Ao longo de nossa história a
característica multicultural de nosso povo foi estruturada tendo como
referência uma visão eurocêntrica, resultando em um processo histórico de
ocultação da verdadeira história de organização do povo africano e afro-
descendentes.
Nesta ideia temos um contexto
histórico de grande relevância para educação na Amazônia, enfatizando a
importância das comunidades quilombolas onde funciona a modalidade de ensino
Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME este com trinta e quatro anos de
tradição em educação no Estado do Pará.
Em 2011, tínhamos trinta e cinco localidades com características de comunidades quilombolas, a ressaltar:
Camiranga em Bragança; Tatuoca, em Limoeiro do Ajuru; Calados, Joana Peres,
Igarapé Preto, Umarizal, Cardoso, Bailique e Araquembaua em Baião; Juaba,
Biribatuba, Mupi, Vila do Carmo, Carapajó, Juaba, Mangabeira, Tambai e Nova América em Cametá; Olho D’agua,
Ribeira, Jacundaí e Jupuhuba em Moju; Boa Vista em Acará; Murumuru e Saracura
em Santarém; Pacoval em Prainha; Passagem em Monte Alegre; Quilombo do Pacoval
em Alenquer; Igarapé Açu e Silêncio do Matá em Óbidos; Providência em Bujaru;
Cravo e Jutaí em Concórdia do Pará; Ilha do Palheta em Muaná; Mangueiras em
Salterra.
Portanto, naquele ano de um total
de 440 localidades, funcionando em 97 municípios, tínhamos trinta e cinco comunidades quilombolas. Ressalto neste espaço, que essa política pública não
deixa de ser um resgate que a sociedade tem com os negros, que durante o
período colonial e imperial, foram tratados como mercadorias.
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