Em sua
Dissertação, que defendeu no mestrado no INSTITUTO PRESBITERIANO
MACKENZIE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ARTE E HISTÓRIA DA
CULTURA, tendo como título Os limites
e possibilidades do emprego de multimídias no ensino de arte no Município de
Abaetetuba/Pará, ANGELINO GOMES FERREIRA JÚNIOR,
São Paulo – SP, 2009, aborda o seguinte:
Trabalhando com as
disciplinas, Educação artística para o ensino fundamental, Arte 2, para o
ensino Médio, neste projeto de ensino modular (SOME), obedecendo, o rodízio de
localidades, que cada equipe trabalha, pude observar as peculiaridades de cada região por qual passei, onde a
comunidade e sua relação com escola apresentavam
comportamentos bem diferenciados, no que diz respeito à relação, escola, aluno
e professor. O diferencial se apresentava na localidade onde a presença dos
pais era atuante, pois através de suas reivindicações diante dos poderes
públicos, conseguia estabelecer o mínimo desejável. Em contra partida, em
outras, ao chegarmos para ministrar a disciplina, sequer tinham as cadeira para
os alunos no local também improvisado. por não suportar na escola, a demanda de
alunos. Além da estrutura física deficitária e de recursos tecnológicos
inexistentes, há também a evasão de alunos, o não comparecimento dos
professores e a sua não permanência na localidade, seja pela não adaptação a
este modo de trabalhar em educação, pois em muitos casos abandonam o módulo
pelo meio, ou voltam na mesma hora que experimentam a realidade da comunidade e
vão trabalhar os dois meses de cada módulo. Em outros casos a sua ausência diz
respeito à falta de conduta profissional.
São
várias análises que podemos repensar diante do contexto das práticas educativas
do referido Professor do SOME, no município de Abaetetuba. Angelino Júnior
enfatiza que as estruturas de funcionamento dessa política pública são
precárias, inclusive, em muitas localidades as carteiras que tinham na sala de
aula não atendiam o número de alunos matriculados em determinadas turmas. Isso
é fato! Durante esse período, a imprensa divulgava em suas manchetes, como
alunos “jacarés”. Porém, em outras localidades quando os pais eram atuantes,
estes cobravam do poder público, a qualidade de ensino de seus filhos. Sem estrutura
física e recursos tecnológicos que pudesse exercitar suas atividades
pedagógicas, o Professor tinha dificuldade de trabalhar. Problemas que foram sendo
detectados ao longo dos trajetos de sua pesquisa.
Além
de outros fatores que não contribuem para o bom desempenho de aulas dignas e de
qualidades como, a evasão escolar, que pelas dificuldades de sobrevivências, os
alunos abandonam as aulas e ficam atrás de fontes de rendas para contribuir com
a família. Sem contar os professores omissos com a educação e as suas atividades
profissionais, que provocam a precariedade do ensino público nos interiores,
através do SOME. Angelino frisa algumas situações em que o profissional não
aparece para trabalhar nas localidades de funcionamento do Modular. Situações
que ainda existem em algumas Unidades Regionais de Educacionais, no Estado.