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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

SOME é emoção!

                     

                                                    * Marina Costa

                                                    * Ribamar Oliveira


Professores na Praça de Belterra

                                                    


Revisitando o município de Belterra, no sábado último (25/09/21), com um grupo de 19 ex Professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, foi marcante e chegado de muitas emoções. Foi um reencontro com antigos moradores que sempre davam apoio aos referidos mestres por estarem longe de suas casas.



Professores na Casa do Prof. Pedro Emiliano
                                          

Segundo o professor Pedro Emiliano, de Belterra, o SOME foi implantado em meado da década de 80, por volta do ano de 1985 ou 1986, através de uma Emenda Parlamentar do então Deputado Estadual Oti Santos. Belterra, naquele momento, era distrito de Santarém. Para Pedro Emiliano “o Modular foi importante, pois muitos jovens paravam seus estudos, já que não havia ensino médio na localidade e nem as famílias tinham condições de mandar seus filhos para continuarem seus estudos em Santarém. O SOME também foi  importante novidade para comunidades e regiões adjacentes;  além, do compromisso e disposição dos professores que  desenvolviam suas atividades pedagógicas em Belterra”. Para Pedro Emiliano, a relação entre comunidade e professores era de admirável entrosamento, expresso  no profissionalismo, amorosidade e amizade. Grande exemplo é a sua família, que sempre estava disposta ao apoio a todos. Em uma das despedidas dos professores, o referido informante destacou entre os presentes, a necessidade do apoio aos professores do SOME, pois: “enquanto os trabalhadores locais, no final de cada dia de trabalho, retornavam para os seus lares, para o convívio familiar, o mesmo não ocorria com os trabalhadores do SOME, que no dia a dia, voltavam sempre para espaços que não eram seus, nem tampouco encontravam seus familiares.” Reflexão importante do entrevistado sobre a habitação dos professores do SOME.



Profs. Marina, Pedro e Neto, Socorro, Ribamar

                                                   


Para a Professora Socorro Magno que trabalhou no ano de 1988, como as professoras Marina Costa, Marlene Teixeira entre outras, enfatizou quando esteve na frente da casa dos professores,  que ajudou a construir ao lado da Escola Santo Antônio. Para ela: “Foi emocionante essa revisitação, já que com alunos e moradores ajudou a construir essa pequena casa, desde o beneficiamento da madeira até campanhas de doações de materiais, no comércio de Santarém”. 



Professoras Marina Costa e Socorro Magno
                                          



Já para a Professora Marina Costa: “Este contexto de construção, caracteriza o Sistema Modular. Moradia era a condição fundamental para o abrigo das equipes de professores; na sua inexistência, buscar os caminhos para solucionar o problema, tornava-se uma necessidade. No caso de Belterra, o processo de construção, foi totalmente abraçado por toda a comunidade. A construção da casa dos professores, nasceu das ideias dos professores; os estudantes dessa época, relatam essa história, onde o destaque maior é o reconhecimento da  participação deles e dos pais, em forma de mutirões. A Unidade, que servia de alojamento inicial para os professores, apesar de confortável instalação de quartos, era estruturalmente inadequada como moradia a longo prazo para professores, pois não reunia condições para atividades domésticas, como cozinha, tanque pra lavagem de roupas, mesa e cadeiras para refeitório, bem como para se  desenvolver as atividades de planejamentos pedagógicos, além da localização isolada e distante da escola. Daí, a ideia e o desafio de se construir a casa dos professores, já que não dava para se esperar pela Prefeitura. Segundo a relatora, revisitar Belterra com alguns profissionais que trabalharam naquela época, é emocionante, assim como rever velhos amigos, como o Pedro Emiliano, que sempre deu apoio, juntamente com sua esposa, “D. Maroca” (já falecida); o João, esposo da Oralda, também já falecida.



Muitas emoções no reencontro
                                          


O blogueiro esteve presente, já que tinha também trabalhado nos anos de 1991 e 1992, com a equipe dos Professores Francisco Valente e Carlos Lima. Realmente, o SOME é Emoção!


O blogueiro revive sua história
                                           


                                          

Primeira Escola de funcionamento do SOME
                                           


OBSERVAÇÃO: Em Nota produzida no dia 26 de setembro de 2021, o Professor Pedro Emiliano escreve:


"DIA 25 DE SETEMBRO DE 2021 TIVEMOS A IMPRESSÃO DE QUE TUDO ESTAVA INICIANDO NOVAMENTE. INESPERADAMENTE SURGEM EM  BELTERRA, OS PIONEIROS DO SOME, OS GUERREIROS  DE UMA  EDUCAÇÃO QUE FICOU MARCADA NA HISTÓRIA DE BELTERRA. OS PROFESSORES GLAUCO. RIBAMAR. SOCORRO . MARINA E OUTROS CHEGARAM PARA MATAR  SAUDADE DE UM PASSADO  BRILHANTE EM MEIO A MUITAS EMOÇÕES.  FORAM PARA NÓS, FILHOS ADOTIVOS. FIZERAM E AINDA FAZEM  PARTE DA NOSSA FAMILIA.  FOI UMA ALEGRIA MUITO GRANDE REVER ESSES HERÓIS.  DIRIA À ELES: BELTERRA OS TEM NO CORAÇÃO.  MUITO OBRIGADO PELOS SEUS ENSINAMENTOS".


E nós, professores do SOME, agradecemos todo esse apoio Pedro, João, "D. Maroca", Oralda entre outros.


* Os autores foram professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Educação Na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino (II Volume)

 


Um grupo de professores e pesquisadores que estão se dedicando na produção de artigos acadêmicos e relatos de experiências visando a elaboração do Segundo Volume do livro Educação Na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino estarão se deslocando com destino para o Oeste paraense, no período de 18 à 27 do corrente mês, atrás de acervos, relatos, documentos e experiências que possam servir de subsídios em seus conteúdos e argumentos.

 

Segundo fontes do grupo, os principais municípios que serão visitados são: Santarém, Belterra, Fordlândia e Aveiro. O grupo de professores e pesquisadores é formado por diversas disciplinas, incluindo, historiadores, biólogos, pedagogos, da área da linguagem entre outras.

 

Como a experiência do Primeiro Volume do livro, que teve como Organizadores os Professores Marina Costa, Sérgio Bandeira e Ribamar Oliveira, que por sinal, teve bastante sucesso no meio acadêmico e para os professores pesquisadores que tem como foco a educação, além, dos professores do SOME, no segundo, também terá atores que vivenciaram esta importante política pública para os interiores do Estado Pará.  No último dia 15 de abril, o SOME, completou 41 anos de existência.


O blogueiro também vai participar das pesquisas. 


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Educação na Amazônia e Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino

 






O Advogado Sindical e autor do livro Revivências Walmir Moura Brelaz, que adquiriu o livro, enfatiza o seguinte: "O livro Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O SOME, é extremamente necessário. Fala da importância dessa modalidade de ensino na educação do Pará. Livro escrito com razão e emoção, por autores e, especialmente, atores  que levam a educação de qualidade aos alunos de comunidades mais distantes. Parabéns a todos, representados por seus organizadores: Marina de Sousa Costa, José Ribamar Lira de Oliveira e Sérgio Bandeira do Nascimento".

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 


 

 

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Estudantes do Conjunto Maguari lançam livro com a história do bairro

17/06/2010 - 12:00 - Magazine

Um grupo de alunos, incentivados por um professor, resolveu pesquisar e escrever sobre os contornos históricos que resultaram na criação de seu bairro. Para isso, usaram uma metodologia imprescindível para a construção de uma narrativa mais próxima da real possível: o diálogo com os moradores mais antigos do lugar, que vivenciaram os momentos decisivos. Esta ideia integra um projeto apresentado pela Escola Estadual Maria Gabriela de Oliveira. Duas turmas, após diversas entrevistas, reuniram as informações em uma coletânea de artigos sobre a história do Conjunto Maguari, que será lançada amanhã, na própria escola.

O projeto, de responsabilidade do professor de história Ribamar de Oliveira, foi aprovado em 2009 por um edital da Secretaria Estadual de Educação em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará - Fapespa. Com a verba de R$ 10.800 para a execução do projeto, Ribamar e seus alunos puderam fazer uma intensa investigação, chegando a pessoas importantes no processo construtivo do conjunto Maguari, que segundo os entrevistados, é um bairro que surgiu da necessidade de suportar o expressivo número de funcionários públicos que se estabilizavam na capital paraense no início da década de 1980.

A partir das entrevistas feitas foi possível fazer um lineamento histórico que passa por questões importantes como a participação da mulher na comunidade e a importância da igreja católica na formação do conjunto. A ideia de envolver os alunos nesse projeto, segundo o professor Ribamar, é possibilitar aos estudantes uma nova forma de estudar, através da História oral. Os alunos também tiveram acesso à documentos antigos, entre atas, relatórios e fotografias. "Queremos não só estimular os alunos a produzir conhecimento, também contribuir para outro tipo de educação, além da história oficial", ressaltou professor Ribamar. Exemplares serão enviados para as quatro escolas que atendem o conjunto Maguari e para bibliotecas de Belém.

 

 

 

PORTAL ORM-17/06/2010


domingo, 12 de setembro de 2021

A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA, NO ENSINO DE QUIMICA, NO SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO MODULAR DE ENSINO (SOME), EM CAMETÁ.

                                      Paulo Roberto Almeida Tavares

                                      Professor do SOME - Cametá


O Sistema de organização Modular de Ensino-Some é uma modalidade de Ensino criada em 1980, para atender alunos e alunas do Ensino Fundamental e Médio, que moram no Campo desse imenso Estado do Pará, favorecendo o acesso de jovens e adolescentes a Políticas Públicas Educacionais de Estado, em parceria entre a Secretaria Estadual do Pará - SEDUC e Prefeituras municipais. Ensinar nessas localidades é um desafio enorme, e se tratando do Ensino de Química, mais ainda.  Pois, as escolas do campo apresentam problemas estruturais mais severos do que apresentam as escolas públicas da cidade. É consenso entre educadores que tais problemas, inviabilizam a realização de trabalhos melhor elaborados, prejudicando o aprendizado dos estudantes. Nesse contexto, foi pensado numa aula Prática de Química para atender estudantes do terceiro ano do Ensino médio, na localidade de Marinteua, no município de Cametá-Pá, que além de despertar interesse pela disciplina, pudesse favorecer a aprendizagem por meio de uma aula experimental contextualizada, se fazendo de recursos didáticos alternativos e de fácil acesso, quebrando práticas tradicionalistas na forma de ensinar ainda persistente, por inúmeras razões.


Por meio deste trabalho foi notório observar a participação dos alunos durante a busca de informações acerca do tema, nos debates, na organização dos materiais necessários para elaboração dos experimentos, na execução do experimento, até a última etapa, a obtenção do etanol. Durante a execução do experimento foi aplicado conceitos químicos, buscando explicar cada etapa do processo de maneira contextualizada, relacionando teoria/pratica, conhecimento/realidade.


Na etapa da colheita da cana-de-açúcar, foi ressaltado a produção de etanol por tonelada de cana-de-açúcar. Tal relação permite estimar a produção em litros de etanol a partir de qualquer quantidade de cana-de-açúcar. Outra abordagem importante foi os tipos de solo onde melhor se adapta a cultura da cana-de-açúcar e os estados brasileiros que se destacam no seu cultivo.




No processo de moagem, foi abordado a concentração de sacarose no caldo de cana, pois a sacarose consiste na matéria prima principal para obtenção do etanol. Observou-se também a importância do reaproveitamento de materiais como o bagaço de cana para produção energia, muito consumida na usina alcooleira.


 






   

 

A produção do melaço se dá por meio da evaporação do caldo de cana. Apresentou-se várias aplicabilidades do produto além da produção de etanol: pode ser utilizado como suplemento alimentar, produção de bebidas alcoólicas, produtos medicinais, dentre outros.


No processo de fermentação, destacou-se a ação das leveduras do tipo Saccharomyces na quebra da sacarose pela ação das enzimas invertase/sacarase e zimase, até a formação do etanol.  Durante a fermentação foi possível observar a produção de bolhas de gás carbônico, que ao entrar em contado com o hidróxido de cálcio (água de cal) formou além de água, um precipitado branco denominado carbonato de cálcio. Veja reações químicas abaixo:







 






A destilação consiste na separação de misturas homogêneas. Com materiais alternativos e de baixo custo os alunos elaboraram um aparelho de destilação, utilizando basicamente lâmpada incandescente com bocal, garrafa PET, mangueira, cola e vela de parafina. Após a fermentação o fermentado foi destilado e o etanol foi separado. Na sequência, foi testada a inflamabilidade da substancia obtida. O etanol é uma substancia orgânica pertencente a função álcool.




Tal atividade, conseguiu atingir o objetivo esperado, pois envolveu a turma inteira, a evolução dos alunos durante as atividades foi progressiva, pois no início os alunos estavam tímidos, de certa forma apáticos, e ao final, todos estavam entusiasmados, felizes com o que produziram, saíram da condição de meros espectador para se tornarem protagonistas. Os alunos tinham muitas curiosidades que puderam ser sanadas no decorrer do trabalho.



 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000.

COSTA, Marina de Sousa, et al. (Org.). Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O sistema de Organização Modular de Ensino. 1 ed. Belém-Pa, PAKA-TATU, 2020.

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/processo-producao-alcool.htm, último acesso em, 08/09/2021.

SANTOS, Wildson Luiz P.; MALDANER Otavio Aloísio. Ensino de Química em Foco. 1. ed. Ijui-RS: Editora Unijui, 2010. Coleção Educação em Química.

SOUSA, Arodinei Gaia de. SOME: Educação no Campo da Amazônia Paraense. 1ª ed. Cametá-Pa: Editora AGS, 2020.