Total de visualizações de página

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

REFLEXÕES SOBRE AS ELEIÇÕES 2010

No estado do Pará foi constatado o maior número de abstenção. Enquanto no Brasil a média ficou 21%, em nosso estado foi quase 27%. De um total de 4.763.592 eleitores, não votaram 1.275.991, isto no segundo turno; enquanto no primeiro a abstenção foi de 21,18%, portanto menor. Sabemos que vários fatores contribuíram para que o eleitor deixasse de votar no dia 31 de outubro. Podemos considerar o longo feriado, com o dia dos finados numa terça-feira, onde boa parte dos cidadãos procura balneários para lazer e descanso. Sem contar que falta um trabalho consistente dos partidos e do Tribunal Regional Eleitoral para a importância do voto. Hoje, temos momento histórico diferente de 30 anos atrás, onde estavam em formação os diversos grupos políticos, após a saída do período da Ditadura Militar no Brasil. Na realidade atual, a conjuntura pede que as lideranças estejam junto das bases, sejam através de reuniões, seminários, palestras e apoio políticos como forma de organização.


No estado do Pará a candidata a Presidente da República Dilma Rousseff ganhou nas urnas com 1.791.443 votos, correspondente a 53.20%; enquanto o tucano José Serra recebeu 1.576.154 votos entre os eleitores do estado. Portanto, podemos dizer que não dá para entender. Se o Partido dos Trabalhadores ganham para Presidente, mas o povo não votou na Governadora Ana Júlia Carepa. Existem várias deduções e possibilidades para que o eleitor não tenha votado no PT paraense para governo. Vamos analisar algumas: Sendo construídas alianças entre os principais adversários, por um lado temos o projeto democrático-popular de Ana Júlia e de outro lado, temos o retorno da união das oligarquias no Estado. O interessante é que a noiva principal deste embate foi o PMDB, partido que faz parte a muito tempo dessas oligarquias. Apesar de fazer “cú doce” durante o processo eleitoral, o apoio era nítido ao PSDB, principalmente após a debandada da maioria. Outro aspecto, apesar de ter o Vice-Presidente Michel Temer no estado não houve a consolidação da aliança como a nível nacional. Apesar dessa eleição, essa noiva não significar a tal importância, como foi na eleição passada para governo e como a imprensa das elites e oligarquias está divulgando. Não podemos também deixar de lado a luta interna do PT, através das tendências se degladiando entre si. Temos que considerar,também, as alas ortodoxas e dogmáticas como o Psol, PCO e PSTU que deram suas contribuições para a derrocada da esquerda no momento atual, ajudando a consolidar a união das oligarquias. Todo esse cenário não podemos de destacar quanto à falta de perspectivas de boa parte dos educadores do estado que se dividiram, inclusive votando no preguiçoso pescador Já Teve ou se omitindo.

Pensa-se já para a eleição para as Prefeituras, no caso de Belém, a realidade é que os tucanos venceram as eleições, mas as construções do arco de alianças vindoura com certeza será outra.

Neste contexto, quem saiu fortalecida foi às oligarquias, já unidas vamos ter que criar planejamentos, estratégias e metodologias para derrotá-los nas eleições que virão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário