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domingo, 28 de fevereiro de 2021

VACINAS

 





Amanhã, dia 01 de março de 2021, teremos dois importantes eventos: O primeiro acontecerá às 18 horas, com lançamento Campanha Mais Vacinas, live articulada pelo Deputado Federal Fernando Padilha, tendo como objetivo pressionar o governo federal e estadual para obtenção urgentemente de vacinas. A vacina de Cuba que iniciará a partir de 1º de março fase 3, sendo vacinado aproximadamente 150.000 moradores, na terra de Fidel Castro e Che Guevara, mais 100.000 no Irã e 50.000 para os mexicanos. Vamos participar dos eventos para aprendermos e termos informações de planejamento, produção e distribuição do governo cubano. A outra live às 20 horas Cuba: Uma Nação Soberana e as suas Vacinas. Vacina para todos, já!



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Programa: Diálogos Livres

 





Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


No dia 05/03/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o novo canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com as convidadas.     

                            

Vamos conversar com a representante  do Movimento e Articulação de Mulheres do Estado do Pará - MAMEP Lucidéia Paiva, Me. Iza Tapuia e a Doutoranda Karol Cavalcante,  sobre A Mulher na Sociedade Brasileira.

                       

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

Transmissão pela nossa página no Facebook:                  

                                                                                                                                                       https://www.facebook.com/ribamarol

                                                                    

Esperamos vocês!   

                                               

Ribamar Oliveira

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Trabalhando para Quatipuru

 





Neste relato buscarei enfatizar minhas viagens para o município de Quatipuru, popularmente conhecido como Kuait, no nordeste paraense.  Sei que viajar me deixa feliz e principalmente quando é prazerosa, sinto que nasci para essas aventuras, conhecendo novos lugares, fazendo amigos, portanto, veio de berço. Apesar de ter nascido em Belém, viajei muito pelas fronteiras do Estado do Amazonas desde criança e até o momento continuo assim com esse tipo de vida. Minha família sempre viajou muito, pelas atividades profissionais de meu pai e o gosto continuou. Durante minha vida profissional parte significativa dela, foi viajando pelo Estado do Pará.





Assim vêm as lembranças desses momentos importantes em minha trajetória de vida. Quando sento, começo a pensar e a escrever, principalmente, quando fui desenvolver minhas práticas educacionais nos interiores do Estado do Pará. Com mais de 200 km da capital do Estado para lá, o deslocamento se fazia pela segunda feira pela manhã cedo, saindo com os professores que faziam parte de minha equipe no módulo. Ressalto excelentes pessoas e brincalhões durante as quatro horas de trajeto.  O tempo passava tão rápido e nem percebia, com bons diálogos, envolvendo assuntos como política, economia, educação, sobre o próprio Sistema Modular, piadas entre outros assuntos que vinha durante nossas conversas.







Levando em consideração a distância, percebemos que é possível verificar alguns ambientes interessantes durante esses trajetos. Saindo da capital, passamos pela região metropolitana e periférica indo e depois pela BR 316, passamos por alguns municípios como Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel e Castanhal. Nesses municípios pelo fato de ficar perto da capital, o fluxo de pessoas é bastante grande, com a chegada de pessoas de outros estados e municípios. O comércio, indústria e a agropecuária são à base de circulação das mercadorias, sem contar que a migração se aprofunda nas últimas décadas, provocando ocupações de áreas desordenadas sejam nas zonas urbanas, sejam para as localidades interiorizadas. Consequências também são os altos índices de violências nesses municípios.





De Castanhal à Quatipuru, notamos o campo mais aberto, com menos circulação de pessoas nas áreas localizadas, a não ser o município de Capanema, considerado o maior de todos.  O referido município, que é famoso por ser considerada a “terra do cimento”, proporciona um desenvolvimento econômico avançado nos anos 2001 a 2003, período em que tinha o município como entreposto durante nossas viagens.  Saindo da BR 316, onde o fluxo de veículos era maior, principalmente, em direção à rodovia Pará Maranhão, partíamos em direção ao município Primavera. Neste era só de passagem, mesmo, sem nenhuma relação com ele. Deste para o dito município que iríamos trabalhar, percebíamos áreas desertas, com poucas produções agrícolas, já que parte significativa dessas áreas se via bastante o gado e poucas produções de hortas e hortaliças.



Chegando ao município de Quatipuru onde desenvolvíamos as práticas educativas pelo Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME política pública de ensino médio que atende os filhos dos trabalhadores rurais, camponeses, quilombolas, indígenas e assentados a recepção era excelente por parte da comunidade. Tínhamos a Casa dos Professores alugada pela Prefeitura Municipal e com o básico que necessitávamos durante o módulo.  Tive a oportunidade de trabalhar duas vezes na terra do caranguejo e apreciar a sua cultura, história, economia e sociedade.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

 


CANTORA DO INTERIOR CAMETAENSE SURGE PARA O BRASIL

Aluna do SOME grava seu primeiro Cd solo

                                                    Arodinei Gaia








Com uma potente voz que encanta o ouvinte e uma singular presença de palco, Zaynara Damasceno Cruz, hoje com 19 anos, desponta como uma promessa da música contemporânea nacional.






De origem interiorana, do município de Cametá, a jovem cantora é oriunda de família de músicos. Seus familiares como os tios, primos e primas, com grande habilidade, embalaram as noites festivas paraenses na conhecida banda Invencíveis e outras do cenário musical. Tecladistas, guitarristas, contrabaixistas, percussionistas e cantoras, são membros da família que Zaynara sempre conviveu e de quem herdou a veia artística. Seu pai Zenildo foi por muito tempo baterista do citado conjunto familiar “Os Invencíveis”, até que decidiu se afastar da banda para dedicar-se a carreira da filha.





       Filha da professora Cristiane Damasceno, a garota estudou o ensino fundamental e ensino médio na vila de Porto Grande, interior cametaense no estado do Pará. Fruto do Sistema Modular, pelo qual concluiu no ano de 2018 o ensino médio, a cantora soube, desde pequena, conciliar a vida escolar com os primeiros passos na música.


Desde a infância, a jovem promessa, já se apresentava em show de calouro, cantando ou dançando, nas festas da escola, ou nos eventos comunitários da localidade. A partir dos 11 anos, começou a definir seu futuro na música, quando começou a prender a tocar alguns instrumentos como flauta, violão e teclado, mas sempre tendo o canto como a verdadeira paixão, e assim aprendeu técnicas e desenvolveu, cada vez mais, a prática vocal.




     A sua convivência nos ensaios da banda Invencíveis fez com que ela, aos 14 anos, subisse aos palcos se apresentando com o grupo do qual seu pai era baterista e em seguida participou da gravação de DVDs do grupo musical. A partir daí o palco e a sala de aula no SOME passaram a fazer parte da vida da cantora, conciliando assim, os dois ambientes no seu cotidiano.



Aos 17 anos, incentivada pela família, lança seu projeto sólo, no qual grava o CD intitulado "Simplesmente diferente", onde clássicos da música nacional, internacional e autorais são interpretados com sua potente e vibrante voz, levando a identidade sonora da cantora, numa metamorfose com o estilo da musicalidade paraense. O projeto deu certo e sua voz ecoou além das fronteiras nortistas, chamando a atenção de produtores e demais profissionais do ramo musical.



Atualmente, a cantora continua produzindo músicas autorais fazendo parcerias com letristas e compositores da região e trabalhando em um novo CD de músicas inéditas. Existe em vista a possibilidade de contrato com uma gravadora do nordeste e em breve será uma voz paraense levando nosso estilo musical para o Brasil todo. A música "Pra você estar" curtida nas redes sociais, é um aperitivo da qualidade vocal e musical da cantora que agrada o público da atualidade.



     Misturando o gênero pop com estilos paraenses como o calipso, e flertando com ritmos do momento como sertanejo universitário e arrocha, Zaynara vai ganhando a adesão e admiração do público, e logo irá despontar como mais uma grande cantora paraense no cenário nacional.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Conhecendo Afuá através do SOME

 

        320 km separam Belém do Pará do município de Afuá, sendo que a cidade mais próxima fica distante 84 km, que é Macapá, capital do Estado do Amapá. Sua localização ao redor é toda de várzea, propiciando uma visão panorâmica da cidade, no mínimo curiosa, principalmente por parte de pessoas que a visitam pela primeira vez, haja vista ela ser cheia de palafitas, inclusive, as suas ruas.

 

        Tive a oportunidade de trabalhar neste município em dois momentos: Um pelo Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, no ano de 1989; e o outro, através de formação de professores, em 1990, com o Centro de Treinamento de Recursos Humanos – CTRH, ambos pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará - SEDUC.

 

        Durante o período que permaneci em Afuá, foi possível perceber alguns aspectos interessantes: como a cidade é hospitaleira, e isso ficou visível pela recepção que recebemos durante o período que ficamos por lá. Um sentimento excelente pelo ar, com as matas verdes, em plena floresta amazônica. Isso é salutar, sem contar, com a alimentação tipicamente cabocla, tendo como base o pescado e mariscos, em especial, o camarão da água doce, juntamente, com o famoso açaí. A tranquilidade, oferecida pela cidade, fazia com que levássemos uma vida ribeirinha marajoara.

 

        Na primeira vez que fui àquele município, fiquei na Casa dos Professores e, depois, no hotel. Ressalto que, naquele momento, a SEDUC bancava as passagens de avião até Macapá e, daí, para a cidade de Afuá, ficava esperando a embarcação da Prefeitura. Como marinheiro de primeira viagem, a travessia de Macapá para a “Veneza Marajoara” - já que fica na mesorregião do Marajó - foi de madrugada, com ventos fortes e a maré bastante agitada, principalmente na saída da capital do Amapá. A duração da viagem foi de, aproximadamente, cinco horas, o que provocou muito enjoo e cansaço. Chegamos por volta de cinco horas da manhã na cidade, o que, para mim, era tudo novidade.

 

        Como cidade ribeirinha, a vida cotidiana dos moradores era peculiar com o tipo de vegetação que possuía, assim como também a presença forte do comércio de palmito e da madeira. As belas casas, construídas de madeira da região, vislumbravam um espaço alegre e produtivo. Às vezes, eu ficava adorando as janelas dessas casas, feitas por quem realmente entende, traduzindo em arte, como eram feitas, realçando com as belas venezianas.

 

        Quando trabalhei no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, essa política pública que atende o ensino médio nos interiores do Estado do Pará funcionava, apenas, na cidade, depois se expandiu para várias localidades do município. Foram dois momentos prazerosos e animados durante o período que passei pela “Veneza Marajoara”, os quais possibilitaram ampliar minhas experiências e conhecimentos.

                                                                                                         

Texto: Ribamar Oliveira

Revisão textual: Carlos Prestes

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

  

                          Convivências e Aprendizados do SOME!

 

 

 

    Uma das características do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, política pública, idealizado no ano de 1980, pela Fundação Educacional do Pará – FEP, gerenciado atualmente pela Secretaria Estadual de Educação o Estado Pará – SEDUC, é que os professores residem em casas alugadas pela Secretaria de Educação, as quais pertencem a um morador local. É uma moradia compartilhada por todos os professores lotados na localidade.

 

 

     Diferente do ensino regular, no qual o professor termina suas atividades e vai para a sua casa e para o convívio com sua família, o professor do SOME,  quando finaliza suas práticas educativas, vai para casa com os outros profissionais, que também estavam desenvolvendo suas atividades pedagógicas na escola, portanto, bastante diferente, da realidade familiar.  

 

 

      Ressalto que, antes de julho de 2003, o calendário escolar era de 50 dias letivos, em municípios, ou localidades, distantes muitos quilômetros das residências dos docentes, geralmente em Belém. O deslocamento até esses locais era feito em vários tipos de transportes: aviões, ônibus e embarcações, de acordo com o acesso até à região do município. 

 

 

      A partir de agosto de 2003, com a descentralização dessa política pública, os professores foram alocados conforme sua URE de lotação e, em alguns casos, perto de sua residência. Vale ressaltar que com isso, o SOME perde sua configuração original, já que muito professores com outros vínculos, normalmente com a prefeitura, são removidos ou contratados para fazer parte do quadro de docentes. Esse fato traz como consequência perda da dedicação exclusiva e também uma significativa perda no rendimento de grande parte dos professores, o que implica direta e drasticamente na credibilidade do Sistema Modular perante as comunidades. 

 

 

 

     Apesar de todos esses aspectos acimas citados serem de grande importância, quero destacar que a convivência entre pessoas com personalidades, valores e objetivos distintos, fez com que eu aprendesse a ter habilidades para conversar pacificamente, sempre ouvindo as falas dos outros profissionais, sejam de interesses coletivos, sejam de interesses individuais e, naturalmente, sempre ocorria algumas divergências sem jamais provocar qualquer tipo de crise. Porém, uma coisa é certa, todo esse processo me deixou um grande legado, um importante aprendizado no quesito “inter-relações pessoais”, o que facilitou ainda mais o meu trabalho e permanência no SOME por muitos anos, e  o que é melhor me deu de herança uma legião de amigos que estarão para sempre em minha memória e no meu coração! Salve o SOME que infelizmente está perdendo o seu relevante papel na educação dos nossos jovens residentes nos rincões mais longínquos desse nosso imenso Pará! Triste realidade! 

 

 

Texto: Ribamar Oliveira

 

Revisão textual: Prof. Flávio Figueiredo dos Santos Filho (SOME)