Total de visualizações de página

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

SALA DE AULA: UM PROJETO PEDAGÓGICO DE VIDA (Peça Teatral): Parte IV

 



                                                   Carlos Alberto T. Prestes



SEGUNDO ATO 

 

CENA 4

Personagens:

Professor(a): Socorro

Alunos(as): Sérgio, Thaís e Rodrigo

No dia seguinte, uma terça-feira pela manhã, na sala de aula, turma A - 702, a professora Socorro conversa sobre a história dos livros, da contracultrura e da importância de valorizarmos o que é nosso, com os alunos do 6º ano do ensino fundamental.

_______________________________

PROFESSORA SOCORRO: 

Crianças, vocês sabem quanto custa um livro?

ALUNOS(AS): Respondem um após outro.

Dez reais! (diz um)...

Vinte reais! (diz outro)...

Cinco reais! (e outro)...

Cinquenta reais! (e outro)...

PROFESSORA SOCORRO: 

Na verdade, o preço varia de acordo com o formato, o tamanho, o tipo de papel, a capa, a impressão gráfica, o assunto e até mesmo a autoria... Enfim, vários fatores que determinam o preço a pagar pelo livro. Assim, ele pode ser caro ou barato. Pode também ser caro pra uns e para outros não.

ALUNO SÉRGIO:

Meu pai tem muitos livros em casa. Aqui na escola também tem. 

PROFESSORA SOCORRO:

É, mais nem sempre foi assim. Houve uma época, há muito tempo atrás, em que se escrevia em rolos de pergaminho ou papiro.

ALUNA THAÍS:

E isso era papel?

PROFESSORA SOCORRO:

O pergaminho era um material feito da pele de carneiro ou ovelha, preparado para inscrições. Já o papiro era uma erva, de cuja haste das folhas, depois de certa preparação, se fabricava o papiro, sobre o qual se escrevia.

ALUNO SÉRGIO:

É mesmo, professora?

PROFESSORA SOCORRO:

Sim. Já na idade média, os livros eram compilados pelos monges nos mosteiros. Levavam muito tempo escrevendo, meses, anos reproduzindo. Não havia impressão gráfica, por isso, eles eram raros e caros. Pouca gente tinha acesso a eles. Somente a nobreza e uma parte da igreja. O povo nem sonhava com isso, mas a coisa mudou com a invenção da imprensa no século XV.

ALUNO RODRIGO:

E pra que serve o livro?

PROFESSORA SOCORRO:

Serve para muitas coisas. Ele tem uma importância social muito grande. O livro lhe possibilita expandir seus conhecimentos, ter uma visão mais crítica do mundo, de sua comunidade. O livro instrui, informa e ajuda a formar cidadãos.

ALUNA THAÍS: 

Tudo isso, professora?

PROFESSORA SOCORRO:

É, mais não podemos esquecer que existe uma indústria cultural por trás disso tudo. Uma indústria capitalista que visa lucro e que acaba nos trazendo uma contracultura, uma cultura de dominação de nossas vontades, comportamentos e atitudes.

ALUNO RODRIGO:

E o que é contracultura, professora?

PROFESSORA SOCORRO: 

Vou tentar explicar da maneira mais simples possível. Pode-se dizer que, contracultura é um movimento de questionamento e negação da cultura que se vive na atualidade, como a cultura da qual fazemos parte agora, neste instante. Está ligada diretamente a valores, princípios, costumes, hábitos. Por isso, a contracultura tem por objetivo quebrar tabus e contrariar normas e padrões culturais que dominam uma determinada sociedade. Esses questionamentos e negações podem acontecer na relação entre filhos e pais, como, por exemplo, em relação ao modo de se vestir, de cortar o cabelo, de falar, de pensar.

ALUNA THAÍS: 

Tô entendendo. Lá em casa, muitas vezes, quando minha irmã mais velha conversa com meus pais, acaba discordando em muitos assuntos, principalmente quando é sobre namoro. Eles não gostam do namorado dela. Dizem que ela não tem futuro com ele. Ela diz que a vida é dela, que ela gosta dele, que ele está estudando pra ser professor. Aí, então, minha mãe diz que ela tem que arranjar um namorado que estude pra ser engenheiro ou médico, que possa sustentar ela quando casar. E a minha irmã diz que professor também pode viver dignamente, e que ela também está fazendo faculdade; e os dois trabalhando, podem viver melhor do que muitos doutores por aí.

PROFESSORA SOCORRO: 

Isso mesmo Thais. Mas a contracultura está relacionada, também, com o domínio cultural do idioma de um país sobre outro país. Por exemplo, aqui mesmo em Belém, existem muitos estabelecimentos comerciais e empresariais com nomes estrangeiros estampados na fachada de lojas, como shopping centers, hamburgueria, Hot dog, bem como na linguagem tecnológica falada pela sociedade com os meios de comunicação como o facebook, e-mail, instagran, twiter e a palavra americana mais recente que está na boca do povo: fakenews.

ALUNO SÉRGIO: 

É verdade, professora. Todo mundo sabe que fakenews significa uma nova mentira, pessoa que engana. Eu sou evangélico e meus pais me ensinaram a sempre falar a verdade. Mas ninguém mais quer falar que tal coisa é mentira ou engano, só querem dizer: isso é “fakenews”

PROFESSORA SOCORRO: 

Ainda tem aquelas homenagens que os pais fazem a seus ídolos, ou simplesmente acham bonito, quando registram seus filhos com nomes estrangeiros. Aí tem uma lista que não acaba mais. É Edgard, Michael, Mike, Richard, Elvis Lenon, León, Charles Albert, Christopher, Rick, Patrick, Peterson, Pietro, Madeleine, Ketelin, Kelvin, James, Ronald, Sebastian, e por aí vai...

ALUNA THAÍS: 

É verdade, professora. Eu tenho uma prima que se chama Keith.

ALUNO RODRIGO:

O nome do meu irmão é Michael.

PROFESSORA SOCORRO: 

Prestem atenção! Temos que ler de tudo um pouco. Existem obras estrangeiras muito boas, na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia, assim também como músicas lindas estrangeiras que marcaram época e mudaram costumes e modos. Não vivemos e nem podemos aceitar vivermos isolados do mundo. Isso é impossível, porque as fronteiras geográficas não podem impedir o avanço da economia, do consumismo, das negociações entre países e territórios. A televisão, o rádio e a internet quebraram todas as barreiras geográficas que existiam, ultrapassaram fronteiras, e hoje a música que é gravada lá nos Estados Unidos você ouve aqui em tempo real, e isso, aos poucos, vai determinando os nossos costumes, os nossos gostos.

ALUNO SÉRGIO: 

É, professora, muitos amigos meus ouvem mais música estrangeira, principalmente música americana, do que qualquer outro tipo de música. Eu mesmo, gosto muito de música gospel, mas tenho um primo que é fã do Hip Hop.

PROFESSORA SOCORRO: 

É por isso que devemos ter cuidado com o que escolhemos para ler, ouvir. Se não escutamos música brasileira, a MPB, o carimbó aqui da nossa terra, a música cultural paraense como a do Nilson Chaves, Paulo André Barata, Lucinha Bastos, Sebastião Tapajós, Waldemar Henrique e tantos outros bons músicos e compositores, nunca vamos aprender a valorizá-la. Nunca vamos aprender a valorizar o que é nosso, que faz parte da nossa cultura, das nossas raízes, da nossa história. Gente! A música brasileira tem as letras e as melodias mais bonitas do mundo. E elas sempre contam uma história de vida, de amor, de chegadas e despedidas, de acertos e desacertos do mundo, de alegria e de tristeza; assim como fala de rosa flor, fala de Rosa mulher, de rios, de encantos e desencantos, mas também fala de questões políticas, sociais, de lutas, de arte, de história, histórias do cotidiano. Vocês têm que parar, tirar um tempo e ouvir com o coração essas músicas, esses cantores e compositores fascinantes que foram esquecidos pela mídia, e que, talvez, vocês nunca tenham ouvido falar. Mas eles são a nossa história viva, o nosso acervo, a nossa cultura, a nossa verdadeira cultura.

ALUNA THAÍS: 

Do jeito que a senhora tá falando, me deu até vontade de ouvir essas músicas.

PROFESSORA SOCORRO: 

Me digam: vocês já ouviram falar em Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ivan Lins, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Geraldo Vandré, Vinícius de Moraes, Cartola, Noel Rosa, Djavan, João Bosco, Clube da esquina, Benito di Paula, Martinho da Vila, Fagner, Geraldo Azevedo e milhares de outros cantores incríveis?

ALUNO RODRIGO: 

Alguns desses eu já ouvi falar. Eu gosto do Djavan e do Martinho da Vila, mas também gosto do Verequete, que é o rei do carimbó.

ALUNA THAÍS: 

Tem alguns desses que a senhora falou que eu já ouvi alguma música deles. Na verdade, eu conheço, às vezes, a música, mas não quem canta.

PROFESSORA SOCORRO: 

Quem conhece essa música: “Quem espera que a vida / seja feita de ilusão / pode até ficar maluco / ou morrer na solidão / é preciso ter cuidado / pra mais tarde não sofrer / é preciso saber viver...”

ALUNO SÉRGIO: 

Eu conheço. É preciso saber viver, dos Titãs.

ALUNA THAÍS: 

Eu também conheço, professora. É dos Titãs mesmo. Eu ouço muito.

ALUNO RODRIGO:

Tá fazendo muito sucesso. Toca muito nas rádios.

PROFESSORA SOCORRO: 

Pois é. Mas a letra e a música foram compostas por Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e ela foi lançada por Roberto Carlos, em 1998, bem antes dos Titãs fazerem sucesso. E o primeiro sucesso veio com Roberto Carlos.

ALUNO RODRIGO:

Essa eu não sabia.

ALUNA THAÍS: 

Nem eu. Não pensei que fosse uma música antiga.

PROFESSORA SOCORRO: 

Uma vez, um professor, amigo meu, foi dar aula no município de Breu Branco, perto de Tucuruí, pra uma turma de alunos do terceiro ano do ensino médio. Ia passar lá dois meses. Ele era professor do SOME – Sistema Modular de Ensino, da SEDUC. Certa vez, dando aula de língua portuguesa, surgiu o assunto da música popular brasileira. A maioria dos alunos gostava de tecnobrega, de hip hop, de discoteque, essas músicas barulhentas que tocam em clubes, nessas festas de aparelhagem, em finais de semana. Então, o professor perguntou se conheciam alguma música do Chico Buarque, e citou o nome de Chico Buarque de Holanda como um dos maiores compositores do Brasil de todos os tempos. Um aluno disse que não gostava das músicas do Chico Buarque; outro aluno disse que não conhecia as músicas dele; outro disse que não sabia quem era Chico Buarque, outro disse que as músicas dele já deviam estar ultrapassadas, outro disse que as músicas estrangeiras é que eram boas. Diante desse impasse, o professor resolveu mostrar aos alunos que gosto se discute, e que vale a pena conhecer mais sobre a história da música popular brasileira. Ele fez um desafio aos alunos: durante uma semana iria estudar com eles a história da música popular brasileira, através da obra de Chico Buarque de Holanda. Eles toparam e, na última semana de aula, o professor iniciou uma palestra sobre a obra de Chico Buarque. Ele falou sobre o papel da música de protesto durante a ditadura militar no Brasil, a resistência de intelectuais e artistas contra a força das armas e da tortura; as músicas proibidas pela censura militar; as incríveis melodias rimadas de Chico Buarque que procuravam driblar a censura, como “Cálice”, “Construção”, “Apesar de você”, “A banda”, “Meu guri”, “Bye, bye, Brasil” que virou filme, Gota d’água, músicas com contexto social atualíssimo, além de músicas feitas além-mar, durante o exílio forçado no exterior, como Samba de Orly. A música diz assim:

Vai, meu irmão,

Pega esse avião

Você tem razão

De correr assim

Neste frio

Mas veja

O meu Rio de Janeiro,

Antes que um aventureiro

Lance mão...

 

Pede perdão

Pela omissão

Um tanto forçada

Mas não diga nada

Que me viu chorando

E pros da pesada

Diz que eu vou levando...

Vê como é que anda

Aquela vida à toa

E se puder me manda

Uma notícia boa.

 

ALUNO SÉRGIO: 

Então, é verdade. Existiu mesmo ditadura no Brasil, Professora? Tem um sargento do exército, vizinho nosso, que diz que essa história de ditadura é só invenção.

PROFESSORA SOCORRO: 

É claro que existiu. Tem uma canção chamada Angélica” que foi composta em 1977 e faz referência às mulheres que perderam seus filhos durante o período da ditadura. Chico Buarque parte do caso da estilista Zuzu Angel, que perdeu seu filho Stuart Edgar Angel Jones (militante de esquerda contra o regime militar). Ele foi preso no dia 14 de maio de 1971, torturado até a morte na Base Aérea do Galeão, assassinado de um modo muito cruel: arrastado por quilômetros com a boca amarrada no escapamento de um carro. O corpo do jovem, assim como o de muitos outros jovens, foi lançado ao mar, e Chico Buarque não deixou passar em branco a dor das mães que sabiam da morte de seus filhos, mas não podiam enterrá-los, ver a morte de perto e entendê-la, apenas a sentiam. A música que registrou esse triste episódio, diz assim:

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?

Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?

Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar...

Quem é essa mulher que canta

Sempre o mesmo arranjo?

 

Só queria agasalhar meu anjo

E deixar seu corpo descansar...

 

Quem é essa mulher que canta

Como dobra um sino?

 

Queria cantar por meu menino

Que ele já não pode mais cantar.

 

Quem é essa mulher

Que canta sempre esse estribilho?

 

Só queria embalar meu filho

Que mora na escuridão do mar.

ALUNO SÉRGIO: 

É uma música triste. Fala da morte do filho dessa mulher, professora?

PROFESSORA SOCORRO: 

Sim, Sérgio. O marido dela era americano e, por isso, ela contava com o apoio de alguns senadores daquele país, a quem enviava documentos denunciando a violência causada pela ditadura militar no Brasil. Ela estava sendo ameaçada de morte, mas não se calava. Uma manhã, quando ela saia da casa do Chico Buarque, foi atropelada e morta. O caso foi investigado como um acidente, mas ela já havia avisado a amigos que, se ela fosse morta, os culpados seriam os mesmos que assassinaram o seu filho.

ALUNO RODRIGO: 

E os alunos gostaram?

PROFESSORA SOCORRO: 

Uma semana depois, já quando estavam pra terminar as aulas, o professor foi surpreendido por um grupo de alunos à porta da casa onde estava hospedado. Eles queriam que o professor ensinasse mais, que continuasse com as palestras sobre a música popular brasileira. Quando o professor fez a relação da história brasileira com a música de protesto, eles começaram a entender todo o contexto. A música passou a ter relevância a partir do contexto histórico em que ela se encontrava. Eles entenderam que a música não era apenas uma arte pra ser vista, ouvida e admirada, mas era um instrumento de transformação da sociedade, denúncia e luta; então, eles passaram a admirar e a valorizar a música do Chico Buarque. Entenderam que devemos valorizar o que é nosso, porque os de fora não vão faze-lo.

ALUNA THAÍS: 

Eu gosto de ler, professora. Mas quero gostar mais, pra aprender muita coisa, assim como a senhora aprendeu. A senhora era pra estar ensinando numa universidade.

ALUNO RODRIGO: 

É mesmo, professora. Ninguém ensina como a senhora. Seja qual for o assunto, a senhora sempre sabe tudo e mais um pouco.

PROFESSORA SOCORRO: 

Eu estou muito bem aqui, onde estou, compartilhando meu aprendizado com vocês. Na verdade, as grandes batalhas, os grandes desafios, as grandes mudanças começam na base da educação. E a base da educação é aqui. Portanto, é aqui que eu tenho que estar. Já, já, vocês vão estar terminando o ensino fundamental, depois o ensino médio e, quando menos se esperar, estarão fazendo vestibular. Por isso, é importante que vocês tenham uma boa base de aprendizado desde agora; que aprendam a refletir sobre tudo, sobre a vida em sociedade, comportamentos, vícios e altruísmo; que aprendam a analisar com um olhar holístico; a debater com propriedade; a opinar com imparcialidade, respeitando a opinião contrária à sua, mais sempre defendendo o que é certo, o que é correto, não importa o que aconteça. É assim que vejo vocês.

ALUNA THAÍS: 

Tenho uma sugestão, professora. Por que a gente não faz um trabalho de pesquisa da música popular brasileira? Assim, a gente, além de ler, ainda conhece a música.

PROFESSORA SOCORRO: 

É uma boa ideia. Podemos sim fazer um projeto e colocar em prática. Com a internet, temos todas as ferramentas ao nosso alcance. Naquela época, esse meu amigo professor, tinha que levar cds, gravador, revistas e livros que falavam sobre a música popular brasileira, cópias das letras das músicas, tudo de Belém. Dava um trabalhão, mas ele fazia isso porque tinha compromisso com uma educação de qualidade. Por isso, hoje, temos todas as condições de realizar um bom projeto de resgate da música popular brasileira. E digo mais, podemos realizar o projeto por etapas ou fases. Vou colocar um exemplo no quadro. É mais ou menos assim:

1ª Etapa: Bossa ou Velha Guarda

2ª Etapa: Bossa Nova

3ª Etapa: Jovem Guarda

4ª Etapa: Tropicalismo

5ª Etapa: Música de Protesto

6ª Etapa: Os Grandes Festivais da Record

7ª Etapa: A Música Brasileira dos Anos 80

8ª Etapa: A Música Brasileira dos Anos 90

9ª Etapa: A Música Brasileira dos Anos 2000 em diante.

PROFESSORA: 

Que tal? Não é um bom começo?

ALUNO SÉRGIO: 

Olhando assim, parece que é muita coisa pra pesquisar, não é não, professora?

PROFESSORA SOCORRO: 

E eu disse que era moleza, por acaso? Tem muita coisa pra pesquisar, sim senhor.

ALUNA THAÍS: 

E como vamos fazer, professora? Vamos pesquisar tudo isso de uma vez?

PROFESSORA SOCORRO:

Não, de modo nenhum. Vamos repartir as tarefas por equipes. Se tivermos mais ou menos nove etapas, formaremos nove equipes. Cada uma irá estudar uma etapa da música popular brasileira. Entenderam?

ALUNO RODRIGO: 

Agora sim.

PROFESSORA SOCORRO: 

Na próxima aula, vou trazer um esboço mais completo do projeto pra vocês, com músicas, cantores, compositores, biografias, tudo dividido por etapas. Eu vou orientar, mas quem vai fazer as pesquisas são vocês. Cada equipe vai pesquisar a fundo uma etapa da música popular brasileira.

ALUNO SÉRGIO: 

Parece que vai ser legal. Já tô doido pra começar a pesquisar.

PROFESSORA SOCORRO: 

Depois que as pesquisas estiverem terminadas, vamos juntar todos os trabalhos no formato de um livro, com capa, prefácio, introdução, dedicatória, sumário e as etapas divididas por capítulos. Vamos reunir todas as obras musicais que foram pesquisadas num pacote só: a história da música popular brasileira escrita e cantada.

ALUNA THAÍS: 

Sabe que esse é um bom nome pra dar ao livro, professora?

PROFESSORA SOCORRO: 

Que nome?

ALUNA THAÍS: 

A História da Música Popular Brasileira escrita e cantada! É um nome muito bom.

PROFESSORA SOCORRO:

Depois vemos isso. O tempo já vai terminar. Na próxima aula, a gente apresenta o projeto e divide as tarefas de pesquisa por equipe.

PAUSA: Bate a campainha. Fim de aula.       


                                   FIM DA QUARTA CENA

Nenhum comentário:

Postar um comentário