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domingo, 30 de janeiro de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA DE DALCÍDIO JURANDIR

Dalcídio Jurandir Ramos Pereira nasceu na Vila de Ponta de Pedras, Ilha do Marajó, no dia 10 de janeiro  de 1909. Filho de Alfredo Pereira  e  Margarida Ramos. Aos 13 anos, parte para Belém do Pará, onde se matricula no Grupo Escolar "Barão do Rio Branco"e fica hospedado na casa de parentes. Em 1925, sem fazer preparatórios, devido à situação financeira, matricula-se no Ginásio "Paes de Carvalho", mas não conclui o 2º ano. Com a ajuda de amigos ele desenvolve diversas funções no Marajó, como Secretário Tesoureiro da Intendência Municipal, Inspetor Escolar, Secretário da Delegacia de Recenseamento. 

Em Belém, é nomeado auxiliar de Gabinete da Interventória do Estado. Colabora nos jornais O Imparcial, Crítica e Estado do Pará. É lotado como 2º oficial da Diretoria de Educação e Ensino, da Interventória do Estado, colabora nas revistas Guajará-mirim, a Semana, e no Jornal Estado do Pará. No Rio de Janeiro, passa por dificuldades financeiras, é colaborador e revisor da revista Fon-Fon.

Em 1942, começa a exercer atividades jornalísticas em o Radical e colabora no Diário de Notícias, no Correio da Manhã. Faz parte da redação do Jornal Tribuna Popular, colabora no semanário A Classe Operária. Pela Imprensa Popular, viaja para o Rio Grande do Sul, onde pesquisa acerca do movimento operário do porto do Rio Grande, já elaborando as idéias para o livro Linha do Parque, que escreve entre 1951 e 1955. Como escritor e na condição de autônomo, é aposentado pelo INPS, em 1971.

Em 1979, no dia 16 de junho, Dalcídio falece no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério São João Batista.

Dalcídio Jurandir, na temática amazônica é autor de 10 obras: Chove nos campos da cachoeira, Marajó, Três casas e um rio, Belém do Grão-Pará, Passagem dos inocentes, Ponte do Galo, Primeira Manhã, Os habitantes, Chão de Lobos e Ribanceira. Sendo que, o conjunto das dez obras, faz parte da série Extremo-Norte, além do romance Linha do Parque, o qual foi publicado em Moscou, no ano de 1962, é lançada a edição russa, apresentado pelo escritor Jorge Amado, sendo porttanto, o único produzido no exterior.

Pelo conjunto das obras recebeu o prêmio Machado de Assis conferido pela Academia Brasileira de Letras, em 1972.

Dalcídio, pela sua importância poética e como ser humano conquistou muitos amigos, entre eles: Jorge Amado, Bruno de Menezes, Ruy Barata, Lindanor Celina, Eneida de  Moraes, entre outros.

Por iniciativa do escritor e professor Ruy Pinto Pereira, na Casa de Rui Barbosa(Rio de Janeiro), foi fundado o Instituto Dalcídio Jurandir destinado a resguardar e difundir a obra do autor.

2 comentários:

  1. “Ponte do Galo”, livro esgotado de Dalcídio Jurandir, ganha reedição e você pode contribuir e receber recompensas!


    A Editora Pará.grafo, de Bragança, lançou hoje, 07 de abril, a campanha de financiamento coletivo, pelo Catarse, para a reedição do livro "Ponte do Galo" do nosso maior romancista Dalcídio Jurandir. A boa notícia é que você pode ajudar a trazer este livro importantíssimo para nossa literatura de volta às livrarias e ao mesmo tempo à sua estante, pois adquirindo uma das recompensas descritas no projeto, você recebe o livro e outros itens (podendo ainda ter seu nome nessa edição histórica), além de contribuir diretamente para a cultura paraense e amazônica.

    O romance "Ponte do Galo", do escritor paraense Dalcídio Jurandir foi lançado em 1971 e nunca mais reeditado. Sétimo livro do chamado Ciclo do Extremo-Norte (conjunto de dez livros do autor que contam a saga de Alfredo, um menino de Cachoeira do Arari, no Marajó, que sonha em conhecer a cidade grande - Belém - e terminar seus estudos), o livro se tornou raro nas livrarias e mesmo nos sebos, onde não se encontra mais nenhum exemplar da primeira edição.

    O livro é dividido em duas partes que se passam em Cachoeira (Ilha do Marajó) e Belém, respectivamente, e narra a história de Alfredo, menino marajoara que sonha em ir para a cidade grande continuar seus estudos. Dalcídio explora na sua obra a região e seus habitantes, dando ênfase ao ser humano, seus medos, angústias, sentimentos e sobrevivência. É uma literatura que vai além do simples retrato da Amazônia. O autor revela outro mundo, das pessoas comuns de uma vila no meio de uma ilha e introspecções e desejos. São emblemas humanos que circundam a narrativa. Pela relevância e riqueza da sua literatura em retratar a Amazônia, seu povo e sua cultura, Dalcídio é dito estar para a sua região assim como Graciliano Ramos, Jorge Amado e Érico Veríssimo estão para as suas.

    Dalcídio Jurandir nasceu em Ponta de Pedras, Marajó, em 1909 e faleceu em 1979. Escreveu 11 (onze) romances - recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972 -, foi cronista dos principais jornais paraenses e brasileiros de sua época, e recebeu uma edição de suas poesias recentemente, organizada pelo professor e escritor Paulo Nunes, que inclusive assina o prefácio da nova edição de Ponte do Galo.


    Esta edição será ilustrada pela artista plástica e escritora paraense Paloma Franca Amorim e tem como capa uma fotografia do premiado Eliseu Pereira, jovem fotógrafo marajoara que já expôs suas obras no Museu do Louvre.

    Para saber mais detalhes sobre o projeto e colaborar com a iniciativa, basta acessar o site: www.catarse.me/ponte_do_galo e apoiar.

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  2. Olá, Riba!

    Está em curso uma campanha de financiamento coletivo para reeditar um dos livros do Dalcídio, o mais raro hoje, chamado Ponte do Galo.
    O link da campanha é: http://www.catarse.me/ponte_do_galo
    Agradeço pela ajuda na divulgação da obra de Dalcídio e peço que divulgue, se possível.

    Desde já, agradeço!

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