, professor Ribamar
ResponderExcluir