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domingo, 14 de abril de 2019

O SOME DE MUITAS CARAS E LUTAS.







                                                                  *Elaine Cristina Silva Carvalho






            Com a frase de Malala Yousafzai, iniciamos uma breve viagem de lutas e desafios enfrentados pelos “caixeiros viajantes da educação” no Pará em seus 39 anos de existência e resistência.







 “Quem nunca almejou entrar no Modular?”. Essa foi a pergunta que mudou meus caminhos e perspectivas, afinal era o ano de 2002 e eu apenas uma Biológa recém - formada. E lá fomos nós (eu, a ansiedade e o medo do desconhecido) rumo a cidade de Aveiro, levando na mala “perspectivas”.







 E foi no barco, em meio às boas vindas dos colegas professores que comecei a conhecer a história do Modular. Na época, ainda um projeto que vivia diante de um cenário de lutas pela garantia do simples fato de existir e continuar ofertando oportunidades a muitos, que viam na figura de cada professor a sua esperança de mudança de vida, mas que tinham pela frente o desafio de transpor as adversidades geográficas e estruturais.






E o SOME começou a ganhar cara e vozes, caras de professores que iam a luta para garantir direitos usurpados, que se mostravam guerreiros determinados a seguir em frente, sem mesmo saber o que os esperava mais adiante...e seguiam lutando contra governo e governantes...contra medidas arbitrarias...E as vozes? Foram gritos e clamores... discursos e promessas.. e eis que ainda estamos aqui resistindo, mas com uma grande diferença, o que em 1982 era apenas o projeto do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME passou a ser legalmente reconhecido como Política Pública Educacional do Estado do Pará, conforme a Lei n° 7.806 de 29/04/2014, fato que fortaleceu a luta do Sindicato - SINTEPP, das organizações comunitárias, pais e alunos dos campos, rios, aldeias, quilombos e florestas paraense.







A luta acabou? Não, pois o bom guerreiro sempre fica em alerta..e seu grito ecoa ...afinal são 39 anos com cara e vozes de Ribamar, Arleia, Iraldo, Thiago, Vinício, Fada, Hitacy, Gleice, Rainilza, Eládio, Silvia, Kleber, Elaíne, Cecilia, Rosivana, Nery, Uber, Iris, Célia, Ellen, José, Danni, Nay, Ciria, Márcia, Rosivaldo, Renilza, Carlos, Cristiano, Terezinha, Eliana, Silvino, Eudes, Solânia, Dianei, Roselle, Salles, Patrick, Brígida (in memoriam), Ivan, Erica, Feliciano,  enfim um exército de guerreiros representados por Marias e Josés diferentes...mas todos pelo SOME e por “EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE”... sigamos lutando.!!





Parabéns a cada um que construiu e constrói a história de lutas do Some em cada município, aldeia, quilombo, comunidades de rios e florestas nessa trajetória de seus 39 anos.
















[i] Elaine Cristina Silva Carvalho, professora de Biologia e Química do SOME desde 2002, Licenciada Plena em Ciências Biológicas pela UFPA e Pós Graduada em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pela Faculdade Única.


Fontes: SOME - O  Gigante do Norte e suas Conquistas
             
             SOME  -  Abaetetuba

             Modular Notícias

             Blog do Riba

           

Um comentário:

  1. É gratificante ouvir depoimentos de profissionais comprometidos com a educação de qualidade.Penso que o SOME,promove essa qualidade porque o sistema permite ao professor o tempo disponível p organizar suas aulas e o material de mídias tão necessário nesses dias atuais.E ainda,a qualificação continuada tambem é um fator importante pois, da relação ensino aprendizagem temos como resultado positivo a significativa aprovação dos vestibulandos.Parabéns Professores ,alunos e comunidades q fazem história no SOME.

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