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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Juruti: Seus cantos, encantos, tradições e rituais.





No ano de 2001, desenvolvi minhas práticas educativas no município de Juruti, no III Módulo, pelo Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME. O SOME é uma política publica que completou 40 anos no dia 15 de abril passado, que atende os alunos matriculados no ensino médio nos interiores do estado do Pará. Nesses rincões, como não tem estrutura para o ensino regular é solicitado implantações para a Secretaria Estadual de Educação – SEDUC/PA para atender as demandas. Já que o aluno tem dificuldades, principalmente financeiras, para se deslocamento onde tenha o ensino regular, o SOME é uma alternativa.



No momento em que trabalhei no município o SOME funcionava na sede, como várias turmas de ensino médio atendendo várias localidades. Já tinha trabalhado em Juruti, no ano 1989, no III Módulo também.



Várias atividades pedagógicas foram executadas com os alunos durante esse módulo, inclusive, pesquisas sobre os aspectos históricos, econômicos, culturais e sociais do município. Estarei postando algumas dessas lembranças de dezenove anos atrás, sim, 19 anos, é bastante tempo, incrível, tudo isso! Vivendo e aprendendo nessas andanças pelo estado.



Uma das pesquisas que foi executada participaram os alunos Mirian Coimbra, Fabíola Araújo, Milene, Juíza Soares, Ricardo Toscano, Ramaiano Braga, Joana Paula, Wesley e Rogério Rocha. Esses alunos apresentaram um relatório das atividades orientadas sob nossa responsabilidade sobre a cultural local, incluindo as principais danças apresentadas em 1990, que foi realizado, no V Festival Folclórico de Juruti, na quadra municipal André Júlio.



Entre os objetivos do Festival Folclórico de Juruti, segundo um informante, tem que promover coordenar, e incentivar as manifestações culturais do município, assim como priorizar as tradições indígenas impulsionando a população local a conhecer e reverenciar o legado da cultura deixado pelos ancestrais. Além disso, foi também abordado que o evento jurutiense objetivava alcançar outros pontos, entre eles: Valorizar o artista local, Manter vivo o espírito folclórico entre os municípios, resgatar as tradições fundamentais a identidade cultural, conseguir a intensa participação da população alcançando assim o envolvimento do homem com a cultura.



Vale ressaltar, segundo as pesquisas dos alunos pesquisadores, que foi importante destacar que o festival jurutiense apenas alcançou majestosidade, devido aos espetáculos proporcionados pelas duas tribos, que visam unicamente valorizar o índio com suas tradições, cantos e rituais místicos; valorizar a cultura local é o lema principal do Festival Folclórico de Juruti.



Levantamentos pesquisados durante o módulo foram levados em consideração alguns aspectos importantes para a sociedade jurutiense, entre elas, pode-se frisar a abordagem histórica. O município de Juruti originou-se de um disperso núcleo de índios Mundurukus, catequizados pelo Padre Manoel de Sanchos e Brito. Os nativos de Juruti recebem a denominação de “Jurutiense”, termo derivado do topônimo de origem Tupi “Juruti”, ave de cor cinza, que viviam em bandos nas florestas da região, que davam a sintonia com a natureza e valorizava o meio ambiente.



Foi enfatizado durante dados coletados pelos alunos pesquisadores, o seguinte: em 13 de dezembro de 1859, a Lei Provincial Nº 339, que faz a transferência da sede da frequesia de Juruti para as margens do Rio Amazonas, no Paraná Maracá – Açu. Com a Lei Provincial Nº 1.152, de 09 de abril de 1885, foi criado o município de Juruti. Outro dado importante, devido questões políticas, o município foi extinto em 03 de abril de 1900, sendo anexado aos municípios de Óbidos e Faro. Em 03 de abril de 1913, novamente acontece a criação do município pela Lei Nº 1.295. Em 31 de março de 1938, através da Lei Nº 2.972 constitui o município de Juruti com seus limites geográficos e organização política até os dias de hoje (2001).



Continuando o levantamento da pesquisa trata que o V Festival Folclórico de Juruti, foi realizado em julho de 1990, na administração do Prefeito Isaias Batista Filho, sendo a organizadora do evento a primeira dama do município Lucídia Benithar e a Secretaria Social, sendo apresentadas grandes inovações e atrações, como: Quadrilha Ou Vai Ou Racha, com 200 brincantes, com a coordenação de d. Ana Paula Cunha e Thiá e o Lana. O Boi Campineiro, com 78 brincantes, com direção de Nino Gonçalves.  O Cangaço, com 68 brincantes, com direção de Régia Pinheiro e Clemente Santo; além desses, apresentaram ainda, os cordões de pássaros, quadrilhas roceiras, danças interioranas e outras.


Continua na próxima postagem. Aguardem!

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