A educação, especialmente no que pertine a democratização do ensino básico, médio e superior, ainda se constitui em um grande desafio para todos nós brasileiros, especialmente os amazônidas, que vivem em regiões inóspitas, sob a esperança de um dia ser em parte integrante da comunidade científica que os visita e os perquire, despertando-lhes a curiosidade dos que se lançam mata a dentro, na avidez da descoberta de novos recursos biológicos, advindos de nossa biodiversidade, para a consecução de novas opções terapêuticas, consubstanciadas em nossas rubiáceas, que distinguem-se no estuário de nossa Hiléia que, assim, permanentemente ou secularmente, vão sendo úteis à humanidade.
O SOME, Sistema de Organização Modular de Ensino, hoje espargindo-se por quase todo o Estado do Pará, alcançando as populações mais carentes e até então totalmente ilhadas por longos anos, sem serem alcançadas pelos braços do direito constitucional do saber, sentem-se imensamente felizes com a seriedade que começa a ganhar contornos de realidade neste projeto altaneiro. A recente posse do professor Ribamar de Oliveira, à frente dos destinos do ideário do SOME, se constitui num aceno de esperança e obrigatoriedade com os compromissos pela formação dos excluídos do saber, que povoam o estuário amazônico. Não temos como escopo, nessa missiva, estabelecer parâmetro algum, com a administração que sucede; queremos, tão somente por conhecer a índole e o idealismo do professor Ribamar de Oliveira, que acaba de ser investido na Coordenação do Sistema, um amazônida, absolutamente afeito às lutas e ao idealismo da democratização do ensino público com extensividade; que a partir de agora terá a incumbência mais que administrativa, mas, sobretudo, sociólogica, de fazer destes rincões paraoaras, desta feita alcançados pelos braços do saber, um território não só brasileiro, pelas demarcações das paralelas geográficas, mas, sobretudo, pela formação, pela educação, pelo fruto do saber e, especialmente, pela consciência científica de nossa brasilidade. Parabéns, governadora Ana Júlia, este não foi só um mero ato da rotina administrativa, mas sim um passo largo ao futuro promissor de consciência da soberania amazônica com a inclusão social, a se realçar como um tanque de combate mais eficiente na defesa da integridade territorial sempre ameaçada pelos profetas do separatismo: a Conquista do Saber.
Matéria publicada no Jornal O Liberal do dia 23/03/2009, de autoria da professora de Educação Física do SOME, Maria da Conceição França Macedo.
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